Miguel (admin)

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  • em resposta a: Eleições #74818

    Caro Fernando,

    Ainda não li o artigo que deu origem a sua exposição, no entanto, considero que o problema do teorema está nos seus pressupostos. Primeiro, considera que todos os eleitores, e os eleitores médios em especial, agem sempre racionalmente; segundo, desconsideram os estruturais e conjunturais da dada sociedade onde se realizam as eleições; terceiro, desconsideram fatores culturais, entre outras coisas que poderiam ser citadas.
    Os eleitores nem sempre votam por programas e os seres humanos, nem sempre agem racionalmente, há um espaço para o inconsciente na ação das massas.

    em resposta a: Filosofia e estética em Marleau Ponty #75474

    Um bom começo é procurar pelo assunto em catálogos. Veja-se o DEDALUS, por exemplo em http://www.usp.br/sibi . Temos uma autora brasileira, a famosa Marilena Chauí, que escreveu bastante sobre esse autor. Creio que uma das teses de pós é sobre ele, inclusive. Eu particularmente só li a Homenagem no livro Da realidade sem mistérios ao mistério do mundo, que recomendo. Boa sorte.

    em resposta a: Porque os clássicos se tornam clássicos? #75472

    Talvez o texto abaixo possa inspirá-lo para fazer o trabalho, isto é, se o prazo não expirou e com ele o interesse pelo assunto.

    SOBRE OS CLÀSSICOS – JORGE LUIZ BORGES.

    Escassas disciplinas devem ter mais interesse que a etimologia; isto se deve às imprevisíveis transformações do sentido primitivo das palavras, ao longo do tempo. Dadas tais transformações, que podem beirar o paradoxal, de nada ou de muito pouco serve a origem das palavras para a elucidação de um conceito. Saber, que, em latim, cálculo significa pedrinha e que os pitagóricos usavam dessas pedrinhas antes da invenção dos números da álgebra; saber que hipócrita era ator, e persona máscara, não é um instrumento válido para o estudo da ética. De modo semelhante, para fixar o que hoje entendemos por clássico, é inputil saber que esse adjetivo vem do latim classis, frota, que depois tomaria o sentido de ordem. (Lembremos, de passagem, a formação análoga de ship shape).
    O que é, agora, um livro clássico? Tenho ao alcance das maõs as definições de Eliot, de Arnold, e de Sainte-Beuve, sem dúvida razoáveis e luminosas, e muito me agradaria concordar com esses ilustres autores, mas não os consultarei. Acabo de completar sessenta e tantos anos; em minha idade, as coincidências ou novidades importam menos que aquilo que julgamos verdadeiro. Limitar-me-ei, então, a expór o que pensei sobre esse ponto.
    Meu primeiro estímulo foi uma História da Literatura Chinesa (1901), de Herbert Allen Giles. Em seu segundo capítulo, li que um dos cinco textos canônicos editados por Confúcio é o Livro das Mutações, ou I-Ching, feito de 64 hexagramas que esgotam as possíveis combinações de seis linhas truncadas ou inteiras. Um dos esquemas, por exemplo, consta de duas linhas inteiras, uma truncada e três inteiras, dispostas verticalmente. Um imperador pré-histórico os descobriu na carapaça de uma das tartarugas sagradas. Leibniz acreditou nos hexagramas um sistema binário de numeração; outros, uma filosofia enigmática; outros, como Wilhem, um instrumento para a adivinhação do futuro, já que as 64 figiras correspondem às 64 fases de qualquer empreendimento ou processo; outros, um vocabulário de certa tribo; ouitros, um calendário. Lembro-me de que Xul Solar costumava reconstruir esse texto com palitos de fósforo. Para os estrangeiros, O Livro das Mutações corre o risco de parecer uma simples chinoiserie; mas ele foi devotamente lido e relido por gerações milenares de homens cultíssimos, que continuarão a lê-lo. Confúcio declarou aos seus discípulos, que, se o destino lhe concedesse mais cem anos de vida, ele consagraria a metade ao estudo do livro e seus comentários, ou asas.
    Deliberadamente escolhi um exemplo extremo, uma leitura que demanda um ato de fé. Chego, agora, a minha tese. Clássico é aquele livro que uma nação, ou um grupo de nações, ou o longo tempo decidiram ler como em suas páginas tudo fosse deliberado, fatal, profundo como o cosmos e passível de interpretações sem fim. Previsivelmente, essas decisões variam. Para alemães e austríacos, o Fausto é uma obra genial; para outros, uma das mais famosas formas de tédio, como o segundo Paraíso de Milton ou a obra de Rabelais. Livros como o de Jó, A Divina Comédioa, Macbeth (e, para mim, algumas das sagas do Norte) prometem uma longa imortalidade, mas anda sabemos do futuro, salvo que diferirá do presente. Uma preferência pode muito bem ser uma superstição.
    Não tenho vocação de iconoclasta. Por volta de 1930, sob a influência de Macedonio Fernández, eu acreditava que a beleza era privilégio de uns poucos autore; agora sei que é comum e que esta a espreita nas casuais páginas do medíocre ou em um diálogo de rua. Assim, embora meus desconhecimento das letras malaias ou húngaras seja completo, tenho certeza que, se o tempo propiciasse a ocasião de seu estudo, encontraia nelas todos os alimentos que o espírito requer. Alés das barreiras linguísticas, interferem as políticas ou geográficas. Burns é um clássico na Escócia; ao sul de Tweed, interessa menos que Tumbar ou Stevenson. A glória de um poeta depende, em suma, da exitação ou da apatia das gerações de homens anônimos que a põem à prova, na solidão de suas bibliotecas.
    As emoções que a literatura suscita são, talvez, eternas, mas os meios devem variar constantemente, mesmo que de modo levíssimo, para não perder sua virtude. Gastam-se à medida que o leitor os reconhece. Daí o perigo de afirmar que existem obras clássicas, e que para sempre o serão.
    Cada qual descrê de sua arte e de seus artíficios. Eu, que me resignei a pôr em dúvida a indefinida perduração de Voltaire ou de Shakespeare, acredito (nesta tarde de um dos últmos dias de 1965) na de Schopenhauer ou de Berkeley.
    Clássico não é um livro (repito) que necessariamente possui este ou aqueles méritos; é um livro que as gerações de homens, urgidas por razões diversas, lêem com prévio fervor e com uma misteriosas lealdade.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75569

    O Porquê dos nossos Sentimentos

    Argos de Arruda

    Por que existem os nossos sentimentos? Nossas emoções? Por que somos seres racionais e emocionais e não apenas racionais?
    A resposta a estas perguntas, embora poderá – inicialmente – soar estranha e aparentemente sem sentido ao leitor, me parece estar relacionada com um dos mais poderosos instintos inerentes ao ser humano: a sobrevivência de sua espécie.

    O conceito de “sobrevivência”, entretanto, deve ser mais amplo do que se supõe quando se refere a nós, seres humanos, pois comer, beber, dormir e procriar não bastam. É como se extrapolássemos estes quatro requisitos básicos para sobrevivermos. Precisamos de mais… E este mais está ligado ao nosso bem estar físico e mental, felicidade e satisfação.

    Sentimentos e emoções são em grande número em nossas mentes; eles afetam nossos corpos, nosso comportamento, as nossas vidas. Não há espaço aqui para explicar um a um com base na sobrevivência de nossa espécie como animal. Darei exemplos de alguns. Importante realçar também o caráter “estatístico” deste artigo, no sentido em que estarei falando de características de populações. As características de um indivíduo pode representar uma tendência em toda uma população, uma maioria, onde as exceções não importam. Quando eu falar de algum sentimento ou emoção, o leitor deverá pensar em termos amplos, gerais. Por exemplo: se digo que o amor é o elo de ligação mais importante entre pais e filhos e que sem ele a raça humana já estaria extinta, excluo os poucos casos onde os filhos foram abandonados ao nascer ou quando criança.

    A Teoria da Evolução de Darwin sempre fora mal explicada e mal vista por muita gente. No começo do século XX, aqui no Brasil, era proibido falar nela nas escolas; havia preconceito em todos os países mas entre os cientistas ela simplesmente só evoluiu desde a sua concepção no século XIX. Isto criou um abismo entre os conhecimentos da Ciência nesta área e tudo aquilo que as pessoas comuns pensam e imaginam sobre como os seres vivos se modificam, se adaptam, sobrevivem, etc. E tudo isto se relaciona apenas com os corpos desses seres; imagine quanta ignorância existe quando se entra na correspondência entre evolução e mente.

    Os seres vivos mais complexos do planeta, aves e principalemnte mamíferos, possuem cérebros altamente complexos e adaptados para conseguirem sobreviver aos estímulos negativos, destrutivos do meio ambiente. Insetos, peixes e répteis nascem em um estágio de maturidade o suficiente para se locomoverem e explorarem o mundo exterior; fora isto, o número de filhotes é grande o bastante para nem todos serem devorados pelos predadores. A coisa é diferente com os mamíferos: poucos filhotes e frágeis, necessitando-se de uma longa jornada de aprendizagem sobre seu ambiente, para um dia enfrentarem sozinhos os perigos deste mesmo ambiente e procriarem. Aí que entram as emoções. Algumas são básicas e compartilhamos com seres menos complexos: o medo e a agressividade. O medo é importante pois é um sinal de alerta, de algum perigo no meio; quem sobreviveria se não tivesse medo de nada? É necessário a existência de agressividade porque nada pode ser só passivo; enfrentar algum perigo, uma ameaça, requer também respostas passando, às vezes, pela agressividade. Em especial nos seres humanos, a natureza foi “caprichosa” no aspecto emocional: sentimos alegria, tristeza, ódio, paixão, culpa, satisfação, amor, afeto, temos fé, esperança, etc.

    Temos a capacidade de procurar sexo mesmo sem a intenção de procriar. Procuramos porque gostamos, porque faz bem, porque nos satisfaz. Chegamos ao ponto de nos deliciar com um prato só para nos satisfazer mesmo sem estar com fome, ou seja, sem a necessidade momentânea de sobrevivência; por puro prazer. Procuramos coisas como viajar, sair, encontrar alguém de quem gostamos, nos divertir, porque faz parte do nosso lazer, do nosso bem estar. A palavra “gostar” está sempre presente; os sentimentos estão sempre presentes.

    Existe o trabalho… Ele deve ser entendido como uma atividade inerente ao ser humano, seja qual for o seu modo ou finalidade: do homem de duzentos mil anos atrás ao perseguir uma presa durante horas, ao homem de hoje em um escritório repleto de aparelhos eletrônicos a ajudá-lo em seu dia a dia, tudo é trabalho. Tudo o que for uma atividade a implicar em geração de bens ou realização de uma tarefa imprescindível à nossa sobrevivência, mesmo que indiretamente. É o caso, este último, das sociedades que se modernizaram e o fruto do trabalho passou a ser algo “simbólico”, o dinheiro, onde através dele conseguimos o que precisamos. Existiria o trabalho para nós se não gostássemos? Se não gostássemos ou se não sentíssemos nada com os seus frutos? Não existe somente o ato de trabalhar; sentimentos e emoções, conquistas que nos levam a satisfações extremamente benéficas a nós estão em jogo.

    Quero dizer que vivemos procurando atividades, conquistas, coisas que nos fazem bem, para a nossa felicidade e bem estar. Se ora não conseguimos temos outras chances, temos nosso amor próprio e continuamos a viver, a procurar. Temos fé, esperança, sonhamos.
    E os sentimentos negativos, as emoções violentas e negativas? Veja, nenhum sistema adaptativo como o cérebro, que visa o comando de um corpo para se perpetuar junto a ele, irá responder somente de modo positivo, no sentido de sentimentos positivos, em um meio ambiente onde os estímulos exteriores são positivos e negativos também. Ninguém gostará de um inimigo!
    Para se capturar um animal faz-se necessário uma boa dose de agressividade e nós utilizamos recursos muitas vezes cruéis onde, se fôssemos parar para pensar, não comeríamos sequer um pequeno peixe do mar! Pode-se imaginar o quanto as nossas sociedades cresceram e se desenvolveram às custas de muitas mortes ou exploração, onde nossos ancestrais utilizaram e muito da capacidade humana de destruição para com os inimigos. E destruir envolve muita coisa de negativo.

    Este é o universo da mente. Interessante salientar o papel da consciência em todos esses processos. Por exemplo: temos consciência de que o sexo é bom; então o procuramos, como disse anteriormente, sem a intenção de procriar. E também procuramos de forma consciente para deixarmos descendentes… A consciência é que talvez nos leve a transpor àquilo que eu disse a respeito de comer, beber, dormir e procriar: seres conscientes buscam estas coisas de maneira “automática”, intuitiva. Mas procuram também para usá-las como fonte de prazer e satisfação; procriar seria exceção mas o sexo em si não; e procuram outras, como em um nível mais alto de atividade sistêmica, como o lazer, atividades prazeirosas, etc., para se sentirem bem. O sexo sem interesse de gerar filhos é talvez o ponto mais alto nessa “escala”.

    A consciência, indo mais longe, precisa necessariamente de, no mínimo, dois suportes emocionais para se perpetuar; duas forças poderosíssimas: a fé e o amor próprio. Que espécie de seres conscientes conseguiria a perpetuação se não acreditassem em si mesmos? No seu trabalho, na sua luta diária? Ou, como na maioria dos habitantes do planeta, em algo divino para se apoiarem? Nem levantariam da cama! E que sistema poderia também sobreviver se não gostasse de si próprio? O que adianta um corpo forte em uma mente fraca? Talvez chegamos a um fato universal: qualquer ser consciente no cosmos terá este tipo de característica. Talvez não exista nada somente racional.

    Este artigo pode dar a impressão de que refere à nossa civilização ocidental, consumista, desejosa de prazeres, poder e dinheiro; não é isso. Ele se refere àquilo que os seres humanos possuem em sua natureza íntima, de básico em suas mentes onde se criou todas as culturas e civilizações até hoje. Umas foram mais pacíficas que outras; algumas foram mais mercantilistas, enquanto outras se preocuparam com a tecnologia e produção industrial. Mas a sobrevivência do homem se deu até hoje com a combinação de um lado racional com outro emocional. E sobrevivência para o ser humano engloba, além de sua natureza racional, tudo o que proporciona satisfação, felicidade, prazer, conquistas, etc. “Estados” correlacionados com nossas emoções e sentimentos. Retire tudo isto dos humanos e verá a nossa espécie desaparecer.

    em resposta a: O que quer dizer Deus para a filosofia ? #71940

    Retomo a pergunta que nosso grande amigo Pilatos fez a Jesus: “O que é a verdade?”, reformulo-a dizendo: “Qual é a garantia da verdade?”. Como se pode ter certeza de algo?

    Alguns diriam que a racionalidade é uma garantia de verdade. Se usarmos o método analítico podemos cocluir que, excluindo algumas contradições aparentes, podemos, por mais cuidadosos q sejamos ao verificar a veracidade da contradição, excluir a verdade juntamente com a contradição. Se usarmos o método dialético poderiamos acabar nos afastando de uma verdade absoluta pela tenção criada entre dois opostos.

    Ambas hipóteses citadas acima excluem a possibilidade de alguma religião estar totalmente ou parcialmente errada – visto que a religião não é fundamentada nescessáriamente dentro dos mesmos valores lógicos da filosofia. Do mesmo modo que não podemos comparar filosofia com religião, caso não se tratem dos mesmo signos, não se deve comparar religiãoes entre si.

    Outros diriam q a ciência é a garantia da verdade, mas sabemos q a principal fonte de verdade da ciêcia baseia-se no empirismo, e tb sabemos q ele é falho. Aí vem toda aquela história de Popeur com os seus cisnes. Porém alguém diria: “Eu não posso afirmar que só existam cisnes brancos, mas eu poderia afirmar que só existem cisnes brancos enquanto não se prove o contrário”. Ótimo, mas isto não dá certeza absoluta de nada.

    Qual é a garantia de q algo seja verdade? Creio eu q nenhuma. Creio que exista uma verdade absoluta, mas tb creio q a subjetividade torna-a inascessível. Ela cria verdades subjetivas que valem muito dentro de certos contextos, mas fora destes contestos podem soar como calúnia ou irracionalidade.

    Peço desculpas pela extenção do meu texto, mas tentei ser o mais curto e didático possível para expor minhas idéias, não sei se consegui, mas é que meu texto parece pender pra irracionalidade, mas esta não é nescessáriamente a minha intenção. Pretendo expor-me melhor com as perguntas e refutações q surgirão.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75565

    olá mceus
    hummmm aquilo que vc acha do universo auto-contido, sem começo meio ou fim…

    poderia dar uma “palinha” sobre o que vc acaba de falar, estou especialmente interessado na parte que vc diz “sem começo meio ou fim”..

    acho bastante apropriado definirmos o que é vida….

    uma rocha tem vida?

    o ar tem vida?

    a água tem vida?(falo só da água e não dos seres que nela existem, se é que isto é possível, digo, a água sem a vida que nela está contida)

    não seria uma espécie de “chauvinismo humano” declararmos que se vc tem dois braços, duas pernas, um cérebro de certo tamanho relativamente ao peso do corpo, uma postura ereta, uma forma sexuada de reprodução, etc… então vc é um ser capaz de adquirir conhecimento!!!

    …antes que vcs lancem pedras em mim….

    …eu não quero dizer que uma pedra tenha um conhecimento de sí como eu tenho de mim.. por exemplo abelhinhas se comunicam através de um sistema elaborado por movimentos vibratórios e padrões energéticos para se comunicarem dentro do enxame que é destituído de um sistema nervoso central e de propriedades lineares de comunicação como as nossas.

    outra pergunta um átomo tem vida?

    ou um fóton, tem vida?

    já falamos sobre não-localidade, os fótons gêmeos que interagem ao mesmo tempo, demonstrando que existe um espécie de comunicação que está além do espaço/tempo…

    o planeta terra olhado a distância tem vida?

    a galaxia tem vida?

    o sol tem vida?

    o que é vida?

    abs.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75563

    só 10….

    abs.

    em resposta a: Que razoes para existir Deus ? #73416

    Intrigante a discussão entre o Alex e Jocax. Alguns insights do Alex surpreendem e desafiam.

    Mas o que quero deixar mesmo para o leitor é a tradução de uma página que visitei recentemente, http://snapshotsofgod.com/chamber.htm , que achei deveras interessante e é pertinente ao tópico em discussão.

    “No laboratório, cientistas prontamente aceitam trilhas numa câmara de bolha como clara e inegável evidência de partículas e das forças que mudam sua direção, mesmo que não possam ver nem as partículas e nem as forças.

    Algumas pessoas declaram que não há nenhuma evidência de Deus, mas qual é a força invisível que muda a direção de uma vida direcionando esta vida para a fé?
    Certamente há muitas pessoas que acreditam em Deus só porque foram criadas numa família ou cultura que acredita em Deus. Mas como explicamos o descrente que cresceu sem nenhum contato com a religiosidade e pode apontar um dia específico em que a direção de sua vida foi mudada de tal maneira que ele só pode atribuir a Deus?
    Deveria esta evidência ser menos convincente do que as forças invisíveis em ação numa câmara de bolha?

    Muitas pessoas “acreditam” em Deus, mas acreditar em possibilidades não é fé verdadeira, é somente uma filosofia. Crença é uma verdade guardada na mente, mas fé vai muito além da mudança de curso de vidas e mesmo da mudança de curso da história humana.
    Pela fé, nós encontramos pessoas ao longo da história que foram atraídas, muito além da atração da razão, a uma força invisível de maneira tão evidente como o ferro é atraído pelo magnetismo e a matéria é atraída pela gravidade. A fé por si só é uma evidência incrível de Deus, já que não há outra razão prática para que ela exista sem Ele.

    Se você pudesse ver sua vida de cima, sua trajetória seria reta e não influenciada por Deus, ou teria passado perto o suficiente de Deus a ponto de ter sido transformada completamente pela experiência?”

    (Nota do forense: Câmara de bolha foi inventada por Donald Glaser e muito usada nas décadas de 50 e 60 produzindo imagens de grande nitidez quando partículas carregadas induziam a formação de bolhas em um líquido. Não são mais usadas como aceleradores de alta energia.)

    [ ]'s

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75561

    só mais um parêntese…. a evolução de darwin é muito boa, no que me refere ela explica um universo inteligente que aprende através do processo de seleção natural… eu tenho a noção que a natureza é viva, inteligente e consciente.

    abs.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75560

    o que chamo de casualidade habitual do acaso são essas 500 condições se repetirem no processo da vida várias vezes…500 condições são necessárias para surgir a vida unicelular(acredito que foi isso que vc falou?), quantas condições mais seriam necessárias para cada salto na evolução(?) e o que motivou esta evolução(?) Pq não permanecer unicelular(?)…(entramos efetivamente, novamente, no cerne deste fórum, ou seja, qual o sentido da vida?)

    agora, tb gostaria de acrescentar que estou tentando acompanhar a sua lógica, e que as especulações feitas são experiências no sentido de entendê-lo melhor e imaginar um universo possível para ambos podermos prosseguir na busca da resposta para este fórum…neste contexto gostaria de saber o que significa efetivamente para vc o acaso… ou seja, o acaso em relação a quem? a nós ou ao universo?( o acaso tem como referencia a gotícula no oceano ou o oceano todo?)

    desde já manifesto a minha opinião de que seria mais correto(de minha parte) afirmar que o acaso é algo que sentimos mas não necessarimante é casual(?), pois é produto do julgamento humano.

    as perdas nada tem a ver(ao menos da minha parte) com as perguntas/especulações que propostas.(isto seria uma tentativa de justificar o pragmático teísmo/ateísmo, acabaríamos apenas criando mais confusão em nossas mentes, penso que somos capazes de reconhecermos e analisarmos os nossos sentimentos de modo a trabalhar a emoção apenas positivamente e não como uma confortável muleta).

    bom se me permite, gostaria de voltar um pouco em nosso papo, vc diz que fazemos parte do todo, mas o que é/significa o todo para vc?

    quanto ao artista… penso que ele ainda pinta(uma tela que já foi pintada) a tela, sendo que respeita as regras gramaticais, como todo bom escritor/artista, e por vezes escapa as regras propositalmente de modo que cause um certo impacto na platéia… para aguçar a percepção de alguns e acordar outros….mas veja… ela já sabe o que escreveu/pintou(já está determinado), sendo que nós fazemos parte do livro….bom acabei de inventar isso….(a coisa complica com as variáveis espaço/tempo) foi vc que comentou o “místico” príncipio da física(?) ….

    abs…

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75559

    darwin…sei lá…, mas o que é a vida então?
    penso que não, darwin explica muito, mas falta alguma coisa…. nesta evolução eu vejo inteligência, vontade de novas formas de vida…. sendo que só os “melhores projetos” sobrevivem e evoluem…daí um deus que veio de sei lá onde…

    a natureza definitivamente aprende. ou não?

    abs…. estou com pressa.

    em resposta a: Determinismo ou livre-arbitrio? #73545

    Caros srs.
    Quanto a questão do livre arbítrio considero indispensável conhecermos a posição de SPINOZA, um filósofo holandês do sec. XVII,segundo ele o livre arbítrio é uma ilusão,todo o cosmos é regulado por leis universais imutáveis, estas leis regulam inclusive nossos pensamentos, pois tudo o que acontece tem uma causa eficiente, necessária e universal, o fato de atribuirmos livre-arbítrio as ações humanas advém da ignorância quanto as causas reais, lembrando que a idéia chave do sistema de Spinoza é a idéia da união da mente com toda a natureza, isto é com Deus,sendo os seres humanos “modos finitos dos atributos infinitos de Deus, a extensão e o pensamento”ou seja, somos manifestações finitas dos atributos infinitos de Deus,sendo que deus e a natureza são uma só e a mesma coisa.
    todas nossas ações tem causas necessárias e efeitos necessários, ou seja, o determinismo se mostra nas relações causa/efeito.Para maiores informações sugiro a leitura dos “Pensamentos Metafísicos”, texto constante do volume Espinosa da série, “os Pensadores”.
    Meu e-mail é [email protected]
    Saudações filosóficas!!

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75555

    as regras são a vontede de alguma coisa

    por ex:

    uma tela em branco…o artista trabalha sobre ela, ele já sabe o que deseja pintar sobre a tela… ele inicia os seus trabalhos e um tempo depois termina a tela, mas não é apenas uma tela, é sim uma obra de arte.

    existem regras que podem ser depuradas das técnicas que o artista usou para pintar a tela, contudo, ainda que vc estude estas técnicas vc jamais será um picasso, um michelangelo ou qualquer outro grande artista.

    é possível se fazer um clone do alex ou do márcio, mas acredito que seja impossível reproduzir uma cópia fiel, ou seja, o mesmo ânimo, a mesma preguiça, a mesma luxúria, a mesma ganância, a mesma vaidade e outras características pessoais.

    até então especulamos sobre o universo determinado, mas não sobre o artista que pintou o universo com as suas regras determinadas.

    abs.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75554

    “Em um universo que é criado apenas com leis físicas, não vejo possibilidade do ingresso de uma forma vida que progrida através do auto-desenvolvimento. A saber: a vida como conhecemos.”

    salvo a presença de um Deus(forma de inteligência, ainda que bastante simples, mas com capacidade de aprender) que surge depois do universo… para isto, este Deus teria sua origem em outro lugar que não o universo em que ele deseja operar.

    será???

    aguardo comentários

    abs.

    em resposta a: Qual é o sentido da vida (cont.) ? #75552

    Em um universo determinado a vida e o surgimento do universo são concomintates, pois apesar de não haver vida ainda, ela já é prevista dentro das regras que foram escolhidas para o universo. Desta forma, eu não possuo controle sobre a minha vida(novela das 08), mas posso controlar a minha vida(ilusão de controle que serviria aos propósitos do universo(?)).

    ao passo que universo e vida em um universo não determinado possuem uma relação de casualidade, ou seja, a vida surge em razão de determinadas condições que só são possíveis em um universo que apresente certas características, sendo que a vida não era prevista na criação do universo, apenas foram escolhidas, ao acaso, certas regras que hoje conhecemos como leis da física. Daí a importância de se definir o que venha ser vida em um universo não determinado. por ex: se a vida é produto do acaso ela surge de forma unicelular. Mas como explicar a progressão da vida, ou seja, a casualidade habitual do acaso em criar novas formas de vida?

    Em um universo que é criado apenas com leis físicas, não vejo possibilidade do ingresso de uma forma vida que progrida através do auto-desenvolvimento. A saber: a vida como conhecemos.

    “…. me fiz em mil pedaços pra vc juntar….”
    renato russo

    mantenho a pergunta.

    abs.

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