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Miguel (admin)Mestre
belo texto.
“ai de vcs homens da lei”
seja ela(a lei) qual for, lógica ou não…
… é possível construir um problema semelhante com policiais que tomam decisões lógicas… não é ai que mora o segredo… “ai de vcs homens da lei”…
… ao escrever o último parágrafo deste texto vc se coloca no lugar dos policias(“homens da lei”), ou na mesma lógica deles… vc pecou amigo…abs…
Miguel (admin)MestreMárcio, correcto. Podemos pensar o destino do homem como pensar (entendendo por isso algo mais vasto como referiu…), mas o que eu pretendi sublinhar com afirmação de Jaspers não foi tanto o tipo de pensar que caracteriza a filosofia, mas o carácter inacabado da sua tarefa, a procura infindável “de” remarcando esse facto como inexorável tarefa humana.
Miguel (admin)MestreA propósito de virtude, Valenic, não posso deixar de transcrever uma passagem de “Assim falou Zaratustra” de F. Nietzsche…um desafio a quem ousa pensar:
“Passo no meio desta gente e guardo os olhos bem abertos: eles não me perdoam que eu não inveje suas virtudes.
Procuram morder-me porque lhes digo:Para gente pequena, são necessárias virtudes pequenas – e porque custo a compreender que gente pequena seja necessária!
(…)Desejariam, elogiando-me, atrair-me para a sua pequena virtude; para o tique-taque da pequena felicidade, deejariam persuadir o meu pé.
Passo no meio desta gente e guardo os olhos bem abertos: tornaram-se mais pequenos, cada vez mais pequenos:mas isto se deve à sua doutrina da felicidade e da virtude.
(…) Virtude é, para eles, o que torna modesto e manso; com isto, transformam o lobo em cão e o próprio homem no melhor animal doméstico do homem.
(…) Estais vos tornando cada vez menores,gente pequena! Estais vos esborcinando, amigos do bem-estar. Ainda acabareis por perecer-De vossas muitas pequenas virtudes, de vossas muitas pequenas renúncias, de vossas muitas pequenas resignações!
Demasiado delicado, demasiado fofo: tal é o solo do vosso mundo! Mas para tornar-se grande , uma árvore quer lançar duras raízes em torno de duras rochas!”.Miguel (admin)MestreSaudações,
Não escondo a satisfação de poder dialogar, ainda que desta forma virtual, com pessoas de intelecto versátil, investigativo e também um tanto criativo. De fato, o prazer do exercício intelectual não poderia ser considerado como vulgar, antes, pelo contrário, um exercício elevado, ainda mais quando comparado à imbecilizante cultura materialista e imediatista do prazer barato, o que hoje, mais do que nunca, é freqüente. Contudo, a vaidade e a presunção, obscurecedoras da pura razão, facilmente conduzem a mente para o terreno do sonho e para os braços do devaneio. Quando intencionalmente alienada de sua essência espiritual, a mente debilitada se permite à satisfação por tudo o que seja superficial e inconsistente, preza fácil se torna para a fantasia. E isto devido ao fato de se supor, equivocadamente, que o saber sempre se relaciona ao mensurável, ao calculável, ao que é demonstrável pelas noções introduzidas após Descartes, Galileu e Bacon, onde passa a ter lugar preeminente, porém não original, a idéia do racional. Busca-se a certeza através das hipóteses, pois se espera que estas, se algum dia demonstradas, satisfaçam o apetite de um entendimento moldado, artificializado e sequioso por demonstrar sua suposta infalibilidade. Desta forma afunda-se o homem nos resultados da sua arrogância e precipita-se ainda mais fundo na escuridão da cegueira espiritual. Procurando excluir de seu território a virtude da humildade, ao invés da submissão natural à quem de direito, prefere assim a escravidão e conseqüentemente tolera a opressão. Opressão da tristeza, da angústia, da insegurança, do medo e da solidão, nada disto hipotético, calculável ou demonstrável, porém tão real quanto a própria consciência invisível da certeza de existir. A razão, dissociada da virtude, é como um violino sem cordas ou como uma caneta sem tinta, ou seja, é infrutífera. A fé não se opõe à razão, antes a sustenta. Mas a razão sem a fé, é pior do que a irracionalidade, é loucura.Miguel (admin)MestreTenho lido com atenção as últimas participações no fórum e penso que é necessário manter-se o respeito pelas ideias de todos, com o necessário distanciamento e ponderação essenciais ao discurso racional…
Não posso ficar indiferente à imagem da filosofia e dos filósofos que Valenic tem deixado transparecer, desgosta-me até profundamente. Porquê? Valenic refere que a filosofia tem servido como máscara para argumentações anti-Deus que diferentemente da filosofia a sabedoria não dá lugar à especulação e muito menos à fantasia, refere a expressão ateus mascarados de filósofos, que se a filosofia não buscar o verdadeiro saber (…) estará servindo de máscara para a sua negação…
Estas afirmações deixam transparecer uma certa relação estabelecida entre a filosofia e a fantasia, entre a filosofia e o ateísmo, entre outras conotações.Não posso deixar de vir a terreno defender a filosofia como de facto ela é e sempre originalmente foi:o exercício do livre exame. A filosofia não é ciência, não é matemática, ela não assenta na experiementação nem na observação, ela assenta no pensamento. Ela não tem métodos formais de prova. A filosofia faz-se colocando questões, ensaiando ideias, articulando argumentos possíveis em relação a essas ideias, procurando saber como funcionam os conceitos que usamos. A preocupação fundamental da filosofia é a do questionamento e da compreensão das ideias comuns que partilhamos,usamos no nosso dia-a-dia sem muitas vezes nelas pensarmos. E como não há coisas que possamos assumir como garantidas, a filosofia é uma actividade vertiginosa sendo os seus resultados sempre desafiáveis.Não há perfeição, não há sabedoria se por ela entendemos uma coisa estática, não há permanência.O cerne da filosofia está aí: o seu objectivo é a procura incessante, o “estar-a-caminho” de que K.Jaspers falava, ela é a procura de elucidação racional, justamente contra a fantasia e o obscurantismo. Ela é o exercício de autonomia, “sapre aude” dizia Kant. Ousa pensar!!!
Peço desculpa…este não é um tópico sobre a importância da filosofia, ou sobre a sua definição,,mas sendo um tópico sobre “o que quer dizer Deus para a filosofia?”, julgo que não se pode avançar partindo de uma noção errada, desvirtuada daquilo que a filosofia efectivamnente é.Miguel (admin)Mestreolá….
concordo com o vinny e com o vdj sobre as mensagens de valenic
a título de informação
o filósofo sueco Emmanuel Swedenborg viveu no século XVIII. Swedenborg ganhou fama mundial por seu trabalho na Academia Real de Ciências da Suécia, é esta academia que concede até hoje o prêmio Nobel. Swedenborg era ídolo de issac newton(nascido em 1642) e que no início do século XVIII já havia se tornado uma pessoas célebre. Swedenborg viajou o mundo na tentativa de encontrar newton e não conseguindo ficou decepcionado, trancou-se em um quarto de hotel e, derepente, lhe apareceu um “ser de luz” que mais tarde seria chamado de anjo. este ser de luz é descrito em seu livro o mundo dos espíritos(ed razão social/BR). este ser de luz disse a swedenborg que não ficasse triste por não ter encontrado com newton, pois ele lhe mostraria coisas maravilhosas. em um determinado momento, que swedenborg não soube explicar, ambos(ele e o ser de luz) saíram “voando” e ingressaram “em um outro mundo”. os anjos do outro mundo lhe disseram que os valores que buscamos em nosso mundo são valores errados, e que o principal valor era o amor. o anjo tb respondeu que não havia nem céu nem inferno e que as pessoas iam para aquele mundo para aprenderem a amar, pois deus em seu imenso amor e sabedoria não poderia conceber nenhuma punição para o ser humano. deus era puro amor e perdão. o anjo tb disse que existiam muitos mundos paralelos e muitas dimensões, desta forma, cada pessoa ia para o mundo que mais lhe agradaria. uma pessoa má iria para um mundo habitado por pessoas más, e assim ela poderia continuar vivendo como sempre viveu. segundo o anjo isto não era uma forma de punição, mas sim uma forma de deixar a pessoa feliz, pois colocar esta pessoa em mundo onde havia santos seria maltratar esta pessoa. portanto, existiam mundos onde viviam os filósofos, os santos etc.
bom depois disto swdenborg escreveu o seu livro e foi desacreditado e muito criticado.
parece haver algo de espírita nisso tudo?
sócrates tinha o seu daimon
vdj, concordo muito com vc sempre, mas gostaria de fazer um apontamento quanto a sua mensagem anterior. acredito que o espiritismo foi institucionalizado( e não inventado, pois se o espiritismo é o que é[segundo a prória doutrina espírita] não surgiu de repente, certo?) na frança a partir de 1857, este fenômeno que hoje definimos como espiritismo é algo observado em muitos relatos antigos. sobre espiritismo sei pouco, mas não seria algo digno de estudos?
abs.
Miguel (admin)MestreCaro valenic sou obrigado a concordar com o vinny, gostaria de saber suas fontes(se é que elas existem diante da relutancia em mostralas)para que também outras pessoas possam ler e tirar suas próprias cnclusões, é muito fácil criticar tudo que a ciência conquistou até hoje, mas querer provar que elas estão erradas somente com críticas já é outra história.
Com relação ao assunto, deus para a filosofia é uma hipótese de trabalho em busca da verdade, que não necessáriamente seja a existência de deus, e como hipótese não pode ser descartada antes que se chegue a uma conclusão.Ps.Valenic só mais uma coisa sessão espírita em 1734 é um pouco impossível, sndo que o espiritismo surgiu em 1857.
(Mensagem editada por vdj em Fevereiro 15, 2002)
Miguel (admin)MestreDe minha parte, nada contra a filosofia, mas…
“Bom, diante do exposto e da falta de argumentos compatíveis com a ciência, e mais, nem sequer um autor de apoio,…”(Dr. Vinny)” O filósofo que não encontra significado no mundo, não está preocupado exclusivamente com um problema na pura metafísica; ele está também preocupado em provar a inexistência de uma válida razão para que ele pessoalmente não deva fazer como ele quer fazer . . Para mim, como sem dúvida para a maioria dos meus contemporâneos, a filosofia da ausência de significação era essencialmente um instrumento de liberação. A liberação que desejávamos era simultaneamente a liberação de um certo sistema político e econômico e a liberação de um certo sistema de moralidade. Nós nos opúnhamos à moralidade porque ela interferia com a nossa liberdade sexual”—*Aldous Huxley, “Confessions of a Professed Atheist,” Report: Perspective on the News, Vol. 3, June 1966, p. 19.
A Origem do Big Bang
Emmanuel Swedenborg, em 1734, admitiu que lhe havia sido dito em uma sessão espírita que gás no espaço exterior se revirou e se auto-transformou no que é hoje o sol e as estrelas. Propagou esta teoria entre outros, tornando-se assim a fonte primária para a Teoria da Hipótese Nebular.
George Gamou, em 1949, publicou a Teoria do Big Bang, segundo a qual o nada se juntou e explodiu dando origem a hidrogênio, o qual então se transformou no que são as estrelas, os planetas, etc…Desenhava quadrinhos com termos intrigantes (como o ylem) fascinando os cientistas evolucionistas. George Gamov decidiu passar a receber por seus quadrinhos de estórias de ficção científica e passou a escrever para o público em geral. Vários anos depois, ele apresentou a astrônomos uma seqüela do Big Bang. Era o ciclo de oitenta bilhões de anos, chamado ‘A Teoria do Universo Oscilante’, onde uma expansão exterior do universo era seguida por um colapso interno transformando-se em um ponto menor do que uma polegada, e que depois explodiu para fora, de novo.
Fred Hoyle, em 1948, publicou a Teoria do Estado Estável do Universo, a qual ensina a geração espontânea de matéria (hidrogênio) no espaço exterior. Uma década depois, ele também se tornou um escritor de ficção científica em tempo integral, escrevendo por vários anos e mais tarde repudiando sua teoria como sem nenhum valor.
Eis de onde procedem as tais teorias: não do trabalho de pesquisadores armados com fatos científicos, mas de uma sessão espírita e de dois escritores de ficção científica, os quais puseram em papéis seus sonhos e incitaram a outros. (The Origin of Matter/ Harvestime Books).Um abraço a você também Sr. Daniel e igualmente meus respeitos ao Sr. Márcio.
Ps.Que tal conferir as fontes Dr. Vinni? Tudo o de que necessita é um pouco de trabalho e paciência. Mas, afinal, se é em prol da busca pela verdade… certamente que terá valido o esforço.
Cordialmente,
ValenicMiguel (admin)MestreA propósito diz K. Jaspers:Filosofar significa estar-a-camimho. As interrogações são mais importantes do que as respostas e cada uma destas transforma-se em nova interrogação. O estar-a-caminho, que é o destino do homem no tempo, envolve a possibilidade de profundas satisfações a até mesmo, em certos momentos sublimes, pode conceder a plenitude”.
Miguel (admin)MestreSão tantas as teorias e tão pouco as respostas que qualquer um fica confuso.
A hipótese de deus me parece vai ter sempre pelo menos 1% de chance de ser verdadeira, e esse 1% é o suficiente para que não cheguemos a uma resposta definitiva, a não ser que entre mais alguma coisa na jogada, o que é possível que aconteça, a ciência dá tantas voltas que amanhã quando eu acordar uma nova teoria pode revolucionar a nossa maneira de pensar, e de uma hora para outra o 1% da teoria da criação divina pode se tornar 99%.Miguel (admin)MestreApologia Cristã seria, Valenic? Parece estar retoricamente preparado em favor de sua crença…
Você diz: “(…)reduzir o homem ao plano exclusivamente material, não passa de uma agressão à sua natureza intrínseca.”…respeito sua colocação, mas não concordo. O homem não se reduz e tão pouco é reduzido. Tem apenas o hábito de construir respostas com alicerces duvidosos. Digo duvidosos pois estes silogismos teístas que constrói partem de premissas totalmente convenientes:
“”Que se levantem os materialistas e os ateus mascarados de filósofos e respondam: Quem dentre vós pode fazer alguma criatura surgir? Se não possuem este poder, certamente reconhecem que alguém o possui, caso contrário como estariam aí? Isto implica na aceitação, por parte do homem; da sua inferioridade em relação ao que tem o poder sobre a vida e sobre a morte.””Nunca me julguei filósofo e portanto, sem mascaramento eu quero responder à pergunta:A mente humana pode E FAZ muita coisa surgir! 'Se não possuem este poder', eu não reconheço ou afirmo que alguém o possui! – 'Como estariam aí?' – estamos aqui pois nos sentimos presentes! Se quisermos respostas além, fazemos da vida um campo de estudos e assim, talvez um dia, saberemos como viemos parar aqui.
Inferioridade do homem; é tão inferior assim em relação ao que não conhecemos? Não sabemos, e eu, particularmente, não aceito teorias convenientes. Essas teorias muito prejudiciais que aterrorizam a pesquisa sobre a questão da vida.“Porque significa obrigatoriamente sujeição ao que é superior.”
…Porque significa obrigatoriamente sujeição ao desconhecido. A diferença entre nós, que julga “ateus mascarados de filósofos”, e estes, como você, “reis da 'apologética'”, é que chamamos de hipótese(ou desconhecimento)o que chamam de Deus. Também preferimos a palavra “questionar”, a transbordar a mente com Fé.“Porém negar a verdade é tarefa árdua e mesmo impossível.” – Quem detém a verdade? Sua Fé?…
“O que, porém significa Deus para a filosofia? Significa o seu objetivo, o seu alvo e o seu último anseio.” – Você tenta transformar VERDADE em Deus. O último anseio da filosofia é a verdade. Logo sua apologia vê Deus como verdade(retórica fácil, não?). Como não sou influenciado pela Fé e não invento respostas, Deus para mim é apenas…fruto da imaginação humana diante da busca, sem respostas, da verdade.
“se a filosofia não buscar o verdadeiro saber, antes estará servindo como máscara para a sua negação, ou seja, servindo à irracionalidade e à escuridão.” – Prefiro continuar no escuro, procurando uma chama luminosa, a fechar os olhos e imaginar um céu tão claro em uma manhã de domingo.
Para terminar, quero expressar meu respeito por suas colocações, pois sei que são seus ideais, assim como minhas colocações são meus ideais.
Grande Abraço.
Miguel (admin)MestreO que quer dizer Deus para a filosofia?
De fato, bem melhor do que discutir teorias evolucionistas e ter de, inevitavelmente, adentrar na esfera da fantasia e da argumentação emocional, melhor seria redirecionar uma mais acurada atenção sobre o tópico em questão: O que quer dizer Deus para a filosofia.
Mãe de notáveis idéias, fértil campo para a criatividade e uma propulsora do exercício do intelecto, a filosofia tem também servido de máscara para argumentações anti-Deus. Freqüentemente supervalorizada como se fosse a epítome do exercício intelectual, a filosofia não um sinônimo para sabedoria. Esta última sendo mesmo o alvo maior da filosofia, e não o contrário. Saber significa conhecer, assimilar, compreender e reter um fato, não especular a respeito dele. Diferentemente da filosofia, a sabedoria não dá lugar à especulação e muito menos à fantasia. A assimilação e a conscientização plena de todo o saber pressupõe, inevitavelmente, a contato com a perfeição. A filosofia é mutável, a perfeição jamais, caso contrário como seria perfeição? Assim como não se pode desassociar o núcleo de uma célula de sua organização natural, sob pena de inviabilizá-la, assim também reduzir o homem ao plano exclusivamente material, não passa de uma agressão à sua natureza intrínseca. A dissociação do espírito humano de seu corpo resulta em morte do ser. Eis porque os cadáveres são cadáveres e não mais seres com vida. Inexoravelmente é, portanto, necessário se reportar à origem da vida. Logo, de onde provém sua origem? Que se levantem os materialistas e os ateus mascarados de filósofos e respondam: Quem dentre vós pode fazer alguma criatura surgir? Se não possuem este poder, certamente reconhecem que alguém o possui, caso contrário como estariam aí? Isto implica na aceitação, por parte do homem; da sua inferioridade em relação ao que tem o poder sobre a vida e sobre a morte. E esta aceitação não parece agradar a todos. E por que não? Porque significa obrigatoriamente sujeição ao que é superior. E esta sujeição implica na aceitação da ética e da moral divinas, e aqui está o ponto que desagrada a muitos. Contrariados pela própria consciência, procuram obscurecê-la, o que muitas vezes conseguem. Porém negar a verdade é tarefa árdua e mesmo impossível. Ainda assim insistem: Dê-nos prova de Sua existência, dizem. E assim, contra si mesmos reafirmam seu estado de rebelião. O que, porém significa Deus para a filosofia? Significa o seu objetivo, o seu alvo e o seu último anseio. Caso contrário, se a filosofia não buscar o verdadeiro saber, antes estará servindo como máscara para a sua negação, ou seja, servindo à irracionalidade e à escuridão.Miguel (admin)Mestreos grandes filósofos(em sua maioria) não fizeram universidade ou faculdade de filosofia, mas eram tb grandes, eram os eleitos. Filosofar não é algo que se ensina, vc pode ensinar filosofia, mas filosofar isto não. vc pode ser um comentador filosófico, mas não um filósofo. ser filósofo é saber ligar os pontos e ter idéias originais, tais idéias muitas vezes são o resultado de um apanhado de idéias que resulta em uma nova idéia. as escolas podem ser um bom começo, mas o filósofo deve libertar-se do rigor acadêmico e ter coragem para firmar posição, ainda que faça papel de bobo ante os seus colegas. o filósofo deve tb viver a vida, viajar o mundo e, segundo a visão moderna, ter saquinho para escrever as suas idéias para os outros… acho que entendi o ponto de vista de todos… e concordo com todos…para o bruno e para a natália digo que pode existir um grande filósofo analfabeto, com altitude mental insuperável, mas aos olhos dos acadêmicos(nem todos é claro) rigorosos ele não será quase nada, como temos gênios da matemática que nunca frequentaram a escola, mas sabemos que isto é exceção da regra, mas sabemos tb que é a exceção que faz a diferença. vivemos em um curral(?) pode ser, mas a escola não deixa de ser um caminho, mas apenas um caminho, vc pode percorrer outros caminhos e chegar ao mesmo destino.
vou consultar o meu dicionário…um momento…
“Ciência dos princípios e causas(achei este conceito muito chato)”, outro “amor pelo saber e, particularmente pela investigação das causas e efeitos(achei este melhor)”, se não me engano foi sócrates que disse que filosofia era o seu “querido passatempo”(tb gosto deste), na verdade não sei qual é o conceito ideal.a pergunta que faço é a seguinte: só existem filósofos profissionais, ou seja, filósofos autores, ou é possível cruzarmos com um gari filósofo(“amante do saber” e que firma posição)?
abs.
ps. o curso de filosofia é fundamental dentro da atual organização social, pois muitas vezes são os professores que despertam um grande talento.
abs.
Miguel (admin)Mestre-Ana-
“(…)como nos é possível, agora, interpretar o mundo e dar significado a nossas vidas???”
Não seria interessante ter o Significado na própria vida, na experiência(Usar), e sempre aplicar este “significado” em nossa eterna busca de respostas??…enquanto não chegamos ao fim e conhecemos(?) o segredo, este já tem um sentido no próprio caminho.
Abraços
Miguel (admin)MestreMceus, obrigada pelas suas simpáticas palavras. Antes de procurar dar “resposta” às suas (deveras complexas e interessantes) questões, permita-me “complicar” um pouco mais acrescentando às noções que referiu- realidade e verdade- mais duas noções:conhecimento e linguagem.
Quando falamos de realidade podemos falar de coisas completamente distintas, por exemplo, podemos falar da realidade mítica que pressupõe uma totalidade em que todos os elementos comungam da mesma realidade ou da realidade do cientista, que é uma realidade selectiva porque submetida às categorias da quantificação e da objectividade, de modo que tudo o que não encaixe nestas categorias é remetido para o reino da subjectividade. Paradoxalmente, o próprio avanço da ciência acaba por mostrar que o objecto e o sujeito se exigem mutuamente e mais ainda, que se determinam. Apesar da inegável evolução da ciência, a humanidade ainda não encontrou a resposta que procura, ou seja, o que é a realidade e qual o seu sentido.
A questão é que, independentemente do nível de realidade em que nos situemos é pela linguagem que o homem se apropria da realidade procurando o seu sentido. Sendo então a linguagem indispensável à expressão da realidade podemos perguntar-nos até que ponto são indissociáveis.Mas será que a realidade se deixa “aprisionar” pela palavra ou, pelo contrário, esta fica sempre aquém do que a realidade efectivamente é?
A linguagem é, efectivamente, um aspecto fundamental da realidade na medida em que permite “dizer” o que as coisas são. Mas será que as palavras dizem o ser das coisas?A linguagem revelará sempre a realidade e o pensamento? Ou, pelo contrário, ao revelar, esconde aquilo que revela? Não será também a palavra o que opera o trânsito do ser possível para o ser real?Quem naõ conhece, de facto, o poder das palavras(!)…
Assim, chegados a este ponto, penso que é de consenso que os conceitos de realidade ,conhecimento, linguagem, e verdade são conceitos transversais. Falar de realidade implica falar do conhecimento que dela temos e este exige uma linguagem que a exprima. A questão é que a linguagem pode ou não dizer a verdade do conhecimento!…
Que relação têm as palavras com as coisas que resentam? É a palavra mera arbitrariedade, simples convenção humana cuja existência se justifica pela própria função que desempenha, isto é, a de representar algo distinto de si? Que relação existe entre linguagem e realidade?Não sei se o confundi ainda mais ou, se pelo contrário, consegui abrir alguma possibilidade de análise das questões que tão bem formulou. Quando pergunta “será que a verdade é sempre dependente da realidade?” isso remete-nos para a noção de realidade e daquilo que possamos chamar de verdade. E podemos entender por verdade coisas bem distintas: ela pode ser entendida como “clássico” acordo com a realidae (adequação, conformidade), ou ela pode ser entendida, por exemplo, no âmbito da validade lógica, como coerência interna entre enunciados e, consequente ausência de contradição; ela pode ser entendida numa dimensão interpretativa, ao nível da linguagem, etc, etc.
Honestamente, em relação às questões que colocou, considero que a sua complexidade nos impede de fechar a discussão. Tendencialmente e, por formação,talvez,tenho tendência a defender que a verdade depende da realidade, que ela existe apenas enquanto a percebemos e que ela só nasce através da realidade. Não tenho nenhuma convicção a este respeito, apenas uma tendência para me posicionar desse modo.
Espero não ter sido confusa… -
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