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Miguel (admin)Mestre
Alex aho que me exprecei mal se dei a entender que os fenômenos espíritas foram criados em 1857, com certeza em toda a história da humanidade, e não são poucos os casos, temos notícias de fenômenos ditos sobrenaturais,inclusive no caso de swedenborg, o espiritismo como doutrina foi apresentada ao mundo em 1857, que é inquestionável que os fenômenos espíritas sempre ocorreram eu não discuto, a minha colocação foi simplesmente que em 1734 era impóssivel ter ocorrido uma sessão espírita , pois o espiritismo ainda não havia surgido, não quis dizer que o fenômeno tenha sido falso por esse motivo.
(Mensagem editada por vdj em Fevereiro 19, 2002)
Miguel (admin)MestreEssas extremidades não seriam pontos equidistantes,mas extremidades que se tocam no limite- o saber “vai-se potencializando no trajecto”, como dizia o Márcio atrás. Se o horizonte for uma ilusão de óptica, então o ponto da partida é uma farsa e a busca da sabedoria um teatro de marionetas…Penso que o que move o homem para a busca da sabedoria é o desejo insatisfeito, a impossibilidade real de atingir, tocar a sabedoria…paradoxalmente, tudo faz pelo impossível! Talvez o mais sábio dos homens seja aquele que apenas aspira à sua finitude, como diria F. Pessoa:
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, ou até se não puder ser…
Retornamos à questão inicial…Miguel (admin)Mestrekarein…bingo….mas como o censor soft decidiu que tenho que mandar uma mensagem mais longa ou menos curta, escrevi estas bobagens….
repito.
karein…. bingo….
Miguel (admin)MestreSe a sabedoria é por si dialética … como considerá-la como extremidade de pontos talvez equidistantes, de um lado ausência de pensamentos de outro vazio pela própria saturação da potencialização do saber, a loucura é vazio … ou a lucidez é ausência …. anexos … fica difícil, o horizonte pode vir a ser uma ilusão de óptica assim como uma sabedoria pode vir a ser cega por querer aprisioná-la.
Miguel (admin)Mestremárcio…interessante o seu insight(17/02/02)…. desejo decobrir a amplitude dele ante ao padrão da vida… volto a comentar..
Miguel (admin)MestreA espiral de volta completa que referiu…
Miguel (admin)MestreAlex:
Tem toda a razão quando se refere aos perigos que encerra a cegueira, essa que nos fecha perante a realidade em compartimentos estanques e herméticos. De facto, também a filosofia se enreda, por vezes numa linguagem quase inacessível, tal como acontece no direito, como bem referiu, pois ” o acesso à justiça fica mascarado na elegante retórica do melhor advogado”!!!Mas isso é um fenómeno global e inevitável, quase, eu diria…se repararmos, a cada dia que passa a ciência (que supostamente visa o nosso bem estar assegurando o domínio do homem sobre a natureza)se torna cada vez mais inacessível ao comum dos mortais, enrteda-se em conceitos herméticos e intraduzíveis, fala das realidades que não vemos, explora as nossas potencialidades e tradu-las em fórmulas indescirníveis e nós, bem nós, assistimos com um misto de admiração e absurdidade perante o que não compreendemos!!!E dizemos, aparvalhados pelo deslumbre da ignorância que se instituiu sabedoria:”É o progresso, é a ciência!!!”, crentes de que alguém zela por nós no meio da cegueira cincurdante!!!
De facto, não “queremos o melhor filósofo”, queremos questionamento, queremos abertura e insatisfação…lá, onde nos acomodamos, começa a verdadeira cegueira…
Quanto à pergunta que colocou, isto é, se a filosofia pode ser considerada uma disciplina que busca a razão última do ser humano ou se, como as outras, tem o seu tecto na busca da verdade humana, eu julgo que são conciliáveis esses dois objectivos.A razão última do ser humano toca, necessariamente, a busca da verdade humana, ou por outra, essa busca da verdade humana irá desembocar no encontro do Ser da existência, no sentido último para o qual se remete. Poderá dizer-me que é também esse o objectivo da ciência, a busca da verdade humana, mas aí, permita-me, remeto-o para uma excelente obra de Albert Camus- O Mito de Sísifo- do qual lhe deixo um pequeno extracto a propósito da pergunta que colocou:
Galileu, que possuía uma verdade científica importante, dela abjurou com a maior das facilidades deste mundo, logo que tal verdade pôs a sua vida em perigo. Fez bem, em certo sentido. Essa verdade não valia a fogueira. Qual deles, a Terra ou o Sol gira em redor do outro,é-nos profundamente indiferente. A bem dizer, é um assunto fútil. Em contrapartida, vejo que muitas pessoas morrem por considerarem que a vida não merece ser vivida. Outros vejo que se fazem paradoxalmente matar pelas ideias ou pelas ilusões que lhes dão uma razão de viver( o que se chama uma boa razão de viver é, ao mesmo tempo, uma excelente razão de morrer). (…) Começar a pensar é começar a ser consumido.
Abraços a todos.Miguel (admin)MestreDaniel:
à sua pergunta “podemos buscar o horizonte, mas já não o alcançamos?”, permita-lhe “responder”, se é que assim se pode dizer, com um excerto de um fabuloso poema de Walt Whitman:
Hoje, antes do alvorecer, subi a uma colina e olhei os céus e as constelações,
E perguntei ao meu espírito: “Quando abraçarmos essas orbes, quando tivermos o prazer e o saber de quanto nelas há sentir-nos-emos realizados e satisfeitos?”
E o meu espírito respondeu: “Não, se alcançarmos esses cumes é só de passagem, é só para continuar mais além.
Tu também interrogas e eu escuto,
Respondo que não posso responder, tens de descobrir por ti.
Walt WhitmanMiguel (admin)MestreOlá Isabel,
Estou de pleno acordo com as suas mensagens… A minha colocação anterior falava apenas sobre talentos e, dentro das minhas limitações, sobre a Verdade. Busquei equilibrar as idéias que foram lançadas no fórum… A filosofia hoje está bastante difundida e isto é bom, contudo, como tudo, este crescimento não é proprocional em qualidade… Certos filósofos escrevem filosofia para os seus amigos, ou seja, para outros filósofos que sejam capazes de comentar, o resto do público fica alienado as idéias deste filósofo pq não é iniciado na lingua própria da filosofia(o público muitas vezes até cria piadas com esta linguagem)…. o mesmo fenômeno observamos no campo do direito, o acesso a justiça fica mascarado na elengante retórica do melhor advogado, os advogados conversam entre sí numa linguagem própria e convencional, estão tão apegados a ela que esquecem o motivo do debate, ficam centrados no “melhor” argumento restrito a matriz jurídica estabelecida, entre meio estas disputas temos vidas e valores humanos que acabam renegados a um segundo ou terceiro plano…o perigo é esquecermos que podemos andar sem muletas…eis a quimera do rigor acadêmico que vem travestida na forma de idéias pre-estabelecidas ou em jurisprudência firmada por imperativos categóricos: a cegueria, pois ela atinge a todos como uma praga que se alastra em rebanhos que vivem em cativeiros. Não que isso aconteça na filosofia, mas acontecendo……
Não queremos o melhor filósofo, queremos a Verdade.
Além disto a pergunta que fica é a seguinte: a filosofia(que não a espontânea) pode ser considera como a disciplina, uma vez que a ciência já admite as suas limitações, que busca a razão última do ser humano? Ou como as demais disciplinas ela tem o seu teto na busca pela verdade humana?
abs.
ps. se ler os grandes mestres da humanidade é como estar conversando com eles…o que posso dizer é que não consegui terminar o meu dialogo com popper em “a lógica da pesquisa científica”(adquiri o livro faz uns dois anos, estava empolgado e ansioso. DANCEI LEGAL!). Principalmente quando este comenta a física quântica. Popper é um senhor muito reservado, não me deu bola.
abs.
ps.2. interessante… não podemos dizer que todos somos antropólogos, ou físicos quânticos, ou astrônomos…. mas podemos dizer que todos somos mais ou menos filósofos… é bem verdade que alguns de nós vivemos no fundo dos pelos de um coelho…outros na ponta dos fios… quem sabe estes sequiosos para ver a cara do mágico….obs: Com este eu consegui conversar….mas eu acho que ele não é considerado um mestre…. a não ser que mestre seja aquele que atinge o objetivo de divulgar a idéia que se propõe(com uma certa qualidade e valia para a humanidade é claro!).
abs.
Miguel (admin)MestreUma breve observação:
O Horizonte
…podemos buscar o horizonte, mas já não o alcançamos? Estamos sempre em um horizonte. O que falta para percebermos onde estamos pisando?
Bem, a estrada está sinalizada apenas para trás, no passado, e vem sendo sinalizada aqui, no presente. E à frente, no futuro? Só nos resta caminhar…
…USAREMOS, então, a estrada.(Não resisto às metáforas)
Abraços!Miguel (admin)MestreAlex:
Se entendermos a filosofia enquanto dimensão de questionamento , capacidade de um indivíduo se espantar perante a realidade, questionar aquilo que tem na conta de óbvio, então aí todos seremos filósofos, autores e não autores como dizia Popper: Creio que todos os homens são filósofos, ainda que alguns mais do que outros.
Efectivamente todos somos filósofos na medida em que todos temos capacidade para pensar, todos partilhamos de um conjunto de 'ideias filosóficas' recebidas do meio sócio-cultural em que vivemos, porque todos nós, em determinadas situações e momentos da nossa existência, nos interrogamos já sobre as grandes questões da vida e o seu significado.
Mas não podemos esquecer que muitas das vezes esta reflexão é pontual, inconsequente, não conduzindo, de facto, à procura das respostas e, nessa medida, ela deixa de ser filosofia. A filosofia dos filósofos autores, se assim lhes quiser chamar, ou filósofos profissionais, distingue-se desta filosofia espontânea pelo rigor que imprime à reflexão, pela sistematicidade dessa reflexão, pela coerência, pela linguagem própria que utiliza, pelo conhecimento do que anteriormente foi dito e pensado e pela inserção dessa reflexão numa tradição filosófica.De resto, o ponto de partida é exactamente o mesmo: a experiência que conduz ao questionamento.Miguel (admin)MestreImagine então antes esta situação: eu entro numa auto-estrada e o meu colega pergunta-me: qual é o nosso destino? E eu respondo: o horizonte.
Miguel (admin)MestreEu diria antes que o destino final é o fim do caminho, só que como o caminho não termina nunca (?) talvez acabe, dessa forma, por coincidir com o destino final, enquanto “último” até onde podemos alcançar.Deus poderá ser também entendido como um desvio no caminho, como preversão do destino final que estaria assim delimitado à partida, fazendo do caminho um círculo fictício…mas a verdade é que muitos filósofos colocando inicialmente Deus na alçada da suspeita, acabaram por sentir necessidade de o afirmar como extremo, como verdade, se quiser!…
Concordo totalmente consigo: “estamos hoje muito mais próximos da extremidade inferior (Manter) do que da extremidade superior (Saber)”,talvez porque
as pedras ferem os pés e a calçada é íngreme, talvez porque não haja nada lá, na tal extremidade superior, nem saber sequer,só vazio e loucura…Miguel (admin)MestrePode ser Marcio…as interrogações são mais importantes do que as respostas e cada uma destas conduz a uma nova interrogação…cá está a tal dimensão de inacabamento, incompletude, o que se faz ou vai fazendo em direcção a…se quiser, entre os tais pontos extremos que referiu: Manter e Pensar. É o dinamismo da actividade filosófica que está aqui em questão: uma grande filosofia é aquela que introduz uma inquietação e não aquela que instala uma verdade definitiva, como dizia Péguy. O que existe é uma tensão permanente, constante entre momentos da satisfação e momentos de insatisfação que é o que conduz o filósofo a transitar entre a crença de que sabe e a consciência de que não sabe e isso é o USO da vida, como bem referiu.
Miguel (admin)MestreA “cegueira espiritual” é o homem sem paixão, um homem sem uma filosofia poética de zaratustra; sem o amor fati que contraria eruditos íntimos como overbeck e burkhardt. Uma paixão que desce da lógica à poesia, portanto, “submetendo-se a quem de direito” no momento e hora certa, pois se preferi a vida espiritual. Louco. Talvez! Mas só pode ser desta forma, uma vez que “um grande homem é um infortúnio público”. Pois não cativo, não poderia ser de outra forma o que é. “A maior parte da nossa atividade intelectual vem-nos inconscientemente e sem que percebamos… o pensamento, consciente… é o mais fraco.” Sendo que “a consciência pode ser considerada como secundária, quase como indiferente e supérflua, e provavelmente destinada a ser substituída pelo perfeito automatismo.”(HDH), o que significa que temos que tomar da ação perceptual a luz necessária para iluminar a consciência adquirindo a razão essencial para a meta que se propõe atingir, portanto, é a razão “a humana imitação da divindade”. Temos que destruir para depois construir(?). A “cegueira espiritual” não enxerga em níveis múltiplos, ela é regida pela lei da imoralidade que diz que “o que é bom para uma é próprio para outra”. este tipo(cativo) existe tanto na lógica quanto no credo. A “cegueira espiritual” é indiferente ao herói que tem mil faces; indiferente à significação mítica. Mas não podemos nos equivocarmos ante a hipótese darwinista como tantos fizeram, considerando-a como um sistema onde predomina a força e não a bondade. Equivoco este ajustado nos dias de hoje por Gaia(james lovelock e gregory bateson) e todas as escolas de ecologia. Devemos considerar o darwinismo um sistema de bondade e equilíbrio. O utilitarismo não dever se visto como bondade, mas sim como algo cruel, pois constrói autômatos. Estes devem, antes, destruir a cerca do rigor “moral” que foi construído ao seu redor e buscar “construir-se sólido de alma e corpo. Não apenas propagar, mas propagar-se para cima!”. A alternativa são doses de prozac. A “cegueira espiritual” não tem amor ao perigo e à luta[ e sabemos que “ter bondade é ter coragem”], prefere ela apegar-se a imperativos categóricos e propagá-los sem razão. Temos que destruir o velho e construir o novo. Preferível é a fé na compreensão e não a fé do conhecimento. Assim é mais fácil entender o culto ao invisível. E finalmente, a “cegueira espiritual” é não estar consciente de que canalizamos Gaia…. de que somos Gaia.
A seguir acato a um conselho. Mas é tb providencial, afinal falamos sobre cegueira.
“- Meu amigo, certa vez um homem quebrou a perna. Foi-lhe preciso andar com a ajuda de muletas. Essas muletas lhe eram muitas úteis, não só para caminhar, mas tb para inúmeros outros propósitos. Ele ensinou toda a família a andar de muletas, que se tornaram parte de sua vida normal. Todo mundo ambicionava possuir muletas. Algumas eram feitas de marfim, outras de ouro. Fundaram-se escolas para exercitar as pessoas no uso das muletas, cadeiras de universidades passaram a versar os aspectos mais nobres dessa ciência. Mas umas poucas, pouquíssimas, pessoas principiaram a andar sem muletas. Isso foi considerado escandaloso, absurdo. De mais a mais, havia tantas utilidades para as muletas! Algumas dessas pessoas recalcitraram e foram punidas. Elas tentavam demonstrar que as muletas podem ser usadas às vezes, quando necessário. Ou que muitos empregos das muletas podiam ser substituídos. Poucos as ouviram. Com intenção de superar os preconceitos, as pessoas capazes de andar sem ajuda das muletas passaram a comportar-se de maneira totalmente diferente da sociedade estabelecida. Mesmo assim continuaram sendo em número reduzido. Quando se descobriu que, depois de usar muletas por tantas gerações, pouca gente, na verdade, conseguia caminhar sem elas, a maioria 'provou' que elas eram necessárias. Aqui, disseram os defensores das muletas, aqui está um homem. Tentem fazê-lo andar sem muletas, Estão vendo? Não pode. 'Mas nós estamos andando sem muletas', intervieram os andantes comuns. Isso não é verdade; é apenas fantasia de vcs, retorquiam os aleijados – pq, a esse tempo, estavam ficando cegos tb; cegos pq não podiam ver.”
abs.
ps. O que quer dizer Deus para a filosofia?
resp. A “Mente de Gaia”. Apenas uma hipótese de trabalho.abs.
ps.2. fui censurado pelo soft(rs) é mole…ele rejeitou a palavra fé dentro de um contexto que tive que alterar. acho que este novo soft tem parentesco com o prof. pasquale.
abs.
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