Miguel (admin)

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  • em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76569

    Ref. Karein, 26/05/02 – 6:30 pm: “parece contraditório dizer que norte-americanos …”.

    O que gera o novo, em modo de situação, quadro, mudança, fenômeno … sempre e somente a eficácia. A eficiência implica no usufruir … após a eficácia.
    Caso raciocinar assim o mundo à frente vai parecer constituído de uma infinitude de “janelas”.

    Escritor ao entregar seu texto para virar livro … eficácia.
    Pintor ao dar um basta no trabalho na tela … eficácia.
    Delegado ao enviar ao Ministério Público autos investigatórios … eficácia
    Presidente da Câmara ao concluir votação de projeto de lei … eficácia.
    E assim infindáveis situações.

    A eficácia sempre instala uma proposta de fenômenos.
    A eficiência sempre vira&mexe&remexe&bola&rebola em fenômenos.
    Os norte-americanos, por natureza de origem, anglo-saxão calvinista puritano, contam com o seu aliado-eleito Deus, e evidente que Deus não sabe de nada, mas também nem precisa ficar a saber. As cenas assistidas em filmes, documentários e noticiários, de mostrar o presidente nacional acompanhado da família, presente num templo modesto de vilarejo, na cerimônia dominical, é a realidade nacional, do povo em geral.

    Com Deus tudo está somente em eficácia pura. Cristo foi um indivíduo de eficácias o tempo todo. Reparar que divindade-eficácia nunca castiga nem censura nem cobra nem agradece nem festeja nem coisa alguma, mas … somente instala! A Ciência … somente instala!

    A eficácia está como ato de compor. A eficiência está como ato de comportar. Ambos os modos, eficácia e eficiência, estão pelas racionalidades.
    Porém para chegar à eficácia há o empírico, a eficiência desconhece o empírico. Diz-se “norte-americanos ultra pragmáticos” somente para salientar que está no espirito nacional impregnado uma atitude pró eficácias.

    Está incorreto dizer “por conta do excesso de eficiência”. Acontece que a eficiência sempre está de menos, sempre a faltar, sempre num degradar. É devido às mini rápidas/ urgentes eficácias, que acontece de as eficiências não obsoletizarem. O que os norte-americanos descobriram, e que se lhes tornou aprazível fazer, é versionar em cima do existente mesmo que esteja a funcionar a contento. O versionar está como processo para a próxima eficácia.

    [nota: educação brasileira (escolas!) ignora por completo paradigma “eficácia”].
    (fthy; 27/05/02)

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76568

    (…)

    ” os afluentes ou vetores de uma bacia imaginal ( uma sensibilidade) não são estanques, não deixam de comunicar-se com os que os precederam: são extensões de outros, mais remotos.”
    [REVISTA USP, S.P. (1998-99)]

    o sistema marginal … o ponto de referência final estaria fora do fragmento do sistema estigmatizador ;

    ” Nada é feio, só o homem degenerado o é. Os nazistas projetavam na arte ” degenerada ” sua própria degeneração ética e imaginal. Nunca poderiam transformar-se em obras-primas. Nada os impedia de fazê-lo a não ser eles mesmos. Por isso propuseram uma arte como eles imanente : a realista-celebratória, a realista-nazista .
    (idem, pág. 91)

    abs.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76567

    Ferris,

    (…)

    sobre um artigo da FSP – A pulsão de morte da concorrência . Roberto Kurz .-

    … que o sujeito mesmo em estado de loucura homicida estaria guiado por uma espécie de disciplina funcional e por “autocontrole ” estratégico ; a sociedade contemporânea engendraria homicidas e suicidas calculistas e estrategistas : potencialidades emergentes de paradigmas de concorrências funcionais, …. sublimações obtusas da normalidade e do pragmatismo vigentes…

    pós modernismo …. pulsão da morte da subjetividade capitalista, anularia estados tensionadores, provenientes de qualquer embate,
    eficácia e saber-querer-poder comprometidos enquanto opera-se por mecanização das potencialidades e despersonalização … nada a ver com passividade e sim com processos sutis
    de equacionamentos de lógica de sobrevivência;

    “fazer seu posto de trabalho ” (fthy; 25.05.02)

    a filósofa H.Arendt nos fala da cultura da “autoperdição” ; na mensagem referida fala-se em fases da modernidade, o lado óbvio, apreendido e operacionalizado enquanto instrumento de sobrevivência sem garantia ; e o lado obscuro, o desprender-se da eficiência vigente e trabalhar com eficácias e, eficiências versártis …

    … o sujeito moderno de outrora, engendraria um sujeito pós-moderno digamos … normal (?!?!) …

    abs.

    (…)

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76566

    Ferris,

    parece contraditório dizer que os norte-americanos , ultra pragmáticos, estariam a viver engendrar eficácias …. estariam por conta do excesso de eficiências … não seria correto pensar em termos de eficiências mesmo ciente de que ésta é resultante da eficácia, enquanto racionalizada …

    (…)

    em resposta a: Globalização #71637

    A Déborah entrou com a máquina-toda, e …pimba … cinco estrelas! Que
    performance vapt-vupt! Mas está estranha, não tem como não estranhar!
    Vamos adotar um modo de mensagear que vejo outros empregarem, e que dá para ver que funciona: destacar passagens do texto original e opinar.
    Permitam que indique DL para participante Déborah P. Lobo.
    DL diz: “a globalização está expandindo-se”. Opino que está dizer errado.
    O vocábulo “globalização” surgiu e vingou após a queda do muro de Berlim em 1989, quando deixou de existir a Guerra-Fria, desapareceu um dos lados que disputavam a hegemonia global. Entretanto sempre a globalização esteve a ampliar os horizontes: as Cruzadas, as Descobertas, as Colônias Africanas, a Segunda Guerra Mundial, a Aventura Espacial. Sempre houve alguma aventura global de época, dar uma olhada em mensagem anterior que indica desde os tempos pré-históricos. Com esse comentário já se tira uma estrelinha.

    DL: “Nosso país só sabe parar e assistir Copa “. Vou procurar mostrar que texto está errado. Atualmente a FIFA está como o organismo mundial com maior número de filiados, mais que a ONU. O faturamento do futebol anual está perto de $300 bilhões, o que nenhuma outra empresa global fatura, a mais próxima é norte-americana e não atinge $200 bilhões. O maior evento mundial de todos os tempos está prestes a iniciar com duas nações envolvidas, e uma modernidade incrível em termos de instalações para uso público. A partida de Sábado da equipe brasileira foi transmitida para diversas regiões de países que juntos reúnem quase dois bilhões de pessoas. Estimam que em torno de 800 milhões assistiram à partida amistosa. Praticamente o mundo desportivo vai estar priorizado para atividade de futebol durante mês de julho. Vencer a Copa do Mundo é coisa de valor grandioso para todas as 32 nações que lá comparecem. O Brasil está nessa desde a primeira, sempre presença significativa. Qual a finalidade de não o fazer agora? Mais uma estrelinha de DL que vai pra lixeira (ainda faltam três).

    DL: “nosso povo não tem consciência do que está ocorrendo nos dias de hoje”. Discordo em tudo. Estamos em ano eleitoral com quatro candidatos e as mulheres ocupando espaços fantásticos. As associações de classe estão a recepcionar e ouvir os candidatos darem seus recados. As pesquisas-mídia estão a marcar presença forte, ativa, de esclarecer, de instigar toda a população. Há aglutinados humanos de brasileiros MST e congêneres, centenas de milhares de humanos na-lona-e-ao-relento que estão a exigir iniciativas públicas. E as autoridades ou fazem ou explicam ou vexam ou sucumbem. O Brasil está em efervescência em variadas áreas, sinal de coletividade ativa pró vida. Além do que “nosso povo” somos nós! Outra estrelinha de DL que cai do prego direto pro ralo.

    DL: “Não adianta país se alienar com programas inúteis, devia informar-se.”. Aqui vamos implodir. Nenhum programa é inútil. Nenhuma banca de churrasquinho-de-gato é inútil. Nada é inútil. O inútil nunca permanece. Ë uma regra do mundo humano: o “inútil” desaparece. E enquanto não desaparecer … não é inútil! E quem decide se “útil ou inútil” é somente quem empreende e não quem consome, porém quem consome decide “quero (assisto) ou não quero (não assisto)”. Mas parece que DL não entende nada de “informar-se”. Êi DL, você não entende nada de informação, nesta mensagem ao menos: a informação não está no que é receptado, mas é no que é discernido. Êi DL, novamente: uma nuvem não é informação mas tirar conclusões a partir da nuvem é compor informação. Êi DL, só mais esta: olhar para uma parede em branco não é informação, mas compor uma idéia a partir do que vê é informação. Assim se vai mais uma estrelinha de DL. (falta somente uma a perder).

    DL: “mais importante combater essa situação, eu repito: é a união do povo!”. Aviso que DL está com uma estrelinha, sua derradeira estrela, segundo o meu ponto de vista, e agora vou tentar liquidá-la. A última vez que houve “união do povo” foi com totalitários nazismo/fascismo/comunismo. Atualmente se percebe tal “união” de maneira latente, a tomar a cabeça de todos, onde surgem ventos-de-guerra. No Brasil de alguns anos atrás, foi graças à inexistência de tal “união” que foi possível suprimir a era-collorida. A França há uma duas semanas atrás se revitalizou graças a ausência de “união”. Acontece que DL deve cair na real de que uma união existe e é suficiente: nação brasileira com povo brasileiro. Esta união é que tem estado a formar as unidades do Globo atual: as nações. A próxima união já começou com a claudicante-exitosa UE. A próxima, seja lá como for, será a ALCA.
    Está bem, a última estrelinha não se tira não, reconheço que DL tem uma estrelinha pela sua mensagem ousada/arriscada/desafiadora.
    -VHA-

    em resposta a: Globalização #71636

    A globalização está expandindo-se, ampliando as suas fronteiras cada vez mais, e o nosso país o que faz a esse respeito? Pára para ver a copa do mundo, para assistir programas do tipo reallity show como big brotheres e casa dos artistas, que estão cada vez mais pululantes na televisão brasileira. O nosso povo não tem consciência do que está ocorrendo nos dias de hoje, se as pessoas não se informarem todo dia, não mantiverem um pensamento crítico a respeito das problemas do país e questões diversas, nosso país não vai para frente. É preciso muita força (e nós temos, basta a união) para evitar que a máquina Americana nos massacra mais do que estamos sendo massacrados, acabando com todas as nações do mundo. Mas antes de tudo, é preciso entender que, o império norte americano só foi possível pela união e determinação da população e seus governantes. Não adianta nada um país escravo de seus governantes que dizem amém a tudo que dizem os norte americanos. Não adianta nada um país se alienar assistindo programas inúteis, em vez de informar-se. O mais importante para combater essa situação, eu repito: é a união do povo!

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76565

    Ref. 25 de Maio de 2002 – 11:15 am, Karein.

    Dir-se-ia que o “ambiente corrente” nunca estaria ilusório pois estaria o do embate diário, não dá para parar, os horários seguidos à risca , os compromissos atendidos, os negócios fechados, as tarefas desempenhadas, e as oportunidades usufruídas. Ninguém fica de fora destas.
    O “ambiente paralelo” está na mente, na biblioteca, na internet, no imaginário e perspectivas acalentadas. Todo mundo se enleva, através de meios e recursos acessáveis.
    Pensar pela ótica das “eficácias” envolve um processo tensionador. A razão assumirá maiores velocidades, maiores ambições, maiores competições.

    Recorda-se do ícone de Blake “A Energia é o oposto da Razão”. Está na relação direta, quanto maiores energias maiores âmbitos para a razão. E ampliar âmbitos para a razão representa entrar nas searas da produtividade e da competitividade.
    O povo mais habituado com tal “energia oposto à razão” está o norte-americano, ultra pragmático, de viver no engendrar de eficácias. Lá naquele país quem estacionar em eficiências tem hora-e-lugar para ser “abatido” no sentido de ficar obsoleto, com o mico-na-mão.

    O que vem a seguir estaria oportuno para compreender e apreender.

    Estamos na Modernidade. Essa expressão foi cunhada por Baudelaire (1821-1867). Noutra mensagem pode-se entrar em detalhamentos. O que importa agora é sobre as duas facetas da modernidade. Em geral todos os brasileiros sabem conviver muito bem com uma das facetas, eis o processo: estudo, graduação, emprego, desempenho, formar família, crescer profissional e familiar e patrimonial. Durante tal processo há “n” eficácias instaladas. A modernidade implica em instalar eficácias para dispor de eficiências, e também em versionar as eficácias para permitir atualizar as eficiências. Mudar e mudar e mudar … Assim está a modernidade.
    Há um problema que está a se tornar mais evidente na atual aceleração da modernidade (via globalização!). Todas as eficácias, a interminável série de eficácias no decorrer dos anos, em geral, para a imensa maioria da população se apoia … numa eficiência! Espanto? Pavor traduziria melhor a situação!

    Eis agora a outra faceta da modernidade. O lado “escuro” da modernidade, aquele lado que cada indivíduo necessita descobrir por si, pois não há ensino nem educação que o indique, significa o seguinte: “Êi você aí, que ambiciona vivenciar lado bem-bom da modernidade, você deverá fazer seu posto de trabalho!”.

    Deu para perceber? Para o indivíduo se permitir um ambiente corrente com eficácias de todas ordens, este indivíduo deverá providenciar a primeira eficácia que é um posto de trabalho. Nada a ver com “ocupar um posto de trabalho” mas sim tudo a ver com “fazer o seu posto de trabalho”. Esta é a primeira eficácia que compõe a modernidade, mas está completamente desconhecida, de fora dos formalismos institucionais nacionais.

    Então os indivíduos desempregados “querem emprego”, “exigem emprego”! Tudo coisa de massa estulta (nós!)! De ignorar a regra Um da modernidade, que se em tempos passados estava meio que deixada adormecida, nos tempos atuais entretanto está a vir à tona aceleradamente, com tudo.

    Sugere-se fazer a seguinte leitura para testar a veracidade das duas facetas da modernidade da atualidade: – identificar um indivíduo que vive bem, mas que não seja “dono” do seu posto de trabalho; – caso chegar a hora dele, na empresa ele será substituído por um jovem que está graduado com novos conhecimentos; – o indivíduo vai perder o posto e vai sair em busca de um posto igual; – não tem cabimento pois quando alguém perde, perde no ambiente corrente; – quase que impossível encontrar algo semelhante; – então o indivíduo deverá iniciar um degradar-se consigo; – a auto-estima deverá passar por sucessivas baixas, e nunca se sabe até quando e quanto.

    Tudo devido a que o indivíduo vivia a modernidade (exercia eficácias) enquanto apoiado numa eficiência. Coisa de trouxa, ignorantão!
    Mas é assim que a coisa estaria nacionalmente. Faltaria aos brasileiros o modo de fazer a primeiríssima eficácia, a da faceta que a modernidade não mostra às claras.
    (fthy; 25/05/02)

    em resposta a: Que razoes para existir Deus ? #73426

    Estava tentando me lembrar de uma citaçao, era algo mais ou menos assim:

    “Nosso mundo já se cansou desse ateismo de aldeia. Houve época que era mostra de cultura apresentar-se como ateu, hoje, nao mais. Aquele que desejar aparentar algo, devia escolher outro modo. Ateismo é coisa séria. Tem seu preço, e nao é baixo.” [“O vermelho e o negro” ?, ???]

    Kierkegaard também disse algo parecido, mas com relaçao ao cristianismo.


    Alguns aportes:

    1) Antes de discutir a existencia ou nao de Deus, ficaria bem definir o que se quer dizer com existencia nesse contexto. Tomas de Aquino já diferenciava SER como essencia e SER como existencia. Está a se falar de que?

    2) Citaram a navalha de Occam… Acho que se esqueceram que Occam era um frade franciscano, e que toda a sua filosofia buscava justamente salvaguardar a onipotencia de Deus. A navalha estava no contexto da questao dos universais, e sua formulaçao era algo do tipo: “Nao se devem multiplicar os entes além do necessario”. Mas, em disputa com tomistas e escotistas, Occam já tinha aceitado que Deus nao era um ente.

    3) Citaram Hume… mas ele defendia um tipo de ceticismo. Defendia que era impossivel provar algo nessa questao, já que nao se podia afirmar nada sobre Deus, que pertencia a outra ordem. Nao há nenhuma relaçao dada entre causa e efeito, ainda mais qd a causa e os efeitos sao de ordens diferentes.

    4) noutra lista, citei Kant e Fichte: Nao é possivel teorizar sobre Deus.

    []´s.

    em resposta a: O que quer dizer Deus para a filosofia ? #72013

    Estava tentando me lembrar de uma citaçao, era algo mais ou menos assim:

    “Nosso mundo já se cansou desse ateismo de aldeia. Houve época que era mostra de cultura apresentar-se como ateu, hoje, nao mais. Aquele que desejar aparentar algo, devia escolher outro modo. Ateismo é coisa séria. Tem seu preço, e nao é baixo.” [“O vermelho e o negro” ?, ???]

    Kierkegaard também disse algo parecido, mas com relaçao ao cristianismo.


    Alguns aportes:

    1) Antes de discutir a existencia ou nao de Deus, ficaria bem definir o que se quer dizer com existencia nesse contexto. Tomas de Aquino já diferenciava SER como essencia e SER como existencia. Está a se falar de que?

    2) Citaram a navalha de Occam… Acho que se esqueceram que Occam era um frade franciscano, e que toda a sua filosofia buscava justamente salvaguardar a onipotencia de Deus. A navalha estava no contexto da questao dos universais, e sua formulaçao era algo do tipo: “Nao se devem multiplicar os entes além do necessario”. Mas, em disputa com tomistas e escotistas, Occam já tinha aceitado que Deus nao era um ente.

    3) Citaram Hume… mas ele defendia um tipo de ceticismo. Defendia que era impossivel provar algo nessa questao, já que nao se podia afirmar nada sobre Deus, que pertencia a outra ordem. Nao há nenhuma relaçao dada entre causa e efeito, ainda mais qd a causa e os efeitos sao de ordens diferentes.

    4) noutra lista, citei Kant e Fichte: Nao é possivel teorizar sobre Deus.

    []´s.

    em resposta a: Nao encontraremos resposta #76420

    Isabel,

    De fato, as coisas se dao assim como vc bem lembrou. Mas, afinal, filosofar nao é justamente isso mesmo? O que melhor caracteriza a filosofia nao é tanto a posse da verdade, mas a busca dela. É essa busca que garante que o horizonte ainda nao se fechou.

    Ora, a razao é apenas um dos intrumentos utilizados para se tatear atraves dessa escuridao em busca da luz, isso é basico. Mas, também é obvio que a razao nao é um instrumento qualquer, e abrir mao de sua pretensao de explicar tudo nao equivaleria, afinal, em abrir mao dela mesma? Só recomendo um tanto maior de atençao… precauçao e caldo de galinha…

    Talvez eu tenha notado uma preocupaçao no sentido de eu nao acabe “desistindo” da razao (Que razao? A discursiva? A logica? A intuitiva? A mítica?) Nao é isso o que postulo. Alias, o instrumento da filosofia é a razao.

    Queria alertar que a razao iluminista parece mais poderosa que o é de fato. Nao resolve tudo. Queria assinalar que nao tem outro jeito que ir se acostumando a conviver com a tensao. A tensao é boa, embora as vezes canse e alguns busquem descansar dela. Mas, afrouxar as cordas, se bem resulte no desaparecimento da tensao, tras como consequencia o fim da música.

    Ps: qd defendo a fé, contra uma razao totalitária, quero mostrar a tensao. Em outro ambiente eu defenderia a razao.

    []´s.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76564

    Ferris,

    normalidades. –

    o “ambiente corrente” proporciona, algumas vezes ilusioramente, um status de normalidade , necessário, via racionalidades;

    o “ambiente paralelo” requer uma agilidade mental, discernimentos, clarezas … coerências, fazer e desfazer, articulação associado com causas primeiras e últimas , ao menos nas intencionalidades;

    pensar sob a óptica das eficácias, ler o mundo com outros óculos, requer discernimentos de conceitos,instrumentalização e tudo o mais que está sendo discutido ; … leituras como as de E.Morin, acredito que contribua nesse sentido, (Introdução ao Pensamento Complexo) dentre outras, como as do J. Monod, apesar de ésta última parecer mais complexa por conta da aparente especificidade…

    (… ) a psicologia junguiana, opera com individualidades autônomas mas não isoladas, pode pensar em “ambiente corrente” e “ambiente paralelo” como parte complexa da personalidade, considerando-os como dois pólos antagônicos mas complementares de uma mesma realidade, vê-se a parte no todo e o todo na parte ;

    o complexo acaba por organizar a ordem, a aparente desordem – Monod fala sobre a invariância de escala – parece ser o padrões, no sentido de uma melhor abordagem : a validade unviersal das leis da complexidade …. ;

    O “ambiente paralelo” por conta da sua versatilidade, possibilita “enfrentar” as irregularidades , que por extensão acaba sendo a própria vida real.

    entretanto, ambiente corrente e ambiente paralelo restauram um paradoxo quando da tentativa de acesso ao insconsciente, … o excesso de lucidez se colocado nesse paradoxo, preponderia para que lado …. (?)

    abs.

    (…)

    em resposta a: Nao encontraremos resposta #76419

    Walace,

    O que referiu é bastante interessante, mas o facto é que se a razão não pode explicar tudo (todos esses filósofos nos mostraram isso mesmo)sempre se encontram outras formas de o fazer!!! Essa pretensão está sempre lá e na impossibilidade de dissecar o mundo na sua totalidade, o homem acaba por ir buscar a transcendência como postulado do incognoscível o que é, de certo modo, procurar ainda assim decifrar…

    abs.

    em resposta a: Nao encontraremos resposta #76418

    Isabel,

    concordo com o dito, só pensei em acrescentar alguma coisa ao pensamento abaixo:
    “o incognoscível é dolorosamente insuportável para o homem, não acha??”

    A razao tem pretensao de totalidade. Fazer o que?

    Começando lá de Kant, que deu um golpe na pretensao do homem de explicar tudo atraves da razao, marcando os seus limites; chegamos a Hegel, com a razao enlouquecida… explica tudo. Sabe-se lá a que custo. Sem querer tirar o mérito desse verdadeiro gênio da filosofia, deu no que deu.

    As ramificaçoes explodiram:
    Camus, com a experiencia do absurdo;
    Kierkegaard, com os paradoxos da fé;
    Wittgenstein, com o silencio mistico;
    Bergson, com o conhecimento intuitivo;
    etc etc.

    Todos esses incomodam

    []´s

    em resposta a: Nao encontraremos resposta #76417

    Oi Marcio,

    deixa eu tentar dizer com outras palavras

    entendi o modo pelo qual vc associou minhas palavras, obrigado por ter esclarecido. Entao, seguindo:

    [eu] “É interessante constatar que a maioria dos que negam Deus acabam arrumando um idolo (o que nao significa que muitos dos que o afirmam tambem nao tenham construido o seu)”

    Daí o raciocinio:
    1- A maioria dos homens (negando ou nao Deus) arrumam ou constroem idolos.
    2- Que deriva para “o homem constroe idolos”.
    3- Se constroe é porque necessita.
    Conclusao: “o homem necessita de idolos”.

    Mas, teve um salto de “a maioria” para “todos”.
    Ah… cuidado com a palavra “necessita”, ela tem um significado forte em filosofia:

    necessario = o que nao pode ser de outro modo.

    Por isso eu chamei a atençao. É, de fato, dificil manter-se aberto (transcendencia), mas isso nao significa que seja impossivel. Se o idolo fosse necessario, nao haveria transcendencia, o homem SEMPRE se fecharia no idolo.

    Vale a pena chamar atençao para o outro lado do jardim, afinal, “a grama do vizinho sempre parece mais verde”, nao é? Colocando umas analogias:

    ícone: estimula a caminhada para a “terra prometida”

    ídolo: (falso) lugar de descanso, diz que nao é mais preciso caminhar, porque já se chegou à “terra prometida”

    Até aqui recordando: o “ápice”, a “terra prometida”. Parece entao que a religiao é uma coisa ruim, na prática, afinal, o risco do ídolo é grande, como já vimos. Ora, esse risco nao existe tambem na filosofia? Acho que o equivalente ao ídolo, na religiao, seria a ideologia, na filosofia. Nao acha?

    Comparando: ideologia -> eu tenho a verdade -> nao preciso mais buscá-la -> “lugar de descanso”

    E, evidentemente: se eu tenho a verdade, quem nao concorda comigo nao a tem, logo, está no erro. E o erro sempre tem que ser combatido. Fechamento!

    Entretanto, alguma sintese a pessoa acaba por fazer, nao é ruim. Desde que nao resulte em fechamento de horizonte. Mas ainda é dificil! Abertura de horizonte exige esforço contínuo!
    E a dificuldade, dada pelo falto de ser aberto ser diferente de ser volúvel. Exige discernimento continuo, e nao há nenhuma regra que me tire essa responsabilidade.

    []´s

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76563

    I) Nota: não está-se a “dar conselhos”! 'Tô fora! Está-se num fluxo de “apuros” ou coisa parecida!

    II) A seguir uma adaptação de obra “Ontem e Hoje – Freud, Jung, Adler, Lacan”, H. Gratton, ed. Loyola, 1967:
    “Jung e seus discípulos têm a vantagem de jamais 'enquadrar os pacientes numa teoria'. A terapêutica junguiana não sobrecarrega o inconsciente nem o consciente. As curas são muito mais rápidas. Acontece que há uma atitude mais livre de limites ao assunto, os junguianos podem ampliar o âmbito e descobrir flancos abertos sem causar sobressaltos/retraimentos. […] Foi particularmente pelas 'experiências de associações' que Jung se celebrizou como psicoterapeuta.
    O experimentador junguiano dispõe de uma lista de vocábulos, chamadas de 'palavras indutoras' por ele escolhidas por acaso e indiferentes entre si: janela, água, relva, estrela, papel, crocodilo, livro. As palavras apresentadas ao interlocutor paciente, não devem passar nenhuma sugestão. […]
    Em mais de um aspecto, a psicologia de Carl Jung nos parece mais rica que a de Adler, e mais variada que a de Freud.. [ …]
    O inconsciente não se torna desfavorável e perigoso senão por estarmos em desacordo com ele, logo, em oposição às mais importantes tendências de nós mesmos … Por conseguinte, uma falta de contato e de ligações com o inconsciente é sinônimo de instintivos desarraigamentos e instabilidades. Se conseguirmos estabelecer funções que interliguem os fazimentos do indivíduo com suas pessoalidades mais essenciais, diminuirão as desuniões consigo próprio. […]”.

    III) Vamos “converter” a psicologia analítica junguiana para um lugar comum.
    No mundo das normalidades, que significa que o indivíduo está senhor dos seus agires, pode-se adotar um “ambiente paralelo” ao “ambiente corrente”.
    No “ambiente corrente” o indivíduo atua através de suas racionalidades que podem ser traduzidas num ícone “Saber é Poder é Querer”.
    No “ambiente paralelo” o indivíduo imaginativamente faz&desfaz com os seus ícones e paradigmas mentais, como se num lidar com puzzle. Com um detalhe fundamental (um truque mental!): toda vez que modificar o ícone “em uso” o puzzle também passa a ser outro. Interpretar que o ícone representa sempre uma eficácia.
    (FTHY; 24/05/02)

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