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Miguel (admin)Mestre
Aos moderadores,
Na minha opinião o debate esteve longe de ser ofensivo. Cada participante utiliza-se do seu estilo e argumentos para manter-se na discussão.
Curiosamente, os moderadores, pelo fato de terem o poder de vetar, acabam adotando este tipo de decisão quando tem suas opiniões contrariadas insistentemente.Mario, a citação sua “…rancores, arrogância, indelicadezas, perspectiva pessoal distorcida colocada como verdade universal, afirmações peremptórias….”, para fundamentar a decisão pode
ser encontrada em todas as opiniões expostas neste fórum.Para exemplificar:
Walace de Almeida Rodrigues:
“Quem achar que isso é O conhecimento, entao nao entendeu nem vai entender nada sobre filosofia. ”Ida:
OS IMPASSES DA UNIVERSIDADE PÚBLICA – ANGELO PRIORI
“A mediocridade de uma parte de nossos políticos
e a miopia de muitos dirigentes de universidades contribuem para isso.”Miguel:
“Em breve, a classe de ips do seu provedor será banida, e suas mensagens (com o nick que tiver), serão deletadas.”Fica evidente uma certa precipitação dos moderadores nesta decisão tomada.
Abs
Miguel (admin)MestreFerris,
ref. 05.06.02 (10:09am):
” – a razão determinaria e sustentaria a linha do fronte;”
…travou-se na sustentação;
o ego aliado a razão estariam como processo criativo resultante, administradas as inconsciências, em tempo concreto; se de deixar conduzir pelo ego, ocorrre depreciação por conta da sobrecarga;
os exercimentos pelo saber detentor, estaria no patamar ego mas não exercendo-se como tal, mas subsidiado pela razão … (?).
abs.
Miguel (admin)MestreMário
Sua mensagem é cheia de rancores, arrogância, indelicadezas, perspectiva pessoal distorcida colocada como verdade universal, afirmações peremptórias. Parece que sua única preocupação é provocar, da perspectiva de antípodas, bem ao gosto do mestre Olavo, polemista profissional, truculento, reacionário e grosseiro. Um dos exemplos da distorção de Olavo é que ele usa um exemplo clássico da História da Filosofia, o caso Sócrates, para argumentar que sempre existem indivíduos que se põe contra os paradigmas da estrutura de poder vigente (no caso ele contra a USP). É uma pena que o fórum dele esteja fora do ar, do contrário você podia voltar para lá. Aqui no Fórum Consciência, não obstante suas impertinentes e insistentes colocações e sugestões sobre nosso funcionamento, prezamos a discussão civlizada, produtiva, com bom-senso. Agressões pessoais como a sua não são bem vindas e você está sendo convidado a se retirar do fórum. Em breve, a classe de ips do seu provedor será banida, e suas mensagens (com o nick que tiver), serão deletadas. Você pode reforçar ainda mais à vontade sua posição de vingador mascarado contra nosso gueto ou simplesmente procurar outro lugar. Esta é uma decisão conjunta dos moderadores. Seus rebates ponto a ponto, reclamando para si toda a verdade e rigor são tão prolixos quanto iníquos.
Eis algumas afirmações absurdas suas:
“Eis o que dá para discorrer:
a) greve só paralisa e gera atrasos e recuperações fajutas;”
R: Generalização bizonha, inverdade. A greve de 2000 na USP, por exemplo, conseguiu ganhos que permitiram a permanência de seu funcionamento, ou seja reajuste salarial e contratação de professores. A faculdade de filosofia, atualmente, necessita de no mínimo 11 professores para continuar a funcionar, pois esse é o numero de professores que irã se aposentar nos próximos anos. E as aulas já estão lotadas.“b) não chama a atenção de coisa alguma (mídia anda à cata de coisas que repercutam)”
Mas é claro que chama. Os atos dos estudantes na Bienal deram capa na Folha. Artigos tem sido produzido na grande imprensa diariamente. A própria perspectiva de Dimenstein, da qual discordo é prova disso. Visite http://www.mobilizacao.cjb.net para ver um clipping da repercurssão na mídia.“c) greves estão como “nuvens” que aparecem e desaparecem sem deixar nada;”
Veja a resposta da a. Cada greve traz um ganho, que embora não seja definitivo, permite a continuação do funcionamento.“d) grevistas diante dos turbilhonamentos paulistas/nacionais, são meras gotas no oceano;”
Meu caro, o direito de greve é garantido por lei. É uma legítima forma de garantir melhorias nas condições de trabalho. É claro que a realidade de uma universidade, por exemplo, reflete de forma opaca na realidade nacional. Mas é extremamente importante para a sociedade, toda a produção científica que ela gera para, o hospital das clínicas para. A sua afirmação é absurda.“f) nada de “morte precoce” pois já há mais de década que a crise está “anunciada” por pensadores nacionais;”
Ah, mas uma do grande guru, que agora também é profeta. É claro que a degeneração vem de longe, artigos da Marilena de 1994 já falam da crise da Universidade pública. Mas decretar a morte é precoce sim, pois o que se tem de fazer é garantir a continuidade da Universidade pública com seu padrão de qualidade.“Ainda está para aparecer alguma mente brasileira que defenda “universidade pública, gratuita” com alguns precisamentos, pois o lenga-lenga estaria ainda com recorrer a induzimentos poídos/gastos.”
Você está desqualificando, para começar sem conhecer inteira, toda a produção de artigos, debates que vem sido feitos por centenas de professores de todas as áreas em anos. É mais uma condenação rancorosa, absurda. Certamente você pode rebater qualquer coisa fechada na sua mente cheia de preconceitos, pois sua visão turva a tudo se adequa. A questão é que seus argumentos continuam sem relevância. Veja este documento científico, com argumentos estatísticos, que já te indiquei em outra ocasião no fórum
http://www.usp.br/iea/unipub.html, No entanto nada do que você ler vai adiantar, pelos motivos que já indiquei.“Um curso de graduação profissional é um bem econômico que deve ser comprado, e pago parceladamente graças performance pessoal desenvolvida junto à coletividade.”
Um curso não é um bem econômico nem nas Universidade privadas sérias. Me diga como pode a formação de um indivíduo ser um bem econômico como um carro. A educação é um dos deveres básicos do estado, conforme a constituição. Vá se inteirar dos debates sobre privatização para apresentar argumentos razoáveis. o dever da universidade pública é a) formar profissionais, que recebem uma formação pública e devem repassá-la à sociedade, b) desenvolver pesquisa, como tem sido feito por exemplo, no Genoma,e prestar serviços à sociedade, como é feito nos hospitais. A Universidade não é um desperdício de dinheiro, nem é parasita. Se não são todas as pessoas que dela usufruem (embora indiretamente todos usufruam) isso não vem ao caso. Se meu imposto é usado para asfaltar uma cidade distante que eu nunca virei a visitar, nem por isso eu vou achar injusto pagar imposto.
Ah, não entendi porque a discussão sobre o maior filósofo do século XX não é relevante. Ela foi proposta para que cada um defendesse seu filósofo favorito no século XX, ou apontasse algum pela sua relevância teórica e histórica. O mesmo debate serviu para pauta semelhante no caderno Mais! em 1999. Enfim…
Enfim, contra sua má vontade, não há argumentos. Só uma pergunta: você rodou na FUVEST ou algo assim?
Adeus.
Miguel (admin)MestreRelativo à mensagem “Ida, 04 de Junho de 2002 – 2:42 pm:”.
Procedo sobre trecho de entrevista com Marilena Chauí, onde me chama a atenção uma proposição: “que podem ajudar nos debates deste fórum”.
Então Ida se disporia a ajudar? Ajudaria debates em fórum? Ida se enxergaria? Então Ida bancaria papel de ensejador de debates? Será que Ida teria aterrissado vindo de outro mundo? Classificaria Ida como um tipo estranho! É, coisa que enseja estranhezas!A entrevista de Chauí, como toda a sua obra, usa e abusa de tautologias (coisas inúteis, enrolações, escamoteios). Para comentar a imensa obra, e inúmeras entrevistas, arriscaria até sugerir um fórum específico ao moderador de Consciência.
No todo de sua obra, no meu entender, Chauí está encurralada com um pensar de “fechaduras”, de elevada turvês, de entorpecer assistências, de promover estupefatos, e tornar as platéias um coletivo de basbaques.
Vou debater a seguir – coisa que Ida não o fez, talvez por se considerar ensejador! De estranhezas, claro!1) Chauí: “ninguém está satisfeito com a universidade brasileira que mais parece uma montadora ou supermercado”.
Entendo um mau expressar. Graduados brasileiros em ciências naturais estão com excelentes performances: advocacia, agronomia, engenharia, farmácia, medicina. Nas ciências humanas há desempenhos perante exigências nacionais. Caso Chauí presenciar fila SUS – corredores e macas ocupadas por enfermos -, ficará ruborizada pelos seus dizeres. Caso MC acompanhar advogados e servidores do judiciário – pelos meandros legais -, ela corará! Possivelmente dirá para si, referente seu dizer: “Fui abusada”.2) Chauí: “universidades privadas não têm nenhuma vocação para a formação. Elas não formam professores e nem pesquisadores,”
Interpreto um expressar mal. Em toda atividade profissional com precisão de necessidades e missões, a formação está a pleno pelo ensino nacional. Mas o dizer de Chauí mistura âmbitos, favorece confusões, promove desfoque.
Médico aprende ciências médicas com professores que ensinam sobre medicina. Entretanto no ensino de primeiro e segundo grau, há uma diversidade inimaginável de âmbitos, modelos para todo o tipo de interesses e vistas. Chauí não poderia expressar com tanta desacuidade!3) M. Chauí: “Eu privilegio as universidades formadoras que não escolarizam a educação, nas quais a formação deve trazer o conhecimento crítico”.
Interpreto como mais uma, dentre tantas inconveniências, de Chauí. Durante período para graduar inexiste tempo/espaço para aporte “crítico”. E a universidade não escolariza a educação, mas sim escolariza o ensino, aliás prática por todo o globo terrestre. Ensino e educação são coisas distintas, e a universidade praticamente só aborda sobre ensino. O dizer de Chauí “eu privilegio” está pura pantomina, coisa de bufão.4) Chauí: “Estou convencida de que uma das estratégias de quebra do prestígio, do poder e da expansão da burocracia de tipo administrativo-empresarial na USP passa pela reconsideração, de ponta a ponta, das fundações”.
Idéia espetaculosa, dentro do estilo da moda ruir-de-torres! Mas logo de quem, de Marilena Chauí uma “filha da USP”! Todo discernir de Chauí retrata o espírito uspiano! Misturador de circunstâncias com contextos com cernes que proporcionam desencontros, desacertos.Enfim, não há nada de filosofar nas falas de Chauí. Paro agora pois não dá para seguir, entendo um andar-pelas-beiradas o texto todo. (05/06/02; Consciência)
Miguel (admin)MestreRef. Karein 04 de Junho de 2002 – 10:52 pm: “ego segurar … inconsciente estaria a sinalizar … em ação o self, para minimizar …”.
Alguém sugere uma estorieta legal:
– a consciência disponibilizaria o campo de batalha;
– a razão determinaria e sustentaria a linha do fronte;
– o ego administraria as pontas no estado maior;
– o inconsciente sinalizaria os ânimos/barulheira na retaguarda;
– o self interviria como poder central do palácio real.“Richard Foreman continua a definir o teatro experimental americano; 34 filmes, 19 livros”.
– vamos colocar o profissional RF na etapa “ego”, um gênio pela “razão”, com des-limitada “consciência”.
– RF administra “inconsciência” e acorda com “self”.Legal!
Alguém fez um gol de placa?
Só!Parece uma idéia legal colocar tal estorieta em modo paradigmático:
– enquanto em atividade exercitadora, exercimentos pelo saber detentor, posicionar o indivíduo no patamar “ego”;
– enquanto em atividade diretrizadora, exercimentos pela sabedoria adquirida, posicionar o indivíduo no patamar “self”.Sempre?
Nas situações de embates!
Competir?
Só!K.: “… estaria inconsciente implícito na oposição figurada: ausência-presença”.
Não! Sugere-se colocar o inconsciente como um ente completamente independente, autonomia total, gozo absoluto de liberdade e independência, de atuar quando dá-na-veneta, imprevisibilidade é sua marca; amigão, revolucionário, arruaceiro; contudo sempre para o bem geral da mente.Fazer uma analogia com povão perante o Governo Central, uma coletividade agitada, que passa por sufocos e euforias, bem num estilo brasil.
[nota: paradigma somente para indivíduo mentalmente bem situado]
(fthy; 05/06/02)Miguel (admin)MestreIda, otimas citaçoes.
Sobre ideia da massificaçao do ensino universitário, com as propostas descabidas:
(A) – acabar com o vestibular; e,
(B) – acabar com a universidade publica, com os subsidios, e passar a se cobrar pelas mensalidades: enfim, privatizaçao.((Talvez seria importante discutir outras questoes, mas por hora fico com essas))
Refletindo, por alto:
sobre (A) – o vestibular é, mal-mal, a unica avaliaçao que restou, pelo descaso com que a area de ensino é (des-)cuidada. É o unico tipo de triagem para ingresso no ensino academico que foge, um pouco, do pagou-passou. Se nao é o ideal, é o unico nesse país das dentaduras! O FH do seu C, apesar de saído do ambiente universitário – literalmente saído, nao tem mais nenhum pé lá (com exceçao, talvez, do seu C) – tem bem dado sequencia ao processo de desmantelamento do sistema de ensino.
No Brasil, criou-se a ideia de que quem tem curso universitario é mais gente que o resto. Duvida? Ex: no caso de ser preso, esse nao pode ficar em cela comum. Resultado: todos querem ser gente, e o nivel academico, que em principio seria para uns poucos MESMO (!) – para pesquisa, ou desenvolvimento, ou o que, nao discuto aqui, é pensado para todos e exigido por todos; mesmo que nao se saiba para que. Alguns acham mesmo que a formaçao academica é alienante (no sentido de nao ser pensada para o mercado)… tome mais pragmatismo americano, na versao tupiniquim. “Abrir a universidade para acabar com ela”, parece ser um lema coerente.sobre(B) – com a argumentaçao (a meu ver falsa, mas ainda que fosse) de que os que ingressam na universidade tem capacidade para pagar… a ideia por tras disso: pesquisa é hobby.
O Brasil é um dos poucos países que se dá ao luxo de pensar que pode se desenvolver sem tecnologia, ou que nao precisa desenvolve-la, porque os outros a doarão de bom grado. Seria isso? Muito ingenuo se fosse. Nao, creio. Há muito mais por tras dessa politicagem toda. Seja como for, o FH do seu C tem vendido o país baratinho.
Mas, já que o estudo academico é subsidiado, por que nao é aproveitado? Se formam, hoje, os doutores que, amanhã, vao sair do país porque nao serao aproveitados para aquilo que foram formados. Para que o subsidio entao? A proposito, NAO PROPONHO O FIM DELE! (ufa!) Serviços prestados em obras de cunho social poderia ser uma hipotese de aproveitamento dos formados com dinheiro de subsidio, nao a unica, evidentemente.Tudo isso passa, claro, por uma nova compreensao e atuaçao politica, nao só do politico profissional (!?), mas de toda a sociedade. Ou ainda existem os que esperam D. Sebastiao e Sasá Mutema?
[]´s
Miguel (admin)MestreFerris,
ref. 04.06.02 (8:06pm) .-
inconsciente// “prós-quinto-dos-infernos” ….
parece que por conta do ego segurar as pontas, o inconsciente estaria a sinalizar presença de sobrecargas a assediá-lo; enquanto o ego por vezes estaria a consumir o consciente … éste correria o risco de ser sobrecarregado pelo inconsciente … coloca-se em ação o self, para minimizar “estragos” do inconsciente … estaria o inconsciente implícito na oposição figurada : ausência-presença … (?)
abs.
Miguel (admin)MestreAcreditar que torcer, apreciar e comentar a atuação de sua seleção na Copa do Mundo aliena as pessoas é uma leitura um tanto estrábica deste fenômeno.
Que o desporto futebol tem alguma importância para as nações está claro (o NEGÓCIO FUTEBOL gira, anualmente, em torno de US$ 300 bilhões).
Porém, a Copa é realizada de quatro em quatro anos, com duração de 4 semanas. Podem ser de 3 a 7 partidas. De 4,5 a 10,5 horas. De 270 a 630 min. Portanto, por menos de meio-dia de atenção não pode-se chamar uma coletividade incomenssurável de “alienada”.
Os indivíduos são identificados como alienados por situações graves, dentre elas: a) escravas, b) doentes mentais e c) foras do contexto. Uma competição esportiva não se enquadra em nenhuma destas situações.Estaria oportuno buscar outras razões/expressões para explicar as interferências onerosas que atribuem a existência da Copa do Mundo.
Miguel (admin)MestreRef. Karein, 04 de Junho de 2002 – 1:02 am:
O que poderia ser dito sobre texto de Foreman foi mensageado, esgotou-se.
Mas Alguém ficou com a pulga-atrás-da-orelha.Pode-se ainda colaborar mas no âmbito profissional hierárquico.
Na hierarquia, no cimo há equipe diretor-projetista-argumentador-estilista.
Abaixo na hierarquia, há equipe roteirista-textualizador-encenador-enquadrador. Mais abaixo, equipe interpretar-correlacionar-consistir-ajustar-ambientalizar. Seguem básicos, atividades indispensáveis para precisamentos.Para Foreman toda a hierarquia estaria discriminada na sua mente, como um filme, e certamente lhe permitiria bancar qualquer das atividades se necessário fosse. Os atores maiores interfeririam em maior ou menor grau de detalhes.
K: ” … que outros inventem desde sua própria subjetividade outras cenas”.
Sim! Um concatenar entre subjetividade e criatividade. Reservar “subjetividade” para o consigo-encontrar, e “criatividade” para seu-empreender. Repete-se, a subjetividade estaria enquanto no agir estratégico (de nunca ser revelado!), e a criatividade enquanto no agir operacional (externar pró programar/planejar). Mas reparar que os atores atuariam para promover modificações em detalhes, pois o conjunto com início-meio-fim já estaria elaborado.K.: ” o produto final, não mais pertencente a nenhum modelo”.
Alguém deveria andar mais pela sombra! Como é que Alguém estaria a aventar a possibilidade de algum modelo fora-de-mundo? Dentro da hierarquia do projeto ocorreria:
– produtor zelaria pelo êxito financeiro;
– autor do texto que zelaria pelo seu estilo;
– diretor que zelaria pela proficiência na obra;
– ator que zelaria pela sua carreira.
Portanto sempre haveria cuidados performados, mas também haveria probabilidade para versionamentos de modelos, e até para status de originalidades, inovações.K.: ” instrumentalizar a exploração do inconsciente”.
Alguém teria decidido dar uma chegadinha lá no espaço sideral? É o que estaria a dar a entender! Esquecer o tal de “inconsciente”! Deixar de lado, de fora, mandar pros quintos-dos-infernos, o tal de inconsciente! Para Foreman, os “espelhos” significariam trocas dialética internamente à hierarquia, bate-bocas e “brainstormings”.K.: “as subjetividades parciais envolvidas no processo das intencionalidades, poderiam vir a depreciar o sentido da objetividade da intenção do autor, perfeito idealmente, caso não versionar”.
Para esse trecho de Alguém, somente com uma figuração exagerada!. Imaginar um imenso depósito a céu aberto, com todas as peças/ partes do “monstruoso” avião-bombardeiro B-52; agora imaginar uma confusão colossal originada por combinar de vendaval com tornado com furacão, sobre o imenso depósito-estoque; agora imaginar que quando passar tudo, baixar a poeira, o céu voltar a ser azul … uma surpresa! … um presente inesperado! … diante dos olhos um B-52 montado e pronto para decolar!
Alguém entendeu, certamente! Está-se a salientar que alguns textos de Alguém se pareceriam com elaborações (elucubrações!) geradas por conjunções de fenômenos, coisa de turbilhões mentais!
(fthy; 04/06/02)Miguel (admin)Mestre“A seleção é a pátria de chuteiras.”
Nelson Rodrigues.O FUTEBOL E IDENTIDADE NACIONAL: O CASO DA COPA DE 1938. Plínio José Labriola de C. Negreiros.
“Esse momento de Copa contribuiu, de forma decisiva, para fazer com que o futebol aumentasse os seus vínculos com a sociedade brasileira. Essa competição, além de aumentar a paixão pelo futebol, foi capaz de suscitar inúmeras questões acerca da própria concepção de nação. Pessoas das mais diferentes regiões do país mostraram-se atentas e solidárias com o destino do futebol do Brasil. Os relatos sobre torcedores apaixonados, os mais estranhos possíveis, demonstra que nos campos de futebol da França disputou-se muito mais do que um torneio de futebol. O destino do Brasil estava sendo decidido, entre uma disputa de bola e outra.
Simbolicamente reforçou-se a idéia de que não era uma mera disputa esportiva, mas uma provação com o intuito de mostrar a força do Brasil, da seu povo, a partir do futebol. De diversas maneiras, cada brasileiro foi responsabilizado pelo desempenho dos atletas do Brasil.
Esse momento de reafirmação da nacionalidade foi um sucesso, apesar da derrota para a seleção italiana. Isso permitiu que se reacendesse velhas questões acerca do potencial do Brasil enquanto uma verdadeira nação, forte o suficiente para não ser prejudicada no campo esportivo. Entre cronistas esportivos, como Thomaz Mazzoni, surgiu a análise de que o time do Brasil havia sido várias vezes prejudicado no torneio, pois tratava-se de uma país sem qualquer prestígio internacional. Mais uma vez, a necessidade da construção de uma nação. Porém, o primeiro passo havia sido dado, já que o futebol estivera na Europa com sucesso, e a nação parou para acompanhar os seus novos heróis.”Por estes motivos, se não der Brasil, torço pela Argentina. Vcs. viram a festa dos senegaleses na França, em Paris.Não foi a melhor resposta para LePen? Ou vcs. estão tão alienados do mundo que não sabem que Senegal ganhou de 1 a zero?
Miguel (admin)MestreSempre fiz parte do time da escola quando criança e adolescente, meu 1º sonho na vida era me tornar um jogador de futebol, mas nascer no interior do Maranhão atrapalhou muito minha trajetória, se tivesse nascido em Portugal talvez hoje estaria na copa
Mas se tivesse nascido em Portgual não traria em meu código genético um pouco da herança negra e índigena dos meus bisavós! aí talvez por isso não teria o biotipo adquado para se tornar um bom jogador de futebol(baixinho das pernas tortas)
pois bem esse talento que Deus deu para um hoje ateu
me fez conhecer um outro lado do mundo: o subúrbio onde o sonho da maioria das crianças também era se tornar um jogador de futebol depois vi meus amigos crescerem uns entrando no álcool outros nas drogas mas eu (mauricinho) que estudava em colégio bom apesar dos pezares estou inserido na sociedade. Jente esse sentimento do brasileiro pelo futebol é muito forte remonta a nossa infância sei que é exagerado a atenção do brasileiro pelo mesmo, sei que é exagerado os salários dos jogadores mas é porque virou um negócio muito lucrativo para quem paga esses mesmos jogadores(capitalismo) As vezes chego a torcer contra a seleção pra ver se o “poväo” se revolta e vota no Lula só de raiva
ou tento torcer contra pra ver se Ricardo Teixeira sai logo!
Se o nosso país fosse um país digno, acredito que os clubes e escolinhas de futebol também iriam contribuir em muito tirando crianças do mau caminho dando educação as mesmas, teriamos campeonatos universitários como vitrine para os campeonatos profissionais, como acontece com a NBA norte americana.Miguel (admin)Mestretranscrição de alguns trechos da professora Marilena Chuai que podem ajudar nos debates deste fórum.
DEMOCRATIZAÇÃO NÃO PODE SE CONFUNDIR COM MASSIFICAÇÃO
Entrevista: MARILENA CHAUÍ“NoBrasil, as universidades têm tomado a forma de pequenos guetosauto-referidos, internamente fracionados por divisões políticas edesavenças pessoais”,
Entrevista
– Você diz que a universidade brasileira é uma prestadora de serviços,administrada como uma montadora de automóveis ou uma rede de
supermercados. Mas ninguém está satisfeito: as empresas se queixam daformação deficitária dos profissionais; os alunos estão insatisfeitoscom o pouco prestígio dos diplomas e as incertezas do mercado. A quem
agrada o modelo universitário atual, afinal de contas?
– A ninguém. Esse modelo é um equívoco porque a universidade não temessa função e por isso não pode agradar a ninguém. A universidade não éuma escola técnica profissional voltada para os interesses imediatos do
mercado. Essa não é a natureza da universidade. A universidade tem como
destinação no conhecimento a realização de pesquisas a longo prazo.
Então ela não satisfaz as empresas e nem realiza expectativa nenhuma. Éum grande colegial avançado. Um modelo operacional que é sobretudo umprocesso destruidor.
– O modelo das universidades brasileiras pode ser comparado a algumoutro no mundo que tenha semelhantes característi cas?
– Ele é, na verdade, uma mescla de modelos europeus, como o francês eo alemão. Depois, a partir da ditadura, houve a superposição do modelonorte-americano, sobretudo nas grandes universidades públicas, criando
com isso um perfil híbrido e não definido. A tradição formadora que auniversidade tinha se inverteu ao se acoplar o modelo americano, nãohouve como efetuar o ajuste. Isso no que se refere às grandes
universidades federais. Por outro lado, há uma ausência de modelo e deperfil para a enorme maioria das universidades públicas brasileiras e,em particular, as universidades privadas, que não têm nenhuma vocaçãopara a formação. Elas não formam professores e nem pesquisadores,
lançando às toneladas no mercado de trabalho pessoas totalmentedespreparadas.
– Qual a principal característica das universidades na Europa e nos
Estados Unidos?
– Na França e na Alemanha, são as universidades de formação. Inserem-se em um contexto histórico-cultural amplo, no qual não há uma separação rígida entre as humanidades e as ciências duras e são voltadas àgraduação e à pós- graduação. Enquanto isso, o modelo americano não sepreocupa com a formação e sim com a preparação para um estágio superior
do trabalho universitário. Então, a graduação é altamente escolarizada.
– Existe algum modelo universitário que poderia ser copiado pelo Brasil?
– Não, cada universidade está ligada a seu contexto histórico-cultural e
deve criar seu próprio modelo.
– Mas existe um modelo a ser privilegiado?
– Eu privilegio as universidades formadoras que não escolarizam aeducação, nas quais a formação deve trazer o conhecimento crítico e apesquisa não é fragmentada e dissolvida em minúsculas questões que fazemcom que o pesquisador não venha a produzir conhecimento e saber novo.
– Você citou os exemplos da França e da Alemanha. E lá, os modelos são
bem sucedidos?
– Não. O neoliberalismo não deixa nada intacto. As universidades lá também estão sendo destruídas pelas determinações do mercado. Nada
escapa a esta máquina de barbárie.
– Você escreve que o diálogo dos estudantes não é com os professores,mas com o saber. Os professores devem ser mediadores desse diálogo e nãoseu obstáculo.
De que formas eles emperram essa comunic ação?
– O diálogo principal não pode ser com o professor, que apenas deveassegurar a mediação do diálogo. Isso porque o professor não éproprietário do saber, que é sempre um lugar vazio. Os alunos, então,sentem-se capazes de ocupar esse lugar. Isso é o saber democrático. Omesmo acontece nas eleições. O poder pertence à sociedade e deve estar, como o saber, sempre vazio. A sociedade escolhe alguém para a mediação.
Ninguém é senhor, rei, príncipe do poder. Com o saber, é a mesma coisa epor isso o diálogo deve ser estabelecido com o conhecimento e não com oprofessor.
– Você escreve que a universidade perdeu sua finalidade ideológica,tornando-se uma instituição anacrônica, desvinculando também educação esaber. Neste processo, como ficam os pesquisadores que precisam de tempo
e recursos para desenvolver o saber científico?
– Os pesquisadores ficam muito mal. Ficam na dependência de agênciasfinanciadoras externas que determinam o tempo, a forma e o conteúdo daspesquisas. A pesquisa livre e independente, suscitada pelos problemas
teóricos, fica sempre na dependência dos financiadores.
– Você trata também das distinções existentes entre o professor e o
pesquisador. Poderia comentar a respeito?
– Como a graduação foi transformada em um colegial avançado, ela foi
naturalmente desvalorizada. Por outro lado, foi dado um valor extremo àpós-graduação, que recebeu um prestígio desmesurado e absurdo. A partirdisso, há uma discriminação entre o professor que dá aulas na graduação
e o que ministra na pós-graduação. Passou então a existir umahierarquia. Uma coisa típica do brasileiro. Isso não existe em lugarnenhum do mundo. Há que se dizer, no entanto, que na USP, pelo menos na
área das humanidades, não posso generalizar, há o esforço de sevalorizar a graduação, evitando que a pós-graduação se transforme em
fonte de prestígio e poder.
– Você cita em seu livro uma série de indagações que os professores e os
pesquisadores deveriam fazer a si mesmos para testar a qualidade de seutrabalho. Em seu entender, quais são os pecados capitais que amboscometem?
– Não critico professores nem pesquisadores, mas os critériosquantitativos de avaliação existentes. Números não avaliam, apenas
descrevem. A avaliação que está implantada atualmente não avalia nada. Éum questionário puramente quantitativo, baseado em números de estudantesorientados, artigos publicados, etc. É claro que os números também são
importantes, mas há que se ter uma avaliação qualitativa, inclusive umprocesso de auto- avaliação para que os professores possam ser avaliadose avaliar segundo a qualidade do trabalho que estão realizando e o
domínio da disciplina no qual trabalham.
– Afirma-se que o governo vem distribuindo concessões para a aberturade faculdades particulares da mesma forma como se distribuía há algumtempo canais de televisão. Quais são as conseqüências a longo prazodessa política?
– São basicamente duas. De um lado, o descrédito da universidade. Asociedade não vai distinguir as universidades, não vai pensar nelas comoum espaço crítico e formador. Não vai valorizá-la, se em cada esquinatem uma; por outro lado, haverá um rebaixamento da cultura nacional e um
empobrecimento do pensamento crítico, além de um conseqüenteenfraquecimento da pesquisa, com a dependência da pesquisa estrangeira.
Além, é claro, de um número enorme de mão-de-obra despreparada edesempregada. Não se pode confundir democratização com massificação.
(Jornal do Brasil – 16/06/2001)Debate na Biental entre Bento Prado e Marilena Chuaí (resumo do que disse a professora)
Filosofia por quê?
” Faz-se para a filosofia uma pergunta que não se faz para nenhuma outra manifestação cultural. A filosofia tem sempre de prestar contas de a que veio. Só isso já vale uma boa reflexão.
E, normalmente, essa pergunta vem antes da pergunta que, se feita, poderia respondê-la: o que é filosofia? A pergunta “o que é” é a pergunta filosófica por excelência. E é curioso que justamente à filosofia não se faça a pergunta filosófica por excelência. A pergunta “por que filosofia” só faz sentido se perguntarmos “o que é filosofia”.
Podemos marcar 3 grandes instantes em que se disse o que é a filosofia.
Grécia: homem pode apenas desejar o saber
Consta que Pitágoras teria dito que a sabedoria (no sentido de 'saber' e de 'conduta perfeita') pertence apenas aos deuses. E que os seres humanos, imperfeitos que são, seriam capazes apenas de desejar a sabedoria, de amá-la. Teria sido Pitágoras o inventor da palavra filosofia: 'filós', amizade, amor; e 'sofia', saber, sabedoria. Vem daí a certeza de que um filósofo não é sábio. O sábio deteria a sabedoria, enquanto o filósofo podia apenas aspirar a sabedoria, sabendo, como Sócrates, que sua única certeza é saber que nada sabe.
Modernidade: filosofia justifica a ciência
Com a modernidade, no século 17, com os pensadores como Galileu, Descartes, Bacon, Hobbes, a filosofia passa a ser definida de outra maneira. Vive-se um momento histórico marcado pelo capitalismo mercantil, e a idéia da conquista e de apoderação da natureza para dominá-la pelo conhecimento torna-se a marca da modernidade.
A filosofia vai ser vista como aquele conhecimento capaz de oferecer a fundamentação do conhecimento científico, cujo objetivo é dominar e controlar a natureza. O conhecimento científico precisava ser racionalmente explicado, e como não poderia justificar-se a si mesmo, esperava-se que a filosofia o fizesse. A filosofia surge então como a justificativa teórica e racional de um conhecimento que pretende ser total e dominar a realidade.
Século 20: filósofo é apenas testemunha de sua própria busca
No século 20, os impasses da ciência, das artes, a precariedade das religiões, a idéia de uma revolução utópica política de libertação transtornam um mundo que parecia dominado, explicado e controlado.
A filosofia se torna a busca da origem, causa e forma de todas essas crises no século 20. Merleau-Ponty dizque o filósofo é aquele que é testemunha de sua própria busca, que é testemunha de sua desordem interior. E é aquele que, como qualquer ser humano, vive semi-adormecido e semi-silencioso, passando à filosofia quando desperta e fala. Ninguém é portanto filósofo sozinho, e a peculiaridade da filosofia é ajudar fazer falar as outras manifestações do conhecimento. Só isso.”Debate de Marilena Chuaí com Bresser Pereira (resumo do que disse a professora)
“Nós estamos impedidos de realizar o trabalho da docência, e os alunos estão impedidos de receber cursos universitários. O professor, a partir de um determinado momento, ano após ano, repete a mesma aula, porque não tem tempo de preparar outra. Mesmo porque ele vai ser avaliado pelo número de papéis, de livros, de notas de rodapé,de congressos, de colóquios e do raio que o parta!”
“Essa história de que nós temos que avaliar o custo/benefício em função de quanto custa cada aluno por professor, ou de quanto custa um professor para cada 50 alunos, é a morte do trabalho universitário”
“O benefício é a formação. Então tem que diminuir o número das classes, tem que aumentar o número dos professores, e sobretudo tem que fazer concurso, para contratar os professores, porque é um escândalo nessa universidade o professor precário, o professor flexibilizado”
“Exigência do mercado no Brasil é rotina, repetição, tudo que não inclui nem inovação, nem criatividade, nem originalidade, nem profundidade. Originalidade e
criatividade o mercado pede para as agências de publicidade. Para nós, não”
“Estou convencida de que uma das estratégias de quebra do prestígio, do poder e da expansão da burocracia de tipo administrativo-empresarial na USP passa pela reconsideração, de ponta a ponta, das fundações”Miguel (admin)MestreMiguel, infelismente isso não ocorre apenas com o futebol, mas com as lágrimas de mães e crianças, jovens drogados e idosos, sei que há motivos por traz disso, mas acredito que outro sistema está por aparecer, não socialismo, não capitalismo, anarquismo,outro, pode-se dizer, uma evolução (crescimento) do capitalismo (não o new, nesse eu não acredito mesmo!!)
Bons debates…Miguel (admin)MestreThelma, a historia mostra que isso sempre foi assim, vc está certa ao falar da política do pao e circo, no império romano. Mas perceba que se tratando de futebol e outras quinquilharias mundiais cada pais quer a sua e “proteje” como se fosse sua vida, então descordo um pouco do que vc disse, e prefiro acreditar que se eu conseguir mudar meu pensamento e tentar fazer aqueles que estão ao meu lado pensarem em pensar diferente em vez de me revoltar com um mundo tão distante como o da Copa (já que esse é o período em que a maioria é “patriota”) já terá me valido ao menos uns 30 anos de minha vida…
Apesar de ser um pouco anarquista, também sou socialista e capitalista, talvez até relativista.. mas como diz Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Um abraçoMiguel (admin)MestrePreciso descobrir qual a melhor forma de decisão, sobre a faculdade ou um emprego, sei que melhor é a faculdade, mas as dificuldades emperram o conhecimento, Meu nome é Angelita e curso Historia na UFMS. A historia é maravilhosa, mas mostra uma face que não se conhece da humanidade, principalmente nas aulas de filosofia é que descubro essa diferença, é por isso que gostaria da opinião de outros… decidir entre o conhecimento bem produzido ou o reproduzido… mande opiniões para meu e-mail.
[email protected]
OBS: A melhor coisa que se pode fazer é pensar e construir, e eu concordo com ” o homem é a medida para todas as coisas, hoje eu apresento um seminária sobre os sofistas pré socráticos.
Boa tarde.!!! -
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