Ariadne

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  • em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86131
    Ariadne
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    “Liguei as privatizações ao neoliberalismo, e não diretamente à “crise americana”, que se tornou global. As privatizações representaram interesses dos grandes conglomerados empresarias do mundo, já que as nações, o nacionalismo, os estados, mostraram-se já empecilhos ultrapassados, desnecessários para a grande exploração global. ” -- Então vc não estaria, nesse caso, simplesmente demonizando o neoliberalismo? A radicalização do pensamento liberal levou à desregulamentação excessiva. Mas a mera aplicação de alguns principios liberais, como as privatizações, TROUXE inúmeros benefícios a diversas economias, inclusive a brasileira. Se os interesses dos grandes conglomerados empresarais do mundo convergem com os interesses nacionais, não há motivo racional para se opor, a não ser motivaçãoes estrigamente ideológicas? E o que vc chama de exploração global foi o que levou países desenvolvidos a transferir plantas fabris e tecnologias para países em desenvolvimento, com mão-de-obra barata, que, assim, assimilaram e incorporaram novas capacidades e tecnologias, tornando-se, como no caso dos asiáticos, mais que meros exporatadores de commodities... Desculpe, mas minha impressão é que vc está vendo essas questões com certa parcialidade. De qualquer forma, espero que possamos continuar outra hora, porque agora preciso dar um jeito de pegar no sono.  Boa noite. 

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86130
    Ariadne
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    “Ariadne, interessante a mensagem, mas não cheguei a entender se você aceita uma outra conceituação de ideologia que não seja “negativa”. ” -- Considero ideologia uma forma de estruturação do pensamento que tende a distorcer os fatos com propósitos políticos. Nesse sentido, é negativa, contudo, não a associo a um grupo social em específico, uma vez que há uma profusão de ideologias, nos mais diferentes segmentos da sociedade. Agora, sobre a "sociedade de informação" não sei se posso concordar. A explosão de acesso à informação não foi acompanhada pela diversificação de pensamento. Na verdade, com toda essa diversidade, a estrutura e as idéias se repetem monotamente, simplesmente porque o estudo sério, a dedicação etc. levam tempo, e o raio do foco da atenção tem ficado mínimo, ou seja, é tanta informação que as coisas são vistas rapidamente, para em seguida passar a outra explosãozinha aqui e ali, e fica tudo na superficialidade. -- Mas essa explosão é suficiente para a reprodução acrítica de ideologias e mitos ideológicos viciados... O debate crítico não é mais praticado, e posturas são transformadas em imposturas e reproduzidas segundo o estrategema de quem realmente detem o poder. -- Não necessariamente de quem detém, mas de quem anseia pelo poder ou mesmo simplesmente ambiciona alguma cota de poder. Um bom exemplo seriam as campanhas publicitárias como as do banco itaú, que põe cartazes dizendo "feito para os baladeiros", feito para os "rappers", para os "boys" etc. Todos servem ao grande capital. E a camiseta do che guevara, os ícones da contra-cultura, são apropriados pelo inventário que buscavam criticar, transformados em opções de consumo e lazer. Posicionamentos autênticos são "estilos", mas vá questionar algo realmente, vai ser diferente realmente, para ver o que acontece!? Simples: exclusão. -- Essa é uma interpretação bem frankfurtiana, mas eu costumo ver uma certa inversão nessa lógica, uma vez que não identifico servilidade ao capital entre muitos desses grupos, pelo contrário, o capital é que os serve e a seus interesses, nem sempre tão nobres quanto anunciados... Identificar as intenções por trás do discurso é bem mais difícil do que identificar as intenções anunciadas por meio do discurso. Esse é xis da questão... Além disso tivemos um desmonte feroz da educação, da formação com base no humanismo clássico, nas sólidas bases e alicerces do pensamento, para uma educação voltada para uma babel degenerada de uma sociedade de consumo egoísta e competetiva, ou seja, para suprir vagas de "mercado" onde as carnes disponíveis tem que entrar na máquina de moer e gerar lucro dos detentores do poder, com profissões relevantes como "designer de unhas" e "passeador de cachorro" etc. -- Concordo plenamente. Veja no jornalismo. A grande mídia é controlada por poucos grupos, isso globalmente. O noticiário é totalmente ideológico, tanto no foco da notícia quanto no tratamento. O talento é sufocado para dar lugar a engomadinhos adequados e a-críticos. -- Aqui discordo, pois conheço bem a imprensa, ao menos a brasileira, tenho parentes que atuam na área, e sei que ainda é representada pelas mais diferentes correntes de pensamento, ainda que seja controlada por poucos grupos... Quanto ao "proletariado" fazer isso, penso que você tem razão. É como eu já disse, a pessoa é de oposição enquanto está sem a fatia do bolo, quando consegue, quer manter, excluindo outros. O bom é mandar, viajar, ter serviços etc. Acho que o PT foi um bom exemplo disso. A pessoa se "nobiliza" pela ascenção ao poder. O povão aliás é conservador em maioria, admira e quer ser da elite. -- Pois é, mas me parece que não necessariamente pelo povão ser manipulado para isso e sim por não ser educado, como toda a população, para ter outras aspirações além de acumular bens de consumo...

    em resposta a: Estabilidade no serviço público #86254
    Ariadne
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    “Ariadne, antes da chamada “crise”, houve mais de uma década do chamado “neoliberalismo” que dizia que o negócio era apequenar o Estado, que o Estado é oneroso, isso e aquilo, que o negócio é a liberdade de mercado. As mudanças estruturais do FHC, a privataria, que entregou o lucro dos os serviços públicos ao lucro de máfias internacionais, foi feito tomando como base esse discurso, via equipe de economia da PUC-RIO, doutrinada nos EUA.” -- Miguel, discordo totalmente disso que escreveu. A crise atualmente enfrentada pelo mercado americano não tem qualquer relação com o processo de privatizações que, no caso brasileiro, foi num cômputo geral dos mais bem-sucedidos. Não sei o que vc chama de privataria, pois as empresas estatais que vc afirma darem lucro davam, na grande maioria dos casos, prejuízos aos cofres públicos e foram muito bem vendidas, quando menos, privatizadas por preços justos, pelo que efetivamente valiam. Como empresas privadas, hoje, além de  não dar prejuízo, rendem uma fortuna em impostos. A crise que começou nos EUA não tem nada a ver com as privatizações. Tem a ver, isto sim, com a DESREGULAMENTAÇÃO do sistema financeiro americano, que é uma coisa totalmente diferente. Você me parece estar fazendo uma confusão, infelizmente, ainda muito comum em debates sobre questões políticas e econômicas, o que leva a posturas radicais, ora atacando as privatizações (que trouxeram inúmeros benefícios onde foram bem realizadas, inclusive no caso brasileiro), ora defedendo a completa desregulamentação dos mercados.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86137
    Ariadne
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    “Sobre a ideologia ela é no contexto marxista, essencialmente negativa. A ideologia é o uso das idéias para a manipulação da consciência. A idéia como unidade deixa de representar a realidade para impor os interesses da classe dominante. Todo o esforço da “tomada de consciência” é, justamente o de “desconstruir” a ideologia. O livro O que é a ideologia? da Marilena Chaui explica bem este conceito importante, e pode ser lido em uma tarde. Tem em ebook na Internet. ” Essa é a visão marxista, reproduzida pela Escola de Frankfurt e representada no Brasil por pensadores como Marilena Chauí. Mas, embora seja um ponto de vista privilegiado e inovador em sua origem, é muito incompleto, especialmente no contexto da sociedade contemporânea atual. O marxismo estabelece vínculo entre ideologia e posturas de classe, identificando como ideologia as justificativas e argumentos impostos pela classe dominante. Isso, do ponto de vista teórico, pode fazer sentido numa sociedade como a do século XIX, caracterizada por um claro dualismo entre burguesia e proletariado. Ocorre que, numa sociedade da informação, como a que vivemos, as estruturas de dominação estão diluídas. O proletariado também produz ideologia e utiliza a teoria marxista para ascender socialmente, encobrindo, por meio dela, seus próprios recursos de manipulação de consciências...  

    em resposta a: Estabilidade no serviço público #86252
    Ariadne
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    “O Estado em si não é um mal. O fato de haverem abusos não quer dizer que não seja algo bom. Afinal, estas soluções não foram pensadas do dia para a noite, o Estado e seus serviços tem razões fortes para existir, tanto em termos teóricos quanto práticos.” -- Concordo que o Estado em si não é um mal. A concentração do poder é que leva o Estado a se trasformar num MAL. "O Estado hoje pesa a produção, o fato de pagarmos 38% do PIB é realmente um grande absurdo, ainda mais que o grosso da grana é mamado pelas tetas da corrupção em vários e vários níveis. Mas a independência do "mercado" também se mostrou mais complicada do que nunca: A crise financeira tem mostrado isso, quando vemos os grandes países capitalistas usarem do poder e recursos do estado para salvar as instituições privadas e os rombos que os tubarões da especulação tem causado à economia real, à vida das pessoas... " -- Há quem já preveja que um dos riscos da atual crise é criar um ambiente favorável ao retorno do agigantamento estatal. No entanto, as medidas tomadas para evitar o colapso da economia mundial não atestam a ineficiência da economia de mercado, mas o erro do excesso de desregulamentação.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86134
    Ariadne
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    Por que não é melhor? Se disser que não acredita que seja viável, eu também perguntarei por que.  Sem essa resposta não há como reforçar a sua e nem a minha opinião.  Bastaria você falar: “Não é,  não sei por que,  e nem quero saber”. Ficaria mais sincero. Ficaria latente também o condicionamento mimético, imperceptível até então. -- Porque não acredito que seja possível fundar um sistema eficiente e funcional partindo do princípio de que as falhas do sistema atual decorram basicamente da instituição de um simples meio de troca, como o dinheiro...

    em resposta a: é a verdade objeto da ciência? #73924
    Ariadne
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    Sim, penso que, independente da chamada crise da verdade em Ciência, o objetivo do bom cientista é perseguir a verdade. Ainda que deva fazer isso consciente de que as “verdades” científicas são provisórias e se apresentam como tal por intermédio dos mecanismos da percepção humana.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86126
    Ariadne
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    Brasil, talvez eu tenha responsabilidade por esse mal-entendido, pois minha intervenção se deu no contexto de uma frase de Marx. Contudo, reitero, não foi em defesa do marxismo e sim numa reação de ataque ao que se convencionou chamar como “desconstrucionismo”. Quanto a suas críticas ao capitalismo, eu também tenho muitas críticas ao sistema e já deixei isso claro inúmeras vezes. Só não acho que vc tenha apresentado uma proposta de um sistema melhor para colocar no lugar, mesmo porque, ao condenar a filosofia capitalista, o que me parece correto, acredita que os males do capistalismo advêm da existência de um meio de troca como o dinheiro, o que me parece extremamente ingênuo e irrealista.

    em resposta a: Por que Marx errou? #73842
    Ariadne
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    Santo Deus, quanta confusão! Brasil, não é a primeira vez que vc interpreta pelo avesso uma mensagem minha. Isso, para mim, é ilustrativo da impossibilidade de entendimento humano, já que o considero uma pessoa intelectualmente preparada: "Agora, minha querida, que eu já sei que a você eu pareço ter espírito de porco, saiba querida "debatedora", que são argumentos o que se espera num debate e não impressões pessoais sobre os debatedores. Este tipo de comentário se encaixa melhor em blogs de fofoca ou coisa parecida. " -- Bem, eu não me referia a você como espírito de porco e a nenhum debatedor em particular. Apenas reagi a uma mensagem sua, que, no meu entender sugeria o compromisso da filosofia com um determinado fim. Quando você escreveu "trasformar em quê" me pareceu tentar dizer que, mais importante do que transformar por transformar, seria ter um objetivo claro de qual a transformação que o ato de filosofar pretende promover. Não era esse, pelo que entendi depois, o propósito de sua mensagem. Mas quando li identifiquei-me com ela, porque eu considero que o ato de filosofar envolve necessariamente, sim, alguma responsabilidade ante a fragilidade da condição humana... Você não precisava fazer tantos rodeios para me chamar de espírito de porco, uma vez que resolveu fazer isso.Já que, categorizar de maneira ofensiva e depreciativa as personalidades das pessoas, ou proferir ofensas sem mais nem menos em meio a um debate, lhe parece algo sensato, então eu me dou o direito de fazer o mesmo. -- Não o chamei de espírito de porco e sim os "desconstrucionistas" cuja filosofia não me parece mais que um exercício fútil e inconsequente... Antes de desconstruir, a meu ver é preciso saber o que é preciso desconstruir e o que é necessário conservar. Do contrário, ao filosofar, se está a retroceder um passo em relação à condição que se encontrava anteriormente, uma vez que construir também faz parte do processo de desenvolvimento humano. Se a relação dialética entre zetética e dogmática é aleatória, gratuita e não racionalmente conduzida então não é filosofia, no meu entender, apenas está a serviço da própria destruição da humanidade.   "Essa sua “argumentação” de “desconstruir por desconstruir” é na verdade o seu “calcanhar de Aquiles”.  Ou você representa alguma corrente que acredita que tudo o que foi proferido por TODOS os filósofos são “sagrados e inquestionáveis ensinamentos”, ou simplesmente você se recusa a raciocinar. " -- Pelo contrário, eu questiono a utilidade prática de certos questionamentos. Para mim, nada é sagrado. Mas existem princípios que considero universais, básicos à manutenção da espécie e que não vejo sentido algum em ser questionados, da mesma maneira como não se questiona se a respiração é necessária à sobrevivência de um ser humano, simplesmente respira-se para continuar vivo.  "Veja aqui um exemplo flagrante de que você se recusa a raciocinar:Citação de: Ariadne em Dezembro 28, 2008, 12:25:15 Na falta de um sistema melhor, não vejo razões para simplesmente sabotar literalmente o que o homem de mais avançado até aqui construiu...Quando você vê alguém criticando o sistema,  é este o teu “argumento”. " Criticar o sistema, pra você,  é "sabotar literalmente"...  Veja só!Assim como neste tópico, você me acusa de “desconstruir” ou “sabotar” coisas em  que você até encontra muitos erros, mas julga essas “coisas” intocáveis.  "Se não temos um sistema melhor, conformemo-nos com o que temos..."  Este é teu argumento! Um argumento que não é de um espírito de porco é de um espírito de ovelha,  daquelas muito bem pastoradas e gordinhas. -- Ao contrário, se eu me recusasse a raciocinar, não teria me manifestado ante a sua posição, mas, como raciociono, optei por relativizá-la. Não estava com isso fazendo apologia do conformismo, apenas ponderando que não basta estar descontente com um dado sistema, é preciso ter algo efetivamente MELHOR e VIÁVEL para colocar no lugar, o que não me pareceu, sinceramente, o caso... Você se pôs a debater comigo no tópico Por que Marx errou   , lá eu dizia que o sistema financeiro consiste num grande engodo onde os lesados são as pessoas em geral,  aqui está um trecho da conversa em que você demonstra uma enorme ingenuidade, pois não raciocina mais além, apenas se atém ao que  lê nos jornais:Citação de: Brasil em Novembro 13, 2008, 09:16:18 Citação de: Ariadne em Novembro 13, 2008, 06:44:37 "as financeiras irresponsáveis devem ser punidas não só financeiramente como moralmente" -- Desculpe, mas o seu discurso me cheirou a populismo. Considero essa discussão muito complexa e dificilmente alguém num fórum de discussão demonstra ir além de achismos, optando invariavelmente por uma das opiniões de economistas e especialistas disponíveis no mercado de ideias. Eu não tenho uma opinião formada a respeito se os bancos devem receber aporte financeiro do Estado, para não falir, mas isso me parece plausível, uma vez que a situação não permite esperar para ver o que pode acontecer e, caso o sistema financeiro quebre, me parece verossímil que todo o resto da economia quebre junto. Fio-me na opinião de especialistas que considero lúcidos e respeitáveis. Mas não desconsidero a hipótese de seus antagonistas estarem corretos. Contudo, tenho um pé atrás em relação a discursos que sugerem que os governos, mancomunados com o mercado financeiro, estão jogando dinheiro público fora. Já ouvi muito esse discurso na época do Proer, como se o programa tivesse sido efetivamente criado apenas para enriquecer banqueiros. "E como você faz para saber se o dono do banco subsidiado pelo governo não é também dono do banco “irresponsável” que gerou a crise? Bancos e financeiras são sociedades anônimas, você não tem como saber quem são os donos, sabe-se apenas quem são os administradores! " -- Não estou dizendo que não, mesmo porque a crise foi gerada pela irresponsabilidade do mercado financeiro. Ocorre que não vejo serventia, diante das circunstâncias, nesse discuso pseudo-moralizador, uma vez que se tenta salvar o mercado financeiro para salvar todo o resto da economia e a falência dos bancos não levar todo o mundo junto para o buraco de vez! No mais, sequer acredito que o prejuízo seja um mecanismo moralizador, como alegam os defensores do liberalismo radical. Não acredito em auto-regulação e num sistema funcionando sem regras. A moralização do sistema é consequência da existência (não excesso) de regras claras sobre como idealmente deve funcionar.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86113
    Ariadne
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    Acho que vc está sendo muito patrulheiro, ao fazer essa pergunta. Afinal, o tópico era sobre o estudo da Filosofia. Além do mais, meu comentário se deu em função de sua pergunta “Transformar em quê?”, que me remeteu à ideia de que a origem da Filosofia está relacionada com um fim, o bem-estar da humanidade em sua ânsia pelo conhecimento da verdade. Baseada nessa noção de que a Filosofia tem, desde as origens, compromisso com o bem-estar humano, fiz as ponderações que julguei necessárias sobre os rumos que a Filosofia vem tomando na chamada pós-modernidade. Simplesmente isso.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86111
    Ariadne
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    Naquele post eu me referia ao DESCONSTRUCIONISMO pós-moderno, não a Marx, que é próprio da modernidade, não da pós-modernidade. Só me referi a Marx no post seguinte e em outro contexto.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86109
    Ariadne
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    “Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo diferentemente, cabe transformá-lo” Brasil escreveuO que eu entendo disto é que Marx tinha uma filosofia social com uma proposta muito clara. Uma doutrina exemplificando como deveria ser. Então ele tinha uma idéia própria, desvinculada dos demais filósofos, com exceção evidentemente dos filósofos que seguiram seus passos.Se ele reconhece que os filósofos interpretaram o mundo de maneiras DIFERENTES e, “cabe” transformá-lo, entende-se obviamente que esta transformação  se dá de acordo e dentro dos parâmetros DA SUA filosofia social e, não respeitando ou "limitando-se" ao que os grandes sábios a duras penas lá atrás construíram de melhor, a fim de promover a evolução da humanidade.Pra quem é seguidor da doutrina marxista, isto está perfeito. Pra quem não é, não está!  É o que penso... Já eu entendo que o compromisso com a felicidade e o maior bem-estar da sociedade e dos indivíduos está nos primórdios da Filosofia. Isso é expresso com máxima clareza por Aristóteles, ainda que do ponto de vista da busca da "verdade". Marx acho que se identifica mais com Ideologia...

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86107
    Ariadne
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    Ou, em outras palavras: falta do que fazer!

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86106
    Ariadne
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    “Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo diferentemente, cabe transformá-lo” O problema é que quando se toma o interpretar o mundo diferentemente como um fim e não um meio para atingir um determinado fim apenas se transforma a Filosofia no mais fútil e inútil dos passatempos. "Desconstruir" por descostruir conceitos que têm importância fundamental à própria viabilização da vida em sociedade equivale a retrocesso, é destruir por puro espírito de porco destruidor tudo o que os grandes sábios a duras penas lá atrás construíram de melhor, a fim de promover a evolução da humanidade.

    Ariadne
    Membro

    “Entendo que o crime não seja fruto direto das “necessidades individuais” (em sentido ariadneano), embora ambos me pareçam ter origem comum. “Será que pode explicar melhor a frase? "Ou seja: entendo que a criminalidade tenha como causa um impulso individualista componente da psique humana, o qual se opõe aos imperativos da consciência social, que ainda está em fase de desenvolvimento. " Não vejo incompatibilidade entre o individualismo e a vida em sociedade, uma vez que a qualidade da sociedade se reflete em bem-estar individual. O conflito só existe quando a noção de individualidade é deturpada, partindo do completo alheamento ao fato de que a sociedade é reflexo da conduta individual de cada um de seus cidadãos. 

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