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Miguel (admin)Mestre
Ferris,
ref. 20.05.02 (7:12pm)
eficácia .-
enfatizando a mudança, desprezava a questão do recuperar, substituíndo por superação. ok
ref. Pedro Almodóvar
assisti esse filme e outros dele, já há algúm tempo, mas uma vez mais, vou assistir, agora sob o prisma da eficácia/eficiência.
obrigada pela dica do livro, vou pesquisar.
(…)
abs.
Miguel (admin)MestreKarein, 18 de Maio de 2002 – 10:58 pm:
K.: “recuso a pensar psicologia/psicanálise como tralhas e trastes por conta de não instalarem eficácias”.
Vamos procurar baixar-a-bola, descartar exageros. Entende-se que a área da Psique estaria, aparentemente, descolada da área da Filosofia. E “eficácia” é coisa básica na abordagem pela Filosofia.
Para dar uma idéia de o porquê da idéia daqui apresenta-se um quadro extraído de um Dicionário de Psicologia (Cultrix, 1974): “As escolas de Psicologia e o que elas representam … 1. Estruturalismo; 2. Funcionalismo; 3. Reflexologia; 4. Behaviorismo; 5. Gestaltismo; 6. Psicanálise […]”.
Do quadro em questão fica-se com a impressão de que estaria descartado o agir individual por eficácia&eficiência. Com a abordagem junguiana encontra-se um modo de lidar sem isolar indivíduo do mundo de vivências.
[nota: está-se com impressão de estar a tatear, de estar a caminhar meio no escuro]Caso houver abordagem que suplante tal idéia, estaria a calhar sua exposição.
Certamente que esteve-se a exagerar com “tralhas e trastes”! Ocorre que toda vez que se assiste na tv, ou lê-se na mídia, ou em obras variadas, nunca se encontra qualquer referência que sugira abordagens pelas eficácias; sempre fica sensação assim “psicologia está meio que fora do processo evolutivo da Vida”, o que dá o que hesitar.
Lembra-se o caso dos sensos: 1. bom senso, 2. senso comum, 3. senso crítico. Haveria uma generalizada imprecisão do que tratar-se-ia cada patamar, como lidar em cada patamar, como mudar de patamar.Reparar na adaptação que se faz em artigo da FSP de domingo, 19/05, no caderno “Mais”, de autoria do jornalista Sérgio Paulo Rouanet.
“A volta de Deus […] A Modernidade significa a humanização do Divino. Foi um avanço para o espírito humano, de colocar o humano a pensar por si. Inevitável que se seguiu a divinização do humano, com o fim da autoridade verticalizada de fora e acima do sujeito humano, se deu um crescer de imanência humana […] O amor sentimental, conjugal e maternal não existia em épocas pré-modernas, a Modernidade engendrou formas específicas de amor, o amor moderno escanteia Eros dos deuses, e banca a 'philia' de Aristóteles, e alça o ágape cristão, resulta então um humanismo transcendental […] está a ser substituída a religião 'a priori' para descobrir uma religião 'a posteriori' no interior da imanência que cresce no humano […] diminui a incompatibilidade entre religião e secularismo, e a fé tem lugar assegurado na 'sociedade do conhecimento' […] no momento de tornar-se humano Deus abriu mão por amor, em favor dos humanos, de todo o Seu poder e de toda a Sua autoridade […] o cristianismo consiste numa auto alienação patrocinada por Deus […] a secularização está própria da religiosidade experimentada […] a religião já está a ser interpretada como uma forma de conhecimento […]”.Legal?
Sei não!
Como?
De religião 'a priori' para 'posteriori', xiiii!
E?
Religião na seara do conhecimento, xiii!
Mas?
Vai significar a conjunção ciência e religião!
É?
Uma volta de Deus!
Legal?
Sei não!
(fthy; 20/05)Miguel (admin)MestreJosé Domingos:
Um apontamento muito breve…não julgo existirem ideias inatas..sou muito empirista. Julgo, sim, que possuímos potencialidades geneticamente formuladas que nos permitirão o desenvolvimento de determinadas aquisições, sendo o meio fundamental nesse processo…
Marcio:
A propósito da consciência…entendo que a consciência é adquirida em função do meio social..ela resulta da pressão social. Se houvesse um só homem na face da Terra a consciência não existiria. Embora não seja criada pela sociedade (a consciência “vem” com o despertar da razão) esta modela-a, condicionando-a. Não vejo aqui grande influência genética a não ser em relação a determinados comportamentos sociais…
abs.
Miguel (admin)MestreOlá mceus..
“O homem é tão instintivo quanto qualquer animal!”, disse.Bem, eu penso que poderá sê-lo apenas no ponto de partida porque o que é “suposto” acontecer com o animal humano é a aprendizagem, progressiavemte, substituir o instinto! É nisso que consiste, justamente, a educação e todo o processo de socialização de tal modo que, no topo desse processo, pouco nos resta de instintivo a não ser alguns instintos básicos!Vamos sendo “tolhidos” na espontaneidade das nossas necessidades elementares!!Concordo, plenamente, que temos muitos mais meios do que os restantes animais para atingirmos os mesmos fins, mas acredito que esse factor de deve não só a uma capacidade genética como também a todo esse processo coercivo de socialização. Penso que do ponto de vista instintivo somos “deficitários” em relação às restantes espécies e colmatamos essa lacuna com aquilo a que chamamos cultura!
“EU vejo o homem como um animal sem nada de especial”..mceus..penso que o que o homem tem de “especial” é que é o único ser que se recusa, que se transcende e cuja organização não respeita sequer um instinto básico como é o da conservação da vida…suicidamo-nos..conscientes..
A nossa debilidade física, a nossa insuficiência instintiva/biológica marca o nascimento do maior predador de todos os predadores:o homem e a sua racionalidade maximizada..
abs…
P.S-Também estava com saudades destas agradáveis “discussões”..
Miguel (admin)MestreRef. Karein, 20 de Maio de 2002 – 3:38 pm: “… toda e quaisquer mudanças no plano imediato seriam eficácias …”
Vamos combinar o seguinte:
– a eficácia é sempre um instalar;
– vamos relacionar vários “instalar”: relógio no pulso, trocar das flores no vaso, o banho da manhã ao levantar, escovar os dentes;
– o “instalar” traduz eficácia caso provocar um recuperar de capacidade no indivíduo ou no ambiente;
– o automóvel no posto de gasolina, o abastecer é uma eficácia pois instala capacidade no veículo para rodar;
– está bem conhecida a frase “a primeira impressão é que fica”, pois bem, o perfume no corpo, o batom nos lábios, o corte do cabelo, o decote do vestido, a cor do esmalte nas unhas;
– já dá para reparar que tudo que o feminino faz para se apresentar num ambiente ou para receber surpreendendo o seu pimpolho … tudo é eficácia;
– novamente, eficácia engendra novas capacidades, recupera ambiente, estado de espírito, autoestima.Ontem, Domingo, no canal Fox passou o filme “Tudo sobre minha mãe” de Pedro Almodóvar, imperdível, já visto aqui em reprise talvez pela quarta vez, filme de não cansar, de sempre surpreender em cenas. Um filme com eficácias, em todo transcorrer.
[nota: sugere-se ir na locadora mais próxima, assistir duas vezes, e depois trazer aspectos para vaivém legal]Reparar que toda mudança pode funcionar ou não, ou funcionar um pouco ou não, ou funcionar muito. Mas o que significaria “mudança funcionar”? Significaria que ambiente, ou pessoa, assimilaria com proveiro aquela mudança e atuaria eficientemente; porém somente estará percebido que a mudança representa “eficácia” caso se seguir uma “eficiência”.
Alguém não estaria a entender?
Não acredita-se!As flores no vaso, caso exalarem perfume muito forte vai virar cheiro de incomodar; caso o relógio no pulso marcar com imprecisão haverá um prejudicar; caso o decote do traje provocar um espanto-susto no masculino será oportuno trocar de traje, menos exuberante.
Insiste-se, Karein poderia ir na sua locadora, apanhar a fita, assistir e dar atenção ao seguinte:
– mãe Manuela para com filho Esteban;
– Manuela com freira Rosa (Penélope Cruz);
– Manuela com atriz Huma;
– também junto alegres Agrado e Lola.
São muitas as situações pró eficácias onde se sucedem interessantes eficiências. Então Karein … vai-que-é-tua. Emprega duas leituras: de eficácias e de eficiências; eficiência está sempre o que se mantém após a eficácia.K.: “haveria eficácia-energia 'circundante' e imanente a Vida,…”.
Foi mais ou menos assim que o poeta W. Blake estaria a se interpretar com dizer “A Energia é o oposto da Razão”. A razão é a eficiência após um transformar da energia. Mas é claro que para haver a passagem de estado-energia para estado-razão … houve ação eficaz … da própria razão! A nova razão, depois da eficaz transformação da energia, dificilmente sofrerá esquecimentos, dissipamentos, a razão acrescerá em eficiências, eis então a ação eficaz devido ter instalado eficácia (assegurado eficiência!).A Vida é “pura eficácia” numa potência sempre. Esta expressão “na potência sempre” já foi adotada numa mensagem anterior, ele serve para acentuar com certo exagero, o perdurar de uma situação.
K.: ” ao tempo que a 'todo' excede a soma das partes.”
Certamente! Há eficácias instaladas que oportunizam surpresa ao instalador. Digamos que os pais instalam no quarto da criança, um equipamento computador com internet, e a criança passa a se dedicar também ao estudo do idioma de inglês ou outro. A eficácia inicialmente proposta foi ultrapassada pela iniciativa inesperada de eficácia da criança.Há um livro que aborda algumas facetas da eficácia na Evolução da Vida: “O acaso e a necessidade” de Jacques Monod.
Reparar que toda mãe ao se decidir “dar mimos” ao filho – que estaria a enfrentar um caldo extra suas forças -, estaria automatizando um colaborar de modo a facilitar que o filho consiga sair do baixo astral, e recupere uma autosegurança; certamente está impensável agir materno com intento de travar a autonomia do filho (seria muita esquisitice!).
Ou seja, a eficácia da mãe – dar uma assistência extra e incomum ao filho -, deverá estar acompanhada de outras eficácias, sejam do próprio filho como de outros familiares, amigos.
(fthy; 20/05/02)Miguel (admin)MestreIsabel, olho o homem como uma adaptação, como tbm olho a águia, o elefante etc. O homem é tão instintivo quanto qualquer animal! Só que o caminho, vamos usar uma técnica “Marcista” (do Márcio), de A até B está cheio de a1, a2, a3 … porém chega ao B da mesma maneira. Talvez esses vários a1, a2…. sejam uma característica humana de adaptabilidade ao meio…bom, acho que fui confuso demais, mas resumindo e exemplificando: Um gato que vai atrás do rato, vai atrás deste para comê-lo, ele pode caça-lo, procurando-o ou esperá-lo em uma emboscada. Fecha-se o ciclo A-B, o homem pode fazer o mesmo, porém tbm pode jogar queijinhos, pois sabe que o rato será atraído por eles, criar ratos, usar atrativos químicos etc e assim fechar o ciclo A-B…bom esse exemplo não está muito bom… um outro, pq a mulher passa baton na boca? E pq na maioria das vezes ele é vermelho? Calças justas, perfume… quantos atrativos que fecham um ciclo A-B da mesma forma que uma gata no cio o faz no período propício à reprodução. Será que está claro? Queria ter mais tempo…
Snobismo da racionalidade? Não sei, pois um gato se aceita como gato e vê o mundo com presas e predadores. As presas não são gatos, e os predadores idem. Nós humanos vemos o mundo quase da mesma forma, com um acréscimo da nossa espécie tanto nas presas como nos predadores. Talvez a racionalidade tenha maximizado a competição entre nós mesmos, na verdade quanto maior o número de indíviduos numa mesma área, maior a competição, isso vale para todos os animais, mas quando um animal perde uma briga por comida ou reprodução ele se afasta do vitorioso e o respeita como ser mais propício à reproduzir, o homem não….Acho que o ser humano se explica pela escassez de recursos tanto como os animais, ambos em situação de escassez podem predar semelhantes…vejo isso em ratos de laboratório, gaiolas lotadas são excessivamente violentas (a mãe come os filhotes inclusive).
Bom, terminando, EU vejo o homem como um animal sem nada de especial, tão interessante como qualquer outro, só que cheio de “meios” essa é a característica mais marcante e diferente, enquanto os outros possuem menos meios para atingir os mesmos fins (perpetuação dos genes) Na verdade somos “carapaças” controladas por códigos, que como um programa de computador, quanto mais eficaz o programa, melhor o resultado no geral… o problema é que em algumas décadas a escassez estará “provocando” cada vez mais esses códigos… Um upgrade?
Um abraço para vcs
Estava com saudade
Miguel (admin)Mestre(…)
esse fundo da “parte do todo ” está como eficácia, ao tempo que o todo que excede , está como fenômeno, caso não exceda, estará como provável eficiência.
abs.
(…)
Miguel (admin)MestreFerris,
ref. eficácias .-
toda e quaisquer mudanças no plano do imediato seriam eficácias, estados subseqüentes racionalizados – eficiências.
Haveria uma Eficácia-Energia “circundante” e imanente a Vida, tudo decorrente seria no plano imediato, um instalar de eficácias, ou estar eficácia ; o primeiro, discernimentos críticos imediatos, aparentemente espontâneos que propiciariam continuidade de eficácias (distintas) e/ou geração de eficiências; o segundo incompatível com eficiências.
Interpreto instalar eficácias como um atuar que transcenderia seu registro cursivo enquanto operacionalidade; a “parte do todo” fica como fundo ao tempo que a “todo” excede a soma das partes.
abs.
(…)
Miguel (admin)MestreKarein: 18 de Maio de 2002 – 10:58 pm:
K.: “Delfos … sem destinatário nada justifica o aceno”.
Está dito pelo Oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”. Os gregos na quase totalidade, não o entendiam. O primeiro e único (na História!) da época, de compreender e veicular, foi Sócrates. Mas este pensador grego descobriu por si, empiricamente, na vida do dia a dia. E não logrou êxito no transmitir para seus compatriotas, pelo contrário, ensejou seu julgamento, condenação e morte.Sócrates e Cristo têm muito a ver entre si, considerando diferenças de épocas, e difeririam em modos de dizer suas mensagens. Cristo foi o segundo indivíduo humano, nas bandas do lado de cá das civilizações (ocidentais!), que vivenciou efetivamente (mensageou!) o “conhece-te a ti mesmo”. Daquela época até chegar à atual, muito de muitos passaram pela experiência pessoal de compreender. Lá entre séculos XVI a XVII, a mensagem de Cristo já assimilada (esgotada em eficácias), houve os avanços modo de levar tudo de roldão (patrolar!), ensejados pelas cientificidades.
A sistematização freudiana, chutou-o-pau-da-barraca da filosofia. Um interpretativo poderia anunciar “Freud dá cabo do filosofar”.
O “azar” do freudismo foi a linha de pensar adotada por Jung. Só para constar, durante quase uma década Jung esteve à beira da loucura, devido o empreender freudiano de destruí-lo, bem no estilo “todos contra um até o fim”.Jung afirma que diante de tal perseguição, exasperada e sistemática, foi pelo seu obstinado resistir que veio à tona o conhecimento sobre “inconsciente coletivo”. Foi como se ele ofertasse sua cabeça-no-cepo-pro-inimigo (ainda bem que venceu!).
Com a obra de Jung, a Filosofia se livrou dos laços-garrotes fredianos, na área das cientificidades da psique humana. E foi o junguiano que impediu que a área da psique se tornasse uma ovelha-negra, de extraviar relativo quanto demais ciências. E no rastro da Filosofia, as historicidades adquiriram presença significativa.
Agora vamos encaixar a Psicologia Junguiana (PJ), junto ao oráculo delfoniano:
– PJ estaria para dar atendimentos ao humano que perderia fios-de-meadas (manutenção!);
– PJ também estaria para instalar o humano numa escala de envolvimentos (prevenção!);
– ambas atividades de PJ, manter e prever, estariam contidas no oráculo.Entretanto, atenção para o que segue:
– indivíduo que se envolve com filosofia, e o filosofar está presente nas etapas das áreas científicas, este indivíduo estaria em “operação” com estilo do oráculo, daí que não necessitaria da “prevenção” e “manutenção”;
– para “operar” – tal como o fizeram personagens históricos Alexandre, Napoleão, Gandhi, Hitler, Vargas, Kennedy, Ceo's das corporações -, todos adotaram o oráculo, em modo de ícone para estratégias (de não revelar!).
(fthy; 20/05/02)Miguel (admin)MestreAí vai algumas palavrinhas do Dr Freud sobre o assunto:
“Os atributos da vida foram, em determinada ocasião, evocados na matéria inanimada pela ação de uma força de cuja natureza não podemos formar concepção. Pode ter sido um processo de tipo semelhante ao que posteriormente provocou o desenvolvimento da consciência num estrato particular da matéria viva. A tensão que então surgiu no que até aí fora uma substância inanimada se esforçou por neutralizar-se e, dessa maneira, surgiu o primeiro isntinto: o instinto a retornar ao estado inanimado. Naquela época, era ainda coisa fácil a uma substância viva morrer; o curso de sua vida era provavelmente breve, determinnado-se sua direção pela estrutura química da jovem vida. Assim, por longo tempo talvez, a substância viva esteve sendo cosntantemente criada de novo e morrendo facilmente, até que influências externas decisivas se alteraram de maneira a obrigar a substância ainda sobrevivente a divergir mais amplamente de seu original curso de vida e a efetuar détours mais complicados antes de atingir seu objetivo de morte. Esses tortuosos caminhos para a morte, fielmente seguidos pelos instintos de conservação, nos apresentariam hoje, portanto, o quadro dos fenomenos da vida. Se sustentarmos com firmeza a natureza exclusivamente conservadora dos instintos, não poderemos chegar a nenhuma outra noção quanto a origem e ao objetivo da vida.
As implicaçãoe referentes aos grandes grupos de instintos que, segundo acreditamos, jazem por trás dos fenômenos da vida nos organismos, devem parecer nao menos desnordtenantes. A hipotese de instinto de autoconservação, tais como os atribuimos a todos os seres vivos, alteia-se em acentuada oposiçao a ideia de que a vida instintual, como um todo, sirva para ocasionar a morte. Vista sob essa luz, a importancia teorica dos instintos de autoconservação, auto afirmação e dominio diminui grandemente. Trata-se de instintos componentes cuja funçao é garantir que o organismo seguira seu proprio cominho para a morte, e afastar todos os modos possiveis de retornar à existencia inorganica que nao sejam os imanentes ao próprio organismo. Nao temos mais de levar em conta a enigimatica determinação do organismo (tao dificil de ecaixar em qualquer contexto) de manter sua propria existencia frente a qualquer obstaculo. O que nos resta é o fato de que o organismo deseja morrer apenas do seu proprio modo. Assim, originalmente, esses guaridoes da vida eram tambem os lacaios da morte. Dai surgiu a situação paradoxal de que o organismo vivo luta com toda a sua energia contra fatos (perigos na verdade) que poderiam auxiliá-lo a atingir mais rapidamente seu objetivo de vida, por uma especie de curto circuito. Tal comportamento entretanto, é precisamente o que caracteriza os esforços puramente instintuais, constratados com os esforcos inteligentes.(Freud: Além do Principio de Prazer pgs 49-51)Concordo com quase tudo: ao menos que a consciencia foi formada pela mesma forca que originou a vida. A consciencia foi formada apartir da memória, que como vimos é genetica, pois como explicar que os passaros e os peixes migrem para areas que viveram seus antepassados.
Se a consciencia é consciencia de algo, a memoria tambem é memoria de algo. Nisso que escrevo tambem entra autra questao: se realmente existem idéias inatas? acho que o que os animais (humanos) trazem de inato sao esses instintos e essa memoria genetica. por favor escrevam sobre o assunto pois este fórum tem sido antes de tudo um aprendizado para mim, pois na minha vida sempre aprendi mais do que ensinei!
saudações filosoficas!Miguel (admin)MestreRef. 18 de Maio de 2002 – 7:09 pm; Walace
Há mensagens de-perder-de-vista para trás. A questão está aceita “Será Deus Perfeito?”, mas está-se a contornar, a dar voltas (nada de enrolar!) com avanços, numa sistemática por redundar crescente. Avanços no quê? Avanços em palavras, de modo a sair da linguagem espontânea e comum, e adotar alguma extra linguagem, está-se a preferenciar busca de metalinguagem que comporte ícones e paradigmas.
Pensadores citados no destaque – Kant, Kierkegaard, K. Jaspers, Wittgenstein -, e muitos outros, fizeram suas partes, resolveram a questão para o ponto-devista priorizado, autoridades reconhecidas que servem de base para novos raciocínios. Não teria sentido ignorá-los e muito menos estacionar nas posições deles.
Na época atual há novo ferramental de raciocinar: Sistema Aberto&Fechado, BigBang&Evolução, Dados&Informação, Paradigmas, Entropia, Escalas Qualificativas, Cone da História, Vistas Quânticas.
Para empregar tais ferramentas – surgidas ao longo do século XX -, há necessidade de entendimentos básicos a começar com “eficácia”. Tal vocábulo consta na Filosofia como “causa primeira”, mas no cotidiano está ignorado como pensar (na prática funciona a-mil!).
Entende-se urgente adotar paradigma Eficácia&Eficiência (E&E), pois sem tal ferramenta, atual fórum e sua questão “difícil”, seria rapidamente esgotado, cada mensagista puxaria para um lado (infinitude de lados!), e mesmo assim estaria equivocado pois cairia num dos enfoques dados pelos pensadores na História.Reproduz-se uma lista que já deveria estar a algum tempo em anos, como ícone para o estudante brasileiro em geral (para parcela ínfima já está):
0 segundos ………….. singularidade infinita
3 minutos ………….. partículas: hélio, hidrogênio
5 bilhões de anos ……. 50 bilhões de galáxias
10 bilhões de anos …… sistema solar
12 bilhões de anos …… sopa primordial na superfície terrestre
4 bilhões anos atrás …. DNA e fotossíntese
700 milhões atrás ……. criaturas multicelulares nos oceanos
550 ………………… primeiro molusco de concha
400 ………………… vida emerge dos oceanos
235 ………………… dinossauros
216 ………………… mamíferos
210 ………………… separação dos continentes
90 …………………. plantas floríferas
4,4 ………………… primeiro hominídeo
2,8 ………………… Homo Habilis
1 milhão ……………. Homo Erectus
300 mil …………….. Homo Sapiens
40 …………………. Sapiens Sapiens
12 …………………. Cultura Neolítica
3,5 ………………… Cultura Clássica.Sugere-se adotar como ícone, já, sem demora. Caso contrário todo o raciocínio falhará, estará incompleto, em qualquer área de estudo que comporte cientificidades.
No decorrer do vaivém neste fórum foi inevitável entrar na seara da psique onde surge automaticamente o embate dos processos freudiano versus junguiano. Entende-se que processo freudiano interdita a relação acima para ícone. Já com o junguiano tudo fica natural, possível de conciliar; o inconsciente coletivo junguiano atua como ligação de encaixe com o ícone.Deu para perceber? Num lidar diante de concepções freudianas a coisa anda a passo-de-lesma. A prática adotada de “filosofar” através do ícone E&E se torna obrigatória para que vistas freudianas saiam de hermetismo, encapsulamento.
E não dá para bancar apressado, daí que neste fórum Karein e Ferris estão a tocar-o-barco como conseguem, a encontrar uma trilha na floresta fechada.
Evidente que está-se a evitar caminhos com bases nos pensadores, pois nenhum chegou num cerne da questão, todos se “perderam no mato”.W.: ” E é vazia de sentido se não for fruto de uma experiência religiosa.”
Uma experiência religiosa houve com o visionário inglês William Blake (1757-1827) que dentre muitas disse: “A Energia está o oposto da Razão” e “A Natureza está o oposto da Arte”.
Para instalar tal metalinguagem num entendível de cotidiano, haja vaivém! E ambos os dizeres estão a calhar para haver compreensão em comum, para ir adiante, evidente que para onde ninguém o sabe.
(fthy; 209/05/2002)Miguel (admin)MestreRef. Karein 18/05/02 – 10:58 pm:
Para a “mãe mimar” realmente pode haver uma infinitude de “mimos”.
Vamos ver um quadro: – filho propenso a perder equilíbrio emocional decorrente de uma perda de segurança; – toda mãe sente-se segura para lidar com filho com que mantém relações normais mãe-filho; – estamos a tratar de um caso normal; – o filho entabulará conversas com a mãe muito confidenciais, de segurança absoluta, mãe é mãe né?; – a mãe não poderá tolerar de modo ilimitado, mas estenderá a tolerância até grau único, natural atitude materna; – caso a mãe não consiga desenvolver raciocínios de proveito, sua assistência ficará num apoio logístico, de casa; – afinal a mãe quer assegurar ao filho a certeza de que não lhe faltará apoio materno, naquilo que ela pode atender, coisas de casa; – caso a mãe souber como conduzir raciocínios certamente ela ajudará a fazer o filho ampliar o âmbito e desanuviar questões; – evidente que essa mãe mais preparada também dará todo apoio de casa; – nos dois casos, a mãe conseguirá que o filho converse com o pai de modo amplo; – em geral conversa pai-filho é mais difícil, emperra com mais facilidade, o filho não revela tudo; – a mãe sempre extraí mais e melhor e atualiza o pai, “educa” o pai para conversar com o filho.O quadro acima abre um espaço bem amplo para aceitar outras dezenas de situações onde muda o grau disto ou daquilo. Portanto o tal de “mimo” pode significar assim: “ternura”, “ponderação”, “acalentos”, “abrandamentos”, “temperança”, “paliativos”, e assim muitos outros.
Deve estar claro que a eficácia prevalece sempre. Ou seja, não pode entrar em processo de hábito, ficar como está, não passar para outro patamar de lidar.
Estamos a considerar um indivíduo nada atípico, nada de estado doentio.
Está-se sempre a pensar no caso que Karein apresentou, de indivíduo que perdeu o pai, a mãe o criou (e mimou), crescido estudou, viajou, casou e teve sua convivência de casal muito cedo desfeita.K.: “discordo da eficácia do mimar”.
Ninguém estaria em condições de discordar da eficácia. A eficácia funciona ou não funciona. O mimar esteve uma eficácia mas não quer dizer que daria conta do recado, provavelmente outras eficácias deveriam se fazer presentes. Estamos a caraterizar que “mimar” é uma eficácia, somente isso – é uma eficácia o mimar.
Colocar o relógio no pulso antes de sair pela manhã é uma eficácia do indivíduo, mas outras eficácias deverão ocorrer para assegurar que o indivíduo não desatenda seus compromissos em horários, ué!Mais uma vez … fazer leitura de identificar eficácia está uma leitura … a leitura da eficiência está outra leitura … não confundir leituras é algo essencial, 'tá?
Miguel (admin)MestreA VIDA TEM SENTIDO, SIM, QUANDO VOCE ENTENDE QUE UM DEUS TODO PODEROSO CRIOU A VIDA. A VIDA TEM SENTIDO, SIM, QUANDO VOCE PASSA A CONHECER O DEUS DESTA VIDA E A ETERNIDADE VINDOURA DESTA VIDA. A VIDA TEM SENTIDO, SIM, QUANDO VOCE CONHECE O SENTIDO DA CRIAÇÀO E OS RUMOS TOMADOS PELOS HOMENS DESDE A SUA OBSTINADA DESOBEDIENCIA AS LEIS DE VIDA DADA POR DEUS. A VIDA PASSA A TER SENTIDO, SIM, QUANDO VOCE CRER QUE EXISTE UM SER SUPREMO QUE TE CRIOU E TE DEU UMA VIDA COM SENTIDO E VOCE DESTRUIU ESTE SENTIDO COM AS VÃS FILOSOFIAS E AS INCREDULIDADES DOS ATEUS E SUAS FILOSOFIAS MATERIALISTAS. A VIDA TEM SENTIDO, SIM, QUANDO JESUS PASSA A SER A RAZ}ÀO DA SUA VIDA E VOCE RECEBE DELE O VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA. TENHO DITO.
Miguel (admin)MestreFerris,
” Mãe mimar filho abalado ” .- discordo do instalar da eficácia do mimar, é ampla a representação do mimar, pode ir além de estabelecer suposta autoestima ou fazer parte do imaginário da mãe; pode ser atuar funcional. Discordo “da carga ” da eficácia no mimar.
Oráculo de Delfos .-
acolhemimento de opostos; sem destinatário nada justifica o aceno. (nada mencionado com relação a psicologia/psicanálise)
pensar mais … e …. parafuso .-
O caminho dos pintores , reto e curvo , é um e o mesmo. (B59)
Heráclito nos fala que a pintura realiza plasticamente o que a filosofia recolhe no conceito; a síntese dos opostos: visual na pintura , verbal no discurso.
OBS.: há contróversias se Heráclito referia-se a pintores ao invés de parafusos (…) sobre uma máquina de atarraxar, que leva o parafuso a fazer um caminho simultaneamente reto e curvo … a matéria tem exigências, o homem quer a linha reta, mas, ao executá-la ela se curva.
recuso a pensar psicologia/psicanálise como tralhas e trastes por conta de não instalarem eficácias, (persiste-se em eficácias por um lado e por outro por psicanálise- eficácia /âmago da questão) … os processos psíquicos em seus aspectos dinâmicos, topográficos e econômicos são tido como representações metapsicológicas, a psique tanto oculta quanto revela …inconsciente /consciente.
descartar-se de propostas, argumentos de teor psicanálitico ou psicológico … há formas mais delicadas do que descambar para tralhas e trastes.
ref. figurações .-
Segundo Jung, a personalidade é sinônimo de “totalidade do ser humano” .
Para Jung , a personalidade ” já existe em germe na criança, mas só se desenvolverá aos poucos por meio da vida e no decurso da vida …” ; atingir a personalidade não é tarefa insignificante, mas o melhor desenvolvimento possível da totalidade de um indivíduo determinado (…) ” A personalidade no sentido da realização total de nossos ser, é um ideal inatingível …” (A Educação Estética do Homem, Schiller, 1990).
abs.
Miguel (admin)MestreTudo indica que estou pegando o bonde andando já a bastante tempo, e confesso nao ter lido todas as msgs, mas por algumas que li acho que deu para perceber uma certa confusao na abordagem do tema. Pelo que entendi, a pergunta inicial seria sobre a perfeiçao de Deus. Assim, descantando as consideraçoes das Ciencias (sentido estrito) por incompetencia, farei referencia apenas à Filosofia e Teologia como competentes para abordagem do tema.
Nao quero perder muito tempo tb com o tratamento aristotélico de analise das causas materiais, formais, eficientes e finais. O motor imovel nao é onde quero chegar.
Partindo de Kant, Deus nao pode ser conhecido pela razao teorica, pode no maximo ser postulado da razao pratica. Logo, estao descartadas todas as provas teoricas sobre a existencia ou inexistencia de Deus.
Fichte radicalizou a questao: Deus nao pode ser postulado nem pela razao pratica. Qualquer conceito ou pensamento limita necessariamente. Logo, pensar ou conceitualizar Deus seria limitar o infinito, desabsolutizar o absoluto.
A teologia negativa concordaria com tudo isso: nao se pode afirmar nada de positivo acerca de Deus! As palavras humanas sao incapazes de abarcar o mistério divino. Assim, nao se pode afirmar “Deus é perfeito”, porque Deus seria “mais que perfeito”. Perfeiçao divina extrapola a ideia de perfeiçao humana. Nesse sentido se poderia apenas afirmar que “Deus é im-perfeito” (nao é limitado ao “perfeito segundo os moldes humanos”). [nao uso do termo (perfeito) por excesso de sentido]
Sobre a imperfeiçao divina, é claro que nao se poderia afirmar que “Deus é imperfeito”. [ nao uso do termo (imperfeito) por falta de sentido]
A conclusao obvia parece ser que sobre Deus nao se pode dizer nada. K. Jaspers e o 1º Wittgenstein concordariam.
Todavia, partindo do 2º Wittgeinstein e outros filosofos da linguagem ordinaria, seguindo uma corrente, a linguagem é mais rica que o que se propos na argumentaçao anterior. Seu significado é dado pelo uso, e se pode fazer afirmaçoes sobre Deus sim, com base na analogia com infinitizaçao de sentido. “Deus é bom”, mas é bom por infinitizaçao, tudo o que penso como bondade, no caso da aplicaçao a Deus é pouco. Logo, é da ordem do simbolico: qd digo “Deus é luz”, isso se faz por analogia e infinitização. Idem para o caso de “Deus é perfeito”.
Fazendo referencia agora a Kierkegaard: qq afirmaçao sobre Deus que nao seja fruto de uma experiencia é vazia de sentido.
Conclusao: a afirmaçao “Deus é perfeito” pode ser falsa ou verdadeira, dependendo do sentido que se atribua a frase. E é vazia de sentido se nao for fruto de uma experiencia religiosa.
[]´s.
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