Miguel (admin)

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  • em resposta a: Os sofistas #78358

    O valor imprescindível da escola é o de agrupar seres humanos, coisa tão difícil nesse mundo burguês e individualista que nós tmeos como nos atesta o livro “As coisas mais importantes da minha vida aprendi no jardim de infância”, e como essa é a função básica da existência da escola, ela está desculpada das falhas q tentam jogar em seus ombros.

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73856

    ERRATA (com as devidas escusas):

    Onde se lê: Ele já passa a existir e é livre e pleno nos entendimentos de todos que o vêem.

    Ler o seguinte: Ele já passa a existir e é livre e pleno nos entendimentos de todos que o vêem e, deste modo, também não há como reprová-lo em sua frase “exatamente, a sua verdade”, restando o protesto apenas em um jogo de preferências.

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73855

    Nasrudin não é mestre, Nasrudin é Nasrudin.
    Nasrudin não tem pretensão, Nasrudin tem fatos que se constroem nas contingências…

    E a luz pode não produzir iluminação, embora Nasrudin também não é luz, pois se investe nas contingências e estas já tem luz.

    É certo, Nasrudin sempre “deixa o cenário da verdade que já existe”. Mas só o cenário, não a verdade. E que coce as feridas das pessoas… Talvez é cativante também por isso.

    Demais, sejamos justos, poupemos Nasrudin: já que é conhecido, ele não é mais passível de definição. Entendam: ele foi mostrado, já não se pode dizer quem é Nasrudin, não mais há cabimento defini-lo. Ele já passa a existir e é livre e pleno nos entendimentos de todos que o vêem.

    Finalmente, ante tanta confusão, necessária uma pergunta: em que a verdade serve à Ciência? É possível respondê-la?

    em resposta a: Qual o sentido da vida? #72835

    O sentido da minha vida é despertar totalmente a minha consciência. Todos temos a consciência adormecida e temos que despertá-la. Quando a alteramos no sentido de objetivá-la, o mundo nos é apresentado de modo diferente. Descobrimos que há no universo muito mais do que alcansávamos imaginar e que nosso poder de imaginação possui um limite. Ele não é ilimitado como alguns afirmam.
    Aquilo que ninguém nunca vislumbrou, nem remotamente, marca o início do inimaginável. Quando despertamos ocorre uma alteração nesse limite.

    em resposta a: Em que consiste a verdade? #74632

    O mundo dos sonhos é real. Se fosse irreal ele não exisitiria. Se não existisse, as pessoas não sonhariam. Levando isso mais longe, algumas pessoas conseguem discernir que sonham nos momentos em que o corpo físico dorme. Isso abre muitas possibilidades e exploração. O mundo onírico, feito de imaginação, possui paisagens, países, cidades e pessoas. Possui também uma matéria onírica altamente plástica. Suas leis subvertem as da realidade tridimensional.

    em resposta a: A METAFÍSICA DE SPINOZA #72727

    Por falar na influência de Espinosa sobre pensadores posteriores, alguém conhece o livro do Professor Yavel, “Spinosa et d´autres hérétiques”? A segunda parte do livro é dedicada justamente a discutir o impacto da leitura de Espinosa em pensadores como Nietsche e Freud, por exemplo.
    Certamente, uma das questões mais desafiadoras do pensamento de Espinosa é a questão da relação entre liberdde e necessidade. que tal discyutirmos este aspecto do pensamento espinosano?

    em resposta a: Em que consiste a verdade? #74631

    Os sonhos lúcidos permitem o acesso a uma modalidade não-usual de realidade.
    Em tal estado, experimentamos diretamente a possibilidade de existirmos e atuarmos enquanto o corpo físico está inativo na cama.
    Não há como escapar: quem está lúcido no sonho comprova isso por si. Tudo o que disserem em contrário fica sem efeito.

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73854

    concordo com vc.

    não posso deixar de concordar que o mestre nasrudin com a sua última frase perde parte do impacto da sua demonstração…nasrudin contudo não tem a pretensão de produzir a iluminação completa… nasrudin busca apenas agir feito um espírito livre que coça as feridas das pessoas e depois deixa o cenário… deixa o cenário da verdade que já existe… as verdades já existem é verdade! mas onde elas estão???? nasrudin brinca com isto… brinca com as verdades perenes

    obs; legal o comentário sobre Como ser filosofo….

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73853

    VERDADE MESMO?

    O tão cativante Nasrundin atrapalhou-se!… Ele nunca devia ter dito a última frase, nunca – exatamente, a sua verdade!… Ele tropeçou, concluiu o espanto, deu termo à verdade.

    Ele quis imperativos, como quase todos, e, com certeza, isto nunca se recomenda, nunca! O ilimitado ainda não tem limites, embora os equívocos também tenham lá os absurdos de suas validades.

    E não cabem os rigores de uma Lógica que se quer dual. O mundo consome-se múltiplo e infinito, perde-se em impossibilidades, o dual pode ser presunção, talvez heresia, não obstante (ainda importante repetir Heráclito) o sol tem a largura do pé humano – é só levantar o pé e coloca-lo diante do sol para conferir.

    Dentro do rio, pedras rolam
    E descobrem seus fundos escuros e molhados.
    Debaixo delas, tudo morre de viagem e luz.

    em resposta a: Qual o sentido da vida? #72834

    e o que são os animais???

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73852

    VERDADE?

    Um dia Nasrudin estava sentado na corte. Queixava-se o rei de que seus súditos eram mentirosos.
    – Majestade – disse Nasrudin -, há verdade e verdade. As pessoas precisam praticar a verdade real antes de poderem usar a verdade relativa. Mas sempre tentam inverter o processo. Resultado: sempre tomam liberdades com a sua verdade humana, porque sabem, por instinto, que se trata apenas de uma invenção.

    O rei achou a explicação complicada demais.
    – Uma coisa tem de ser verdadeira ou falsa. Farei as pessoas dizerem a verdade e, com essa prática, elas adquirirão o hábito de ser verazes.

    Quando se abriram as portas da cidade, na manhã seguinte, uma forca se erguia diante delas, controlada pelo capitão da guarda real. Um arauto anunciou:
    – Quem quiser entrar na cidade terá de responder primeiro com verdade à pergunta que lhe será formulada pelo capitão da guarda.

    Nasrudin, que estava esperando do lado de fora, foi o promeiro a dar um passo à frente.
    O capitão dirigiu-se a ele:
    – Aonde vai? Diga a verdade; a alternativa é a morte por enforcamento.
    – Vou – replicou Nasrudin – ser enforcado naquela forca.
    – Não acredito em você!
    – Pois, muito bem. Seu eu disse uma mentira, enforque-me!
    – Mas isso faria dela uma verdade!
    – Exatamente – confirmou Nasrudin -, a sua verdade.

    Obrigada Fe e Júlio, às vezes certos comentários iguais ao seu servem para lembrármos de que o otimismo ainda existe em nós mesmos, legal sua filosofia. Quem sabe conseguímos um pouco mais além, não é mesmo Fe?

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73850

    bastante…belo poema

    em resposta a: Controle Humano #71460

    Quarta-feira, 02 de Maio de 2001
    03:57 h
    É a primeira vez que entro neste grupo de discussão e aí vão algumas questões que julgo pertinentes:
    É necessário, antes de tudo, conceituar-se violência, e a partir daí decidir de que tipo de violência está se falando. (Ver Nilo Odália e conceitos de tipos de violência).
    Outra necessidade é descobrir se a agressividade natural humana gera violência. As opiniões contidas nesta homepage tendem para o lado das desigualdades sociais como causadoras de violência e criminalidade, mas em sociedades igualitárias também há violência e criminalidade, como em Cuba ou sociedades indígenas.
    A violência não deve ser discutida como sinônimo, derivada ou derivante de criminalidade. Pois é crime aquilo que uma sociedade decide que deve ser penalizado, mesmo que não haja nesta conduta criminal conteúdos de violência. Ou seja, a violência é uma coisa e crime é outra.
    Julgo esclarecedoras a respeito do tem as seguintes obras:

    À PAZ PERPÉTUA, Um Projeto Filosófico de Imanuel Kant, . Trdaução de Marco Antônio de ª Zingano, L & PM editores, Porto Alegre, 1989.

    Democracia, violência e direitos humanos, J. B. Azevedo Marques, Coleção polêmicas do nosso tempo, Editora autores associados e Cortez editora, 5ª Edição, São Paulo, 1991

    A Agressão Humana, Anthony Storr, Zahar editores, 2ª Edição, Rio de Janiro 1976

    Mundo do Crime, A Ordem Pelo Avesso, José Ricardo Ramalho, 2ª Edição, Editora Graal, Rio de Janeiro, 1983

    A Violência no Brasil, Cecília Pires, Editora Moderna, 9ª Edição, São Pailo, 1985

    Violência e Cultura no Brasil, Ruben George Oliven, Editora Vozes, Petrópolis, 1989

    O Que é Violência, Nilo Odalia, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 6ª Edição, São Paulo 1991

    O Que é Crime, João Ricardo Waldomiro Dornelles, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 2ª Edição, São Paulo 1992

    Travessia do Pós-moderno nos Tempos de Vale-tudo, Luciano Zajdsznajder, Editora Gryphus, Rio de Janeiro, 1992

    Moraes Jr.
    Porto Alegre, RS

    em resposta a: Mundo de Sofia #73272

    Bom, escrevi uma resenha de memória (fazem 5 anos que eu li o livro). Muitos dados importantes devem estar faltando. Mas se achar alguma coisa útil, pode usar . Responda dizendo o que achou.

    ______________________________________

    Resenha de o Mundo de Sofia de Jostein Gaarder, CIA das Letras.
    Fórum de Discussão Consciência, Internet, 2001.

    O romance “O mundo de Sofia” foi escrito por um norueguês, Josteein Gaardner, que durante muito tempo lecionou filosofia para jovens do segundo grau. O livro conta a história de uma adolescente, Sofia, que está prestes a fazer 15 anos em seu aniversário. Como se sabe, a escolha do nome da personagem não é acidental, visto que a palavra sofia em grego pode ser traduzida por sabedoria e compõem em parte, a palavra filosofia.

    Por esses dados, logo se vê que o livro foi escrito para aqueles que adolescem. O autor não tinha idéia de que seu livro, projetado inicialmente para um público local e restrito, fosse fazer tanto sucesso. Em parte pela sua história bonita e digierível, em parte pela demanda do grande público em saber filosofia, o livro se tornou um best-seller, atendendo não somente aos jovens, mas também aos profissionais de outras áreas que não a filosofia.

    Sofia começa a receber uma estranha correspondência. Trata-se de um curso de filosofia, disposto em ordem cronológica, que após uma introdução, começa a tratar das origens da filosofia, na Grécia, com o conjunto de pensadores conhecidos como “Pré-Socráticos”. O autor do curso se chama Alberto Knox. Durante essa iniciação do aprendizado, Sofia começa a entrar em conflito com seus próprios valores. Ela chega mesmo a contestar a visão da mãe acerca de seus problemas, reividicando uma visão mais abrangente, mais investigativa. O curso vem se somar ao ritual de passagem de Sofia, do mundo infantil para o mundo adulto. Afinal, é com 15 anos que as meninas debutam.

    Nestes escritos que formam o curso e que tanto impressionam a personagem estão presentes os resumos clássicos dos tópicos e dos conceitos que remetem ao nome de um autor. Nisto não difere muito das Histórias e Manuais da Filosofia tradicionais, com a diferença que o romance procura condensar esta história em cerca de quatrocentas páginas, muitas das quais dedicadas não ao curso, mas ao enredo do romance. Ao curso de filosofia, se misturam também elementos e analogias literárias e culturais, como referências a chapeuzinho vermelho e uma defesa do papel da ONU em questões mundiais.

    O mestre de Sofia, Alberto Knox, é um homem misterioso, que faz questão de separar bem aquela vivência que está proporcionando a Sofia da vivência cotidiana da jovem. Tal artíficio enfatiza a idéia de que a entrada no mundo da filosofia se dá gradualmente, através de um mestre, e muitas vezes somos obrigados a largar nossos preconceitos e idéias formadas para entrar na fascinante e misteriosa arena de idéias que é a tradição filosófica carrega.

    Aliás, muitas vezes os filósofos escreveram somente para outros filósofos, desprezando a opinião do vulgo, que não teria as condições ou a posse do arsenal teórico para compreender seus escritos. Foi assim com Espinosa em seu tratado filosófico político, ou muitos outros. No entando, a filosofia sabe que não pode travar um solilóquio, e se ressente desta falta de contato. Com isso, os filósofos encontraram maneiras de estreitar seu contato com o mundo real e com a sociedade. Foi assim com as aulas de retórica dirigidas a público pelos aristótelicos do Liceu, ou com a crítica moderna à escolástica medieval, ou com o filósofo agitador e propgador de idéias do iluminismo, ou com Hume e Kant escrevendo versões simplificadas de seus tratados para serem mais compreensíveis, ou mesmo com Marx escrevendo o seu manifesto comunista ou com Sartre defendendo a figura do intelectual engajado. Mas prossigamos.

    O pai de Sofia trabalha na ONU, mas está viajando, numa missão. Ele também escreve algumas cartas para a moça. Há um mistério sobre o que será o presente dela. Quando Sofia encontra pessoalmente o seu Mestre Knox, coisas estranhas começam a acontecer, até que durante a explanação de Knox sobre Berkeley, o autor faz um paralelo entre o idealismo empirista de Berkeley que remete a Deus, a realidade manipulada que dá indícios no livro. Alguns desses sinais são as incongruências e descontinuidades que aparecem na vida da personagem, como o computador de Knox que parece adquirir vontade própria.

    O autor usa, é claro, aquele velho recurso do livro dentro do livro, como se observa em outros lugares, como “A História sem fim”, de Michel Ende. Sofia descobre estar ela própria dentro de livro, e o autor do livro é seu pai, virtualmente um Deus desse mundo fechado. Mas o que aparece é que o próprio pai dela é um personagem. O desfecho do livro então, é meio inseguro, cambaleando entre um surrealismo insólito e o tradicional fim a la Alice no país das Maravilhas. Mas você terá de ler para saber.

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