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Miguel (admin)Mestre
Esse tópico na verdade remete à postura de algumas escolas, como a dos sofistas, que tomava posições de acordo com a relevância do argumento segundo circustâncias e as dos céticos que buscavam a epoché, ou a suspensão de juízo. Além disso, lembro-me de Sartre e a sua figura do intelectual engajado. Segundo o escritor, é necessário a relação entre teoria e prática e o enfrentamente e compromisso diante dos problemas do homem e da humanidade. De qualquer forma, viver é se comprometer. Diante de pós-modernismos, muitos não querem correr o risco de dogmatismos ou certezas, mas, eu também penso que alguém precisa ter a arrogância de afirmar a verdade e de tomar posições. Isso é saudável para o objetivo primeiro da filosofia, aquele exposto no início da metafísica de Aristóteles, que é justamente chegar ao conhecimento, sendo ele possível. Abs
Miguel (admin)MestreTambem nao concordo com a opiniao de que o estudo da Filosofia e contemplativo e que se basta analisar a sociedade e seus habitos.A Filosofia deve servir para pensar uma sociedade igualitaria onde a minoria nao tenha mais nenhuma condicao de alienar a maioria para faze-la sofrer.
Miguel (admin)MestreAcho que a experiencia que o povo Argentino esta vivendo pode ajudar ao Akires e a todos nos em repensarmos a democracia e as representacoes. Eles tentaram de tudo, eleicoes, planos economicos, greves gerais, etc. Estao criticando severamente o controle que as elites daqueles Pais tem sobre os meios de producao. Em algumas provincias nao existem mais vereadores e prefeituras, sao o proprio povo que controlam os orcamentos. Existem tambem expropriacao de algumas propiedades privadas que o povo fez atraves de assembleias populares. Resta saber se o povo sustentara esses mecanismos durante muito tempo. O povo esta consciente que nao pode mais contar com as instituicoes antigas. Algo de novo tem que ser construido. Vamos torcer para que aquele povo resista e reconstrua sua nacao baseada na solidariedade. Queira Oxala que consigam.
Miguel (admin)MestreA primeira regra, na realidade uma condição virtualmente suficiente parao bom estilo, é ter o que dizer… Se Deus está morto, e se perdemos a estrutura metafísico-moral tradicional que nos caoacitava a dar sentido, significado e propósito à existência, como nos é possível, agora, interpretar o mundo e dar significado a nossas vidas???
Miguel (admin)MestreBruno, permita-me discordar de si quando diz que “a filosofia se aprende no quotidiano atrvés da análise de hábitos, sa sociedade, de pensamentos…”.Penso que assim deixamos de falar em filosofia e passamos a falar de sociologia, psicologia ou, o que é bem pior, de senso comum!
A filosofia caracteriza-se pela reflexão, certamente, mas uma reflexão que se quer fundamentada, rigorosa e radical. O que a universidade dá são as competências e as bases para imprimir rigor e fundamento ao raciocínio. Sem essas competências o discurso filosófico que tem as suas particularidades torna-se domínio da opinião e a opinião não é filosofia!Miguel (admin)MestreEu discordo. A filosofia se expande mesmo na Academia, hoje, infelizmente. É ela quem dá instrumental, parâmetros, discute textos, faz leitura programada etc.
Miguel (admin)MestreOlá
O nome do livro é Discurso do Método, e não Dúvida do Método. A página tem um texto que trata exatamente disso o As meditações e o nascimento do sujeito moderno. Não se preocupe em colocar sua visão pessoal. Só outros filósofos e comentadores fazem isso de uma maneira convicente, já que essa é uma área muito complexa, que exige muitos estudos e sobre a qual já se escreveu quase tudo. Então o corretor não deve exigir isso , pelo contrário, procure expôr o tema de maneira lúcida, apontando os principais pontos. Se é para colocar alguma crítica, aponte alguém que a fez, como Espinosa, Pascal, ou um comentador. Sobre esse tema, recomendo o livro “Descartes e a metafísica da modernidade” do excelente professor Franklin Leopoldo e Silva. Boa sorte!
Miguel (admin)MestreCaro Franscisco:
Pimeiramente, por que a caixa alta? Não há necessidade, o texto fica feio, confuso de ler, a pessoa parece que quer dar a impressão de estar gritando. O fórum tem uns efeitos de formatação para causar impacto (ver documentação).
Quanto à sua mensagem, esse assunto é muito pertinente. Achei o episódio de 11 de setembro particularmente significativo. Os E.U.A fazem questão de construir, há tempo, o mito de sua nação. A atuação de Hollywood, nesse sentido, é sintomática. Temos vários vetores: desde o país livre onde mesmo o imigrante pode evoluir se trabalhar duro (terra das oportunidades) até o da reafirmação da indústria bélica e da necessidade de um exército poderoso para garantir a paz no mundo e a vida boa do cidadão médio americano. Muitos filmes passam a idéia da eficácia da idéia da vigilância total, da investigação com alta tecnologia em rito acelerado e em trabalho hierarquizado de equipe. Há toda uma parafernália de vigilância e espionagem, radares, satélites etc, e o FBI e CIA pairando além do bem e do mal, com direito de entrar na vida do cidadão comum para combater o mal maior. Esse mal pode ser os russos, os terroristas, os árabes ou até mesmo aliens, qualquer coisa que ameace o Império. Repara também que há sempre uma bandeira americana nos filmes, mesmo que em detalhe.
Só que no dia 11 nada disso adiantou. Apesar de ser uma ação bem planejada, usou-se a aviação civil, algo dos próprios americanos, e dominou-se a tripulação com vekhas facas, armas brancas. Ou seja, não teve radares, echelon ou escambau. Bastou sujeitos determinados dispostos a tudo. Isso prova o quão inútil e irreal é toda essa parafernália que a nação veste.
Só que isso resultou no contrário: o povo, revoltado, aprovou as medidas da direita linha dura que rapidamente se aproveitou da situação. A privacidade é considerada como um bem antigo, dispensável para combater o mal. Quebra de emails, grampos etc, tudo passará a fazer parte da vida comum. Meu ponto de vista é que isso só afeta o cidadão médio, e os terroristas tem outros meios para burlas esses esquemas. O sistema de Bin Laden, parece, é simples: nenhum eletroeletrônico por perto, seguranças e fidelidade.
Aliás, foi muito chocante porque fixou exposta o grau de manipulação que está submetido a imprensa mundial. Com poucas exceções, vimos na cobertura um tom homôgeneo, alinhado com a Casa Branca. Parecia que o mundo inteiro estava dependurado no saco dos E.U.A e de, repente, ficou sem ter no que acreditar. A sensação era de irrealidade. Depois, quando atacaram o Afeganistão sem provas convincentes da ligação com o ataque, tudo voltou ao normal. Mesmo com um número maior de vítimas que o W.T.C, perda de vidas civis inocentes coisa e tal. Estava tudo dentro do aceito, pois o oprimido passa a ser “o outro”.
O problema é que as represálias anti-eua só existem por causa da política totalitária desse país. Eu CONDENO OS ATENTADOS, mas é preciso entender que o próprio Afeganistão é um país saturado de guerras, muitas das quais os eua estão envolvidos. Foi um ato de Guerra, assim como os eua também praticam atos de guerra covarde e usam de todos os meios de pressão, econômicos por exemplo, para manter ou impor sua hegemonia.
Esse é o ponto afinal: Não é possível que o mundo seja uma hegemonia, mesmo que seja pretensamente da “liberdade” que os eua alegam contra a barbárie, ou inferiorização, atribuídas às outras cultural. Como Bush disse, numa exemplar arrogância: “quem não está conosco, está contra nós”. Respondendo finalmente sua questão, o Império Americano não irá durar muito se não aprender a respeitar diferenças, pois a situação de um único império global é totalmente nova, e se tudo não se misturar num todo caótico, haverá sempre dissensões quando se tentar impor um único paradigma com um único beneficiado, os EUA, já que a Europa aceita estar no segundo plano, ela está brm afinal.
Abs
Miguel (admin)Mestre:: Eterna busca ::
É, terna, a busca. Pode também ser grave, violenta, ou até mesmo ingrata. Mas é. E a quem se julgue, ou ouse se dignar, ser humano, é absolutamente impossível fugir dela. Eu ouso. E acato minha sina, mas não simplesmente assumindo um fatalismo inexplicável, e sim me resignando à série de causalidades e casualidades (?) que me trouxeram até este ponto.Como diria o imperador Adriano, pelas palavras de Margherite Yourcenar, “a liberdade de aquiescência”. Não me importa brigar contra e discutir todos os desígnios do mundo, mas tentar – ou buscar tentar – entender o porquê de eu estar envolvido nessa trama toda. A resposta é quase implícita: estou por que estou, ora bolas. Explicações mais contundentes e praticamente incompreensíveis, podem ir buscar junto aos filósofos alemães…
Enquanto isso, assumo minha participação nesse teatro eterno. No meio de todas aquelas teorias conspiratórias do Borges e sei-lá-mais-quem, eu sei que sou uma personagem concebida numa convenção secreta numa biblioteca infinita, há mais de cinco séculos (o que, por sinal, trata-se apenas de uma convenção: o que são cinco séculos?). E não há como fugir dessa conspiração. Por mais que eu tentasse, seria absolutamente impossível. Seria ousadia demais, senão heresia, compreender o que aquele Deus primevo assoprou àquele segundo Deus, que por sua vez determinou aos seus inúmeros Santos, que por meandros incompreensíveis engendrou algo como o Drummond da poesia ou comandou o punhal na mão do assassino.
Alguém poderia perguntar: “aonde é que eu quero chegar”? Respondo apenas que se trata de uma pergunta simplista; releiam, primeiro, o título desse texto. “Chegar” é algo que significa, a mim, o fim. Pretensão demais, mas eu prefiro não querer chegar ao fim. Se posso, não sei.
Mas, até onde me for concedido, eu busco.
São desejos sagrados, bem sei. E o sagrado é tudo aquilo que pode ser profanado. Deus é sagrado, Deus “pode” ser profanado. Eu sou sagrado. Você é sagrado. E meus desejos, se sou eu, são sagrados. Mas meus desejos mais sinceros são que o sagrado seja, enfim, sagrado. E que não possa ser profanado.
Riobaldo baldeou o “Gaiola”, sempre rumo ao Norte, em busca do “seu” Norte, lutando contra a profanação de seus desejos mais secretos. A travessia das águas, baldeação eterna, o purificou de toda e qualquer tentação que ele nunca entendeu, engendrada nas encruzilhadas peçonhentas dominadas pelo “inominável”. Tudo, porém, superado pelo desejo maior, Diadorim, o “desejo de Deus”, aquele mesmo que era a sua busca incessante, infinita.
A busca. Eterna, violenta, terna.
“Imagine as maravilhas que saberíamos, se acreditássemos nas coisas em que não acreditamos.”
Miguel (admin)Mestreum milagre geralmente começa pequenininho… ele vai crescendo…tb sou abalado na minha fé otimista as vezes….o simples fato de estarmos aqui falando sobre isto já é uma forma de contribuirmos para um futuro multicolorido…muito sangue ainda será derramado(faz parte do milagre. outros impérios ruiram e pessoas como nós, o francisco e o alex de 2000 mil anos atrás, tb discutiam isto sobre os romanos, naquela época eles tb achavam que as coisas não iam acontecer, mas hoje sabemos que elas aconteceram)… mas é só desta forma que nós aprendemos. com um pouco de dor.
boa propósta deste fórum.
um abraço.
Miguel (admin)MestreComo política e cidadã, tenho uma grande parcela de contribuição na sociedade. Vivemos num mundo globalizado, mas me parece que o grande desafio deste mundo, seja um comprometimento mais real com o ser humano. É ótimo entrar na telinha e poder dizer o que é bom e o que não é. Mas melhor que isso, é dizer coisas que tem sentido. Proponho então um pacto entre os homens, falar sempre a verdade. Buscar explicações para todos os problemas que nos aflija. Nos espelhar nas coisas boas que as sociedades evoluídas trenham feito, somente assim a globalizaçào estará desnvolvendo o seu papel.
Miguel (admin)MestreA grande conquista do mundo globalizado, acredito, ser você o agente individual da própria mudança. Você sabe que é parte da história, no momento em que é “ouvido” por todos os outros.
Miguel (admin)MestreAcho que o futuro não será tão rosa…..
Miguel (admin)Mestreacredito que “império americano” significa a forma de comportamento geopolítico ou a forma de se fazer política internacional do povo americano. isto acho que já está ruindo… acontece que um milagre começa pequeno e vai crescendo… já podemos ouvir baixinho o barulho das pequenas fissuras neste estilo político(americana) de tratar o mundo…os americanos vão continuar… a sociedade globar provavelmente irá se misturar… o que vai ruir é a forma como os americanos encaram o mundo… e com isso a forma como encaramos os americanos, não mais como imperadores, mas sim como cooperadores…
sou um otimista.
abs.
Miguel (admin)MestreQuando cliquei para esta secção, não era propriamente para descutir isto, mas acho o assunto bastante construtivo, instrutivo, inteligente e, acima de tudo actual.
Respondendo mais ao Bruno, gostava de lhe perguntar se também se sente culpado por a situação em que se encontra agora a sociedade, pois se acha que a culpa não é de mais ninguém senão do povo (gostaria de saber a sua opinião). Não que não concorde consigo, pois acho uma ideia concreta e sensata. Mas, também noto, sem ofensa, desagrado em relação às “gentes” de hoje!Num outro ponto e mais directamente com a filosofia, eu penso que nós realmente precisamos muito da filosofia, e mesmo sem nos aprecebermos a todo o momento estamos a filosofar, embora não como os filósofos profissionais, mas como ser, como ser racional que somos.
Deixo o tema em aberto……..
Abraços! -
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