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Miguel (admin)Mestre
O valor imprescindível da escola é o de agrupar seres humanos, coisa tão difícil nesse mundo burguês e individualista que nós tmeos como nos atesta o livro “As coisas mais importantes da minha vida aprendi no jardim de infância”, e como essa é a função básica da existência da escola, ela está desculpada das falhas q tentam jogar em seus ombros.
Miguel (admin)MestreERRATA (com as devidas escusas):
Onde se lê: Ele já passa a existir e é livre e pleno nos entendimentos de todos que o vêem.
Ler o seguinte: Ele já passa a existir e é livre e pleno nos entendimentos de todos que o vêem e, deste modo, também não há como reprová-lo em sua frase “exatamente, a sua verdade”, restando o protesto apenas em um jogo de preferências.
Miguel (admin)MestreNasrudin não é mestre, Nasrudin é Nasrudin.
Nasrudin não tem pretensão, Nasrudin tem fatos que se constroem nas contingências…E a luz pode não produzir iluminação, embora Nasrudin também não é luz, pois se investe nas contingências e estas já tem luz.
É certo, Nasrudin sempre “deixa o cenário da verdade que já existe”. Mas só o cenário, não a verdade. E que coce as feridas das pessoas… Talvez é cativante também por isso.
Demais, sejamos justos, poupemos Nasrudin: já que é conhecido, ele não é mais passível de definição. Entendam: ele foi mostrado, já não se pode dizer quem é Nasrudin, não mais há cabimento defini-lo. Ele já passa a existir e é livre e pleno nos entendimentos de todos que o vêem.
Finalmente, ante tanta confusão, necessária uma pergunta: em que a verdade serve à Ciência? É possível respondê-la?
Miguel (admin)MestreO sentido da minha vida é despertar totalmente a minha consciência. Todos temos a consciência adormecida e temos que despertá-la. Quando a alteramos no sentido de objetivá-la, o mundo nos é apresentado de modo diferente. Descobrimos que há no universo muito mais do que alcansávamos imaginar e que nosso poder de imaginação possui um limite. Ele não é ilimitado como alguns afirmam.
Aquilo que ninguém nunca vislumbrou, nem remotamente, marca o início do inimaginável. Quando despertamos ocorre uma alteração nesse limite.Miguel (admin)MestreO mundo dos sonhos é real. Se fosse irreal ele não exisitiria. Se não existisse, as pessoas não sonhariam. Levando isso mais longe, algumas pessoas conseguem discernir que sonham nos momentos em que o corpo físico dorme. Isso abre muitas possibilidades e exploração. O mundo onírico, feito de imaginação, possui paisagens, países, cidades e pessoas. Possui também uma matéria onírica altamente plástica. Suas leis subvertem as da realidade tridimensional.
Miguel (admin)MestrePor falar na influência de Espinosa sobre pensadores posteriores, alguém conhece o livro do Professor Yavel, “Spinosa et d´autres hérétiques”? A segunda parte do livro é dedicada justamente a discutir o impacto da leitura de Espinosa em pensadores como Nietsche e Freud, por exemplo.
Certamente, uma das questões mais desafiadoras do pensamento de Espinosa é a questão da relação entre liberdde e necessidade. que tal discyutirmos este aspecto do pensamento espinosano?Miguel (admin)MestreOs sonhos lúcidos permitem o acesso a uma modalidade não-usual de realidade.
Em tal estado, experimentamos diretamente a possibilidade de existirmos e atuarmos enquanto o corpo físico está inativo na cama.
Não há como escapar: quem está lúcido no sonho comprova isso por si. Tudo o que disserem em contrário fica sem efeito.Miguel (admin)Mestreconcordo com vc.
não posso deixar de concordar que o mestre nasrudin com a sua última frase perde parte do impacto da sua demonstração…nasrudin contudo não tem a pretensão de produzir a iluminação completa… nasrudin busca apenas agir feito um espírito livre que coça as feridas das pessoas e depois deixa o cenário… deixa o cenário da verdade que já existe… as verdades já existem é verdade! mas onde elas estão???? nasrudin brinca com isto… brinca com as verdades perenes
obs; legal o comentário sobre Como ser filosofo….
Miguel (admin)MestreVERDADE MESMO?
O tão cativante Nasrundin atrapalhou-se!… Ele nunca devia ter dito a última frase, nunca – exatamente, a sua verdade!… Ele tropeçou, concluiu o espanto, deu termo à verdade.
Ele quis imperativos, como quase todos, e, com certeza, isto nunca se recomenda, nunca! O ilimitado ainda não tem limites, embora os equívocos também tenham lá os absurdos de suas validades.
E não cabem os rigores de uma Lógica que se quer dual. O mundo consome-se múltiplo e infinito, perde-se em impossibilidades, o dual pode ser presunção, talvez heresia, não obstante (ainda importante repetir Heráclito) o sol tem a largura do pé humano – é só levantar o pé e coloca-lo diante do sol para conferir.
Dentro do rio, pedras rolam
E descobrem seus fundos escuros e molhados.
Debaixo delas, tudo morre de viagem e luz.Miguel (admin)Mestree o que são os animais???
Miguel (admin)MestreVERDADE?
Um dia Nasrudin estava sentado na corte. Queixava-se o rei de que seus súditos eram mentirosos.
– Majestade – disse Nasrudin -, há verdade e verdade. As pessoas precisam praticar a verdade real antes de poderem usar a verdade relativa. Mas sempre tentam inverter o processo. Resultado: sempre tomam liberdades com a sua verdade humana, porque sabem, por instinto, que se trata apenas de uma invenção.O rei achou a explicação complicada demais.
– Uma coisa tem de ser verdadeira ou falsa. Farei as pessoas dizerem a verdade e, com essa prática, elas adquirirão o hábito de ser verazes.Quando se abriram as portas da cidade, na manhã seguinte, uma forca se erguia diante delas, controlada pelo capitão da guarda real. Um arauto anunciou:
– Quem quiser entrar na cidade terá de responder primeiro com verdade à pergunta que lhe será formulada pelo capitão da guarda.Nasrudin, que estava esperando do lado de fora, foi o promeiro a dar um passo à frente.
O capitão dirigiu-se a ele:
– Aonde vai? Diga a verdade; a alternativa é a morte por enforcamento.
– Vou – replicou Nasrudin – ser enforcado naquela forca.
– Não acredito em você!
– Pois, muito bem. Seu eu disse uma mentira, enforque-me!
– Mas isso faria dela uma verdade!
– Exatamente – confirmou Nasrudin -, a sua verdade.16/05/2001 às 22:59 em resposta a: Como ser um filósofo, somente pelo prazer sem recursos financeiros … #73165Miguel (admin)MestreObrigada Fe e Júlio, às vezes certos comentários iguais ao seu servem para lembrármos de que o otimismo ainda existe em nós mesmos, legal sua filosofia. Quem sabe conseguímos um pouco mais além, não é mesmo Fe?
Miguel (admin)Mestrebastante…belo poema
Miguel (admin)MestreQuarta-feira, 02 de Maio de 2001
03:57 h
É a primeira vez que entro neste grupo de discussão e aí vão algumas questões que julgo pertinentes:
É necessário, antes de tudo, conceituar-se violência, e a partir daí decidir de que tipo de violência está se falando. (Ver Nilo Odália e conceitos de tipos de violência).
Outra necessidade é descobrir se a agressividade natural humana gera violência. As opiniões contidas nesta homepage tendem para o lado das desigualdades sociais como causadoras de violência e criminalidade, mas em sociedades igualitárias também há violência e criminalidade, como em Cuba ou sociedades indígenas.
A violência não deve ser discutida como sinônimo, derivada ou derivante de criminalidade. Pois é crime aquilo que uma sociedade decide que deve ser penalizado, mesmo que não haja nesta conduta criminal conteúdos de violência. Ou seja, a violência é uma coisa e crime é outra.
Julgo esclarecedoras a respeito do tem as seguintes obras:À PAZ PERPÉTUA, Um Projeto Filosófico de Imanuel Kant, . Trdaução de Marco Antônio de ª Zingano, L & PM editores, Porto Alegre, 1989.
Democracia, violência e direitos humanos, J. B. Azevedo Marques, Coleção polêmicas do nosso tempo, Editora autores associados e Cortez editora, 5ª Edição, São Paulo, 1991
A Agressão Humana, Anthony Storr, Zahar editores, 2ª Edição, Rio de Janiro 1976
Mundo do Crime, A Ordem Pelo Avesso, José Ricardo Ramalho, 2ª Edição, Editora Graal, Rio de Janeiro, 1983
A Violência no Brasil, Cecília Pires, Editora Moderna, 9ª Edição, São Pailo, 1985
Violência e Cultura no Brasil, Ruben George Oliven, Editora Vozes, Petrópolis, 1989
O Que é Violência, Nilo Odalia, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 6ª Edição, São Paulo 1991
O Que é Crime, João Ricardo Waldomiro Dornelles, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 2ª Edição, São Paulo 1992
Travessia do Pós-moderno nos Tempos de Vale-tudo, Luciano Zajdsznajder, Editora Gryphus, Rio de Janeiro, 1992
Moraes Jr.
Porto Alegre, RSMiguel (admin)MestreBom, escrevi uma resenha de memória (fazem 5 anos que eu li o livro). Muitos dados importantes devem estar faltando. Mas se achar alguma coisa útil, pode usar . Responda dizendo o que achou.
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Resenha de o Mundo de Sofia de Jostein Gaarder, CIA das Letras.
Fórum de Discussão Consciência, Internet, 2001.O romance “O mundo de Sofia” foi escrito por um norueguês, Josteein Gaardner, que durante muito tempo lecionou filosofia para jovens do segundo grau. O livro conta a história de uma adolescente, Sofia, que está prestes a fazer 15 anos em seu aniversário. Como se sabe, a escolha do nome da personagem não é acidental, visto que a palavra sofia em grego pode ser traduzida por sabedoria e compõem em parte, a palavra filosofia.
Por esses dados, logo se vê que o livro foi escrito para aqueles que adolescem. O autor não tinha idéia de que seu livro, projetado inicialmente para um público local e restrito, fosse fazer tanto sucesso. Em parte pela sua história bonita e digierível, em parte pela demanda do grande público em saber filosofia, o livro se tornou um best-seller, atendendo não somente aos jovens, mas também aos profissionais de outras áreas que não a filosofia.
Sofia começa a receber uma estranha correspondência. Trata-se de um curso de filosofia, disposto em ordem cronológica, que após uma introdução, começa a tratar das origens da filosofia, na Grécia, com o conjunto de pensadores conhecidos como “Pré-Socráticos”. O autor do curso se chama Alberto Knox. Durante essa iniciação do aprendizado, Sofia começa a entrar em conflito com seus próprios valores. Ela chega mesmo a contestar a visão da mãe acerca de seus problemas, reividicando uma visão mais abrangente, mais investigativa. O curso vem se somar ao ritual de passagem de Sofia, do mundo infantil para o mundo adulto. Afinal, é com 15 anos que as meninas debutam.
Nestes escritos que formam o curso e que tanto impressionam a personagem estão presentes os resumos clássicos dos tópicos e dos conceitos que remetem ao nome de um autor. Nisto não difere muito das Histórias e Manuais da Filosofia tradicionais, com a diferença que o romance procura condensar esta história em cerca de quatrocentas páginas, muitas das quais dedicadas não ao curso, mas ao enredo do romance. Ao curso de filosofia, se misturam também elementos e analogias literárias e culturais, como referências a chapeuzinho vermelho e uma defesa do papel da ONU em questões mundiais.
O mestre de Sofia, Alberto Knox, é um homem misterioso, que faz questão de separar bem aquela vivência que está proporcionando a Sofia da vivência cotidiana da jovem. Tal artíficio enfatiza a idéia de que a entrada no mundo da filosofia se dá gradualmente, através de um mestre, e muitas vezes somos obrigados a largar nossos preconceitos e idéias formadas para entrar na fascinante e misteriosa arena de idéias que é a tradição filosófica carrega.
Aliás, muitas vezes os filósofos escreveram somente para outros filósofos, desprezando a opinião do vulgo, que não teria as condições ou a posse do arsenal teórico para compreender seus escritos. Foi assim com Espinosa em seu tratado filosófico político, ou muitos outros. No entando, a filosofia sabe que não pode travar um solilóquio, e se ressente desta falta de contato. Com isso, os filósofos encontraram maneiras de estreitar seu contato com o mundo real e com a sociedade. Foi assim com as aulas de retórica dirigidas a público pelos aristótelicos do Liceu, ou com a crítica moderna à escolástica medieval, ou com o filósofo agitador e propgador de idéias do iluminismo, ou com Hume e Kant escrevendo versões simplificadas de seus tratados para serem mais compreensíveis, ou mesmo com Marx escrevendo o seu manifesto comunista ou com Sartre defendendo a figura do intelectual engajado. Mas prossigamos.
O pai de Sofia trabalha na ONU, mas está viajando, numa missão. Ele também escreve algumas cartas para a moça. Há um mistério sobre o que será o presente dela. Quando Sofia encontra pessoalmente o seu Mestre Knox, coisas estranhas começam a acontecer, até que durante a explanação de Knox sobre Berkeley, o autor faz um paralelo entre o idealismo empirista de Berkeley que remete a Deus, a realidade manipulada que dá indícios no livro. Alguns desses sinais são as incongruências e descontinuidades que aparecem na vida da personagem, como o computador de Knox que parece adquirir vontade própria.
O autor usa, é claro, aquele velho recurso do livro dentro do livro, como se observa em outros lugares, como “A História sem fim”, de Michel Ende. Sofia descobre estar ela própria dentro de livro, e o autor do livro é seu pai, virtualmente um Deus desse mundo fechado. Mas o que aparece é que o próprio pai dela é um personagem. O desfecho do livro então, é meio inseguro, cambaleando entre um surrealismo insólito e o tradicional fim a la Alice no país das Maravilhas. Mas você terá de ler para saber.
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