JOÃO ANTÔNIO RODRIGUES DE CARVALHO

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)

JOÃO ANTÔNIO RODRIGUES DE CARVALHO

Nasceu entre 1780 e 1790, no Ceará, e faleceu a 1 de dezembro de 1840.

BIBLIOGRAFIA

Congratulação a sua alteza real o príncipe regente, pela restauração do Portugal — Rio de Janeiro, 1808, 7 págs.

Ode ao faustíssimo dia 31 de julho, aniversário de S. M. a Imperatriz. Etlo de Janeiro, 1830, in 4.°.

Projeto de uma estrada da cidade do Desterro às Missões do Uruguai, o de outras providências que devem servir de ensaio ao melhoramento da provinda de Santa Catarina; escrito em novembro de 1824 — Publicado na "Rev. do Inst. Hist.", tomo 7.° ou 8.°, 1845, págs. 534 a 550 (n.° 14.133 do Cat. da Exp.).

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Exerceu a carreira da magistratura e dedicou-se à politica. Na primeira chegou a ocupar um lugar no supremo tribunal de justiça. Na segunda, desenpenhou o mandato de representante da sua província na Assembléia Constituinte, sendo mais tarde eleito senador e escolhido na lista tríplice.

Foi o primeiro presidente da província de Santa Catarina.

Figura como poeta, por só haver escrito uma ode, além de um discurso e da memória justificativa de um projeto de estrada, ligando a cidade de Desterro às Missões do Uruguai.

JOÃO PAULO DOS SANTOS BARRETO

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a 28 de abril de 1788, e faleceu a 1.° de novembro de 1864.

BIBLIOGRAFIA

I) Bajazeto: tragédia de Racine, traduzida em verso português. Lisboa, 1822, 123 págs. J. A. Cabral de Melo afirma, no "Dicionário bibliográfico português", tomo 10.°, pág. 324, que a obra não é do General Santos Barreto, porque apre

senta no fim da data: "Abrantes, 30 de janeiro de 1820". Barreto achava-se. então, no Rio de Janeiro. O geógrafo Balbi dá notícia da obra como sendo do autor brasileiro, que se achava em Lisboa no ano de 1821.

2) Memória sobre a trigonometria. Rio de Janeiro, 1823.

3) Elogio a D. Pedro I em seu regresso da Bahia, em 1826. Escrito em verso solto. Encontra-se no "Florilégio da poesia brasileira", de Varnhagen, tomo 3.", pág. 92.

4) Parecer da Comissão nomeada por aviso de 29-10-1825. Rio de Janeiro, 1836, 28 págs. (n.° 8.258 do Cat. da Exp.). Deixou, ainda, relatórios e outros trabalhos oficiais, publicados e inéditos (vide n.u 2.783, 8.471 e 19.683 no Catálogo da Exposição).

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Entrou para o exército, como soldado, em 1807; era coronel, em 1826; e galgou outros postos, até o de marechal, em que foi reformado. Comandou o exército pacificador do Rio Grande do Sul, em 1840. Foi lente substituto da Academia Militar, a partir de 1821, e depois catedrático. Exerceu uma comissão científica em Portugal, de onde se transferiu para a França, a fim de fazer estudos práticos de engenharia.

Regressou ao Brasil, quando foi proclamada a independência, e mereceu a nomeação de secretário do conselho militar privado de I). Pedro I. Foi deputado na 6.a legislatura (1845-1847).

Exerceu, várias vezes, o cargo de ministro da guerra, no período compreendido entre 1835 e 1848.

Era doutor em ciências físicas e matemáticas, fidalgo cavaleiro da casa imperial, veador da imperatriz, membro do Conselho do Imperador, conselheiro de guerra e membro extraordinário do Conselho de Estado, dignitário da grã-cruz da ordem de Avis, oficial da do Cruzeiro e sócio do Instituto Histórico.

Reconheciam-no como distinto literato c poeta. Deixou muitas poesias inéditas e publicadas em revistas, bem como artigos em prosa (4).

(4) Vide Lery Santos — "Panteão Fluminense", pág. 553; S. Blake — "Die. bibliog. brasileiro"; J. M. de Macedo — "Elogio histórico" (Rev. do Inst. Hist., tomo 27, pág. 417). Biblioteca Pública/SC

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