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Miguel (admin)Mestre
Oi, Alex
Realmente, foi por isso que me dei o trabalho de de colar o endereço do site de quem escreveu.
Mas agora são tantos textos que estou entusiasmado e ao mesmo tempo desencorajado a lê-los.
Acho que juntando todos vai dá uma miscelania incrivel!saudações!
Miguel (admin)MestreVida extra- terrestre!! As pessoas adoram imaginar alienígenas, estranhos, ultra inteligentes, com tecnologia avançadíssima…mas qual? Onde estão as provas? Alguns afirmam..neste universo tão vasto há que existir vida em alguma outra parte…pode ser, mas porque esta vida seria mais ” avançada” que nós? Acho que as pessoas adoram ser crédulas, têm sempre esperança em um mundo mítico. No passado os Deuses habitavam as montanhas, depois seres celestiais , agora extra-terrestres…é muita ” viagem” .Talvez a vida seja mesmo, como queria o cientista, biológo, prêmio Nobel Jacques Monod, apenas um mero e raro acaso. Apareceu uma vez por acaso neste pequeno planeta e dai começou a atuação da seleção natural. Acho que o importante seria, esquecer estes míticos seres e começarmos a mudar nossas relações aqui na Terra, de maneira a se conseguir construir um lugar digno para todos viverem. Chega da fantasias, vamos acordar !!!
Miguel (admin)MestreMorus , responde ao Fernando, dizendo..” por aí não dá”. Ora…então…por onde ” dá” ? Eu também entendo que sem ações sociais profundas, que incluem transformações entre as grandes diferenças de renda existentes( entre outras ações radicais e profundas), são fundamentais para se controlar a violência. De outra forma, ficaremos em apelos piegas, moralismos baratos, sem qualquer saída efetiva. Mais uma vez concordo com Fernando: a violência é inerente ao ser humano, mas pode ser controlada por mecanismos sociais. No passado foram as religiões, hoje ha´que ser um estado que promovendo o bem estar social, mantenha a violência sobre controle.
Miguel (admin)MestreAo Sr. JDMT
Bem sei que os textos não são seus, caso fossem, não diria que são especulativos ou parciais. Diria tratar-se de uma inteligente trama de idéias de um dos participantes do site consciencia.org, uma associação brilhante de diversas idéias com que vc teria tido contato. É isto que diria.
O que quero dizer é que corremos riscos ao colar textos. Além da letra ser morta, ou seja, um cadáver literário que não transmite ao leitor a energia aplicada contra o teclado na elaboração do texto, pois fora escrito por outro, dá a entender que somos os donos deste cadáver, mas quem escreve é que está apto a responder pelo que escreve, onde acharemos o dono do cadáver para que este responda as críticas construtivas ou não?
De qualquer modo retiro o que disse sobre o seu texto ser extenso… tudo é muito relativo, e o Carlos parece que quis provar que o seu texto não é extenso… acho que ele conseguiu.
um abraço
Miguel (admin)Mestrecaiu na testa, isto é, só pq eu falei que o JDMT era extenso….
Como diria jack, “vamos por partes”.
“Assim, os imperadores Constantino e Valentiniano tem pouco a ver com Tertuliano e Irineu. Tertuliano é de 155-222. Irineu nasceu entre 130-135, morreu perto de 202. Constantino e Valentiniano sao de século depois.”
Não me refiro ao imperador Valentiniano, mas sim a Valentino membro da igreja Cristã primitiva. É verdade que Constantino não é contemporâneo de Tertuliano ou Irineu, contudo, eu me referi aos dois principais blocos de cisão da primitiva igreja de cristo, que tinham como ícones de um lado Valentino, e de outro O bispo de Lyon Irineu , Tertuliano e Justino o mátir.
Aproveitanto: Orígenes é de 185-253. Na data da vitória de Constantino na ponte Mílvia (312), era o pontificado de Melcíades (34° papa). E a proibiçao total dos cultos pagãos só aconteceu em 391, através de Teodósio.
Muito bem, “proibição total”, mas como mostrarei, esta proibição data da época de Irineu, pois naquele tempo os hereges estavam entre os padres os diáconos e até bispos da antiga igreja cristã. Como disse havia uma disputa política, uma espécie de guerra fria, onde prevaleceu a visão hierarquizada de Tertuliano e Irineu, o Poder do Bispo (Papa) sobre todos os demais membros da igreja, esta idéia agradou o estadista Constantino, isto é, um poder hierarquizado onde apenas um é o dono da “verdade suprema”. Pergunto-me, pq que motivo esta visão era mais atraente a Constantino? Esta resposta deixarei a cargo da livre convicção de cada um.
Quanto a heresia ariana não era disto que falava, tb não tenho referência para comentar esta fato, ou em que implicava efetivamente a heresia ariana, falarei sobre a heresia Valentiniana de Valentino, membro da antiga igreja cristã. Muitas são as heresias elencadas pela igreja de Roma, bem como muitas são as escolas gnósticas. Quanto as outras escolas heréticas ou gnósticas pouco ou quase nada têm de relevância frente a poderosa Escola Valentiniana, uma vez que os seguidores de Valentino concordavam em muito com a doutrina pregada pelos “partidos da situação”, até pq fizeram escola com estes partidos, não obstante, diferiam em princípios adquirido através da compreensão ou gnose.
Como pode ver pulei a sua introdução histórica sobre a heresia de Ário.
“4- Nao sei se estou tao certo do que vc está falando, mas, se tem a ver com Qumran e os manuscitos do Mar Morto: os permaminhos dizem respeito basicamente a preceitos da seita dos essênios (ligada aos judeus e nao aos cristaos). Sao em sua maioria comentários de textos do antigo testamento, salmos, midrashes, exortaçoes e oraçoes procurando dar animo e educar a comunidade essênia de Qumran. Já li traduçoes de parte desses pergaminhos.
Os pergaminhos de Qumran datam de 1947 e não 1945(Nag Hammadi), como os referidos em minha primeira mensagem. A proximidade das datas é provavelmente o objeto causador de nosso desencontro. Em Qumran foram encontrados além dos textos que vc descreve, tb originais da bíblia, os que se tinham até então eram traduções em grego. É considerado um grande achado, e propiciou o conhecimento da seita que conhecemos como essênios. Alguns estudiosos atribuem a esta seita a formação filosófica de João Batista, todavia, sabemos que estes manuscritos, bem como os de Nag Hammadi, passam ainda por minucioso processo de estudos no mundo todo, onde profissionais buscam aprofundar-se nos estudos dos manuscritos, preferindo, ao contrário de outros estudiosos, retardar uma teoria geral sobre o cristianismo. Diversos ensaios sobre uma teoria cristã com base nestes textos estão acessíves na Web, em forma de publicações científicas.
“5- há sensacionalismo demais em cima dessas coisas, por acaso há diversos cursos sobre apócrifos em faculdades de teologia catolica, as editoras catolicas publicam esses textos, e nao haveria razoes para esconde-los, porque o canon está fechado e nao faria a menor diferença se viesse algum texto novo a publico. Seria enorme irresponsabilidade qualquer tentativa de alterar o canon, pois só semearia mais divisao quando o esforço hoje é de aproximar catolicos romanos, catolicos ortodoxos e igrejas da reforma. O canon já foi fechado.
Quanto a minha referência de que a igreja católica tentou a qualquer custo evitar tornar público estes textos, ela é perfeitamente factível, uma vez que por conta de um “alguém” é que estes textos vieram a público, provavelmente este “alguém” foi um monge do mosteiro de São Pacômio, e que fica nas cercanias do local onde foram encontrados os textos. Foram escondido por volta do ano 400, ou seja, entre 1500 e 1600 anos. Estes dados estão de acordo com a datação destes textos. O sensacionalismo realmente existe, contudo, como pessoas ávidas por informações que possibilitem o rompimento do véu diante de nossos olhos ou buscadores das chaves que nos mostrem efetivamente o que se encontra no final da toca do coelho, não podemos menosprezar publicações científicas de pessoas renomadas no meio em que atuam, pessoas como Elaine Pagels e Huston Smith. Elaine Pagels além de consultora dos programas que falam sobre cristianismo dos responsívos canais de televisão A&E Mundo e Discovery Channel, é tb Doutora por havard e Oxford com a seguinte tese “Controvérsia entre cristianismo gnóstico e cristianismo ortodoxo” e catedrática do Departamento de Religião do Bernard College da Universidade de Columbia. Huston Smith lecionou no conceituado MIT(Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e atualmente exerce suas funções na Universidade da California, em Berkeley. Portanto, não tenho a pretensão de sucumbir aos sensacionalistas de plantão espalhados na Web ou nas prateleiras da livrarias com idéias espetaculosas que visam exclusivamente vender mais um livro para tomar o dinheiro de alguém, pode ser até que consigam tomar o meu exiguo dinheirinho, mas jamais terão com isto controle sobre minhas idéias. Além disto tudo, os manuscritos de Nag Hammadi foram descobertos em 1945, e apenas em 1961 a Unesco por solicitação do arqueologo torgny Säve-Söderberg e outros estudiosos buscou catalogar através de fotografias os achados de Nag Hammadi. Segundo Elaine Pagels somente em 1968 é que tivera acesso a tais textos mimeografados, sendo que estes textos vinham acompanhados da seguinte advertência:
Esse material destina-se apenas ao estudo particular de pessoas especialmente designadas. Nem o texto, nem sua tradução podem ser reproduzidos ou publicados sob qualquer forma, na sua totalidade ou em parte.
Esta advertência se fazia necessária pq não havia até então um a tradução oficial dos textos. Somente em 1972 é que surgiu o primeiro volume da edição fotográfica solicitada pela Unesco, sendo que a primeira publicação completa em inglês fora publicada pela Harper & Row em 1977. Elaine Pagels participou da organização e pesquisa deste mateiral para sua publicação.
Quanto ao canon, ao que me parece não há pretensão de alterá-lo, contudo, gostaria de salientar uma vez mais que o espírito científico inevitavelmente não pode dar as costas aos 52 textos descobertos em Nag Hammadi, pois com eles temos a oportunidade de conhecermos melhor aquilo que chamamos de cristianismo, e as suas tradições, os evangelhos eram centenas como mostraremos, contudo, apenas alguns poucos textos foram escolhidos. Um ser humano preocupado com a verdade, esteja ela onde estiver, perguntaria sobre as pessoas que fizeram estas escolhas, quais os motivos que as levaram a fazê-las e pq há tantos escritos heréticos ou excluídos. Com manuscritos comos os do Mar Morto e Nag Hammadi temos a oportunidade de, pela primeira vez, ouvirmos o que os próprios hereges tinham a dizer. Afinal, é notório que a igreja sempre enconbriu todo e qualquer texto considerado herético, matou para evitar que estes textos chegassem ao público, Lutero fora perseguido pq traduziu a bíblia para o alemão, jean calas foi morto pq era um novo católico, assim eram conhecidos os protestantes na frança, e assim vai, poderia citar centenas de episódios onde a igreja católica atua politicamente nos interesses de sua instituição. Desta forma, não foi por causa da igreja que os textos se tornaram públicos, mas sim por providência do acaso que fez revelar os manuscritos que ora discutimos.Deixemos as partes de lado e vamos diretamente ao que interessa.
Em dezembro de 1945 um camponêss árabe fez a descoberta dos manuscritos de Nag Hammadi. Nosso interesse é no sentido de entender o pq de enterrar estes textos, e pq permaneceram desconhecidos durante quase 2000 anos? Estudiosos apontam para uma disputa crítica que se deu no cristianismo primitivo.
Tais textos foram denunciados como heréticos pelos cristãos ortodoxos em meados do século II, isto é, cristãos que foram condenados por outros cristãos como Hereges. Todos sabemos o que é um Herege, mas o que sabemos deles é aquilo que os seus opositores nos disseram ao escrever sobre os hereges. Como Estudante de Direito estou inclinado a ouvir todas as partes do processo, não me restringindo apenas a opinião de um dos lados da lide, pois interesso-me por justiça e não por atos meramente formais. Estes textos nos possibilitam preencher lacunas históricas e quem sabe reescrever a história com um pouco maios de verdade.
No início da era cristã prevalecia a tradição oral sendo que poucas eram as tradições compiladas por escrito. Desta forma não há um proto-evangelho, ou seja um único texto do qual se originam ou derivam os demais, portanto, o que conhecemos hoje deriva de muitos livros que em sua maioria são confusos e de pobre valor literário. O Mistificador Erick von Daniken(O Retorno dos Deuses) descreve como ocorreria este processo de aperfeiçoamento dos textos através de manipulações, censuras e deformações destinadas a interpretar ou benefeciar a figura de uma determinda seita. Os quatro evangelhos são concisos e diria até perenes ao passo que os apócrifos são mais livres, não sendo alvo da mesma sanha dos censores. A lingua original destes textos é o hebraico antigo, sendo que com o passar do tempo foram traduzidos para o grego, o latim o copta, o árabe, o armênio e o siriáco entre outras linguas. Como acontece com os evangelhos os originais praticamente desapareceram restando apenas as traduções. Segundo estudiosos a razão disto se dá pela intolerancia de líderes religiosos fanáticos dos primeiros séculos empenhados em não deixar traços do que classificavam como heresia, todavia muitos foram salvos graças as traduções. No início da era cristã os apócrifos eram aceitos pelos doutores da igreja, sendo que até então não eram nem heresia nem apócrifos. o Livro de Enoch, A Ascensão de Isaias e os livros III e IV dos Macabeus faziam parte da Bíblia, contudo após diversos concílios foram banidos, da mesmo forma o Livro de Eclesiastes que fez parte saiu e depois voltou. Na igreja primitiva havia diversas seitas variadas sendo os gnósticos um grupo poderoso nos primórdios do crisitianismo, entre eles destaca-se os gnósticismo Valentiniano.
Mas quem são estes e quem foi Valentino?
O principal personagem da antiga igreja cristão fora Valentino ou Valentim, um egípicio de nascimento que viveu em Roma de 135 a 165. Valentino era Doutor da igreja, tendo grande influência na igreja, quase se elegendo Papa(bispo). Para Tertuliano seria este o motivo da heresia de Valentino, isto é, ao saber que outro nome havia sido indicado para ser o Bispo(Papa) Valentino teria se enchido de inveja e ambição e, frustado, desligou-se da igreja para formar um grupo rival. Ocorre que poucos são os historiadores que acreditam neste história de Tertuliano, uma vez que se trata de mais uma repetição polêmica contra os hereges. Cerca de 25 anos após este incidente os seguidores de Valentino continuavam membros plenos da igreja, resistindo, com indignação, contra membros da igreja ortodoxa que desejavam expulsá-los. Não podemos deixar de notar que isto indicaria que a cisão fora uma iniciativa dos ortodoxos e não dos “hereges”. A insubordinação hierarquica dos seguidores de Valentino aos membros da igreja ortodoxa se dava em reuniões não autorizadas como nos conta Irineu. A controvérsia entre estas facções ocorre precisamente em uma época onde as lideranças da igreja optam por uma hierarquia unificada de cargos dispostas entre bispos, padres, diáconos e leigos. Os Valentinos contestavam esta autoridade clerical e encorajavam a insubordinação. Mas para entendermos melhor o que se passava nestas reuniões não autorizadas procuremos entender melhor a doutrina de Valentino e seus seguidores.
Segundo consta, Valentino não recebera apenas instruções da tradição cristã que todos os fieis têm em comum, ele teria recebido de Teúdas, um discípulo de Paulo a iniciação em uma doutrina secreta de Deus. O próprio Paulo teria ensinado esta sabedorai secreta, diz Valentino, apenas alguns pouco receberam de Paulo tal ensinamento, estes estariam maduros para recebê-lo, pois apenas poucos estariam aptos a compreendê-la.
Um documento denominado Tratado Tripartido escrito por um seguidor de Valentino contrasta que os lideres da igreja eram apenas iniciados em doutrina elementar, filhos do demiurgo, indicação que trata de um ser divino menor que serve como instrumento de poderes superiores. Nota-se que Valentino utiliza o termo demiurgo no mesmo sentido que Platão. Para valentino não é Deus, mas sim o demiurgo que domina como rei e senhor, agindo como comandante militar, estabelecendo leis e julgando aqueles que a violam, neste sentido o “Deus de Israel” era o demiurgo. Para os valentinos rejeitar a autoridade e as tolices do criador faz parte da iniciação do discípulo que deverá aprender a buscar o verdadeiro conhecimento nas profundesas de toda a exitência. Portanto, quem atinge este nível de percepção recebe um sacramento secreto chamado de redenção ou libertação. Antes da gnose(o termo é empregado no sentido de compreensão) o candidato adorava o demiurgo confundindo-o com verdadeiro Deus. Na busca por este conhecimento o discípulo enfrenta o demiurgo declarando a sua independência. Para Irineu tal atitude representa grave risco à autoridade clerical. Irineu diz que os hereges ao se reunirem tiram a sorte para designar quem vai assumir o papel do padre, sendo que outro ofereceria o sacramento como o bispo e outro faria a leitura das escrituras, de tal modo que nas reuniões seguintes a sorte seria lançada novamente, havendo portanto um rodízio contínuo de funções. As escolhas, uma vez que Deus era o senhor do universo, seriam conforme a providência divina e não alheatórias. Tal estrutura, certamente, criava um conceito de autoridade bastante diferente do modelo ortodoxo, pois os valentinos ao invês de incluirem os seus membros em ordens “superiores” e inferiores dentro de uma hierarquia como faziam os partidários de Irineu e Tertuliano. Eles (Valentinos) seguiam um princípio de mutua igualdade entre todos os iniciados, fossem homens ou mulheres. Não é preciso dizer que a indignação de Tertuliano ia às alturas, afinal o princípio de igual admissão e participação para as mulheres subvertia a disciplina. Tertuliano faz especial protesto contra a participação “entre os hereges de Mulheres” que partilham a posição de homens. “Elas ensinam, discutem, exorcizam, curam” dizia Tertuliano, desconfiando que elas até batizassem.
Esta disputa, como gostamos de enfatizar, se dava dentro da primitiva igreja de cristo não estando restrita a leigos padres ou diáconos, Irineu advertiu pessoalmente o proeminente Bispo de Roma Victor de que certos escritos gnósticos estavam circulando em sua congregação. O autor detes escritos era Florino, um padre que tinha o prestígio de ser um iniciado gnóstico.
Já entre os ortodoxos a doutrina segue as lições de Clemente Bispo de Roma entre 90 e 100 d.c. destacando-se a carta destinada a comunidade critã de Corinto em uma época de crise onde certos líderes da igreja de corinto haviam sido despojados de poder. Empregando uma linguagem política Clemente chama isso de rebelião, insistindo que os lideres despostos recuperem a sua autoridade, advertindo que eles devem ser temidos, respeitados e obdecidos, pois só o Deus de Israel governa todas as coisas, ele é o juiz que estabelece a lei, pune os rebeldes e recompensa os obedientes, sendo que Deus delega a sua autoridade de reinar para líderes e governantes na terra, são estes os bispos, os padres e os diáconos. Aquele que se recusa a dobrar-se diante destes lideres da igreja é culpado de insubordinação contra o próprio Deus, advertindo ainda que quem desobedecer as autoridades ordenadas por Deus recebe a pena de morte.
Bom todo o resto vcs sabem, uma vez que é notória a história de abusos e calamidades da igreja católica, esta mesma igreja com critérios no mínimo duvidosos determina quais e quantos evangelhos irão fazer parte do canon.
Muitas são as Implicações desta disputa entre o gnosticismo Valentiniano e a ortodoxia cristã nos primordios do cristianismo.
Quem quizer saber mais sobre este assunto Busque em:
Os Evangelhos Gnósticos – Elaine Pagels – ed. cultrix
As religiões do Mundo – Huston Smith – ed. cultrix.Basicamente era sobre isto que falava.
Nunca é demais falar sobre o “Grande Inquisitor” de Dostoievski. Afinal com quem está a igreja de cristo? com Cristo ou com aquele que o visitou no deserto.
um grande abraço
Walace estou calmo
Miguel (admin)MestreCarlos,
O texto citado é da época do iluminismo, está preso na ideia do “Deus tapa-buracos” citado em outras listas, e tras ainda alguns erros básicos de exegese biblica. Bom, Laplace nao era mesmo uma boa referencia de teologia
1- Numa coisa ele está certo, nao há necessidade de citar Deus em um tratado cientifico. Mas dificilmente alguem conseguirá explicar tudo cientificamente, alias, se nao impossivel, isso é tarefa bastante improvável. Imaginar uma base absolutamente segura para o conhecimento foi o delírio cartesiano.
2- Um evangelho nao é uma biografia de Jesus. É um texto catequético e nao um texto jornalistico, portanto, embora possa haver dados com contribuiçoes para historiadores nesses textos, nao é esse o objetivo do autor. Deste modo, criticar o texto citando detalhes de geografia, por exemplo, é ficar preso numa interpretaçao fundamentalista do texto, mas a exegese avançou muito e está longe disso hoje.
3- Cristianismo tem tanto a ver com Mitra qt tenis de mesa tem a ver com basquete. A unica coisa que têm em comum é uma semelhança de um campo retangular e uma bola esférica. Estudos de religiao comparada podem ser tema de estudos que busquem uma base antropologica cultural para a dimensao religiosa nas culturas, mas nao ajudam a compreender melhor o cristianismo como caminho de vida, e assim nao ajudam a estuda-lo como fenomeno religioso unico. Alias, esse caminho já foi abandonado pela maioria dos filosofos pq, ao buscar focalizar uma base universal, perde-se a base fenomenológica.
Deste modo, para entender o cristianismo, é bem melhor o conhecimento da cultura judaica, por exemplo; ou seja, conhecê-lo por aquilo que aparece em seus ritos, em sua vida, e nao por algo que se imagine a priori.
[]'s
Miguel (admin)MestreAlex,
“Estou falando dos achados de Nag Hammadi em 1945.”
Sobre esses achados especificos eu disse que nao sei muito…
“O quinto evangelho eu nunca lí, mas se omite a história dos achados de Nag hammadi, falando apenas do evangelho de tomé, então fiz bem de não lê-lo, pois encobre a parte histórica acabando por mistificar ou complica mais do que explicar.”
Calma mano, é um romance e nao um texto cientifico
eu citei ele no contexto do filme Stigmata. Lembra? Qt a Valentino, depois vou dar uma olhada de novo…
Valeu!
[]'sMiguel (admin)MestreOlá walace
Valentinianos são os seguidores de um lider da antiga igreja de cristo que se chamava valentino, posso realmente ter trocados nomes com datas, pois escrevi o texto sem consultar fontes, alguns fragmentos que me lembrava de livros(que não foram ecritos nem por maçons, nem por esotérios, mas sim por pessoas como huston smith e elaine pagels, doutores em teologia e notorios na área em que atuam) que havia lido, contudo a idéia básica fora mantida.
Otexto do Sr. JDMT não é tão esotérico assim, apresenta diversos pontos convergentes com os mais recentes estudos de teologia cristã da atualidade, apesar de, como comentado na primeira mensagem, tenda ao parcialismo ou a mistificação exagerada.
Estou falando dos achados de Nag Hammadi em 1945. O quinto evangelho eu nunca lí, mas se omite a história dos achados de Nag hammadi, falando apenas do evangelho de tomé, então fiz bem de não lê-lo, pois encobre a parte histórica acabando por mistificar ou complica mais do que explicar. Veja posso estar errado ao julgar o autor, é que vc disse que não sabe ao certo do que eu estou falando, e se já leu o livro o quinto evagelho, o livro deve ser ruim do ponto de vista histórico e da pesquisa feita para a sua elaboração.
Além do evangelho de tome', foram encontrados o evangelho de felipe, o evangelho da verdade o evangelho dos egípicos, que se auto identifica como o livro secreto do grande espírito invisível, o livro de tiago(seguidor de jesus?), o apocalipse de paulo, a epistola de pedro a felipe e o apocalipse de pedro e outros, as cópias em copta foram feitas há cerca de 1500 anos(datação dos manuscritos, tanto química quanto histórica- caracteres utilizados que representam uma determinada época), provavelmente de manuscritos ainda mais antigos.
Irineu era bispo de Lyon(180dc), realmente fiz confusão com justino (o mártir) que se não me engano fora entregue as feras, vale lembrar que Justino, Tertuliano e Irineu pertenciam ao mesmo clã político que contestava a visão dos seguidores de Valentino, e tudo isto dentro da primitiva igreja, até então não reconhecida por roma.
Estou de saída, mas como o Sr. exige o melhor dos participantes, voltarei mais tarde com um adendo aos meus texto anteriores, explicando por a+b as fontes de pesquisa os achados de nag hammadi e as possíveis falhas com realação a nomes ou datas… ok…
um abraço.
Miguel (admin)MestreOk Alex,
Cheguei a ler parte do texto tb, nem me lembro se cheguei a lê-lo todo, mas nao quis me dar ao trabalho de comentar. Achei que o assunto estava mais para esoterismo, que nao é dos meus preferidos.
Assim, se me permite, vou tentar ficar somente com alguns dos pontos que vc enumerou, partindo da historia da igreja. Sobre historia da igreja, já estudei um pouco, e é área em que normalmente fazem muita confusao. Para ficar mais claro, vou aproveitar-me da sua numeraçao. Entao vamos lá:
2- Se nao me engano, vc está fazendo referencia ao problema do arianismo. Pareceu-me, entretanto, que vc fez confusao. Vc citou dois blocos: o de Valentino (eu conhecia como Valentiniano, mas pode ser problema de traduçao) e o de Tertuliano e de Ireneu. Mas acho que há uma discrepancia de nomes e de datas:
Império do Ocidente Império do Oriente Constantino(306-) Licínio(313-324) Constantino(-337) Constantino(-337) Constante(337-350) Constâncio(337-) Constâncio(-361) Constâncio(-361) Juliano(361-363) Juliano(361-363) Valentiniano(364-375) Valente(364-378) Graciano(375-383) Teodósio(378-) Valentiniano II(383-392) Teodósio(383-392) Teodósio(-395) Teodósio(-395) Assim, os imperadores Constantino e Valentiniano tem pouco a ver com Tertuliano e Irineu. Tertuliano é de 155-222. Irineu nasceu entre 130-135, morreu perto de 202. Constantino e Valentiniano sao de século depois.
Aproveitanto: Orígenes é de 185-253. Na data da vitória de Constantino na ponte Mílvia (312), era o pontificado de Melcíades (34° papa). E a proibiçao total dos cultos pagãos só aconteceu em 391, através de Teodósio.
O problema da heresia ariana teve inicio com Ário, padre de uma paróquia de Alexandria, que começou a pregar que o Jesus nao era filho de Deus, mas adotado, e que a natureza do Verbo nao procedia do Pai. Alexandre, bispo de Alexandria, nao aceita, evidentemente, e contra-argumenta que, se assim fosse, se o Verbo nao seria plenamente Deus, ficava negada a encarnaçao, o homem nao poderia ser plenamente divinizado e, portanto, nao poderia ser salvo. Está mais que claro que o arianismo nega os dogmas centrais do cristianismo.
Antes de 313, conflitos podiam permanecer localizados, depois, eles se espalhavam muito mais rapidamente, pelo transito facilitado nas novas estradas e também pelo término das perseguiçoes e facilidade maior no fluxo das informaçoes.
Assim, Constantino desejoso de restabelecer a paz, convoca um concilio ecumenico em Nicéia (325). O arianismo é entao oficialmente condenado como heresia por ampla maioria de votos, e Ário e os dois bispos que o apoiaram sao exilados.
Contudo, essa questao nao ficou de todo resolvida, porque, enquanto o ocidente latino permanecia fiel ao credo de Nicéia, os orientais passaram depois a recusá-lo (com excesao de Atanásio, bispo de Alexandria).
O imperador Constantino, que dera apoio ao credo de Nicéia (em que se afirmava que o Pai e o Filho sao de mesma natureza, “homoousios”), muda de atitude , preocupado em apaziguar os orientais. As arbitrariedades entao se sucedem e Atanásio é deposto e exilado em Trèves, e depois passou por mais 4 exilios diferentes, por nao negar o credo de Nicéia.
Constantino entao adere ao arianismo e exila vários bispos latinos (Libério de Roma, Hilário de Poitiers, Hósio de Córdoba…). Os conflitos começam a se agravar em vários lugares.
Em meio às perturbaçoes, a teologia fazia avanços. O vocabulário se elucida e chega-se à distinçao entre ousia (substancia) e hypostase (pessoa). Basílio, bispo de Cesaréia (370-379), realiza um trabalho de uniao também atraves da reflexao teologica. Mas agora os arianos colocam outra questao: o Espírito nao é Deus. Basílio e Gregório de Nazianzo começam a escrever tratados que mostram a unidade do Pai e do Espirito.
Para se ter uma idéia do problema na época: “Todos os lugares estão tomados por esses propósitos… Se perguntas ao cambista o valor de uma moeda, ele te responde com uma dissertaçao sobre o gerado e o nao-gerado… Quando perguntas nas termas se o banho está pronto, o gerente declara que o Filho se originou do nada. Nao sei de que nome chamar esse mal, se de loucura ou de raiva…” Gregório de Nissa, “Sobre a divindade do Filho e do Espirito Santo” (V. cap. 6)
Com a morte do imperador ariano Valêncio, num combate contra os godos em Andrinopla (378), os imperadores Graciano (ocidente) e Teodósio (oriente) decidem dar um término nas querelas teológicas que já haviam se agravado e alcançado grande difusao. Em 380, Teodódio faz do catolicismo a religiao oficial e convoca um concilio em Constantinoplca (381). Este concilio retoma o credo de Nicéia e acrescenta uma afirmaçao acerca do Espirito Santo: “Cremos no Espirito Santo, Senhor que reina e que confere vida, que procede do Pai e do Filho, e que, com o Pai e o Filho, deve ser honrado e glorificado”.
3- Acho que, com o que escrevi, dá para perceber que as questoes envolvendo historia da igreja nao sao tao simples assim. É que receio que, como vc simplificou ainda mais, quem lesse poderia ter idéia errada do problema.
4- Nao sei se estou tao certo do que vc está falando, mas, se tem a ver com Qumran e os manuscitos do Mar Morto: os permaminhos dizem respeito basicamente a preceitos da seita dos essênios (ligada aos judeus e nao aos cristaos). Sao em sua maioria comentários de textos do antigo testamento, salmos, midrashes, exortaçoes e oraçoes procurando dar animo e educar a comunidade essênia de Qumran. Já li traduçoes de parte desses pergaminhos.
Já sobre a relaçao dessas fontes com escritos do novo testamento, nao tenho muitos dados, mas, pelo que me lembro, nao trouxeram muitas novidades. Acho que basicamente trouxeram novas fontes e acrescentaram e esclareceram algumas partes nas fontes anteriores.
5- há sensacionalismo demais em cima dessas coisas, por acaso há diversos cursos sobre apócrifos em faculdades de teologia catolica, as editoras catolicas publicam esses textos, e nao haveria razoes para esconde-los, porque o canon está fechado e nao faria a menor diferença se viesse algum texto novo a publico. Seria enorme irresponsabilidade qualquer tentativa de alterar o canon, pois só semearia mais divisao quando o esforço hoje é de aproximar catolicos romanos, catolicos ortodoxos e igrejas da reforma. O canon já foi fechado.
obs: Em Stigmata nao é a primeira vez que esse tema é tratado, se te interessar leia: “O quinto evangelho” de Mário Pomilio. O autor é um romancista italiano interessante.
7- Justino, mártir, foi considerado o primeiro filosofo cristão. Tinha uma escola de filosofia cristã em Roma, por volta de 140-150, razao pela qual nao surpreende ter acabado mártir. No mais o que vc colocou confere com o que sei, gnosticismo foi condenado como heresia porque, entre outras coisas como negaçao do valor do corpo, defendia que as Escrituras continham apenas uma “sabedoria vulgar”, sendo que a “verdadeira sabedoria” estava restrita apenas àqueles que ingressavam em suas escolas. Esse tipo de idéias tem encontrado ressonancia também hoje em dia em grupos nao-cristaos.
Por hora é isso.
[]'sMiguel (admin)MestreA primeira explicação cabivel é dizer do seu erro em estabelecer um pressuposto de análise preconceituoso “sociedade captalista e corrupta” para um olhar que se pressupõe filosofico este é um erro de principio. Não se está analisando os conceitos de desejo, necessidade e vontade dentro dentre pensamento está-se julgando-os.
Porém, tudo vale a pena quando a alma não é pequena Desejo, necessidade e vontade são as molas propulsoras do homem em todas as suas situações. é a partir do desejo, do devaneio criativo que se faz a necessidade (potencia do espírito) e colocando as mãos a obra vai-se em busca do sonhado ( a vontade).
Assim é para todos os grandes sonhadores não importa nem onde nem quando (esta é a condição do pensar filosófico) o homem se lança ao desconhecido para alcançar as estrelas intimas de sua imaginação. O que acontece é que na busca deste pequeno deus que pulsa em seu coração e mente, armadilhas lhe são preparadas, soluções pateticas lhe são apresentadas e deuses de ouropel e pó lhe são oferecidos, vantagens imediatas em troca do seu sonho eterno e em todas as sociedades muitos são os que vendem seus sonhos tão barato que eu nem acretido. Ideologia (no sentido lato da palavra) eu quero uma pra viver.
Este é o paradoxo cruel da existencia do homem na sociedade sozinho sonha mas não realiza, em comunidade realiza mas não sonha. Não há respostas fáceis no caminho do filosofo, mas a senda da investigação é a sua sina e por ele caminha sem olhar para os abismos que lhe abrem aos pés nem as vantagens mercadológicas dos vendilhões do templo.
Marcus Coelho
email; [email protected]}}}Miguel (admin)MestreEnfim, “uma critica construtiva” do Sr Haydin.
Só quero dizer que o texto não é meu! Apenas quis contribuir com a pergunta inicial do tópico:Alguém sabe alguma coisa sobre Cristianismo?
Como já tinha pesquisado sobre Maçonaria achei interessante mostrar o texto, até mesmo como você bem falou para ser contestado com fatos históricos. E como não sou preconceituoso e sei que dentro da Maçonaria existem também filosofos, historiadores etc.. o texto está aí!
Quanto ao agonizante: Se você é a negação da negação então você deve ser a afirmação!
Então quem serei eu para abalar sua fé em Cristo!
Miguel (admin)MestreSegundo essa sua idéia o homem teria uma grande desvantagem em relação aos outros animais por ser capaz de pensar na morte, ou seja , se não tivessemos essa capacidade nossa vida seria no mínimo mais fácil e o que chamamos de privilégio, que é o nossa capacidade de pensar nada mais é do que uma grande maldição que nos faz criar coisas as mais absurdas.
Miguel (admin)MestreJá reparou que nao tem nenhuma fonte cristã nesse inventário?
“procurem nos antigos gregos:Pitagoras e sua transmigração da alma, Ptolomeu e seu tetrabiblos ou Erastostenes e seu hermes”
E vai entao outra “critica construtiva”: resuma isso tudo citando “mitos órficos”!
Miguel (admin)MestreOlá
Após ler as últimas mensagens fiquei curioso e, motivado, decidi pela leitura do extenso texto do Sr. José Domingos Martins da Trindade que não havia feito até então.
Antes de comentar o texto de JDMT, gostaria de falar àqueles que tanto defendem a filosofia e o discurso filosófico.
Penso, e é apenas uma idéia que me ocorreu neste momento, que o discurso filosófico é baseado em argumentos, e não derrisão literária. Desta forma, seria bom para a filosofia e para o fórum que ao invés ou conjuntamente com o escárnio(que muitas vezes “faz paaarte”) aponte-se também os erros históricos, documentais ou filosóficos da idéia sugerida pelo participante do fórum.
1. O Sr. JDMT inicia o seu texto falando sobre a não existência de cristo. Há contradição histórica nesta afirmação, uma vez que a existência física de Jesus é indicada em textos históricos antigos, alguns apenas com breves referências sobre a crucificação de um homem chamado Jesus, e que teria causado um certo desconforto político na época que reinava Pilatos.
2. De fato estudos atuais apontam divergências na igreja cristã primitiva, tais divergências dogmáticas dividiam a igreja, basicamente, em dois grandes grupos: Seguidores de Tertuliano e seguidores de Valentino. Sabe-se que nesta disputa política venceram os seguidores de Tertuliano e Irineu(o mártir), pois fora esta facção que conseguiu a aliança com Roma. Deste episódio podemos fazer a seguinte pergunta:
Fora Constantino que se prosternou diante do cristianismo ou a igreja de cristo se converteu para Roma?
3. Feita a união entre Roma e uma das facções políticas da antiga igreja cristã, chegaremos naturalmente a conclusão de que todo o material dogmático do partido vencido fora considerado herético, portanto, banido dos domínios de Roma.
4. Contudo, e estou apenas especulando, algum monge nos arredores do Alto Egito depositou em um pote vermelho de cerâmica os textos que Roma passou a considerar Heresia, e os enterrou perto da cidade de Nag Hammadi que fica próximo de Jabal al-Tarif, uma montanha com mais de 150 cavernas incrustadas. Os motivos que levaram este monge a enterrá-los eu não sei, contudo, penso que há algo de providencial em tudo isto, pois o desejo da igreja de Roma sempre foi escondê-los da humanidade a qualquer custo.
5. Muitos destes textos são citados por Irineu e Tertuliano como o símbolo da heresia, sendo que o mais famoso deles é o Evangelho Segundo Tomé, no qual é baseado o filme “Stigmata”.
6. Sabe-se que os textos encontrados estavam escritos em Copta, o que indica, segundo os estudiosos, que não se trata de um original, que eram escritos em grego, mas sim de uma tradução do grego para o copta. Esta conclusão é bastante factível, pois em 1890 o estudioso francês Jean Doresse identificou fragmentos em grego de um texto chamado Evangelho de Tomé, naquela época não se sabia se se tratava do famoso apócrifo de Tomé tantas vezes apontado por Irineu e seus seguidores, sendo que com a descoberta dos textos de Nag Hammadi(1945) a dúvida fora sanada indicando se tratar muito provavelmente do texto que Irineu e seus seguidores indicam como heresia, pois se trata de um só evangelho encontrado em línguas diferentes e lugares diferentes.
7. Quanto a bibliografia indicada por JDMT tenho seguinte a dizer:
apenas sei de Adolf von Harnack, grande historiador alemão que ao pesquisar o gnosticismo, o considerou heresia cristã, pois, segundo Harnack, os gnósticos(seguidores de Valentim) foram os primeiros teólogos, uma vez que interpretaram a doutrina cristã em termos de filosofia grega, criando uma forma híbrida e falsa do ensinamento cristão ou helenização aguda do cristianismo.8. Particularmente não me importo se o autor é maçom ou um padre ou um cientista, desde que ao fazer os seus estudos ele o faça como cientista, deixando de lado as suas preferências dogmáticas religiosas, pois sabemos que o compromisso da ciência é para com a verdade, esteja ela onde estiver. Todavia, sabemos que a expectativa do observador influência o objeto observado, ou diria o resultado da pesquisa, eis o grande obstáculo a ser transposto pelo pesquisador: a imparcialidade.
9. De minha parte, digo que os textos do Sr. JDMT são especulativos, pois se baseiam em teorias gerais sobre o cristianismo(todos desejam encontrar o santo graal da área estudada, mas John Horgan nos ensina os perigos de trilhar tal caminho, com ele temos tb a história e suas lições), mas isto não tira a sua importância, pois nas entrelinhas destas teorias temos fatos históricos importantes que não podem ser desprezados, do contrário corremos o risco de jogar a água fora junto com a criança. Não poderia ser de outra forma, isto é, correr tal risco, afinal discutimos a controversa história Bíblica. Ou amamos ou odiamos. Ideal seria julgarmos com o mínimo de alienação.
abs.
Miguel (admin)MestreEntendi, e me deixe fazer outra pergunta então, por que o homem teme a morte?E mesmo que se sobreviva a ela também é colocado por algumas filosofias que se deve temela, exemplo a comica imagem de um inferno onde cada um pagará por seus atos, mesmo sendo extremamente comica, pelo menos para mim, existe muitas pessoas que acreditam nisso, e que prefeririam o nada ao inferno, e mesmo assim correm atrás de explicações fantaziosas para as coisas.
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