Os vulcões – definição, tipos de vulcão.

Os vulcões

Os vulcões são montanhas que vomitam fumo, substâncias calcinadas, turbilhões de fogo ou de pedras, e matérias em fusão, chamadas lavas. O cume da montanha tem uma. abertura, em for­ma de funil, chamado craterai e algumas há que têm léguas de ex­tensão. A cratera comunica com um conduto tortuoso, uma es­pécie de chaminé, cuja profundidade é impossível avaliar. Na Eu­ropa os principais vulcões são: o Vesúvio, próximo de Nápoles; o Etna, na Sicília,; e o Hecla, na Islândia.

Alguns vulcões conservam-se por muito tempo tranqüilos, ou lançam apenas um jôrro de fumo; mas, de tempos a tempos, a mon­tanha começa a rugir interiormente, a estremecer, e logo depois a vomitar torrentes de matérias inflamadas.Para lhes descrever resumidamente os fatos mais notáveis que apresenta uma erupção vulcânica, escolherei de preferência o Vesúvio, por ser o mais conhecido dos vulcões do mundo.

As erupções, ordinariamente, são anunciadas por uma colu­na de fumo que irrompe da cratera, e se eleva, quando o ar está sereno, a perto de cinco quilômetros de altura. Aí expande-se em camadas espêssas que chegam, por vêzes, a encobrir a luz do sol.

A terra ao derredor começa a estremecer e ouvem-se detona­ções subterrâneas, qúe, sucessivamente mais fortes, excedem em pouco tempo o estrondo do trovão mais ruidoso. E’ como se ou­víssemos o troar de muitas peças de artilharia, disparadas sem cessar nos flancos da montanha.

De-repente irrompe da cratera, a uma altura de dois a três mil metros, uma torrente de fogo; a nuvem que paira sôbre o vulcão ilu­mina-se de clarões rubros, e o céu parece de fogo. De vez em quan­do são arremessados aos ares milhões de centelhas de uma luz des­lumbrante, como a do relâmpago, as quais, descrevendo arcos alon­gados, vão cair nas escarpas da montanha. Estas centelhas, que de longe parecem pequenas, são, às vêzes nem mais nem menos do que pedras de volume tal, que poderiam destruir os mais sólidos edi­fícios.

Qual seria a máquina, construída por mão de homens, de fôr- ça suficiente para arremessar a semelhante altura pedras de um tal volume? Pois o que os esforços combinados do homem não obtêm, executa-o a natureza sem esforço, instantâneamente! O Vesúvio vomita durante semanas e meses até, pedras incandescen­tes dêsse volume em tamanha quantidade, que parecem faíscas em fogos de artifício.

Das profundidades sobe pela chaminé do vulcão uma torrente de substâncias minerais fundidas, ou lava, que se estende pela cra­tera, formando um lago de fogo coruscante como o sol. Os es­pectadores que da planície observam ansiosos a marcha duma erup­ção qualquer, são advertidos da chegada das lavas pelo reflexo que elas produzem no fumo que paira nos ares. Quando a lava trans­borda da cratera, o solo estremece de-repente, abre largas fendas com um estrondo comparável ao do trovão e as lavas começam a jorrar, como regatos, pelas fendas do vulcão e vertentes da mon­tanha.

A torrente de fogo, formada duma matéria resplandecente e pastosa, como metal derretido, caminha lentamente, a ponto de poder fugir-se dela, mas devasta e destrói na sua passagem tudo quanto encontra. Ao contacto da lava, as árvores incendeiam-se instantaneamente e abatem, reduzidas a carvão; as paredes, por mais sólidas que sejam, desabam calcinadas, e as rochas, ainda as mais duras, fundem-se ou vitrificam-se.

Mais cedo ou mais tarde a emissão da lava tem um têrmo. Os vapores subterrâneos, aliviados da enorme pressão da massa fluida, expandem-se então com maior violência do que até aí, arrastando

consigo turbilhões de pó, que flutuam em nuvens sinistras e vão cair sôbre a planície adjacente; outras vêzes são impelidos pelo ven­to, até centos de léguas de distância. Por fim, a montanha tranqui­liza-se e tudo entra de novo em repouso por tempo indeterminado.

Há cêrca de 320 vulcões em atividade, espalhados pela terra, e para mais de 400 acham-se extintos ou em repouso.

Fonte: Seleta em Prosa e Verso dos melhores autores brasileiros e portugueses por Alfredo Clemente Pinto. (1883) 53ª edição. Livraria Selbach.

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