Respostas no Fórum
-
AutorPosts
-
Miguel (admin)Mestre
Olá , … desculpe a intromissão ..
mais …
defeito versus felicidade
o que viria a ser um filho sem defeito ?
Miguel (admin)MestreMceus P. …
…desculpe a intromissão mais …
defeito versus felicidade
que viria a ser um filho sem defeito ?
Miguel (admin)Mestrealex …
a perfeição nas fraquezas …. a clareza
de espírito e a serenidade vivenciam-se através
das fraquezas quando éstas estão sincronizadas, durante seu processo com uma dor excessiva, seja psíquica ou inclusive fisiológica.é perfeita devido ao aprendizagem …. a dor pode vir a ser clarividente, lógica e instinta, e anárquica, pois pode levar a um desequilíbrio, às trevas … ??? ou a um esclarecimento profundo.
discernir as perfeições nas suas fraquezas … de imediato não se admite esse paralelo, a fraqueza pressupõe imperfeição, mais a fraqueza pode ser exata na sua dimensão humana, a fraqueza quando encarada é um espelho côncavo e convexo, cabe à nossa alma espelhar a imagem perfeita.
… “evolução” … talvez os mais fracos sublimam perfeições na sua dor.
Miguel (admin)Mestrea nosso espécie chegou até onde chegou graças a dois fatores básicos que outras espécies não possuem com o mesmo refinamento. são eles a linguagem(simbólica) e a lógica. ambos são úteis e conduzem a nossa espécie ao mundo tecnológico, literário, poético, filosófico etc.
outrora comentei o perigo das idéias serem encaradas pragmaticamente como últimas na solução de nossos problemas, se não me engano foi no fórum que falava sobre suicídio(este aqui..rs). muito que bem, temos a linguagem e temos a lógica, mas sabemos tb “que um gesto vale mil palavras”. o que isto significa(?), ou seja, um gesto de mil palavras?mceus eu não entendo de biologia, mas assisto Discovery. nunca vi no Discovery programas sobre pingüins que se suicidam( o que é o suicídio?), mas eles existem(?). até o momento concordo em gênero nº e grau com a sua explanação desde que o objeto alvo seja os pingüins e, pela sua explicação, acredito que não se trata de pingüins que se suicidam, mas sim de um processo de preservação da espécie. particularmente acredito que quem se suicida é o homem exclusivamente, nunca vi um cachorro se suicidar, tão pouco um cavalo, muito pelo contrário o cavalo puxa carroça e toma chicotadas vive recluso e não sente pena de si mesmo, sabemos que eles tb têm cérebro como nós temos, mas não praticam tamanho ato de loucura(suicídio). os pingüins devem ter um motivo muito particular e que a meu ver, através de observações de um leigo no assunto biologia, observações feitas no Discovery por ex, não se estendem a todas as espécies do nosso planeta. desta forma sequer poderíamos definí-lo como um padrão da vida, até pq temos espécies que sequer defendem os seus filhotes dos predadores. bom vc poderia me dizer que isto estaria atrelado ao nível de refinamento de cada espécie, mas não estou certo de que os pingüins são um modelo de inteligência a ser comparada com a nosso… por ex. os golfinhos se suicidam? definitivamente eu não sei a resposta, mas os golfinhos são animais comprovadamente bastante inteligentes… contudo, em caso de uma resposta positiva poderíamos tentar estudar o assunto observando se os golfinhos que se suicidam vivem ou viveram em cativeiros…
estou com um pouco de pressa.. mas acredito, de forma bastante natural, que não é pq o animal tem um cérebro que ele se suicida(poderíamos tentar definir a verdadeira função do cérebro?), tão pouco o suicídio é uma forma de preservar a espécie, entenda-se por suicídio a retirada espontânea da vida e não o meio para se preservar uma determinada espécie de animal que optou por este determinado meio tal como outros optaram por meios diversos.
se partimos da lógica(que não é o meu forte) que o ato praticado pelos pingüins não é um ato de suicídio, mas sim uma forma de preservar a espécie, e analisarmos que um cachorro não se suicida, mas tem cérebro…. pq nós nos suicidamos(?)
a nossa linguagem é mais refinada que a de um cavalo ou de um cachorro para um fim específico, sendo que para outros poderíamos definí-la como algo simplesmente sem sentido. mas optamos por ela. pq? observamos que outros espécies tb obtiveram sucesso em sua evolução e desenvolvimento sem utilizarem da simbólica(linguagem) como nós utilizamos, logo, poderíamos afirmar até pq somos a minoria, que a linguagem em nada é necessária para a manutenção da vida, mas nós optamos por ela. pq?
bom somos filhos da terra e estamos longe dela, pagamos um preço. o preço da linguagem e da lógica… os animais de um modo geral são mais sensíveis a eventos naturais do que o homem… principalmente o homem que busca o saber de maneira forçada, o homem intelectual… os silvícolas vivem nas selvas e estão habituados com a medicina do xamã… tem uns gringos que estão neste exato momento na amazônia colhendo informações com um índio “muito louco” sobre plantas que curam… meus cachorros quando não estão legais se viram sozinhos no meio do mato comendo alguns matinhos “selecionados” a dedo. por eles é claro! a propósito quem estuda antropologia poderia ajudar… há suicídio entre os silvícolas(?) e qual a incidência e razões(?) bom mas isto já é outro assunto…nem sei mais onde estou…
o dedo que aponta a lua não é a lua, não está na lua tão pouco conhece a lua.
a linguagem aponta a lua(principalmente sentimentos) e causa rupturas de absurdo por causa dos dedos.
para se cozinhar macarrão precisamos de uma panela, fogo e macarrão. certo?… errado… onde está a água?
abs.
Miguel (admin)MestreÉ isso aí!!! Aí que está o grande problema, gostamos de ver as formiguinhas trabalhando para o formigueiro sem pensar nelas própria e achamos isso fantástico, mas quando isso parece acontecer conosco… voltamos os olhos para as alegorias da escola de samba…
Isso tudo está em traços gerais, tem muito mais problema aí, há um dinamismo complexo nesse aperfeiçoamento todo…. vamos deixar pra lá.
Sabe, esse pensamento da ausência de livre arbítrio é realmente assustador e até triste. Mas o que é ser racional, consciente e livre senão palavras que expressam apenas parcialmente o que somos? Nossa realidade? Nossas verdades? O que é isso tudo senão o significado que essas palavras tem para nós?
Sua última pergunta eu respondo assim: Sim, amando a dor e tbm o prazer, o bem e tbm o mal! A resposta estaria com Zaratustra….Miguel (admin)MestreSim, foi sensivelmente isso.Mas o que eu penso é se realmente nós, enquanto seres racionais, conscientes e dotados de liberdade, poderemos viver nessa submissão da espécie…
Miguel (admin)MestreA felicidade global é buscada, o bem é praticado. Só precisamos compreendê-lo em um âmbito maior, na espécie. Não sei se captei o “medir felicidades”, creio que seja a felicidade isolada em cada indivíduo, se for, diria que é uma grande ilusão alegórica, o fim disso é a espécie e a transmissão de genes. Elitismo? A espécie deseja melhores membros, sempre, da mesma forma que desejamos sempre filhos “bonitos”, fortes e sem defeitos. Esses sentimentos são desejos maiores do que os quereres do indivíduo. Na natureza o termo cruel não se aplica muito bem, quando um leão pega um filhote de qualquer herbívoro para comer, parece cruel, mas se isso não houvesse, outros mais hábeis não sobreviveriam, pois não haveria seleção e a espécie estagnaria. Será que foi isso que vc perguntou??
Miguel (admin)MestreFoi bom o esclarecimento…penso que captei a ideia: a natureza organiza-se numa espécie de processo de auto-gestão de forma a permitir a sobrevivência de acordo com as condições existentes.No entanto, isto conduz-me a algumas questões, grosso modo, remete-me para o problema do utilitarismo, segundo o qual o “bem” é o que trouxer maior felicidade global, ou seja, o “bom” é aquilo que tiver maiores probabilidades de trazer felicidade nas circinstâncias em causa, entendendo, no contexto, “bem” como sendo toda e qualquer acção levada a cabo pelo indíviduo enquanto espécie no sentido da conservação da mesma, e “felicidade global”, o resultado de tal acção para a espécie enquanto tal. Não sei se me fiz entender…fiz??
Bom, quais são as questões que isto me levanta? Algumas…em primeiro lugar as dificuldades de cálculo: como podemos calcular, medir “felicidades” (estou já a ultrapassar o limite do instinto, claro..)distintas? Não estará aqui subjacente também alguma forma de elitismo?Mesmo em termos de natureza propriamente dita, não será demasiado cruel esse processo de auto-gestão?Miguel (admin)MestreEntão, mais ou menos assim, para entender precisamos pensar na espécie humana como indivíduo. Tudo bem. Todos nós possuímos “nossas vidas”, “nossos pensamentos” etc. Porém em nossos genes existem muitas codificações herdadas do processo evolutivo (por exemplo, ao colocar na mão de um bebe uma corda de varal (de estender roupa), ele a fecha em sua mãozinha e tbm com seus pezinhos aguentando seu próprio peso, o mesmo que os macacos fazem para se prenderem ao pêlo da mãe (herança genética)) que são usados para perpetuar e “defender” a espécie (como indivíduo) do meio em que vive. É o que podemos chamar de instinto (babuínos velhos atracam-se com predadores, como tigres, com a finalidade de que os mais jovens escapem, já que possuem mais chances de continuar a espécie). O termo “destrutivo” não seria tão justo, seria uma auto-conservação não do indivíduo e sim da espécie, usei os termos mais fortes e mais fracos, porém não no sentido restrito, seria algo mais amplo e menos identificável (inconsciente), talvez do com mais chances(mais forte) em detrimento do com menos chances(mais fraco) isso numa visão da espécie, bom, em traços gerais seria mais ou menos isso, resumindo: muito do que parece não ter sentido, tem, não para os indivíduos da espécie e sim para a espécie como indivíduo.
Mas há muito que percorrer…
AbsMiguel (admin)MestreMceus:
Adorei a sua metáfora: “Filosofar é encontrar o caminho de casa passando no meio de um desfile de uma escola de samba”!!! Sim, não consigo imaginar uma situação mais complicada!
Quanto ao que disse a propósito da sobrevivência e, se não o interpretei mal, defende que a auto-destruição, por exemplo, é uma forma de auto-conservação? Ou seja,os “mais fracos” são destruídos ou auto-destróiem-se para que os “mais fortes” possam dar continuidade à espécie???Estará, então, o cérebro a cumprir a sua vital função desempenhando este papel?Miguel (admin)Mestrea propósito o que pensam eles no oriente(?)um vez que somos ocidente:
Os antigos mestres possuíam a Lógica, a Clarividência e a Intuição. Aquela força da alma permanecia inconsciente. Aquela inconsciência da força interior dava-lhe a aparência de majestade. Prudentes, como quem atravessa um rio no inverno; atentos, como quem teme o que o rodeia. Graves, como ante os estrangeiros; humilde como o gêlo que se derrete;rudes, como a lenha ápera; vastos, como um vale sem fim; impenetráveis, como a água turva… Quem poderia nos nossos dias, com a sua clareza majestosa, iluminar as trevas interior?
Quem poderia, nos nossos dias, com sua vida majestosa, revivificar a morte interior? Eles traziam o Caminho na alma e foram indivíduos autônomos; como tais, discerniram as perfeições nas suas fraquezas. lau tsê.
Miguel (admin)Mestreextremidades que se tocam no limite, esse círculo – espiral que de um lado um sem pensar – instintivo, e por outro lado – extremo, um não pensar , por conta dos mistérios já esclarecidos … gostaria de saber que mistérios foram esclarecidos ….
um círculo me remete à perfeição, a perfeição não deixa de ser ausencia … mais isso não quer dizer que seja uma não-perfeição.
a consciência se investe de um discurso já internalizado, os instintos tb ,apesar de ser um discurso anárquico mais nem por isso descartável …. se contrapondo ao anterior .
Miguel (admin)Mestrede certo… vdj…. o erro foi meu.. aguardava a sua participação para uma retratação pública…verdadeiramente não era esta expressão “sessão espírita” que o valenic devia ter usado… o erro foi meu pq já conhecia alguma coisa de swendenborg, logo, compreendi o termo “sessão espírita” espontanemante.
peço, formalmente, desculpas por tê-lo interpretado mal…
abs.
ps. como já dito antes, estou de pleno acordo com as suas colocações quanto as mensagens de valenic.
abs.
Miguel (admin)MestreCalma, talvez a expressão tenha sido mal entendida. Teoricamente ,para determinadas amebas sobreviverem, elas precisaram desenvolver, e ai vem a adaptação ao meio, um sistema nervoso, por exemplo a planária, um animalzinho que possui um sistema nervoso rudimentar e que todos lembram das aulas de biologia, cuidado! Somos sempre apressados e queremos entender o mundo pelo que vemos dele hj. A sobrevivência e adaptação ao meio são conquistadas e aperfeiçoadas! Se hj tivéssemos sido criados, daí sim valeria o fato do cérebro não ser voltado à sobrevivência. Mas isso pelo menos tem 3,5 bilhões de anos.
Isabel, há algo semelhante ao suicídio em pinguins, apesar de ter um sistema nervoso simples em comparação ao nosso, porém o “rebanho” humano, e aí pensando na espécie trabalhando pelos seus indivíduos, é demasiado grande. Há muitos e os recursos são de menos. Há diversas formas de auto-destruição onde não vejo um livre-arbítrio trabalhar e sim uma determinada, talvez sensibilidade, em realizar os ditames da própria espécie e para a sua sobrevivência. Explicando, quando fumamos estamos realizando uma destruição necessária para que os mais fortes possam sobreviver. Isso trará diversas indagações, eu sei, mas são traços gerais de um trabalho que ainda não está pronto.
Filosofar é encontrar o caminho de casa passando no meio de um desfile de escola de samba. O difícil é saber em que escola nós estamos….
AbraçosMiguel (admin)Mestre“Portanto (…) o cérebro não precisa ter sido projectado para a sobrevivência(talvez até conspire contra)”, por que não? Se estamos aqui a entender por “sobrevivência” a manutenção da vida e se o cérebro tem essa função de manter a vida, como explicamos tudo o que é conscientemente feito no sentido da destruição deliberada da vida? Como explicamos a auto-marginalização, a auto-destruição, o suicídio? Uma ameba não tem esse problema justamente porque não tem cérebro, por isso sobrevive…
-
AutorPosts