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ppauloMembro
Com todo o respeito e sem querer ser indelicado, o seu conceito de justiça é completamente descabido, beirando o absurdo.Não pela questão religiosa em si, mas da forma que foi colocado. Vem de lugar nenhum indo para lugar algum.E antes que eu me esqueça, a digníssima colega não colocou o conceito de justiça, mas o que seria justo.Se eu disser aqui o que acho que seja justo, tenho que colocar o que é o conceito de justo ou justiça. O cumprimento dessa tal Lei que você citou não pode ser o conceito de justiça, mas apenas uma conduta dirigida a um justo (sem entrar no mérito, apenas organizando as idéias que você postou).Não se pode confundir condutas com conceitos.Exemplo: Se eu seguir a Lei estarei sendo justo porque a justiça é ... ... (não vale dizer que é seguir a Lei :biggrin_mini2:)
ppauloMembroentão o juiz teria que ser cristão ou algo assim?um juiz ateu seria mais propenso a cometer injustiças?não sabia que o conceito de justiça era apenas um conceito para teístas (aliás se bem me recordo, algumas das piores barbaridades foram perpetradas em nome de um deus - cristão ou não).Poderia postar aqui ou num tópico especifico o seu conceito de justiça? Vai que estamos falando de coisas diferentes...
ppauloMembroagora quem não entendeu fui eu. Qual condição o Estado deve exigir?
ppauloMembroPrezado Umamart,Se seguirmos nesta seara, realmente a legislação seria falha ao permitir o aborto em caso de estupro ou risco de vida à mãe (o que não dá é para ficar numa posição intermediária, ilógica, ou se permite ou se proíbe definindo quando surge o ser humano), mas nos traz o problema das pesquisas com embriões.Existe uma corrente que defende ser possível tal pesquisa, pois o início do ser humano se daria com a fixação do embrião, antes disso o embrião não seria considerado ser humano.
ppauloMembroNos posts anteriores me questionei acerca do início do “ser humano”.Agora, posto uma opinião pessoal minha:Num primeiro momento sou contra o aborto (apesar da surpresa que possa causar aos meus amigos aqui e aos meus colegas do fórum). Vejam bem, que isto é num primeiro momento; uma opinião não definitiva que pode mudar inúmeras vezes ainda...Me explico: Como não tenho condições ainda de definir em qual momento temos aí o ser humano, não poderia ser leviano a ponto de indiscriminadamente apoiar a idéia da legalização do aborto, sob pena de sob outro viés estar a apoiar o homicídio consentido pelo Estado. Neste aspecto, tanto a filosofia como o direito precisarão beber da fonte da ciência e, após termos um consenso científico acerca do tema, trilharmos um caminho filosófico para o tema.Sob pena de sermos partícipes também do que no futuro possa ser constatado como uma forma indiscriminada de holocausto.Quanto ao aborto resolver certos problemas, creio ser um pensamento por demais utilitarista e superficial. Autorizar o aborto por questão de saúde pública... nem sempre o que é bom em determinado momento é o que deve ser feito.De outra maneira, por interesse público, talvez seja melhor exterminar os pobres que têm muitos filhos (me perdoem até mesmo por utilizar isto a título de exemplo), ou talvez a eugenia também seja uma boa idéia... absurdos que nos tornam menos humanos.Em nome do que é melhor já escravizamos negros, índios, já praticamos eugenia e um sem fim de atrocidades.Vejam bem, não sou contra o aborto por questões religiosas, mas tão somente porque sou contra exterminar qualquer ser humano. Na dúvida de quando começa o ser humano, sou contra o aborto.
ppauloMembroPrezado umamart,Mas isso não responde a questão fundamental. Num post anterior vc disse que o ser seria "ser humano" a partir da concepção.Então temos um problema técnico-jurídico se assim o for, pois não pode haver a figura do homicídio autorizado em nenhuma hipótese segundo nossa Constituição. Assim como não há penas capitais, muito menos um dispositivo legal poderia autorizá-la (no caso do aborto em caso de estupro por exemplo ou do descarte de embriões). Veja bem, se considerarmos ser humano desde a concepção, o embrião teria todos os direitos plenos e não apenas a expectativa de adquiri-los pelo nascimento.O grande dilema resta em saber quando o embrião passa à condição de ser humano. Após ser "ser humano" sua eliminação por quaisquer meios implica em homicídio. Antes disso teríamos o aborto. Pela legislação atual essa fronteira se dá com o nascimento com vida do antes feto.O que temos antes disso então? um ser com expectativas de direitos, que são amparados por nosso dispositivo legal. Uma expectativa de se tornar ser humano.Após estas considerações é que poderemos traçar o queremos ou não descriminalizar. Não é o que justifica ou não a gravidez ou a sua interrupção a pergunta que devemos nos fazer, mas sim, quais proteções deve ter o embriao ou feto após a concepção e sob quais critérios.
ppauloMembroSe, o ser é ser humano desde a fecundação, não deveria ser permitido (o que já é) o aborto em caso de estupro ou risco para a mãe…. seria um homicídio permitido…Não sei não... essa idéia de que é ser humano desde a concepção traz enormes problemas, a começar pela manipulação de embriões, não se esqueçam que muitas vezes apenas um é utilizado e os outros descartados... então seria homicídio também...
ppauloMembroE quando passamos a ser “seres humanos”?
ppauloMembroAmigos e colegas,Me filiando à corrente da Acácia (mais pelo livre arbítrio do que pelo cristianismo), devo dizer que seria inimaginável viver num mundo predestinado, à idéia das teorias sistêmicas (trazidas aqui pelo sempre iluminado nairan).O que nos difere da maioria absoluta das outras coisas é exatamente o livre arbítrio. O que nos faz diferente de relógios, animais, sistemas sociais etc. Pode ser que passemos toda a vida (e assim vejamos a morte chegar) numa completa predestinação (que creio seja o destino da imensa e esmagadora maioria). E assim confirmamos a predestinação.Mas, pode ser também, que num lampejo, num instante, nosso livre arbítrio faça a diferença. Neste momento seríamos enfim humanos (como já disse em posts anteriores, assim seriam feitos os heróis, os santos etc ou o nome que desejarem dar a estes).
ppauloMembroBom dia,Caminho trilhado por Nietzsche e sua criação do além do homem (ou super homem), aquele que pisa a decadente moral cristã, a moral dos fracos.
ppauloMembroFácil essa….O que tem mais dinheiro oras....(risos)Abraços,
ppauloMembroÉ a preponderância do suprasensível sobre o sensível no pensamento platônico.Para entender melhor sugiro a leitura de Giovanni Reale, para compreender melhor a segunda navegação platônica.
ppauloMembroColegas,Fazem dias que não posto pela falta de tempo.Já que o assunto saiu um pouco do tópico original, gostaria de respeitosamente fazer um aparte aos comentários do Se7mus e da Acácia:O pensamento filosófico pode partir tanto de uma premissa considerada falsa, procurando demonstrar no caminho filosófico como verdadeira ou, partir de uma premissa considerada verdadeira, procurando demonstrar que é falsa. Ao final, suportando toda ordem de contrariedades resta a conclusão.Não pode ser considerado filosófico o pensamento que parte da premissa que algo é verdadeiro (Bíblia) se ao longo do caminho apenas procuramos demonstrar que é verdadeiro. É uma atitude por demais parcial não permitir sua contrariedade e, com certeza um caminho a passos largos para a escuridão do pensamento.Filosofar é perguntar sem medo das respostas que iremos encontrar.Abraços a todos.
ppauloMembrodeixe ver se entendi… a justiça é a verdade.fulano mata cicrano por causa de uma briga de trânsito.como e quem está apto a exercer qual justiça?Vou piorar um pouco...Xexeu, nascido pobre. Pobre não, miserável... espere, melhor seria dizer famélico, pronto! Então, Xexeu, nascido famélico, quase natimorto, escurinho - e como poderia ser diferente?- o mais novo de doze irmãos, o mais velho com 19 anos já; o pai, filho de retirantes, agora um famélico adulto, sem estudo, sem educação, sem documentos, sem esperança, sem dignidade. Bebe o tanto que o dinheiro lhe permite; dinheiro de bicos de servente. Roubar não rouba, sua índole não lhe permite, mais por medo do que por caráter, e, assim vai tocando sua vida paupérrima.A mãe coitada, engravidou quando tinha treze anos, agora com trinta e dois não sabe ainda ler, mas tem como ela diz "graças ao Lula" seu diploma de primeiro grau que lhe permite trabalhar como faxineira numa empresa chique. Ler não lê porque o diploma veio assim, de cima para baixo... como era mesmo.... cebeja?No barraquinho de madeira vivem assim em quinze, cama não tem, so três colchoes surrados. Do mais velho a mãe já cansou de chorar, vive quase sempre preso, nem sabe o que é ser livre.Sentada no colchão velho, olha a tv pequena de catorze polegadas, presente de uma antiga patroa; no noticiário dizem que a lei vai mudar, pena de morte, e seguem-se diversos crimes que serão assim apenados. Sem muito entender, apenas sabe que haverá pena de morte. Olha pro lado... Xexéu chorando de fome, tristeza no coração, pensa que pode ser melhor mesmo essa tal pena de morte... diminui o sofrimento... diminui a agonia...Essa é a verdade... e onde fica a justiça?
ppauloMembroE o que seria essa justiça?
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