Miguel (admin)

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  • em resposta a: O que é a felicidade? #76015

    ref. ao q Márcio, comentou sobre o ponto zero .-

    se colocarmos num eixo de coordenadas, na vertical qualidade de vida e na horizontal anos de vida viividos, sendo que o processo final é a morte, e o ponto zero o nascimento, independente do lugar onde nos encontremos de idade vivida, temos duas opçoes ou modos de encarar : ou estamos mais próximos da morte ou , por outro lado, estando vivendo intensamente cada instante, ou mesmo serenamente, a questão é estar vivendo de fato cada instante a qualidade tende a se sobrepor à tendência de morte mesmo q inevitável, se colocarmos o desejo ao invés da qualidade e a felicidade como processo tenderemos a desejar cada vez mais e cada vez mais, visto desejo como necessidade e nunca alcançaremos a felicidade, pois ela será anulada por esse desejo, para que a felicidade não seja uma meta ou pode maior inacessível teremos a felicidade implícita na qualidade de vida e como processo a morte-vida e vida-morte.

    talvez a felicidade implique em se submeter de forma incondicional à vida, de forma plena e humana e como tal com tudo o que isso implica.
    Da mesma forma que a dor se faz suportar por ter um sentido subjetivo, a felicidade se logra vivenciando de forma incodicional e livre , correndo todos os seus riscos … , p/ enfrentar a falta, a ausência, masturbações de alegrias tornam-se inexauriíveis, tais como todos os desejos, as ilusões podem vir a ser tão subjetivas quanto objetiva, na verdade pode suceder que a plenitude do desejo seja tão intolerável como a realidade quando se torna insustentável de se sustentar.

    em resposta a: O que é a felicidade? #76014

    Isabel,

    concordo com vc. em relação ao seu comentário, o considero correto.

    tc.

    em resposta a: O que é a felicidade? #76013

    Marcio:

    Estive a reler as suas mensagens…por aquilo que pude perceber, essa possibilidade de retornar ao ponto zero, ajustando a mente, é uma possibilidade real para si.Portanto, em qualquer situação em posso colocar “a zero” a minha percepção e essa atitude está a cargo da tal parte do cérebro que posso “ver”. Os factores externos que condicionam (também) a felicidade/infelicidade estão, para si, em menor grau e podem ser neutralizados ajustando a mente.Penso que é isso que referiu, não é?

    Bem, eu ainda não pensei muito nesta sua forma curiosa de encarar o problema mas há uma aspecto que me suscita, à partida, algumas interrogações…
    Nessa sua linha de pensamento eu interpreto o papel do “piloto automático” como sendo o de nos fazer retornar ao ponto zero quando nos tornamos incapacitados para “viver”, ou seja, parece-me que o papel da parte do cérebro que vemos é, afinal, bem mais secundário do que poderia parecer…é o “piloto automático” que nos salva da loucura. Portanto, à partida, tenho alguma dificuldade em aceitar que esteja ao nosso (consciente) alcance fazer esses ajustes…penso que tudo é mais problemático…
    abs.

    em resposta a: O que é a felicidade? #76012

    Karen, repare, eu fiz o enquadramento filosófico do desejo no registo espinosiano.Concordar pessoalmente ou não com essa noção, é outra coisa bem diferente. Eu não lhe expus a minha concepção de desejo, mas a de Espinosa porque a Karen o referiu.
    “apenas recortei o pensamento de Spinoza na medida em que aborda o sujeito como parte e agentes do todo que é a Natureza que é por sua vez Deus, a questão dos desejos adequados e inadequados”, certo. Eu sei que foi esse o sentido só que não podemos abordar isso sem passar por certas noções centrais em Espinosa e uma delas é o desejo.Não podemos simplesmente pegar nessa abordagem do indivíduo como parte de un todo que é natureza, deus, esquecendo aquilo que está por detrás…
    Podemos, sim, sair dessa noção de Espinosa que já foi suficientente explorada e abrir outros caminhos…

    em resposta a: O que quer dizer Deus para a filosofia ? #72009

    Sobre a questão de deus, dos argumentos teístas e ateus, acho que vale a pena ler um artigo recentemente publicado.Aí vai o link:

    http://critica.no.sapo.pt/fil_2sobremal.html

    em resposta a: O que é a felicidade? #76011

    Isabel

    eu posso estar distorcendo a percepção do desejo em Spinoza, mas o compreendo como vontade de alcançar um estado de contentamento , ” de iluminação ” , por muito paradoxal que possa parecer, ele alude a alguns intelectuais q conseguiram através de uma racionalidade , digamos especial, e desculpa por ser ambigua, mais não considero que seja uma proposição lógica absoluta, estabelecer uma ponte que daria acesso a algo que o transcende , pois essa vontade como disse anteriormente, não se assemelha a um desejo que implique em necessidade, colocaria que uma das causas dessa infelicidade e do incomodo da diversidade resida na ignorância dessa percepção maior. O que ocorre é q Spinoza coloca como mediador a razão , que possibilita um conhecimento claro do que venha a ser essa felicidade, não acredito que seja uma racionalização e que tenha por base um desejo como essência do homem, apenas recortei o pensamento de Spinoza na medida em que aborda o sujeito como parte e agentes do todo que é a Natureza que é por sua vez Deus, a questão dos desejos adequados e inadequados … e por ahi vai ….

    tenho q ir agora … logo continuo .

    tc.

    em resposta a: Hume #76145

    Caro Onofre:

    “não pelo empirismo, mas por recair em ceticismo”…também.A filosofia kantiana é o resultado de uma longa meditação e ela expressa um corte com o dogmatismo das metafísicas tradicionais que, partilhando de um certo optimismo gnoseológico, encontraram na razão um poder ilimitado para fundamentar o conhecimento em verdades eternas. Ao mesmo tempo, Kant pretende salvaguardar a legitimidade do conhecimento do conhecimento científico que o cepticismo de Hume tinha posto em causa .

    em resposta a: O que quer dizer Deus para a filosofia ? #72007

    Interessante esse seu último comentário carlos, e creio que até certo certo ponto eu concorde com você, o homem religioso acredita em deus, e o cientista procura a verdade, logo se deus for a verdade ele achará deus, e é imporante ressaltar que há cientistas religiosos.

    em resposta a: Hume #76144

    Ao meu ver, Kant critica Hume essencialmente não pelo empirismo, mas por recair em ceticismo como desdobramento de sua crítica ao dogmatismo da razão. Kant julga isso um acomodamento, pois quer que o conhecimento seja possível, e daí seu projeto de fazer a razão explorar-se para descobrir seus limites.

    em resposta a: O que é a felicidade? #76009

    Marcio
    “Por exemplo, parece que a Isabel, em determinado momento, ajustou o ponto Zero muito alto, o que faz com que a partir daquela data, a percepcao da Realidade seja sempre traduzida por Infelicidade.”

    dê-me uma ajuda…quer dizer com isso que em dado momento eu ajustei esse ponto zero num patamar de elevada exigência e daí a infelicidade, é isso?

    “Com o passar do tempo, o cerebro continua a perceber a Realidade e implicitamente calcula se as condicoes melhoraram ou pioraram e traduz isso em forma de felicidade ou infelicidade.”

    quer dizer que então poderíamos retornar várias vezes ao ponto zero e fazer registos de felicidade e infelicidade??Remetendo esses registos a espaços de tempo/estados de espírito determinados?
    É que não sei se percebi realmente o que quis dizer :-)
    abs.

    em resposta a: O que é a felicidade? #76008

    Daniel…
    Não era minha intenção fazer um silogismo, até porque formalmente ele não é válido…esse modo, nessa fiogura não é válido!! O objectivo foi só encadear ideias…mas vamos transformá-lo num silogismo válido do modo AAI e então ficaria:

    Toda a realidade implica ter consciência
    Ter consciência implica infelicidade
    Logo, alguma da infelicidade é realidade.

    E assim, aceitaria Daniel?

    Ora bem, deixe ver se eu o entendo (as participações neste tópico estão a ficar bem complexas, não??)…você separa sentimentos e estímulos que provocam os sentimentos, é isso? Certo. A percepção não coincide com a coisa percepcionada…E referiu que eu formulo ideias (felicidade, infelicidade…) a partir do significado dos estímulos, é isso? Bem, eu não sei se é bem assim, quer dizer, tenho alguma dificuldade em ver as coisas desse modo…Ora bem, esses contrapostos de que falou prendem-se com a referência, isto é, como posso falar de felicidade sem ter como referência aquilo a que se opõe?…É nesse sentido que falo de referência, compreende-me Daniel?

    Heidegger diz que se nos podemos tornar pobres em pensamentos é porque podemos pensar, tal como se nos podemos tornar surdos é porque podemos ouvir…eu diria então que se nos podemos tornar felizes é porque somos infelizes e vice-versa…os tais contrapostos.
    De resto, eu também defendo (não sei se terá transparecido o contrário) que as percepções são diferentes dos estímulos até porque a percepção é diferença, percepção e dado percebido não coincidem.
    Bom, acho que fui confusa, não?…
    abs.

    em resposta a: O que é a felicidade? #76007

    Se Realidade = ter consciência
    e ter consciência = infelicidade
    logo
    Realidade = infelicidade
    e
    Ilusão = felicidade

    Isabel,
    O silogismo está encadeado, mas não consigo aceitá-lo como verdadeiro. O que está acontecendo, se assim posso supor, é uma diferença de abordagem: Eu construo as idéias separando percepção e estímulos(no caso, os sentimentos); em suas colocações, ao meu ver(por favor, perdoe-me se eu estiver errado), formula idéias partindo do significado dos estímulos, diferenciando-os pelo significado. Poderia, desse modo, tratar do caso “consciência-infelicidade”, pois teria um contraposto(“ilusão-felicidade”)…e nasceu um silogismo. Como não tenho diferenças e tão pouco contrapostos, espero que entenda por que discordo sobre o silogismo, e claro, são dois pontos de vista diferentes.

    Grande Abraço.


    “a felicidade como uma masturbação .. (alegria) …”

    Anatomia do Monólogo

    ser ou não ser?
    er ou não er?
    r ou não r?
    ou não?
    onã?

    José Paulo Paes

    em resposta a: Hume #76143

    Ricardo:
    Como sabe, Hume foi de capital importância para Kant. Julgo que essa forma de colocar o problema não será a melhor. Quando muito, poderemos falar de “limitações” que Kant encontra no empirismo de Hume…”erros” é muito redutor, eu penso.
    Kant reconhece que foi Hume quem o “despertou do seu sono dogmático”, agora ele critica no empirismo (que punha ênfase nas relações entre o pensamento e as coisas) o facto de não estabelecer a validade do conhecimento das coisas obtido a partir da experiência, acabando por cair também no próprio dogmatismo e mesmo num agnosticismo (Hume).
    Como deve saber, para Kant, todo o conhecimento começa com a experiência mas não se reduz a ela…

    em resposta a: O que é a felicidade? #76005

    “a felicidade como uma masturbação .. (alegria) …

    desejo solitário???
    alegria incompartilhada?
    felicidade=ilusão na solidão?
    solidão=estado de plenitude?

    Alguns devaneios por entre as palavras que nos levam a pensar…

    “Reconhecer a realidade como uma forma da ilusão, e a ilusão como uma forma da realidade, é igualmente necessário e igualmente inútil”.
    F. Pessoa

    em resposta a: O que é a felicidade? #76004

    Karen:

    “a felicidade é um estado que está implícito na própria condicionalidade do homem, na medida em que consegue se elevar acima de toda essa condicionalidade e de resistir às forças contrárias graças ao poder de resistência do espírito”, disse.Eu não tenho essa visão optimista do homem…penso que numa pequena minoria de pessoas isso poderá acontecer, de resto, se olharmos à nossa volta vemos demasiada frustração, negatividade, desespero, vazio…

    “a essência do homem é o desejo ( desejo psíquico)”- o desejo é para Espinosa o apetite de que se tem consciência, isto é, ele racionaliza o desejo e, ao fazê-lo, transforma-o em necessidade. A questão do desejo é que quanto mais desejo, mais desejo desejo; quanto mais sei mais quero saber…o desejo é a raíz das paixões.É o tal desejo sem medida a que me referia quando deixei no ar a pergunta “não será esta concepção de homem (desejo sem medida) uma das razões para a adversidade e infelicidade humanas?”. Para Espinosa todos vivem na adversidade só que nem todos têm consciência disso!…

    “talvez o sujeito ao invés de esquecer deveria avaliar o acontecido para poder refletir sobre a situação”…aí está a racionalizar e isso é incompatível com o estado nascente da paixão. Quando racionaliza, avalia, já está noutro patamar, já está a querer construir, fundamentar o seu sentimento…aí está a entrar num outro registo.

    “esse desejo insaciável poderá vir se transmutar em uma carência insaciável”- isso é o que define a paixão (não?) enquanto estado e é isso, ao mesmo tempo, que a torna efémera dando lugar a um outro patamar-o amor.

    abs.

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