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Miguel (admin)Mestre
Esperava isso. Fiz o papel de satanás no deserto (que o valenic não ouça) ofereci água e vc não quis.
Penso no mundo como algo sem cor, nós, os humanos, o colorimos. As vezes a ciência apaga essas cores e o mundo parece ficar sem sentido. Outras vezes pintamos de cinza o mundo e o tornamos feio e sem graça. Mas o mundo com cor ou sem cor continua a ser mundo.
O que o suicida não sabe é pintar o mundo com cores que não o cinza, torná-lo belo. Ao invés disso ele pinta de cinza. Mas o mundo continua a não ter cor! Em que mundo queremos viver?Miguel (admin)MestreObrigado pelo elogio!…o texto é meu, sim.
Bem…” (…) a mente é aquilo que escapa à percepção dos sentidos?”
…escapa 90% da percepção dos sentidos, não?! “O que vemos” é só os primeiros metros da mente, depois tudo fica escuro. Eu diria que a mente é a parte do cérebro que vemos; e também a imensidão que nos foge à Luz.“…o universo é uma extensão da mente?”
…Aquele Muro Colossal, tão bem posto e tão longe…o universo poderia manter alguns segredos por trás das pedras, não?!
Eu não digo “poderia” manter; afirmo: mantém!” E “cuidado” por quê? Pelo longínquo? Pelo medo do desconhecido? Pelo medo de encontrar a resposta para “o porquê do meu caminhar”?”
…a cautela é equipamento obrigatório quando se trata de “buscar o desconhecido”, pois não sabemos o que iremos encontrar(um bocado óbvia essa minha colocação). Será que havia alguma placa durante o percurso no escuro?“(…) longe das perguntas? Longe do cansaço da procura?(…)”?”
…Longe das perguntas, não. As perguntas permanecem mesmo aqui, no mundo inteligível, embora temos toda a luz que desejamos para nossas procuras. Não buscamos respostas no escuro da mente pois encontramos dificuldade em lidar com a falta de luz. Será que estamos usando a luz certa? Será que não precisamos de um pequeno Sol Azul?…de fato estou usando o tópico errado para este assunto. (É culpa do Márcio!…rs*, brincadeira.)…Longe do cansaço da procura, sim, muita fadiga!…assim como dizia Macário:
“– Eis aí o resultado das viagens. Um burro frouxo. Uma garrafa vazia.”
Um grande abraço.
Miguel (admin)MestreEu me referi ligeiramente à Kant não por causa disto, que é , aliás, um resumo bastante conhecido de uma das idéias chave do prefácio da Crítica da Razão Pura, essencialmente, mas sim por causa da imagem que Kant constrói no livro a Religião Nos Limites da Simples Razão, em que pretende tratar de assuntos concernentes á fé, como Deus e o Absoluto, apenas no que elas refletem dentro de seu sistema filosófico, e por isso os dois círculos concêntricos. Esse tratado, aliás, rendeu um belo puxão de orelha em Kant, por parte do Rei Guilherme Frederico II. Sua admoestação levou Kant a se comprometer a não mais escrever sobre religião, e Kant aceitou, acrescentando enquanto súdito de vossa majestade. Felizmente para a filosofia tal rei morreu jovem e Kant pôde voltar a tona, especialmente no Conflito das Faculdades.
Miguel (admin)MestreSim, penso que Kant pode ajudar um pouco o debate até porque podemos falar de um certo agnosticismo em Kant. Segundo ele, nada poderemos saber acerca daquilo que as coisas são em si mesmas; apenas conhecemos o nosso modo de conhecer, isto é, das representações só conhecemos o que lá colocamos. Somos assim “vítimas” do nosso próprio modo de conhecer limitados pela nossa própria constituição subjectiva que não é dotada de uma intuição intelectual capz de captar a realidade em si mesma, directamente. Não há, assim, acesso directo à estrutura das coisas em si.
Talvez a consciência destas limitações leve a relativizar posições no debate…Miguel (admin)MestreBelo texto Daniel…é seu?? Muito rico e trabalhá-lo seriamente sairia deste tópico!!!Pergunta “o que é a mente” e o seu texto refere que “é triste saber que os meus olhos não podem me acompanhar quando estou dentro da minha cabeça”, ou seja, a mente é aquilo que escapa à percepção dos sentidos? Então aí, a sua posição difere de todo da do Márcio que dizia acima, respondendo à mesma pergunta, que a mente “é a parte do cérebro que vemos”?!
“Ao invés encontrei uma placa com estas palavras arranhadas: cuidado que aqui começa o universo”…o universo é uma extensão da mente??
E “cuidado” porquê? Pelo longínquo? Pelo medo do desconhecido? Pelo medo de encontrar a resposta para “o porquê do meu caminhar”??
“Chegou a minha vez de dormir e descansar-fora da minha cabeça”…longe das perguntas? Longe do cansaço da procura? Longe da placa que diz “Cuidado…”???Miguel (admin)MestreSílvio, eu ia-lhe pedir para ser um pouco mais específico: qual é o âmbito do trabalho? Em que área ele se inscreve? Penso que é preciso precisar um pouco mais de forma a poder dar-lhe alguma orientação. Assim é difícil ájudar.
Miguel (admin)MestreLi algumas mensagens dessa extensa discussão, e gostaria de, me atendo mais ao tópico, fazer alguns comentários. O primeiro, que parece que alguns estão esquecendo, é que a ciência, em filosofia não nega a existência de Deus. Não se pode provar o negativo. A ciência moderna surge junto com a noção de infinito que derrubou o dogma geocêntrico. Num espaço infinito, não há como garantir que as mesmas leis serão válidas sempre. logo, não há como garantir que não haja Deus. Esse, aliás, é o tema da aposta pascalina: Se Deus não existir e eu acreditar nele, não estarei fazendo mal, mas se ele existir e eu acreditar serei recompensado. Bem, o fato é que a ciência não se preocupa com as questões da verdade absoluta, embora não as negue. Ela simplesmente quer ter um conhecimento seguro, relacionado à experiência e passível de repetição. Se a ciência natural tem seu objeto no mundo empírico, já está aí se abstendo de qualquer questão absoluta. Ela quer apenas que o seu conhecimento seja válido enquanto durar as leis o que o geraram. Ou mesmo criar um conhecimento que tenha seu valor de verdade no seu próprio sistema, como a geometria. A ciência quer o conhecimento dos fenômenos, e os fenômenos são as coisas tais quais aparecem a nós, e não como realmente são. O que elas realmente são a ciência não se preocupa, ainda, pois não pode ter um conhecimento certo baseado num método e que seja passível de prova, repetição. Esse tema é bem tratado por Leibniz
Thomas Kuhn já dizia que as verdades científícas se baseiam a paradigmas, que são as teorias mais abrangentes por responderem o maior número de questões dentro desse quadro. A questão é que todo paradigma é incompleto, se um parece perfeito é porque ainda não acharam a falha, mas ela fatalmente existe. Além disso, há outros critérios de interesses envolvidos na manutenção de paradigmas: interesses econômicos, sociais, políticos etc. Se um novo paradigma mais abrangente surgir, é necessário que toda a geração que fundou sua vida no velho morra para que ele possa se consolidar, já que a velha geração fará de tudo para continuar propagando sua verdade.Por fim, sobre a questão da suposta rixa ciência X religião, gostaria de lembrar que elas não são, a princípio, opostas. O que domina é o tema dos círculos concêntricos, tão bem formulados por Kant. A ciência e a filosofia precisam de limites claros e definidos para seu círculo , e dentro desse sistema trabalham. Já a religião estaria num círculo que envolve esse, maior, mas com limites fraquejantes e não definidos. Existe uma teoria de religião-histórica, se não me engano, que foi seguida por alguns cientistas modernos, como Galileu. Acreditava-se na evolução da humanidade em três eras, segundo o cristianismo: a primeira era, a do pai, era quando o homem vivia sob a tutela do divino, sem a perfeita consciência do que era, tendo depois caído desse paraíso e sendo por isso castigado. A do filho, era a redenção da humanidade, o homem assume-se sozinho no mundo, e quer ser senhor do seu próprio destino. Os cientistas modernos acreditavam estar inaugurando a terceira era, uma espécie de casamento das duas: a era do espírito santo, quando o livro do mundo, ou da natureza, seria aberto aos olhos humanos, e “quem tem ouvido, que ouça”. A ciência moderna, nesse aspecto acreditava estar abrindo o livro das leis do mundo, o conhecimento coadunado com o espírito santo. Isso explicaria porque alguns desses grandes cientistas como Newton etc não eram ateus.
Bem, o que eu disse são correntes e opiniões teóricas que existem, e não minha opinião. Espero que sirva para enriquecer o debate. Abs
Miguel (admin)MestreCordiais saudações!
“E ainda no tópico errado!!”
Realmente acredito não me encontrar no “tópico errado”. Se a linguagem pode expressar alguma coisa, e se domino bem o português, creio que “ o que quer dizer Deus para a filosofia” é um tópico onde Ele é alvo deste tópico. Mas parece que a Sua presença o incomoda. Quanto às minhas refutações, nada têm de grosseiras, diferentemente de seu tom com o qual se dirige à minha pessoa. Porém nem a falta de cortesia de sua parte, nem a ausência de uma postura compatível com um comportamento sóbrio diante de pessoas as quais não lhe conferiram a intimidade suficiente para que com elas possa desta forma falar e nem mesmo sua explícita ironia poderão afetar a verdade. De fato nós o incomodamos. E isto devido ao fato de podermos não somente, facilmente, destruir sofismas antigos e debilitados, bem como pelo fato de que sua tentativa em encontrar refúgio em uma sensação de superioridade mental e intelectual, diante de nós, simplesmente cai por terra. Sim, facilmente apaga-se o brilho bruxuleante de sua cultura e ciência supostamente elevadas. E isto diante de nós e por nossa causa. Se algum sono agora, porventura, me influencia, pode até ser que seja um pouco de sono físico. Mas ainda que assim o fosse, não necessitaria muito mais do que uma pequena fração de meu cérebro para poder debater com o senhor. Se em algum lugar faltam fatos, não é em minhas colocações, mas sim nas suas, pois além de não apresentar fato algum, simplesmente refila contra tudo o que não sabe e a respeito do que não entende. Ainda que faltasse vigor ao meu corpo, certamente que não faltaria ao meu espírito, esse mais forte do que meu cérebro físico, invisível, mas absolutamente real. Espírito filho do Espírito de Deus, que me criou, formou e fez. E para isso mesmo fomos criados e chamados: para levantarmos as nossas vozes e proclamarmos as virtudes dAquele que nos chamou das trevas da ignorância espiritual para o reino da Sua luz, sabedoria e eternidade.
“Agora bater o pé e dizer que fósseis não existem, carbono 14 é falácia, milhões de anos é devaneio científico,…”
Quanto ao senhor, por que deturpa minhas palavras e distorce o que eu disse? Será porque realmente não compreendeu ou será que de fato se utiliza da tática do engano? Quando e onde disse eu que os fósseis não existem? Eles existem. O que eu disse, e repito, é que o teste do carbono catorze é absolutamente incoerente e falho quando utilizado em datações que teriam como objetivo respaldar a teoria da evolução. Isto é um fato, conhecido até mesmo entre os evolucionistas.
“A ciência busca a verdade e a verdade está lá fora, não dentro de sua bíblia malígna, falaciosa, torpe e incoerente.”
A ciência observa e aprende, de fato não é estática, e aprende com a natureza, criada por Deus. O que o senhor parece querer não é se utilizar nem da ciência e nem da filosofia para tentar chegar à verdade. Antes parece evidentemente querer fugir dela. Se nem o homem pode ser reduzido ao racionalismo materialista, quanto mais Deus! Se a inteligência humana pode realizar notáveis feitos, isso não se contrapõe à existência do homem interior, espiritual e, tal como Deus, invisível. Porém, o homem, se reduzido às limitações dos sentidos, torna-se semelhante aos animais, e como eles, se torna embrutecido e sem entendimento. O que tem a sua ciência a dizer sobre a humildade, a justiça e o amor? O muito pensar pode levar à exaustão física pelo desgaste biológico natural das reservas de neurotransmissores, mas a frieza espiritual conduz à brutalidade e esta à injustiça, e esta última conduz ao sofrimento. E é pelo sofrimento, fruto das injustiças cometidas, que os homens, quer queiram quer não, haverão de dar contas Àquele que o senhor desconhece e cuja palavra, a Bíblia, o senhor chama de malígna. Assim tornando-se também culpado de blasfêmia e injúria. Faz o senhor, contudo, suas afirmações em conforto, esquecendo-se deliberadamente de que não passamos de mortais e que o tempo de vida tem um fim, após o que segue-se o juízo. Mas sobre isso o senhor não quer nem pensar, não é mesmo? Por esta razão a Luz o incomoda, assim como ao senhor a quem me referi acima. A Luz vos incomoda porque vos mostra aquilo que os senhores pensam estar oculto, mas que por Ela é trazido às claras, e isso vos incomoda. Desta forma, atrás da máscara da filosofia, procuram os senhores encontrar outros que como vós também pretendem excluir Deus de suas vidas e de suas consciências. O que, como podem perceber, não é o meu caso. Não é a mim que rejeitais e muito menos minhas afirmações, antes rejeitais Aquele sobre quem e a respeito de quem afirmo que existe e que vos há de pedir contas. Embora o tempo para o arrependimento esteja em vigor e é por esta razão que tendes de vos deparar face a face com pessoas que, como eu, vos procuram mostrar a Verdade para que à Ela vos achegueis e sejais salvos. Salvos de que? Talvez perguntem. Não das fogueiras da inquisição que queimavam os verdadeiros cristãos, mas sim das chamas eternas do inferno que há de devorar todos os que, ao lado de satanás, se mantém em estado de franca rebelião contra Deus. Esse mesmo, a respeito de quem dizeis: não existe! E ainda: quem nos haverá de pedir contas? E assim acumulam sobre vós mesmos ira sobre ira, até o grande dia, já agora bem próximo: O dia da Sua vinda. O dia em que se levantará O dono da casa, para julgar as nações. Em verdade, é para o vosso próprio bem que nos estais a ouvir, pois Deus vos tem concedido tempo.Miguel (admin)MestreO que é a Mente?
Devaneio Surrealista
Estava fitando meus olhos. Queria atravessá-los e correr para dentro da cabeça. Mais uma vez consegui entrar. Logo estava na fonte de meu mundo. Escolhi uma direção, justo aquela onde a luz se perdia, e dei o primeiro passo. Andei por seiscentos metros e não mais conseguia enxergar. Estava muito longe de meus olhos, por onde era projetada a luz, e fiquem sem saber como seguir aqueles caminhos além. É triste saber que meus olhos não podem me acompanhar quando estou dentro de minha cabeça. Resolvi descansar as pálpebras, então, pois estavam fadigadas por teimarem a noite inteira em não se encontrar.
Aos poucos o breu absorvia minha visão e mesmo assim eu parti em uma direção qualquer. Depois de três quilômetros inteiros, parei por um segundo e perguntei para qualquer coisa que estivesse por ali o porquê do meu caminhar. Ninguém e nada responderam imediatamente. Resolvi gritar…nada. Pensei em voltar, mas lembrei-me de que meus olhos estavam fechados, cansados, e não quis incomodá-los. Continuei andando sem nada ver, apenas sentindo o chão onde pisava. Andei por cem quilômetros(até este ponto do meu caminhar) quando um sol começou a nascer. Ah, um sol! Luz!…mas não era um sol comum: este era azul e muito pequeno, mas com um belo brilho brando. A singela luz azul iluminou meu corpo, então pude ver o quanto meus pés estavam machucados, muito feridos. Já não tinham mais pele e sangravam muito. O estranho é que eu não sentia nada. Estava muito determinado em andar. Continuei meu caminho, mas desta vez segui flutuando, deste modo meus pés logo estariam recuperados.
O pequeno sol estava por sumir no horizonte poente quando percebi uma sombra. Era um enorme objeto que parecia não ter fim. Cheguei mais perto para ter um contato preciso, estava já com mil quilômetros para trás. O Colossal misterioso era uma muralha ou um paredão, imenso! Sua composição parecia ser de terra e pedras, muita terra e muita pedra. Seria obra da Natureza? Segui o gigante mural em busca de uma fresta ou buraco por onde eu pudesse passar e atingir o outro lado, mas ao invés encontrei uma placa com estas palavras arranhadas:“Cuidado. Aqui começa o Universo.”
Eu estava cansado. Queria voltar. Meus olhos estavam cerrados há muito tempo, já restaurados da fadiga. Precisavam ser abertos. Chegou a minha vez de dormir e descansar – fora de minha cabeça.
Miguel (admin)MestreMceus, Zaratustra nos dá muitas lições de vida reduzindo a pó o que temos como certo,não é? Contudo, eu também não aceito que “amanhã o sol nascerá e pronto”, com base na crença, no hábito. Penso que é fundamental, quanto mais não seja por uma questão funcional, “munirmo-nos” de crenças deste estilo que nos permitem projectar o futuro.
O que de certa forma eu “recuso” é essa franja tão abrangente de automatismo porque seremos assim levados a repensar de todo o papel da razão e da paixão na nossa vida.Nietzsche é o filósofo da vida porque a vida é paixão!A paixão inscreve uma brecha na racionalidade ao mesmo tempo que a justifica.Um indivíduo suicida-se. Parece-nos irracional, louco, fruto de um impulso incontornável. Procuram-se as causas, os “culpados”.Para a maior parte das pessoas é nisso que o suicídio consiste.Não há “causas objectivas”, não há “culpados” e daí a sua “irracionalidade”.Mas como é que podemos considerar “irracional” um acto apaixonado que resulta do olhar sobre toda uma vida que conclui não fazer mais sentido?? Poderá haver mais racionalidade além dessa coerência??? Não será a paixão o que me leva até ao fim depois de uma vida no automatismo?Não será essa vertigem do nada que me impele para o vazio, a mais cabal prova de que eu sou liberdade de mim que extravasa, no limite, todo e qualquer condicionalismo?
Desculpe…acho que delirei um bocado
Miguel (admin)MestreFaça então isso Isabel, não aceite. Amanhã o sol nascerá e pronto. Vamos apenas viver. Vamos apenas sentir a vida.
Zaratustra sempre me fala isso, e eu o escuto bem: “…A hora em que digais: “Que importa minha razão! Anda atrás do saber como leão atrás do alimento. A minha razão é pobreza, imundície e conformidade lastimosa!…”Miguel (admin)MestreSim, Mceus, parece Hume. Eu também acho que há uma grande margem de automatismo na nossa vida manifesta a um nível inconsciente, mas tenho uma certa relutância em aceitar os tais 90%…isso faria da nossa vida uma cortina opaca sobre rasgos de lucidez, reduziria à insignificância o poder deliberativo e autónomo, faria de nós seres predeterminados. Confesso que é uma ideia que me custa a aceitar.Atendendo a que tudo isto que o vinny apresentou se prende com o suicídio, julgo que se trataria de uma forma indirecta de dizer que o suicídio poderia incluir-se nesse conjunto de actos meio mecanizados e vazios de reflexão onde, numa vertigem de mim, poria fim à minha vida. É isso? Embora em cascatas de emoção, o suicídio é uma decisão.A tal confissão de que a vida não vale a pena. Tal como já referi acima, o suicídio é como uma obra de arte que se prepara no silêncio do coração do homem, talvez (e porque não…) como resultado da crença numa tão grande margem de automatismo! Quem sou eu, eu que julgo que decido e que penso? Quem sou eu? Um ser que trespassa a vida executando um sem número de “ordens genéticas” na ilusão de decidir…qual o sentido num mundo assim privado de sentido, de liberdade, de auto-determinação???
abs.Miguel (admin)Mestrekarein
parcialmente… estou muito apressado.
quanto ao foco ocidental diria que é perfeitamtne possível experimentar o modo de ver oriental…desta forma não deve um cientista ocidental deixar de praticar/experimentar algo que é possivel… como vc disse as descrições entre os místicos de seus estados visionários ou podemos chamá-los de estados de extase são muitro semelhantes.. ao menos quando analisados pela hermeneutica…. um cientista que foge desta possibilidade não é um verdadeiro cientista… se és cético… pratique o zen… ou o tao… ou estude com um mestre veda ou sufi… isto é possivel… ou seja…. é possivel experimentar….o ocidente tem uma fé objetiva que parece mais limitada ante a fé oriental… tomemos como exemplo a medicina chinesa… médicos com sabedoria e visão holística…. tenho que ir….
abs…
Miguel (admin)MestreGostaria de lembrar também a definição de felicidade (eudaimonia) segundo os gregos. Aristóteles, notadamente, faz da felicidade, em seu Ética a Nicômano, “A atividade da alma em consonância com a virtude (areté)”. Nessa definição magistral, que coroa o pensamento do dois primeiros livros desse ética, já temos várias coisas implicadas, como a busca do bem supremo, que é essencial, a felicidade como atividade, como busca, e a noção do ser humano como um ser racional. Além disso, a própria etimologia de eudaimonia nos dá algumas pistas. Nos recordamos da noção do daimon grego, que era um gênio, um espírito, não necessariamente malévolo como o desenvolvimento da palavra para demônio na cultura judaico-cristão faz acreditar. Esse espírito era um intermediário entre o mundo divino e o mundo dos homens. É o daimon, sempre bom relembrar, que orientava a investigação socrática para o bem, conforme conta a Apologia. Pois bem eudaimon é o bom daimon (eu=bom em grego), e aquele que tinha nascido com um bom daimon (conforme o destino impresso pelas moiras) tinha melhor chance de encontrar a felicidade, ou, a ajuda divina é sempre necessária. Isso já dizia Platão: o homem, por si, não é capaz de encontrar o bem, Cabe ao homem a postura correta, a atividade de procurar o bem, a recusa do mal. Mas encontrar a felicidade depende da ajuda divina, pelo menos era essa a noção entre os gregos. Aliás, pode-se sempre lembrar também da forma que essa discussão toma na escola epicurista, onde o bem é identificado com o prazer, sendo que esse prazer não é meramente sensualista.
Miguel (admin)Mestre-O artigo citado assim se inicia: “A major evolutionary
transition occurred 400 million years ago… (Uma transição
evolucionária principal ocorreu há 400 milhões de anos…)
(oops!) De onde provém esta datação? Já parte da suposição
de que o universo teria tal idade. S U P O S I Ç ÃO!
-Logo a seguir diz: Evolution has produced marvellous
variety in the arthropods, and in their various appendages…
( A evolução produziu maravilhosa variedade
nos artrópodes, e em seus vários anexos… (A maravilhosa
variedade de artrópodes que existem nada têm a ver com
o tal experimento citado.)
-Segundo o artigo citado: “O estudo, liderado
por William McGinnis, desfere golpe fatal no argumento
criacionista.” Que golpe fatal? Que manipulações genéticas
produzem alterações em seres vivos ? Nada de novo nisto.
Isto não dá suporte algum ao argumento evolucionista,
antes, apenas repete a constatação de que a manipulação
genética para produzir anomalias é verificável na prática.
– Ainda segundo a citação: “Isso vale para crustáceos,
insetos e humanos” (Como, onde e quando????)
Outra vez, nada de evidências, apenas mais uma tentativa
de ligar tais experimentos ao evolucionismo. Só fica
faltando o elo de ligação, que tal como o osso do Pitecantropos
erectus, se encontra ainda perdido e sem poder ser achado.
Evidência? Não. Apenas mais um elo perdido.
O Evolucionismo é na realidade um sistema de crenças baseado na suposição de que há uma explicação puramente materialista para a origem de virtualmente todas as coisas que existem. A essência desta crença (também conhecida como Materialismo) é que tudo na natureza surgiu espontaneamente por um processo de autotransformação sem a necessidade de intervenção sobrenatural.
O Evolucionismo é na realidade mais uma corrente filosófica ateísta do que qualquer outra coisa. Embora existam evolucionistas não ateus, muitos sem entenderem adequadamente sobre o que falam, afirmam que a crença em Deus pode ser conciliada com a crença no Evolucionismo. Porém a crença no evolucionismo se opõe frontalmente à crença em Deus, e pior ainda, O chama de mentiroso. Pois se Ele afirma que criou os céus e a terra em seis dias e o homem no sexto dia, pela Sua palavra, e alguém diz: houve uma explosão e o universo passou a existir, e ainda, meus antepassados foram répteis e macacos, tais afirmações contradizem o que diz Deus. Logo tal conciliação, i,e, a crença em Deus e a crença no evolucionismo é impossível, absurda e sem coerência.
O evolucionismo não se iniciou com Darwin, e nem foi inicialmente proposto por cientistas trabalhando em laboratórios. Filósofos da Grécia antiga já especulavam sobre uma origem materialista para o universo, como foi o caso de Anaximenes (560-502 BC), Heraclitus de Éfesus (535-475 BC), Empédocles (484-424 BC), e Epicurus (341-270 BC). Este último acreditava que todas as coisas no universo se desenvolveram ao acaso por combinações aleatórias de partículas chamada de Átomos! Na realidade, o atual sistema de crenças chamado de Evolucionismo Naturalista, muito deve ao Epicurismo. Portanto, evolucionismo é crença e não ciência. Pode, contudo, ser enquadrado na categoria de ficção científica. -
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