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Miguel (admin)Mestre
Oi Miguel,
Interessante o que vc colocou. Concordo com vc em genero, numero e grau qt à necessidade do aluno estudar e aprender a historia da filosofia! Qt a isso, nada a acrescentar. Dizer o contrario seria como que querer nao ensinar cálculo para um aluno de matemática, na esperança de que a “pura criatividade” dele vá resolver tudo. No melhor dos casos, ele ia reinventar a roda, qd nao fosse equipar seu carro com um octagono no lugar dela. Alguns talvez se contentassem até com triangulos.
Qt aos filosofos terem muito espaço para se manifestar, já acho que nao posso concordar. Os poucos que conseguem, sao as exceçoes que confirmam a regra. Pensei, de imediato, no caderno Mais da Folha, que tem divulgado artigos bons. Mais um ou outro espaço, talvez. Mas nao creio que digo algo tao estranho assim qd falo do velho problema da “utilidade” da filosofia, ou até da competencia da mesma, para tratar de assuntos que dizem respeito ao dia a dia das pessoas. (Só recordando. Evidente que nao defendo essa posiçao.) O positivismo pode ter morrido como posiçao filosofica – e morreu até tarde – mas ainda impregna a mente de muitos no que diz respeito a um preconceito para com a filosofia. Outros departamentos – historia, psicologia, biologia, fisica etc – se acham plenamente competentes para se manifestarem sobre tudo e todos, sem consultar qualquer filosofo que seja, mesmo qd fazem afirmaçoes de cunho filosofico (e geralmente, alias, fazem má filosofia). Se vê isso com frequencia, exemplos nao faltam: neurologistas falando de etica, biologos falando de metafisica, fisicos falando de epistemologia. Cada vez mais a fronteira entre filosofia e ciencia fica confusa. Mas, enquanto os cientistas se julgam capazes de filosofar, com a outra parte é mais dificil a aceitaçao.
Qt ao ensino da filosofia, há mesmo algumas antinomias. Isso vem desde Kant e Hegel. Filosofia pode ser ensinada? Para Kant, nao, para Hegel, dava até a forma/conteudo. A pergunta por si só já coloca em questao o que se entende por filosofo. Derrida tb tratou da questao, de outra poderia ser interessante colocar aqui as antinomias que ele enumerou. Por hora, nao há necessidade.
Nao sei se discordo do que vc disse. Acho que nao. Entao apenas chamo a atençao para uma outra face da figura.
[]´s
Miguel (admin)MestreRef. Karein 01 de Junho de 2002 – 6:00 pm:
K.: “Blake [] dupla visão [] intelecto na ação [] visão para dentro, não fora”.
Entende-se o seguinte:
– “intelecto” está como a razão; razão tolera tudo, aceita num estilo saco-de-pancada, de-bater-até-cansar; mas razão não é boba, enquadra tudo via bom-senso, senso comum e senso crítico;
– bom-senso está a proteger pessoa (organismo e personalidade); senso comum fixa situação em ambiente, seja na coletividade ou tipo no-meio-do-mato;
– a “dupla visão” de que Blake se refere é de “visionário”, que ele detinha; ele é visto como pensador que provoca arrepios, seus escritos se mostram nus e crus e secos e gélidos; rigorismo + austeridade + severidade + inexorabilidade;
– Blake não tem nada a ver com bom-senso e senso comum; os escritos de Blake estão no âmbito do senso crítico, de meta-linguagem.K.: ” a razão estaria como a capacidade extra de gerar eficácias com eficiências”.
Não! Imaginar a razão como uma super capacidade (estonteante!) que utiliza tudo o que lhe estiver útil contido na consciência. Figurado: a consciência estaria como uma imensa extensão de terra de onde pode ser colhido de tudo no âmbito mineral e vegetal e animal; a razão estaria como uma capacidade de engendrar que exploraria a imensa extensão em modo: usa&abusa, vira&mexe&remexe&revira, fazer gato&sapato.Mas a razão não é independente, a razão está interna numa hierarquia, a razão tem “chefão”: a psique (ou coisa parecida!).
Para gerar eficácia a razão deve estar orientada para o êxito da ação. O ícone Saber-Poder-Querer está com um oportuno instrumento para gerar eficácias. Reparar que a eficácia implica em êxito (nem que seja mínimo!) e a razão nem sempre atua visando o êxito. Ocorre que a razão está influenciada pelas faculdades cognoscitivas, afetivas, volitivas. Há muitas chances da razão se dar mal, por coisas relevantes ou irrisórias.K.: “senso comum haveria de se virar e lidar com eventuais sobrecargas”.
Não! Figurar o senso comum como o ar atmosférico: com cheiros, com pó, com neblina, com umidade, com chuva, com luz claríssima, com brisa e ventania. O senso comum estaria como uma coisa passiva, de ninguém. O feito humano é o que modificaria o senso comum. Neste mês de junho/2002, com a realização da Copa do Mundo de Futebol, o senso comum do globo estaria momentaneamente excitado.K.: ” entretanto o senso comum estaria a degradar em fundamentos”.
Não! O senso comum não degradaria nem agradaria. O bom senso sim degradaria e modificaria o senso comum. No período de 1935-1945 o bom senso degradou em demasia e sobrecarregou o senso comum que virou uma mazela, uma p. confusão. O senso comum não teria fundamentos, sempre estaria a importar das atividades humanas: científicas, místicas, comportamentais.K.: ” W.B fala acerca de não podermos prolongar essa dupla visão por estar inserida no seu tempo”.
Interpreta-se assim:
– a “segunda visão” coloca o indivíduo como “visionário”; Nostradamus teria tido “dupla visão”, e decidiu-se escrever suas quadrinhas de prognósticos, em modo enigmático; fosse ou não fosse um “vigarista”, o fato é que ele evitaria que o senso comum da época absorvesse suas estranhas leituras;
– Blake estaria a dizer que o “visionário” sempre seria visto como quase um desmiolado; e se a “visão” fosse longe demais, até onde nunca nada haveria equivalências nos imaginários, provavelmente o “visionário” perderia sua sanidade.K.: “… corre-se o risco de corrompê-la”.
Talvez é o que teria ocorrido com Nostradamus, não ele mas seus sucessores, pois ainda hoje/2002 há pessoas que usufruem de ganhos através de interpretações sobre as quadras editadas no século XVI (Nostradamus, francês, 1503-1566, médico, astrólogo, preditor).K.: “Foreman a intencionalidade pode vir a ser interpretada …”.
Auxilia-se noutra de Foremam: “… gestos e ações performados se perdem e são absorvidos pela intencionalidade”.
Interpreta-se “performados”: algo bastante bem formado, estabelecido, coisas bem feitas, perfeitas. Mesmo que na mente os paradigmas estejam “performados”, as realidades deparadas ativam intenções variadas, e os paradigmas ficam depreciados, perdem instrumentalidades. A “intencionalidade” des-orientaria o emprego de paradigmas até um distorcer completo.K.: “quem vê o infinito em todas as coisas, vê Deus; em contrapartida, quem só vê a razão, se vê a si mesmo e nada mais”.
O texto acima pode ser transposto para outro dito de Blake “A Energia é o oposto da Razão”.
Para indivíduos comuns (tal como os daqui!), o tocar a vida cotidiana – de humanidades com normalidades dentro de coletividades -, estaria inadmissível se atrelada cpm prevalência às coisas divinas. Mas também deveria evitar qualquer prefencial exagerado à razão, pois senão ceramente haveria algum embrutecer de vistas e agires. Para cair fora dessas alternativas que se tornam opressivas, estaria conveniente (esperto!) adotar o dito “A Energia é o oposto da Razão”. Reparar que “Energia” estaria nos limites da Beleza, Estética, Maximalidades.
(fthy; 02/06/02)Miguel (admin)MestreSobre Karein 01 de Junho de 2002 – 4:35 pm:
K.: “nada disso”.
Certamente! Depois de pegar-o-jeito e então gostar-da-coisa e logo querer-mais e se dar conta que não-dá-pra-passar-sem … algum SI está a caminho (nada a ver com periodicidade de nove!).K.: “nem 'engolir'”.
Certamente! A questão 'Será Deus perfeito?” não é coisa para imediatismos!
Só para fazer uma relação, na questão de vida vegetal “Nutrição vegetal: fotossíntese, nutrição mineral e respiração celular”, há um dicionário que envolve quase dez mil vocábulos. E em busca de uma prova racional para a existência de Deus, Tomás de Aquino elaborou uma obra “everéstica” e não obteve êxito.Foi-se a descobrir sobre Richard Foreman:
“Richard continua a definir o teatro experimental americano”.http://www.ontological.com/
http://liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/historia/teatro_do_seculo_xx.htm(fthy; 02/06/02)
Miguel (admin)MestreRef. 01 de Junho de 2002 – 4:35 pm, Karein.
Ser Humano/SH versus Ser Internet/SI, ambiente real versus ambiente virtual. Ainda estar-se-ia em momentos primordiais, mais ou menos figurativo daquela “sopa primordial” de 3,5 bilhões de anos atrás. Tudo ainda estaria insipiente, frágil, precário, inculto, insalubre (mais ou menos!).
Mas SH já sabe muito a respeito das coisas. E certamente que um engenho SI não deverá ter nada que lembre SH. Seria tolice (atraso!) caso SH se reproduzisse em ambiente de virtualidades.Mas então o quê?
Outra coisa!
Figura?
Vamos tentar!Vai-se tentar uma figuração para um SI que mesmo sem qualquer coisa em comum com SH, permaneça apreciado (útil!) perante SH, que esteja um SI simulacro de “heterônimo” para SH.
Reparar (sem estranhar!) no que vai relatar-se sobre bicho “elefante”. A tromba do elefante tem dois metros, diâmetro de 30 cm, 60 mil músculos, e serve para:
– arrancar árvores;
– transportar toras e carregar em caminhões;
– apanhar um alfinete e uma moeda no chão no meio do pó;
– apanhar um lápis e fazer traços numa folha de papel;
– destampar uma garrafa, abrir a lingueta de ferrolho;
– segurar xícara fortemente sem danificar;
– arrancar grama e tirar os torrões num bater contra a perna;
– sacudir coqueiro e apanhar côco, cavar poço e sugar água;
– bater no chão para passar sinais de comunicação com outros elefantes;
– detectar cheiro de jibóia e feras;
– perceber alimentos frutíferos distantes até 1,5 quilômetros;
– emitir sons: barrido, zunido, sopro, ronronar, apitar, rugir, ribombar.
(“O instinto da linguagem – como a mente cria a linguagem”; Steven Pinker, 1994; ed. Martins Fontes, 2002).Os estudiosos da Evolução andaram se interrogando “pra quê tanta capacidade num órgão (tromba!)?”. O único concluir em hipótese (empírico!) foi de que tal grau de precisão teria facilitado o sobreviver da espécie até época atual.
O mesmo descobrir/inferir, estaria para o crocodilo/jacaré, para o qual ainda há muito o que descobrir em características: foi recentemente descoberto que no focinho há pontos que detectam uma gota de água cair no leito do rio mesmo distante centenas de metros, e também que sentem o cheiro da jibóia dentro da água mesmo numa distância de 1,5 km.
Elefante e jacaré e SI e SH … qualé?
Vamos tentar sair desta!1. Ser Humano (SH) engendrará seus “heterônimos” Ser Internet (SI).
2. SH – real -, não terá nada em comum com SI – virtual.
3. SI não estará internalizado ao SH, pelo contrário, SI estará externo.
4. SI existirá em ambiente (clube!) exclusivo onde “SH (e meninas!) não entra”.
5. SI disporá de espaço sem limites, e tempo sem-partida-nem-chegada.
6. SI inicialmente estará “servo”, adiante estará “complemento”, mais adiante assumirá como “líder”, e muito mais adiante, numa atitude ultra descarada, bancará o próprio “ente”.Credo, cruzes!
Arrepios?
Estranhezas!
Mera idéia ficcional?
Mas texto determina!
Só de brincar?
Sei não!
(fthy; 02/06/02)Miguel (admin)MestreWalace
Gostei da sua mensagem. Mas você desenvolveu um problema paralelo ao da crise do ensino superior.
O modelo de faculdade de filosofia prediminante tem recebido muitas críticas, como essas que vocês elencaram. Desde Oswaldo Porchat até Olavo e os olavetes. O paradigma vigente é que não se pode ensinar filosofia, apenas História da Filosofia. O aluno, então não é incentivado a tomar posições próprias, mas apenas a analisar obras de “grandes filósofos” e trechos de obras. Essa é uma questão muito difícil. Eu pessoalmente penso que se deve ensinar inicialmente história da filosofia, ela é sempre necessária; a partir daí os mais empenhados podem expressar algo próprio. Senão cai-se o risco de subutilizar conceitos, dizer o que já foi dito, separar um debate sobre um tema da tradição, e daí já não há mais nada de filosofia.
A solidificação e o aumento de uma rotina acadêmica envolve esse aspecto da produção de teses. Cada professor tem sua pasta, um tema específico, e são bem divididas as competências de cada um. Os alunos são mesmo obrigados a se ater a um autor específico, devido o alto grau de especialização exigido para se fazer algo aproveitãvel dentro da filosofia. Assim as teses sobre o conceito Y do autor X na obra N. O grande risco que isso gera é da espiral que dá volta sobre si mesmo: a filosofia perde seu diálogo com a sociedade, e a academia fecha-se na torre de marfim, e as teses tem sua importância reduzida. Além disso, há a formação de panelas que colaboram entre si e recusam a aceitar outros membros.
Mas o debate especializado dentro da academia, ao meu, ver é necessário. Lembremos dos esotéricos e exotéricos. O problema é que o debate não é desinteressado. Mas ao mesmo tempo nós temos tido um crescimento espantoso da filosofia fora da academia, a popularização. O grande risco disso é aquela macdonaldização da filosofia, ou seja, o sujeito lê um livro de resumos e acha desnecessário o labor filosófico. A especialização traz também profundidade, e algumas questões da filosofia muitas vezes demoram anos para serem entendidas. O que é errado é a empáfia.
Eu discordo que os filósofos tem se omitido do debate diante dos outros profissionais. O papel do “filósofo” profissional tem sido o de uma intervenção cultural, não somente para esclarecer quando conceitos da filosofia são indiscriminadamente usados (como a ética). Alguns filósofos não tem medo de assumir posições e criar um pensamento próprio. E esse aspecto mais externo do pensamento está cada vez mais acessível para aqueles que se dispuserem a buscar entendê-los. Temos artigos de filósofos em jornais, revistas culturais, internet, e mesmo na TV. Temos participações em cafés culturais disponíveis para todos e palestras públicas, como a da Marilena Chauí na Bienal, na qual não consegui entrar por estar lotada.
é isso
Miguel (admin)MestreEnfim… (tb eu nao vou citar mais um nome)
dando sequencia as msg do Mario e Miguel:O que foi relatado da USP pode aparecer mais como um “termometro” para o ensino superior de nivel academico no Brasil do que uma mera exceçao. Ou nao?
Greves, paralisaçoes e descaso do governo para com a area de ensino sem duvida tem seu papel importante para compor o quadro.
Mas, é tudo o que se há para dizer? Ou, mesmo no caso mais especifico da filosofia, o filosofo vai mais uma vez se calar e dar todo o espaço e palavra para um sociologo, economista, politico, psicologo, jornalista, ou vendedor de pipoca se pronunciarem? Nada contra. Tambem o cientista, social ou nao, poderia ter algo importante a acrescentar. Mas cada vez mais a filosofia vai sendo colocada a margem por nao ter nada a dizer, ou por incapacidade (nao creio!!), ou por o que? Timidez? Falta de convicçao? Medo (do confronto com a absoluta ciencia “absoluta”)?
[Aqui mais para acordar o gigante. Tomara! Que nao seja como o mago de Oz. Citaram até o Olavo de Carvalho como o maior do século… entao nao cai mal ser um tanto espalhafatoso]O modo como a filosofia caminha no meio academico deixa espaço para que tipo de filosofia?
Para muitos “filosofos”, a metafisica entrou em crise. Agora se pode ser metafisico com qualquer tipo de metafisica. Ou alguem ainda acha que trabalha sem uma? O pior é que acha! [só para recordar, se fala de metafisica do ser, do sujeito. Fala-se “da linguagem”? Há campo para muitas]
A questao dos pressupostos! Se quiser saber como pensa alguem, olhe para aquilo que ele nao pergunta!Um cientista (de um tipo) nao pergunta se o experimento que ele faz pode ou nao dizer algo sobre a realidade, ele colhe os numeros e trabalha com eles. Quem achar que isso é O conhecimento, entao nao entendeu nem vai entender nada sobre filosofia.
Filosofia é financiada por bolsas de pesquisa. Tente pesquisar sobre alguma questao mais generica e veja se consegue a bolsa. Proponha depois discutir o paragrafo X, linha Y, da obra Z do filosofo F, em relação com a semiotica do texto comparado de N, e vc talvez tenha mais chances. [nao que isso nao seja importante, mas… ]
Filosofia abria o horizonte, ciencia era mais especifica. É uma das interpretaçoes possiveis. Hoje isso nao acontece mais. Os departamentos nas universidades parecem guetos. Há os nietzschianos, os hegelianos, os jacobinos, os marxistas, os revoltados, os sei-lá-o-que… E ai daquele que falar de algo que nao se encaixe na ideologia vigente naquele departamento! Outros filosofos estao proibidos. Se forma filosofos ou se doutrina discipulos?
Enquanto isso, vemos fisiologistas, neurologistas, psicanalistas e mais quem se achar capaz se manifestanto sobre tudo: direito, moral, conhecimento etc. Epistemologia passa longe.
No caos entao aparecem os filosofos de boteco. Se na universidade nao se faz filosofia, entao o melhor professor é o manual de auto-ajuda.
E a filosofia chora!
Miguel (admin)MestreFerris,
ref. 30.05.02 (1:05pm)
relação senso comum e razão.-
segundo W.Blake ” para adquirir a dupla visão há que impulsionar ao intelecto, exercitá-lo na ação, forçar a visão para dentro, não para fora.”
a razão estaria como a capacidade extra de gerar eficácias com eficiências, enquanto o senso comum haveria de se virar e lidar com eventuais sobrecargas , já que a razão estaria “ocupada ” na instalação de “novas ” eficácias no senso comúm.
O senso comum estaria impregnado por visões generalizantes, por conta da razão ainda não disponibilizar eficiências para lidar com os eventuais ” déficits ” no senso comum.
a visão dupla de W.Blake operaria nesse relação – senso comum e razão, ao que parece, entretanto o senso comúm estaria a degradar em fundamentos , estados de sobrecargas …
W.B fala acerca de não podermos prolongar essa dupla visão por estar inserida no seu tempo – ” pulsação arterial ” pois se se pretender extender, corre-se o risco de corrompê-la . Nesse sentido a razão teria o seu tempo( de ação), enquanto o senso comum impregnaria o ambiente enquanto isso ; na citação do R. Foreman a intencionalidade pode vir a ser interpretada como atitude que condizem com coletividades em oposição ao impulso gerador…
ainda segundo Blake … quem vê o infinito em todas as coisas , vé Deus ; em contrapartida, quem só vê a razão, se vê a si mesmo e nada mais . … interpretada razão como senso comum e bom senso.abs.
(…)
Miguel (admin)MestreFerris,
ref. 31.05.02
SH e SI .- diferencial no bom senso, por ocasión da palavra que intencione individualidades, estacionar no âmbito da representação, por conta do estar dois em um. ok
K.: nada a ver com intencionalidades e sim haver com processo, a respeito de intencionalidades … .
a simplificação de argumentos e articulações justificou-se na neglicência em termos de atenção e outras circunstâncias que não viriam ao caso; a intenção não é estar como está … nem “engolir” :
… posicionar estrategicamente os espelhos que devolvem o impulso. … a neglicência é pura justificativa e a intenção se fosse o caso aprisionamento, inclina-se para o processo o qual implica em percalços e tb em descobertas.
– Alguém assegura que não vai colocar na rede seus intentos exclusivos; portanto Alguém espera estar como está … e fim de papo.
nada disso.
abs.
(…)
Miguel (admin)MestreMario
Por que assinar o fórum com tantos nicks diferente? Por que não registra seu nick usual e usa apenas este?
Eu tenho apenas dois nicks, registrados. Está bom né?Miguel (admin)MestreMario
As mensagens estão desconexas entre si porque a disposição original não era essa. Cada filósofo tinha seu próprio thread, onde foram mandadas as mensagens. Mas como não estava funcionando bem nesse esquema, juntei todas nessa página e ficou um painel de mensagens, cada um com sua opinião, ao invés de um fórum de debates. Especificamente para esse caso é a solução mais adequada.
Quanto, ao resto, é lamentável.
O artigo oportunista de Dimenstein da folha traz uma série de imperfeições, além de ser tendencioso e mal intencionado. Ele se aproveitou na greve dos estudantes da FFLCH-USP para destilar seu recalque contra a Universidade. Diz, por exemplo, um absurdo: que a USP tem aparecido no jornal mais por causa das manifestações do que pela sua produção científica. Qualquer levantamento colocaria essa hipótese como incorreta.
Ele fez uma pesquisa em “colégios de elite” em São Paulo para argumentar que a USP não é mais primeira opção, devido a sua crise. Os filhos da classe média alta estariam preferindo as “universidades-empresa”, onde “muitos professores da universidade pública vão quando se aposentam”. A USP é um centro de excelência na América Latina, dentro do sistema de ensino superior público brasileiro. O problema é que ter um país produzindo conhecimento científico e oferecendo ensino público, gratuito, e de qualidade para todos não atende aos interesses do governo neoliberal nem do capitalismo especulativo internacional. Existe um plano de metas do BID para o ensino superior brasileiro. Eles não querem que se forme pesquisadores, mas sim profissionais de mercado, a toque de caixa, para apenas absorver e reproduzir o que é produzido lá fora em termos de tecnologia e conhecimento com aplicações econômicas, de mercado. Daí o desmonte da universidade pública. A faculdade de Filosofia, Letras, e Ciências Humanas da USP tem resistido duramente a esse quadro, e é uma das mais sofridas. Estatísicas mostram que ela tem 20% dos alunos da Universidade e e apenas 7% dos professores. A verba destinada também é baixa. Não há contratação de professores. O curso tem mais alunos, e menos professores do que há 10 anos. Isso porque não é orientada para profissionais de mercado, mas sim para pesquisadores e professores. O desmanche se reflete no curso de letras, estopim da greve, que virou uma espécie de secretariado bilingue, e onde o curso de japonês fechou porque não há contratação desde 1988.
A movimentação da greve tem sido feita para chamar a atenção da mídia e da sociedade, mas infelizmente figurinhas comprimetidas, como o sr. Dimenstein, já se aproveitam disso para jogar o movimento contra seus propósitos e decretar a morte precoce da universidade pública.
Quanto as metas, gostaria de lembrar recente episódio do IMF na Argentina, que exigiu, para ajudar os argentinos, que o Congresso revogasse uma lei de 1974 que permitia investigação imediata de casos de corrupção, pois isso causaria insegurança jurídica nos investidores.
Miguel (admin)MestreParece que o pessoal deste fórum estaria a-fim-de … nada-a-ver. Sobre a questão proposta “quem é o maior filósofo” parece que nada se corresponderia, proposta e mensagens.
Seja por desinteresse ou seja por desentendimento, a participação (R/O/V/A/H/E/N/I) ensejou “responder” como se tratasse de joguinho-de-memória ou palavras-cruzadas ou verificação-pra-vestibular!Amostra de cabeças pensantes, provavelmente graduadas oriundas de vários centros de pensar, daria mostra do que campearia por aí relativo quanto pensar antes de mensagear.
Para dar uns trancos-de-memória, eis texto da Folha de 26/05/02: “O mito da USP está chegando ao fim? […] Poucos alunos ainda alimentam a idéia de que a USP é um centro de excelência […] salientam as sofríveis condições de ensino na USP […] assusta e degrada tudo, tantas greves e paralisações […] os professores se aposentam pela USP e vão lecionar em faculdades da rede privada …”. Já com um livro “OImbecilColetivo”, o professor Olavo de Carvalho, ousadamente para a época, há mais de uma década atrás, alertou para previsível “morte anunciada” para USP, onde tudo estava num decair como um rolar-ribanceira-abaixo.
A imagibnação geral é de que todo indivíduo, que entre num fórum intitulado “Questões sobre Filosofia em geral … Quem é o maior filósofo do século XX?”, esteja propenso a entabular, a fazer fluir, a sustentar vaivéns com altos e baixos. Estaria bem dizer que “filosofar tem início mas não tem nem meio nem fim”.
Mas neste fórum dá para ver que nem chegou a ter início (nem entenderam a proposta no título!), mas já estava com meio e fim! Exatamente o oposto de uma atitude “filosofar”! Mas o cabeçalho do fórum está bem elaborado, sugerindo “questões de filosofia”, desligada de respostas/soluções.
Este fórum travou bem num estilo típico “parar antes que venha a funcionar” que se encontra em meios universitários “muitos sabidos” em corpos de docentes, coordenadores, adminstradores, eternos no poder.
Uma dezena de pensadores citados: Heidegger, Popper, Kripke, Todos São Maiores, Wittgenstein, ZUBIRI XAVIER, Sartre, Nietzsche.
Se tudo correr numa boa, é provável que num período maior de tempo outras dezenas venham a ser citados. O fórum então terá perfeito um cânone dos “melhores”. Grande feito!Talvez tenha sido esse estilo de encarar as oportunidades a dar-sopa diante do nariz, e desaproveitadas, que motivou um dos poucos pensadores brasileiros – daqueles que ficam furiosos com a inépcia! -, a chutar-o-pau-da-barraca relativo à coisas transmitidas como se num pódio-de-saber, de panelinhas de caras-de-pau, que vicejam por aí, que só se prestam a servir de foco-de-dengue-se-pensar.
Miguel (admin)MestreRef. Karein, 31 de Maio de 2002 – 1:44 pm.
Vamos combinar?
O quê, e pra quê!
Vistas administrativas?
Embirutou!
Para conduções no fórum?
Com pontos nos i's!K.: concordo com as críticas.
Combina-se o seguinte:
– cada participante está dois-em-um;
– o primeiro como indivíduo real do cotidiano;
– o segundo como indivíduo virtual;
– tal idéia vinga por aí na rede;
– funciona assim: ser humano e ser internet, SH e SI;
– SH para mundanidades, com bom senso, senso comum, senso crítico;
– SI para virtualidades somente sensos comum e crítico, nada com bom senso;
– dessa maneira a palavra escrita se impõe.Sugere-se assim: não haveria críticas, haveria sim re-orientações de rumos, certamente evitar-se-ia gratuidades.
K.: não estaria a representar nada e ninguém.
Certamente! Interpreta-se participantes como “indivíduo em ambiente internet, a bancar virtualidades em modo SI”, ou seja em estilo cada-um-consigo.K.: nada a ver com intencionalidades e sim haver com processo, a respeito de intencionalidades … .
Vou tentar interpretar:
– Alguém atua de modo parcimonioso; anuncia que não lhe faltam conteúdos ou acessos; diz que está imbuída de um conduzimento intencionado;
– Alguém assegura que não vai colocar na rede seus intentos exclusivos; portanto Alguém espera estar como está … e fim de papo.K.: Quero posicionar estrategicamente os espelhos que devolvem o impulso.
Bravo! Legal esse destaque. Estaria o mesmo que dizer “a primeira impressão nunca estaria a valer”, ou de outra maneira “para mim toda impressão/sensação passa por filtros mentais, na recepção tudo está dados a serem apreciados e discernidos pró gerar informações que me importam externar”.K.: Eles dizem não, não seja engulido pela onda de intenção que faz com que cada um se perca.
Hurrah! Em alto e bom tom, estaria a anunciar estilo “senso crítico”, ou “conhece-te a ti mesmo”, ou “sei sim, pois sei que ainda há mais a saber, além do que sei!”. Só para corroborar esse destaque de precisão, reparar numa de embasbacar do poeta William Blake: “A oposição é amizade”.
(fthy; 31/05/02)Miguel (admin)Mestre{Estamos falando de que filosofia afinal? Seguindo David Hume, Kant, mas superando-os em muitos aspectos, está Karl Popper. Não se pode falar de filosofia da ciência sem se falar de Popper.}
Miguel (admin)MestreFerris,
concordo com as críticas, atenções devidas estão sendo um tanto neglicenciadas, por circunstâncias que não vem ao caso;
ensino-educação e representação .-
alguém não estaria a representar nada e ninguém, no caso cada qual representa-se a si mesmo. Sugere-se como alguém munido de informações relativos a conceitos mostre parcimonia de pensamento e articulação, nada a ver com intencionalidades e sim haver com processo, a respeito de intencionalidades …
” Porque sinto que, normalmente, os gestos e ações performados se perdem e são absorvidos pela intencionalidade. E intencionalidade é controlada por esquemas intencionais particulares que uma sociedade particular, na qual você convive estabelece. E eu não quero que o impulso do gesto e do pensamento e da ação seja sugado nesses modelos de intencionalidade. Quero posicionar estratégicamente os espelhos que devolvem o impulso. E é o que faz a frase; é o que faz o fragmento de encenação, o que faz o fragmento de música, idealmente. Eles dizem não, não seja engulido pela onda de intenção que faz com que cada um se perca”.
Richard Foreman (s/fonte).
abs.
Miguel (admin)MestreRef. 30 de Maio de 2002 – 11:25 pm; Karein.
Chama-se a atenção de Alguém para a parcimônia (de parco) de suas mensagens, mesmo após receptar alguns megabytes de textos “fthy”. A (des)educação brasileira (nada a ver com o ensino!) estaria bem representada com Alguém. No Brasil da gente ainda não estaria conseguido (coletivamente!) um preciso distinguir entre “ensino” e “educação”. O Ensino estaria a graduar profissionais brasileiros, em todas as áreas de conhecimento, que ombreariam com equivalentes dos países mais adiantados, porém inexistiriam âmbitos específicos para a Educação, as escolas nacionais desconheceriam processos educativos que complementassem o Ensino. O educativo brasileiro está meramente suplementar ao ensino do conhecimento.
Relativo a vocábulos implícitos no desenvolver de raciocínios apurados – “pragmatismo”, “eficácia”, “poder”, “senso comum”, “estratégia”, “modernidade” -, e outras duas centenas de palavras-chaves, compulsórias na atual época de transição, interpreta-se que Alguém estaria um legítimo personagem-transdutor do desaparelhado sistema educativo nacional.No atual vaivém no fórum “Será Deus Perfeito?” estaria oportuno o modo de abordar pausado rumo às divindades, por um aproximar pelas humanidades. Mas já dever-se-ia (há muitas mensagens atrás!) estar muito de muito adiante, num outro universo de conteúdos, onde estaríamos fluentes com : a) a questão crítica percebida; b) a tecnologia; c) a mudança na percepção humana.
Há um dito “O universo está construído num plano cuja profunda simetria está, de alguma forma, presente na estrutura interno do nosso intelecto” (P. Valéry), que traduziria um ícone Evolução com sete funções:
1. Big-Bang,
2. Galáxia-Sistema Solar,
3. Terra-Lua
4. Natureza
5. Vida
6. Humano,
7. Razão-Senso Comum
Entende-se que o indivíduo que não se dispuser de algum ícone mais-ou-menos-assim – seja lá o quanto estiver profissionalmente preparado -, desperdiçará (estupidez!) chances de engendrar raciocínios humanos proficientes, e permanecerá travado/tolhido/reduzido, dominado pelo bom-senso, e descurado do senso comum.Percebe-se a respeito de Alguém, que nem no seu imaginário disporia de algum inferir orientado por ícone, fosse qual fosse a amplitude e abrangência. (terrivel!)
K.: “ferramentas (eficiência) estariam em processo de depreciação, nada referente a eficácia”. O que está nesse destaque acima, certamente que não foi pensado, foi chutado!
Os vocábulos “eficácia” e “eficiência” expressam relações abstratas, ou seja, ficam de fora (incólumes!) das relações que apresentam ganhos&perdas. Eis alguns vocábulos de mesma classificação: “número”, “ordem”, “diferença”. Reparar que tais vocábulos estariam inerentes ao Universo (ou à Divindade!).
Um dos grandes achados humanos: um vocabulário que seria próprio de deuses.Há 40 mil anos que existe uma ferramenta mental humana para o modificar de ambiente. Um proceder com “eficácia/eficiência” esteve algo apropriado ao humano desde os inícios de sapiens-sapiens, mas prevalecia num modo natural até há duas dezenas e meia de séculos atrás. Foi com a civilização helênica que o humano se apercebeu estar num aperfeiçoar, até dispor em modo de paradigma E&E. Reparar que processo “eficácia/eficiência” iniciou com Big-Bang, e provavelmente vai continuar até o conjecturado Big Crunch.
K.: ” verdade foi associada, no caso, ao Divino, não como coisa da evolução”.
Não! As verdades são coisas da Evolução! O elefante tem tromba, o leão tem juba, a zebra é listrada, o habitat do jacaré é a água: verdades. A água escorre rio abaixo, e as pressões de ar geram movimentos nas águas profundas dos oceanos que se transforma em ondas litorâneas até se extinguirem no rasinho da costa: mais verdades. A bananeira gera fruta “banana”, a videira gera fruta “uva: mais verdades. Todas verdades da Evolução. O Divino está anterior à Evolução: ou a Divindade “inventou” a Evolução, ou a Evolução surgiu devido alguma “invenção anterior” da Divindade. O Humano mais adiante (em épocas!) vai conjecturar a respeito.K.: ” Mas que estratégias seriam idôneas para abarcar fenômenos. (?)”
Esse destaque está tão errado de errado, que nem dá para propositar alguma insipiente partida, está impossível identificar um fio-de-meada. (terrível!)
(fthy; 31/05/02) -
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