A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O NADA E ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE.

A RELAÇÃO
EXISTENTE ENTRE O NADA E ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE.

Autora: Maria Regina Ponte da Silva[1]

Este artigo faz
parte de um dos capítulos da dissertação do mestrado Acadêmico em Filosofia da
Universidade Estadual do Ceará apresentado para obtenção do título de mestre em
Filosofia.

Universidade
Estadual do Ceará -Centro de Humanidades – Departamento de
Filosofia

Orientador:
Prof. Dr. Regenaldo da Costa

RESUMO

Nos momentos de crise existencial o homem pára, percebe que existe algo
errado e passa a questionar suas limitações, consequentemente, ele é tomado pela
consciência do Nada. O sentimento de angústia reporta a realidade de um ser
inacabado, autor de sua vida, embora seja incapaz de construí-la com perfeição.
O Nada é o oposto da plenitude do Ser, farol que indica a distância entre onde nos
encontramos e onde gostaríamos de estar. Desta forma, a consciência aponta e
define o homem como Nada em relação aos seus projetos e seu futuro, reclama insatisfação
com o presente que vive e aspira o futuro que não tem, definindo-se e
situando-se simplesmente como Nada que é e como Ser que gostaria de ser, mas
ainda não é.

PALAVRAS-CHAVE:
Intersubjetividade, angústia, medo, nada, liberdade, ser, ontologia.

ABSTRACT.

At the moments of existencial
crisis the man stops, perceives that exists something wrong and he starts to question his limitations. At this moment, he is taken by
the conscience of the Nothing. The anguish feeling reports the reality of an
imcomplete Being, author of his life, either even so
incapable to construct it with perfection. The Nothing is the opposite of the
fullness of the Being, lighthouse that it indicates in the distance between
where he is and where he would like to be. In such a way, the conscience points
and defines the man as Nothing in relation to his projects and his future,
complains unsatisfied with the present that
lives and inhales the future that does not have, defining himself and placing himself
simply as Nothing that is and as Being that it would like to be, but not yet
is.

A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O NADA E
ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE.

O Nada na
fenomenologia situa-se como dimensão referencial da situação de incompletude
humana. É a fuga do Nada, do vazio que me impulsiona a fugir dele, que me
projeta para a construção de atitudes no eterno movimento transcendente. Quando
o homem aciona sua consciência interrogante esta se depara com o Nada, como
pressuposto de seu projeto de ser. Se o homem é um ser limitado, se ele não
encontra o seu porto seguro, isso se deve ao fato dele ser o oposto da
plenitude do ser, se quiser sabermos quem é o homem, basta verificar esse ser
que não o-é.

O ser não é
recebido de fora, não se conserva por inércia, mas constrói-se a cada dia. Em
verdade, Sartre pretende dissociar o discurso ideológico, funcional e
interveniente nos planos da cultura contemporânea, para fundamentar a
ontologia, desenvolvendo uma verdadeira “ontologia fenomenológica”. Para
descrever esse arsenal teórico, nosso filósofo escreveu dentre outras obras o
ensaio O Ser e o Nada. O foco principal desta obra é a questão do ser
que reclama a constante transcendência em forma de consciência desejante e
intencional (Para-si) ou seja, o homem enquanto se faz carência de ser um ser
completo e satisfeito (Em-si).

O desvelamento do
Nada encontra-se na intencionalidade da consciência, ela quer ser consciência
de algo, e não consciência de nada. É por isso que a consciência pergunta e
avalia. A atitude interrogativa da consciência coincide, de início, com o
comportamento voltado para o não ser. Esse não ser traz o Nada
através de processos interrogativos e negativos, já que o nada deriva da
negação do ser. Conforme Sartre:

“Mas essa negação, vista de mais
perto, remeteu-nos ao Nada como sua origem e fundamento: para que haja negação
no mundo e, por conseguinte, possamos interrogar sobre o Ser, é necessário que
o Nada se dê de alguma maneira[2].”

O não ser é
a distância que define o conceito do Nada. O homem é, primeiramente, o Nada
sentido por sua consciência, através da atitude interrogativa. Em seguida, a
consciência reage intencionalmente em busca de ser o que ainda não é,
realizando o movimento transcendental. Desta forma, a consciência se
exterioriza em direção ao mundo. Ou seja, o Nada consiste no primeiro passo da
identificação do homem que o direciona a fazer-se ao invés de ser. Onde a
consciência começa, localiza-se o território do Nada, enquanto o homem não é,
ou procura ser o que não é, na construção de sua própria essência. Com efeito,
a existência precede a essência. Primeiro o homem existe como nada,
posteriormente constrói passo a passo o esboço de sua vida, definindo a sua
essência. Diferente da dimensão de vazio psicológico ou grau zero, essa fissura
que é o Nada aparece
como um ser que se dirige para frente, com um olhar investigador em direção ao
futuro e concebe-se ontologicamente precedido pelo ser, porque ele não pode ser
concebido fora do ser, mas está contido no mais íntimo do ser. “O nada não pode
nadificar-se a não ser sobre o fundo de ser: se o Nada pode existir, não é
antes ou depois do ser, nem de modo geral, fora do ser, mas no bojo do ser, em
seu coração, como um verme”[3].
É por isso que a consciência pode determinar onde começa e onde termina a coisa
de que ela é consciente.

Onde
está o nada? Quem o faz surgir? Se o homem afeta-se a si mesmo de não-ser e é
capaz de interrogar sobre o ser, isso é, pois, por definição, um processo
humano. “Logo, o homem apresenta-se, ao menos neste caso, como um ser que faz
surgir o Nada no mundo, na medida em que, com esse fim, afeta-se a si mesmo de
não-ser.”[4]

Utilizando-se
de conceitos abstratos, circunscreve-se o seguinte questionamento: o Nada é uma
estrutura do real ou trata-se de uma recolocação metafísca?[5]
Ele não é metafísico e sim subjetivo. A descrição das condutas humanas em
Sartre revela o aparecimento do não ser, na sua origem e negação.

Sartre
mostra como o juízo “Pedro não está aí” se assenta sobre a intuição do Nada,
pois ele está ausente. Na ação de procurá-lo nadifico todo o resto como fundo
ou como realidade percebida que não é Pedro, assim como a observar sua ausência
nadifico a imagem de Pedro. Eis o não ser no mundo: a ausência como um
“evento real”, e o negativo poderá se deduzir em toda a conduta humana.

Por
isso, Sartre avalia a relação existente entre a ausência de alguém e o Nada.[6]
Primeiramente, é preciso entender que a presença confere uma espécie de conexão
entre as realidades humanas e é o fundamental pressuposto do caráter de
ausência. Portanto, ausência é a necessidade da presença. “Estar ausente, para
Pedro em relação a Tereza, é um modo particular de estar-lhe presente”[7].
Isso demonstra que o ser não está localizado em relação às distâncias
longitudinais ou latitudinais, mas em qualquer movimento que eu faça sempre
estarei delimitando minhas distâncias em relação ao outro-objeto. O
outro sempre estará presente, declarando minha contingência objetal[8].
O que acontece quando a consciência capta a ausência? Posso sentir o outro
através de minha consciência sem que, com efeito, ele esteja presente em forma
de existência corpórea.

Uma
das noções mais ricas do nada é a ausência. Vejamos um exemplo que Sartre
resgata dos eventos comuns[9].
Eu tenho um encontro com Pedro no café às quatro. Eu chego à entrevista marcada
com atraso de quinze minutos e Pedro, sempre muito pontual, não está lá. Terá
esperado? “Há uma intuição da ausência de Pedro(…) e a ausência de Pedro é
esse Nada”[10].
O bar com seus clientes, suas mesas, seus copos, sua atmosfera iluminada e
esfumaçada, os ruídos e vozes, os passos constituem a plenitude de ser. A
presença real de Pedro em um lugar desconhecido é também plenitude de ser. Mas
o meu objetivo no bar é encontrar Pedro e todos os outros objetos assumem uma
organização sintética de fundo sobre os quais Pedro deve aparecer. Essa
organização do bar em fundo é uma primeira nadificação. Cada elemento inerente,
pessoa, mesa, cadeira, tenta isolar-se na minha consciência sobre o fundo que
constitui a totalidade dos outros objetos, e recai na indiferenciação desse
fundo, diluindo-se nele. O fundo é objeto de uma atenção puramente marginal.
Essa primeira nadificação de todas as formas que aparece como fundo é a
condição necessária para a aparição de Pedro. Sou responsável pelo contínuo e
sucessivo desvanecimento de todos os objetos do bar, em particular desse rostos
que por um instante me retêm (“Será Pedro?”) e que se desvanecem em uma palavra
“não”. Isso significa que Pedro está ausente em todo o bar na sua evanescência.
O bar mantém-se como fundo. É Pedro que se destaca como nada sobre o fundo
da nadificação do bar.
Eu espero para ver Pedro e a ausência se apresenta
como um evento real, uma relação primeira entre mim e o bar. Entre mim, Pedro e
o bar, há uma relação com o ser, sem o qual a constituição da ausência é
impossível. Por exemplo, quando observo “Wellington não está no bar” esta
ausência não implica nadificação. Por que a falta de Pedro provoca nadificação
e a de Wellington não? A partir do momento em que o encontro é acordado entre
mim e Pedro, minha consciência se faz como espera. Essa consciência de espera
só encontrará o seu pleno contentamento quando encontrar com Pedro às quatro
horas. A espera é a tentativa de um equilíbrio entre a certeza absoluta de um
lado e a total falta de certeza de outro. Se afirmo Pedro não vem, eis a morte
da esperança. Essa consciência de crença é provisória e mantém seu prazo
delimitado. Ela se prolonga na ausência se Pedro não está e não vem e na
substituição se Pedro cumprir a promessa. Eis que Pedro não vem, agora a
consciência da ausência interroga cada objeto do bar sobre a presença de Pedro
e se estende no fundo, escapa a atenção dos outros para Pedro aparecer
magicamente. E a consciência de crença conserva o Nada em regime de espera. As
coisas parecem zombar da consciência enganada que substitui a consciência de
espera. Eis como sou sem Pedro, pois antes de tudo Pedro ocupava o lugar
principal. A ausência é uma maneira de substituir o presente. Essa fertilidade
do conceito do nada apresenta-se como a dialética da presença e da ausência. E
o ser esperado habita na consciência como lembrança.[11]

Para
Sartre, o homem é um ser-no-mundo, considerado não de forma estática,
mas pleno movimento em constante ascensão; primeiramente é apenas Nada e
constitui sua formação diante desse nada que é, porque a priori ele é um ser
indeterminado e por isso vive insaciavelmente à procura de sentido, valorizando
cada experiência na edificação de sua vida. O Nada coloca o ser e a consciência
em questão. E a realidade humana é contornada pela forma como o Nada aparece
no mundo: a própria falta. O Nada é o fanal que está à frente, acenando a
todos. Por ser vazio, ausência, indefinição, ele suscita em nós um misto de
terror e desespero pelo mistério que encerra e pela possibilidade que temos de
enfrentá-lo.[12]
Com efeito, há um desejo de deixar de ser um nada. Esse desejo encontra-se
inserido no ser da realidade humana, devido à sua incompletude e
indeterminação. Conforme Sartre:

“A realidade humana é sofredora em
seu ser, porque surge no ser como perpetuamente impregnada por uma totalidade
que ela é, sem poder sê-la, já que, precisamente, não poderia alcançar o Em-si
sem perder-se como Para-si.[13]

É através dessa nadificação que o Para-si surge com o
ímpeto de se tornar um Em-si. Esse é o fundamento do Para-si na
perseguição do ser que ainda não é, de tal modo que o Para-si tenta
realizar um Em-si, já que o ser é um ser-Em-si. Entretanto, o ser-Em-si
e o ser-Para-si são incompatíveis (…)É impossível a síntese do Para-si
com o Em-si [14].
Então o que somos? Uma infinidade de possibilidades, porque o sentido do
Para-si é complexo e não pode ser contido em fórmula. Daí a angústia, na medida em que não sou suficientemente preparado para esse
futuro que tenho-de-ser, restando-me apenas este ser de sentimentos em
conflito.

Com efeito, esta é a característica da realidade humana[15].
Porém, esse desejo pode alterar-se e tornar-se frustração porque a condição de
plenitude absoluta é inatingível. “Um nada que me isola, impede-me de sê-la,
permite-me apenas julgar sê-la ou imaginar que a sou”[16].
Enquanto o ser-Em-si é o próprio ser farto de si, encerrado em sua
plenitude e positividade, o Para-si é marcado pela negatividade do ainda
não ser. Ele é o extremo desejo do Em-si porque ele ainda não é, ele é o
Nada, querendo ser pleno e satisfeito. “Mas a consciência não se transcende
rumo à sua nadificação, não almeja perder-se no Em-si da identidade no limite
de seu transcender. É o Para-si enquanto tal que o Para-si reivindica o
ser-Em-si”[17]
.

A procura pelo
sentido das coisas e da vida se efetiva em nosso âmago porque somos um ser-Para-si[18],
ser que questiona, que indaga, que se impressiona com a realidade e com nossa
subjetividade. O ser-Para-si é insatisfeito porque quer ultrapassar suas
próprias fronteiras. Ele é algo que constrói a si mesmo. Atividade,
indeterminação e incompletude definem nossa própria liberdade. Desta forma, o
desejo de ser é alimentado por aquilo que é um Nada. “A realidade humana
é, antes de tudo, seu próprio nada.”[19].
É por isso que o homem precisa do outro como o nada que cria condições para
tornar-se livre, portanto, é carência, ausência e vazio.[20]

O Para-si nada
mais é do que a pura relação com o Em-si. Enquanto o Em-si é
plenitude absoluta, o Para-si é finitude, uma realidade humana que
existe essencialmente como carência, desde a origem ligada ao que lhe falta por
um nada.

Sartre denomina de
‘Circuito da ipseidade’ a relação do Para-si com o possível que ele é, é o
movimento do Para-si em busca de sua transcendência, na medida em que o
objetivo do homem é a própria projeção ao querer ser, em busca de uma
unificação do Para-si com o Em-si, essa é a verdadeira natureza
do Ego, da realidade humana. É desta forma que o homem percebe que é livre para
escolher o projeto de sua vida.

Com efeito, o
homem tenta segregar o nada, através de atitudes representativas como na má-fé
(a suposta seriedade, a dissimulação), ou com outras posturas como a liberdade.
Quando o homem se coloca fora do ser, à distância, constituindo-se como ser
consciente em relação ao seu passado e se separando dele por um nada, tal
procedimento é chamado por Sartre de liberdade. “A liberdade é o ser humano
colocando seu passado fora do circuito e segregando seu próprio nada.”[21]
Mas a liberdade sartriana não é dada como uma faculdade da alma concedida por
uma subjetividade inata a ser descrita isoladamente. A liberdade não está
inserida como propriedade da essência humana, mas é através dela que a essência
humana se torna possível. Por isso, a liberdade não pode se diferenciar do ser
da realidade humana. “A liberdade humana precede a essência do homem e torna-a
possível: a essência do ser humano acha-se em suspenso na liberdade. Logo,
aquilo que chamamos de liberdade não pode se diferenciar do ser da ‘realidade
humana’.”[22]

Desta forma, o
existir permanece eternamente no constante jogo que se submete o ser-Para-si,
na fuga do Nada, coloca-se na projeçao de um alcance inatingivel do ser-Em-si.

Autora

Maria Regina Ponte da
Silva

Graduada em Filosofia –
UECE – 2001

Mestre em Ética – UECE –
2003

Dissertação: O Outro em O Ser e o Nada de Jean-Paul Sartre

Professora universitária
– IESC, UVA, FAECE, FAFOR, UNICE.

Professora de Filosofia
do Colégio Militar de Fortaleza.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ. Pró-reitoria de
pós-graduação e pesquisa. Normas para organização, redação e apresentação de
trabalhos científicos


[1]
Prof. Ms em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará.

Atualmente ensina Filosofia nas Faculdades
Particulares. (FAECE e FATECI)

[2]
SARTRE, 2002: 64

[3]
SARTRE, 2002: 64

[4]
Idem, 66

[5]
SARTRE, 2002: 47

[6]
SARTRE, Jean Paul. O Ser e o Nada, p. 356

[7]
Idem, 357

[8]
Para ficar mais visível Sartre escreve em seus romances a descrição dos efeitos
da ausência enquanto sentimento de presença imaginaria. “É isso que me espera?
Pela primeira vez incomodava estar só. Gostaria de falar com alguém sobre o que
está me acontecendo, antes que seja tarde demais.”A náusea, p. 24 ou ainda
“Queria desviar meu pensamento de Anny, porque à força de imaginar seu corpo e
seu rosto, caíra num extremo nervosismo: minhas mãos tremiam e arrepios gelados
percorriam meu corpo. (SARTRE, Jean Paul. A náusea, p. 226)

[9]
Cf. SARTRE, 2002: 50-51

[10]
Idem, p. 50

[11]
Cf. TROGO, Sebastião. Kriterion, Revista de filosofia: Le Problème
d’Autrui,UFMG, n° 72, 1984 p. 85

[12]
“O nada é algo como uma secreção do homem possibilitada pela consciência. O
paradoxo da realidade humana lhe advém dessa singular unidade entre o ser e o
nada; o homem é ser habitado pelo seu próprio nada, e que permanece em sua
negatividade” BORNHEIM, 1971: 44

[13]
SARTRE, 2002: 141

[14]
SARTRE, 2002: 140-141

[15]
O homem, como concebe Sartre, primeiramente não é nada, mas encontra-se lançado
no meio do mundo. A realidade primeira é a sua existência, situação fática que
ele descobre e assume conscientemente. Por isso, o existencialismo prega que “a
existência precede a essência”, entretanto antes do homem estabelecer-se, ele
surge, e descobre-se no mundo onde está inserido, ou seja, ele existe para
definir-se. Com efeito, a essência do homem não é inata e sim algo que se
estabelece a partir de sua existência.

[16]
SARTRE: 2002: 107

[17]
Idem, p. 140

[18]
O para-si fundamenta-se a si como falta de ser: está determinado no seu ser por
um ser que ainda não é. (JOLIVET. As doutrinas existencialistas, p. 204)

[19]
SARTRE, 2002: 139

[20]
A realidade humana não existe, portanto, senão como carência, não começa
primeiro a existir para depois vir a ser falha disto ou daquilo; é
essencialmente carência e, desde a origem, encontra-se sinteticamente ligada
com o que lhe falta. (JOLIVET. As doutrinas esxistencialistas, p. 205)

[21]
SARTRE, 2002: 72

[22]
SARTRE, 2002: 68

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