Miguel (admin)

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  • em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76496

    Ref. 03 de Maio de 2002 – 1:38 am, Karein: “deve ultrapassar a carícia sartriana, a mão masculina proprietária”.

    Aqui, tentou-se, e tentou-se, mas desistiu-se … impossível extrair algo de “O Ser e o Nada” de Sartre … literalmente impossível. Caso alguém demonstre alguma curiosidade:
    ( http://educom.fct.unl.pt/proj/por-mares/sartre-moscas.htm )

    K.: “novo paradigma: amor como experiência espiritual mais elevada…”.
    O feminino não estaria para ambicionar Poder, estaria voltado a deter Saber. O tal de Poder que permaneça com o masculino. Mas com Saber, o feminino dociliza o Poder (instala plasticidade, flexibilidade, maleabilidade). Porém para dispor de Poder está compulsório o Saber. Então o feminino com Saber, compulsoriza ao masculino um correr atrás de Saber para assegurar-se do Poder. Com um Saber consistente o feminino administra o Poder, sem exercer o Poder!
    Parece que ficou bem assim, hein?

    K.: “mulher deve rebelar-se, afirmar-se profissionalmente tal como …”.
    Pensa-se que não estaria assim que autora francesa encararia tempos vindouros, idem Lara, Bernardo Soares e casais com novos estilos.

    K.: “discordo da expressão 'cada um imitaria Cristo' …”.
    Assim interpretar-se-ia:
    – Cristo se dizia “filho” do “pai divino” que estava interno a ele;
    – o Saber adquirido por Cristo (12 aos 30, junto ao misticismo oriental) lhe preparou para o Poder;
    – após batismo Cristo assimilou um Poder, o Divino;
    – se Cristo não dispusesse de Poder não iria partir para Querer;
    – após o batismo até a crucificação Cristo viveu pelo Querer.

    Reparar que para “imitar” Cristo não está a ser exigido exorbitâncias. Atualmente as condições vivenciais sociais estão diretrizadas:
    – há bolsões de miséria mas está bem caracterizado “eis uma indignidade”;
    – esteja questão mal conduzida ou complexa demais, porém está caracterizada;
    – deficiências crescem, proliferam, mas toda mente sã se certifica do não-feito;
    – isto quer dizer que a mensagem de Cristo está implantada, mas não concluída;
    – há esforços para reduzir faltas-em-humanidades, sempre faltam esforços;
    – “imitar” não quereria dizer “sair por aí individualmente a fazer o bem”;
    – “imitar Cristo” estaria como ícone e “cada um com seu jeito” geraria funções.
    (fthy; 03/05/2002)

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76495

    Ref. 03 de Maio de 2002 – 1:38 am, Karein: “… pedrona no pescoço, não estaria a exagerar um pouco?”.

    Certamente que sempre exagera-se, ora mais ora menos. Ainda bem que vaivém permite redundar, analogizar, burilar, varrer pra debaixo-do-tapete!

    Jung e Freud. Como já foi dito Jung facilita que cada indivíduo carregue numa mochila um instrumental para chegar à totalidade. Nada a ver com Lévy naquela “totalidade universal ou coletiva”. Acontece que Jung acessabiliza a outros: Sócrates, Cristo, J. Campbell, F. Pessoa, M. de Assis, Voltaire, K. Popper, Isaac Asimov. Já leitura freudiana, interdita!. Com abordar junguiano a História está com tudo em sentidos! (freudiano não!).

    Olha só que legal, de colocar na mochila ir pra praia, extraído de livro* sobre Jung:
    “Para Jung, a Bíblia era um registro da evolução do conceito divino formulado pela humanidade, ao longo de sua existência histórica. Quando falava de Deus da Bíblia, ele estava querendo dizer 'Self', o “deus interior”. A vivência do “deus interior” pode assumir a forma de crença literal em Jesus ou Buda, até o fervor religioso dos reformadores sociais e cientistas. Jung asseverava que o zelo dos cientistas em descobrir os cernes do mundo é essencialmente uma crença religiosa encoberta.” (* “Guia Prático de Psicologia Junguiana”, R. Robertson, Cultrix, SP, 1995).

    K.: “falta de liberdade das mulheres, seria necessária também a cumplicidade da vítima …”.

    Para corroborar a “cumplicidade” eis de livro ** de Odete Lara, imperdível:
    “Um amante é pouco para mim. Não dá para consumir todas as energias que me consomem. Somente na fase aguda de uma paixão é que um só amante me satisfaz. O atual que ando é potente, viril, satisfatório total. Porém a simples lembrança de gestos na alcova já me enervam todo o corpo e mente. Só penso em mais amar, aqui e agora. Não entendo. Em vez de me aplacar, a repetição me excita. Preciso de mais homem, com mente mais complexa, mais inquieta … A vida de artista é intolerável, inexiste a artista pessoa, só há a artista objeto, o público só se interessa pela vida levada extra profissional … minha profissão quase que me leva à mendicância … vejo-me atirada num abismo … não consigo pegar no sono … muitas vezes vivo fases nauseabunda …a angústia me persegue o tempo todo …”.
    (** “Eu Nua”, Odete Lara, Ed. Rosa dos Tempos, SP, 2002; um autobiografia da atriz brasileira, anos 50-60's, e alguns trechos de seu diário pessoal; atualmente Lara está a lidar com misticismo oriental).

    O que interessaria é entender que Lara e Beauvoir estariam em época de esgotamento de modêlo, e consequentemente, numa transição para novo modo de atuar. Há tempos atrás, FSP fez uma reportagem com casais de segundas núpcias, de SP e RJ, que residiam em apartamentos afastados, e se visitavam, e tudo ia às mil maravilhas.

    O fórum é “Será Deus Perfeito?”. Mas os assuntos abordados tem tudo a ver com um perfeicionismo; chega-se lá … lá adiante.

    Eis um trecho de Bernardo Soares (F. Pessoa), de lascar, de tirar o fôlego:
    “Conselho às Mal-casadas. Digo que “as mal-casadas” são todas as mulheres casadas e a maioria das solteiras. Livrai-vos sobretudo de cultivar sentimentos humanitários. O humanitarismo é uma grosseria. Escrevo a frio, raciocinadamente, pensando em vosso bem-estar, pobres mal-casadas. A arte toda, toda a libertação, está em submeter o espírito o menos possível, deixando ao corpo, que se submeta à vontade. Ser imoral para as vistas, não vale a pena, porque diminui, aos olhos dos outros, a vossa personalidade e a banaliza. Mas sejais imoral dentro de si, cercada do máximo respeito alheio. Ser esposa e mãe corporeamente dedicada, e ter, porém, contatos inexplicáveis com todos os homens da vizinhança, desde o merceeiro até o sacerdote – eis o que maior sabor tem a quem realmente quer gozar e alargar a sua individualidade, sem descer ao método da criada de servir, nem da honestidade rigorosa e estúpida. Todo o prazer é do cérebro, todos os crimes que se dão é só em sonhos que se cometem”.

    E por ai vai adiante, há muito mais, mas basta nesta mensagem.
    (fthy; 03/05/2002)

    em resposta a: Nao encontraremos resposta #76376

    Clarice Lispector ,

    o entendimento de Clarice Lispector era além do entendimento, via visceral, sendo profundamente entendimento :

    esse entender vai entre aspas … :

    ” Renda-se , como eu me rendi.
    Mergulhe no que você não conhece como eu
    mergulhei “. ( C. Lispector ).

    desculpa … mas tb não resisti.

    abs.

    em resposta a: Nao encontraremos resposta #76375

    linda frase!ppllbb tenho que admitir que nao conhecia pois nao gosto muito de literatura a nao ser de seu contexto histórico, da influencia da filosofia sobre a mesma e vice-versa. O que quero dizer que acreditar em um Deus é se achar fora do novelo que o gato de Kant brincava, nao encontraremos resposta ou essa é a própria respota porque fazemos parte do universo! e nao o universo foi criado para nós.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76494

    Ferris,

    parece que , ao tempo que o inconsciente junguiano mostra-se criativo o freudiano mostra-se um receptor de tudo aquilo que é reprmido, alias tem-se como o insconsciente o protótipo do que é reprimido, mas o que está inconsciente não coincide necessariamente com o reprimido ; segundo Freud, tudo que é reprimido é inconsciente , mas nem todo que é inconsciente é reprimido … em termos de criatividade não vejo distinção entre ambas . (…)

    reflito sobre a questao dos sistemas abertos e fechados em relação as duas abordagens, em relação à junguiana, é fácil perceber-se disso, mas na leitura freudiana não me resulta tão evidente assim.

    ref. ciência ficção .- Asimov.

    quando fiz ref. à informações pensava em algo mais experimental, ja que foi utilizado o termo “experiências laboratoriais “…. vou ver se acho esse livro.

    abs.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76493

    Ferris,

    ressalva da última pergunta refere-se ao estilo freudiano a exagerar … ; dizia Freud que um homem considerado sadio ( não neurótico) seria aquele capaz de amar e trabalhar … simplista (?)

    (…)

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76492

    Ferris,

    Dizia Beauvoir que o pior crime é tentar destituir outro ser humano de sua humanidade, referindo-se a como as mulheres eram enredadas na má fé dos homens, desculpa mas vou usar o termo machos ; entretanto a má fé não haveria de explicar a falta de liberdade das mulheres, seria necessária também a cumplicidade da vítima, vou ser justa … fêmeas . Círculo vicioso : cada um tem o seu sonho irrealizável ; cada um olha para o outro para solucionar seu conflito interno; cada um culpa o outro, como deve, quando essa estratégia falha ; é o cenário sartriano do sádico e do masoquista.

    O antídoto é obvio : a mulher deve rebelar-se … afirmar-se profissionalmente tal como o homem, negar a maternidade, casamento, lar e o seu próprio ser sexual. O ato sexual, dizia B., obriga a mulher a se colocar como objeto passivo.

    vida dúplice : ser dura na profissão e depois transformar-se , à noite, em alguém doce ; pode exercer tb a função masculina, dificilmente encontrará um homem que possa tolerar sua superioridade ; pode desistir de manter um relacionamento permanente, conquistadora, o êxito nunca será dela …

    A mulher de Beauvoir deve ultrapassar a carícia sartriana, a mão masculina proprietária , e a penetração do macho ativo no ato sexual “no sentido do seu próprio prazer “. Ela se dá para si mesma ; será tb ativa. Para que isso aconteça , porém , o homem deve encarar a mulher como seu “semelhante” . Uma vez que a mulher seja vista “como” homem – isto é , como um sujeito – então é possível a reciprocidade no ato sexual . Dois sujeitos iguais agora se defrontam , dão-se um ao outro, desfrutam um ao outro.

    O existencialismo de Beauvoir extrapolava tanto o socialismo quanto o capitalismo para situar a dinâmica da opressão ;

    ref. aos dois paradigmas .-

    quanto ao modo de como as coisas estariam e de como poderiam a ficar , prevalecem ano 2002.

    um “novo” paradigma : amor como experiência espiritual mais elevada .-

    alinhando a humanidade sem sujeito de S.B , desarticulando o desejo sexual de Sartre enquanto reação-impasse do eu/outro ; uma reciprocidade aparentemente impossível no contexto existencialista : alternação de papéis (amantes)/Sartre versus igualdade mais satisfatória ( Beauvoir ).

    ref. Self

    paradigma espiriual em ambiente EO , discordo da expressão “cada um imitaria Cristo ” ….

    com estilo junguiano cada psique instala eficácias … pelo contrário estilo freudiano é uma pedrona no pescoço, não estaria a exagerar um pouco ?

    (…)

    abs.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76491

    Ref. Karein, 01 de Maio de 2002 – 10:06 pm:

    Com a Psique de Jung: Ego + Consciente + Inconsciente + Self + Processos Psicológicos, e com as Funções de Jung: Intuição + Pensamento + Sensação + Sentimento, pode-se afirmar (sem ruborizar!) que durante lidamentos adiantados em ambiente informático, as coisas ficam facilitadas para analogizar (parece coisa de mentiroso, mas está correto falar assim!).
    Mas também no condicionamento de jogadores em concentração, há facilidades! E também enquanto na prancha de surf, sob aquele solzão amigo, dentro daquele marzão amigo, no aguardo da Grande Onda! Reitera-se que não se está a debochar nem a blefar nem a armar laço!

    Com estilo junguiano, cada mente carrega consigo o instrumental para deliciar-se, encarar-se, maneirar-se, corrigir-se, censurar-se, recuperar-se, propor-se. Pelo contrário, o estilo freudiano é uma pedrona amarrada no pescoço!

    Inconsciente: “Jung atribui uma função criativa, no sentido de que apresenta à consciência, conteúdos necessários à saúde psicológica, não é superior à consciência, suas mensagens em modo de sonhos, impulsos, devem ser mediadas pelo ego, o inconsciente é inútil sem a mente humana, entre o consciente e o inconsciente se estabelece o jogo do martelo&bigorna sendo que no ferro paciente está a ser forjado o indivíduo”. No estudo junguiano, o misticismo (puro!) proviria do inconsciente.

    K.: “pós-ocidentalismo, debate …será que o ocidental tenderá a ficar ultrapassado enquanto tendência a pretensão da universalidade (?)”.

    No fundo inexistiria tal pensar, não está com nada pensar se fica ou não ultrapassado, no fundo deixa-se pra lá tal questão. O que importa é que o modo ocidental de fazer as coisas não pára, não dá folga (para si!), não tem nada que o trave (internamente!). O ambiente sideral coloca o Ocidente como Sistema Aberto. Muitas coisas da superfície deverão ser versionadas (Estado!), muitas estão a passar por percalços de percurso (democracia, religiosidade!), mas nada de mais, assim é que sempre foi (ainda bem!).

    Dois casos de “sistema aberto” (a contingência está fator de abertura!):
    Caso 1: – o primeiro trigo domesticado pelo humano cruzou-se por acaso (8 mil anos atrás!) com uma gramínea, e produziu um híbrido que dobrou o número de cromossomos passando de 14 para 28; – este híbrido com 28 cromossomos se tornou o “trigo para macarrão”; – com mais um cruzar com gramínea, resultou num de 42 cromossomos, o “trigo para pão”.
    Caso 2: – o homem de Neanderthal (200 mil a 40 mil anos) vivia em média 29 anos; – na época da Descoberta do Brasil, a idade média estava em 38 anos; – atualmente está em 79 anos nos países nórdicos.

    O Ocidente está sistema aberto graças à Aventura Espacial (nada contingencial enquanto nas essencialidades!).

    K.: ” antes de pensar em termos de inteligência colectiva, pensar sobre bases”.
    A Inteligência Coletiva já existiria, e estaria a ser paulatinamente complexada numa Mente de Gaia.
    (fthy; 02/05/2002)

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76490

    Ref. Karein, 01/05/2002 – 10:28 pm: “ref. espiritualidade /psique e pacote tecnológico : inviável”.
    K. entenderia como “inviável”? Estaria a dar uma de apressadinha?
    Convida-se K. para inteirar-se de uma entrevista da década dos 80's, Simone de Beauvoir, teórica pioneira, jornalista, escritora, filósofa, feminista:
    “A mulher ascendendo ao poder torna-se semelhante aos homens. Uma espécie de mulher-desculpa e por suas funções, uma acima mais discreta e eficaz ao homem”;
    “O espírito é mais forte que o corpo. No caso de não haver possibilidade de uma vida sexual apreciada eu não tinha desejos sexuais. Eu só os tinha na medida que eram críveis”;
    “O pior para as mulheres é encontrar uma felicidade na sexualidade que leva-as a se tornarem mais ou menos escravas do homem”;
    “Não tive filhos, casada com Sartre, mas morava em bairro distante, cada um na sua casa, se faziam visitas”;
    “Os homens tem arraigada a idéia de sua superioridade e não estão preparados para se livrarem, de renunciar, há uma necessidade de se valorizarem, de ter a mulher como inferior”;
    “As relações mãe-filha que vejo à minha volta são catastróficas, são no máximo suportáveis, jamais amorosas e ternas”;
    “A velhice é mais atroz para o homem que perde o poder. Tudo está relativo ao poder. As mulheres por ficarem ao largo do poder quando vêem que o homem ao seu lado está sem o poder, ela o assume, tudo fica mais fácil para a mulher”.

    Reparar que cada frase permite gerar dois paradigmas:
    a) quanto ao modo de que as coisas estariam;
    b) quanto a um modo adiante, de como poderiam vir a ficar.

    Quanto daqueles de SB, poderiam mexer na psique feminina (principalmente!)? Muitos, todos!

    A Psique (obra de Jung!) está composta assim: Ego, Consciente, Inconsciente, Self. Ego e Consciente estão campos que já são favas contadas para processos por educação. Quanto Inconsciente, o melhor a fazer é não ir diretamente sobre ele.
    Mas o Self estaria um ótimo flanco, que poderia ser “explorado” através de paradigmas apurados e em profusão.
    Uma educação paradigmatizada “adentraria” pelo Self e daria “toques de leve” no Inconsciente.

    Eis conceito de Self de Jung:
    “O arquétipo da totalidade e o centro regulador da Psique; poder transpessoal que transcende o Ego”;
    “O Self não é somente o centro, mas também a circunferência total que abarca tanto o consciente como o inconsciente; é o centro desta totalidade, assim como o Ego é o centro do Consciente”;
    “Como todo arquétipo, a natureza essencial do Self é incognoscível, mas suas manifestações são o conteúdo de mitos e de lendas”;
    “As experiências do Self possuem uma numosidade, característica das revelações religiosas. Por isso, Jung acreditava que não havia nenhuma diferença essencial entre o Self enquanto realidade experimental e psicológica e o conceito de uma divindade suprema”;
    “O Self poderia ser chamado de 'Deus Interior' da pessoa”.

    Cada indivíduo imitaria Cristo! Algo impensável na superfície terrestre, mas nada impossível num ambiente de EO.

    Incrível, né?
    (fthy; 02/05/2002)

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76489

    Ref. Karein, 01/05/2002 – 10:28 pm: “… daria para explorar mais esse assunto no sentido de proporcionar informações mais abrangentes sobre essas pesquisas laboratoriais?”.

    Autores “de cabeceira” para ficção científica, Isaac Asimov e Arthur Clarke.
    Um livro de Asimov, “O Despertar dos Deuses”. De ler e passar a dar atenção à Aventura Sideral. Um resumido:
    Uma base lunar. Milhares de humanos a viverem e procriarem. Já na Sexta geração de selenitas. Os nascidos na Lua não apreciam a Terra e estranham os terráqueos (os terrestres quando recém-chegados, fedem!). Os altos escalões administrativos da base são exclusivos de cidadãos terrestres. E nos postos intermediários há meio-a-meio. Há serviço de espionagem terrestres nas atividades selenitas. E os cidadãos da Lua também possuem mecanismos de contra espionagem. Há atividade científica lunar completamente independente relativa à Terra. Na superfície terrestre há instrumentos para monitorarem as atividades na Lua. Os cientistas da Terra suspeitam de que há atividade científica clandestina, fora dos acordos e regulamentações. E num momento acontece o confronto inevitável. Os selenitas informam à Terra que querem se afastar, deixar de estar como satélite, querem vagar no espaço fora da jurisdição da Terra. As autoridades inicialmente acham que há blefe, mas os selenitas dão mostra de que desenvolveram tecnologia, para construir aparelhos que gerem energia suficiente, para anular a atração gravitacional entre os dois “irmãos”. A Terra inicialmente põe-a-boca-no-trombone, de fazer ameaças, mas depois de alguns toma-lá-dá-cá, acaba por pedir tempo, e se compromete que em período de uma década construirá sua lua artificial, para substituir o satélite lunar, e então a Lua será admitida como o mais novo planeta solar. (fim)

    Eis uma história fascinante. Depois de ler esta não precisa ler mais nenhuma durante um certo tempo (há muitas outras esplêndidas).

    Mas a ficção de Asimov não vai fundo na questão do viver sem riscos de ódios, ciúmes, violências diversas. Como evitar-se-ão inconvenientes indignos? Não tem cabimento permitir que em ambiente EO se instalem quiproquós corriqueiros terrestres! Triângulo amoroso não pode! Traição amorosa em EO estaria o fim-da-picada! E necessitar de aborto, então? E outras coisas esdrúxulas!

    Mas qual o motivo que alavanca tal assunto de EO e viver extra-terrestre? Há algumas cabeças-pensantes que se flagraram que os paradigmas prevalentes na atualidade já perderam muito em performance para eficácias. Tudo vai indo mais ou menos, e nada há que indique estar a próxima década facilitada com os atuais altos&baixos. A novidade está na criação da União Européia com um recém a engatinhar paradigma de meta-democracia. E o diferencial (crescente!) entre EUA e restante do Globo, só não será desastroso para superfície terrestre, caso os norte-americanos fizerem do espaço sideral seu objetivo agudo. Estaria no colossal potencial criativo dos norte-americanos um dos motivo de instabilidades no mundo terrestre (todo mundo correr atrás, ficar pra trás!).

    O Brasil não pode deixar de se manter atualizado, mas necessita de inúmeros paradigmas renovadores, para suas questões internas exclusivas (que servirão para países vizinhos!).
    (fthy; 02/05/2002)

    em resposta a: Determinismo ou livre-arbitrio? #73603

    Alex,

    sua resposta foi suscintamente : no próprio homem. Acredito que vc esteja a complementar o que eu disse referente ao desvendar e potencializar inteligências ainda não conhecidas ….

    a propósito vc já compôs o quadro : Chaitins pintando .. ?

    abs.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76488

    Ferris,

    ref. 30.04.02 (7:53pm) .-

    as questões que desencontram na superfície terrestre não terão vez numa EO (fthy).-

    por conta de diferencias educativo/disciplinador, nenhuma objeção ao que diz respeito ao item disciplina, muito pelo contrário, e nada contra os voluntários de projetos que se envolvam de forma eficiente , quero dizer, que se envolvam de corpo e alma, será que seria este um ideal anacrônico (?) para os “com acesso sideral “.

    daria para explorar mais esse assunto no sentido de proporcionar informações mais abrangentes sobre essas pesquisas laboratoriais ?

    ref. espiritualidade /psique e pacote tecnológico :

    inviável.

    abs.

    em resposta a: Será Deus Perfeito? – 2 #76487

    Ferris,

    ref. (30.04.02)

    Acetilcolina / Noradrenalina .-

    a acetilcolina atua tanto no sistema nervoso autônomo simpático quanto no sistema nervoso autônomo parassimpático, o primeiro localizado na porção toráxica e lombar da medula espinal, e o segundo no tronco encefálico, na porcão sacral da mesma ; a noradrenalina ativa o simpático que lida com as situações emergenciais ; o sono depende da ação de certos núcleos (rafe) do tronco encefálico, a secção da parte da ponte não dorme nunca, as conexões ascendentes dos núcleos de rafe são as responsáveis pelo sono, núcleos muito ricos em serotonina …

    Freud passou a interessar-se pelos sonhos ao
    perceber que suas pacientes começavam a contar seus sonhos, a partir desse fenômeno tentara reconstruir seu conteúdo latente ; explicações de índole fisiológica ficava por conta da teoria dos neurônios, e processos primários do sistema nervoso autônomo.

    Freud foi o primeiro a explorar empiricamente o insconciente ; inicialmente atribuia aos sonhos importância como ponto de partida para o processo de associação livre ; Jung atribuira ao sonho o correlato do que o inconsciente estivera tentando dizer, prioridade máxima para o sonho como norteador, desprezando quaisquer associações não relevantes em relação so sonho. A analítica junguiana , trabalha com mitos, sonhos, arquétipos, arte , mandalas e insconsciente coletivo, influência do misticismo oriental são relevantes nessa abordagem terapêutica.

    Para Freud, o sonho era um produto autônomo da atividade psíquica e, como função psíquica, passível de uma análise sistemática ; Jung ampliou o espectro do sonho e trabalhou com interpretações diversas .

    É conhecido o caos do químico alemão Kekulé , ao pesquisar a estrutura molecular do benzeno, sonhou com uma serpente que mordia o seu próprio rabo. O sonho fê-lo concluir que esta estrutura seria um círculo fechado de carbono .

    O que se distancia do cientificismo occidental fica mais antiquado .- (fthy)

    não saberia dizer ao certo se falar em termos de ultrapassado seria o adequado, nem vejo por quê admiti-lo como tal … hj ouvi uma expressão em relação aos ” choques da civilização occidental e oriental ” : pós-occidentalismo … num debate sobre esse assunto, será que o occidental tenderá a ficar ultrapassado enquanto tendência a pretensão da universalidade (?).

    ref. Levy .- (leitura ).

    antes de pensar em termos de inteligência colectiva, pensar sobre bases .

    abs.

    em resposta a: O que é consciencia ? #74600

    Gostaria de saber, já que a psicologia segundo Ulric Neisser não está pronta para entender a conscência, quem primeiro empregou este termo”conscência”na História?

    em resposta a: Crer sem ver #74565

    Ana bate forte em P. Coelho. Idem empresário paulista aposentado, bibliófilo, que disse “O autor P. Coelho seria para a Literatura o mesmo que seria o bispo Macedo para a Religião”. Idem autora Raquel de Queirós, da Academia de Letras, que disse “Eu comecei a ler um livro de P. Coelho, que me recomendaram, na primeira página, a oito do texto, e não consegui nem virar a folha”. O livro no qual o autor faz relatos, em modo de entrevista, de sua vida vivida é um acumulado de excrescências humanas. Mas de onde é que Ana tirou “humano inflamado pela insegurança”? Seriam todos uns quase neuróticos, com nervos à flor da pele? “Inflamado” e “insegurança” não seria exagero? Ana poderia esclarecer? Abs.

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