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ppauloMembro
Apenas complementando, usei a imagem do herói para o livre-arbítrio porque ele é aquele que toma uma decisão, de uma ação ou omissão que contraria o senso comum (da genética e da herança sócio-cultural) e sua decisão é a decisão difícil, que a maioria seguindo o condicionamento genético-cultural não tomaria.Ele é o exemplo acabado do livre arbítrio.
ppauloMembroDiscordo totalmente dos últimos posts do Se7mus.Da maneira como foi apresentado, somos escravos ou de nossa herança genética ou de nossa herança sócio-cultural. Isso com certeza é uma maneira simplista de defender um ponto de vista. Como foi apresentado, realmente não existiria livre arbítrio se assim fosse. Assim como mudanças radicais também não haveriam, assim como os indivíduos tenderiam a ser demasiado homogêneos em uma determinada sociedade. Mas assim não é e a história nos confirma isso assim como nossa razão não aceita tais argumentos.Nosso livre arbítrio e por consequente nossa liberdade existe exatamente pela possibilidade de contrariar tudo isso (e numa generalidade seria o mesmo que dizer que podemos escolher entre o condicionamento genético-social e qualquer outra escolha que fuja disso).Incrível que isso tenha que ser discutido! vejam bem um exemplo simples: está zero grau lá fora, a genética me induz a colocar uma roupa, minha herança sócio cultural diz que não posso andar pelado na rua, mas mesmo assim se assim eu quiser, posso sair completamente despido! apenas porque me deu vontade!Vejam bem, posso passar o dia exercitando aleatoriamente meu livre-arbítrio (tá certo que posso ser preso por isso), posso acordar de manha e refutar tanto genética como heranca sócio-cultural apenas porque QUERO! acordo, em vez de dizer bom dia a minha nãe, dou-lhe uma bofetada, em vez de ir trabalhar fico vadiando, no sinal vermelho passo, no verde paro etc etc etc.Com certeza o viver em sociedade tolhe o livre-arbítrio na medida que seguimos regras. Mas não a aniquila. Do livre arbítrio surgem os heróis todos os dias... surgem até mesmo os santos cristãos.
ppauloMembroMaria esquisita lula é candidata, Dr. José do Morro é candidato, Sra. Margarida Eco Silva é candidata, João Operário é candidato.Notem que todos terão votos, pois os eleitores tem o livre-arbítrio para escolherem. Às vezes fazem as piores escolhas, o que não quer dizer que não exista o livre-arbítrio. Não existe nenhuma mão invisível me obrigando a apertar determinado botão...
ppauloMembroSábias palavras Lekso, quase chego a imaginar que deva ser da área do direito.Para acabar com a criminalidade basta acabar com o Código Penal e com as leis penais esparsas. Crime (nos dias de hoje) é aquilo que a lei diz que é crime. Os abolicionistas (corrente adotada por certos juristas da área penal) defendem ser bastante a reparação civil. A mim, me parece exagero abolir, mas correto seria diminuir (corrente minimalista). Soluções extremas apenas para casos extremos.Querem um exemplo? Para acabar com o tráfico de drogas, basta descriminalizar as drogas! pronto, acabou o tráfico. Obviamente este foi um exemplo hipotético e simplista em suas consequências, não servindo mais do que para um exemplo.Quanto à menoridade penal, sejamos francos, diminuir a idade não resolve, piora.Não temos que imaginar meios de por mais pessoas atrás das grades, temos que imaginar meios de ter MENOS pessoas enjauladas.Mas, como sempre, para a sociedade basta pão e circo. Ninguém deseja as soluções corretas e difíceis, vivemos na sociedade das medidas instantâneas e da espera de resultados também imediatos. Ninguém quer passar pela tal da porta estreita.Precisamos mudar, e não é a maioridade penal que deve ser reduzida, ou construirmos mais prisões.Precisamos construir toda uma nova sociedade no Brasil, uma sociedade comprometida com um viver social. Enquanto imperar o individualismo e a apologia ao "ter" em detrimento do "ser" nada irá mudar.A mudança depende da sociedade querer mudar, não esperar que um governo milagroso se instale e faça o Brasil das maravilhas.
ppauloMembroHumm…. já melhorou…. melhor debater sobre democracia mesmo…..Aliás, pegando carona no post da Acácia, democracia = governo do povo. O que é, ou melhor, quem é o povo?Quanto ao para o povo e pelo povo, são conceitos mais recentes que não estão na origem grega do termo.O conceito de governo do povo traz em si a idéia da vontade da maioria, já que não é possível pensar em unanimidade. Mas, o grande desafio contemporâneo (ou pós-moderno como querem alguns) não é se debater acerca da vontade da maioria, mas sim acerca dos limites a essa vontade e a proteção às minorias e a proteção a direitos indisponíveis até mesmo pela maioria.E antes que eu me esqueça, quem disse que a vontade da maioria é necessariamente a melhor vontade? A própria raiz da palavra vontade já nos remete à idéia de escolher aquilo que seja bom (como já disse em post passado). Sob este aspecto a vontade da maioria deve prevalecer sobre aquilo que seja ético (correto)?abraços cordiais,
ppauloMembroBoa tarde a todos,Respondendo tanto a Acácia quanto ao Se7mus, e, esclarecendo algo que na releitura ficou obscuro:O conceito de correto; correção, que aqui usei é o conceito de por um lado um agir fundamentado num dever ser, numa lei universal que sirva tanto a mim quanto a qualquer outro pela sua generalidade. Um fundamento no agir que se poderia transformar em regra geral - e não aquela baseada na vontade (que é um agir daquilo que eu acho melhor para mim). Por exemplo, não devo matar porque não desejo que me matem, assim como ninguém deseja ser morto (em situações normais e não situações de limite, frise-se) então, não matarr pode ser considerado regra geral de correção. Então, quando alguém me ofende e me faz as piores barbaridades. Neste caso, eu posso ceder à vontade (de matar meu desafeto) o que me torna escravo de minha predestinação; ou, posso ESCOLHER (pelo livre arbítrio) a atitude correta de não matar.Por outro lado, o agir correto, ainda como dever ser, e ainda como regra geral, para maior clareza, é num último momento algo que Aristóteles delineou em Ética a Nicômaco. É o justo meio, o meio caminho entre os extremos.Apesar desta explanação baseada em Kant e com o resgate de um raciocínio Aristotélico, o mesmo pode ser encontrado em diversos outros filósofos (acerca da correção).Pode-se por exemplo resgatar a idéia hegeliana de particularidade e singularidade.Abraços cordiais,
ppauloMembroCom todo o respeito discordo da citação do Se7mus,A liberdade não está na vontade, mas na razão. Seguir a vontade é ser escravo das paixões; a vontade é o desejo do bom enquanto a razão nos diz do bem.O livre arbítrio existe, a predestinação também. O primeiro é a razão e o segundo a vontade.Ser livre é ser livre para escolher o correto. O contrário é ser escravo da vontade.
ppauloMembroAssino embaixo.O eterno retorno de Nietzsche. Uma reflexão belíssima da condição humana.Inserido neste eterno retorno não há como não se enxergar uma atitude plenamente ética.Viver como se este momento se repetisse e perdurasse pela eternidade.
ppauloMembroPrezado Umamart,Desculpe-me mas tenho que discordar de vossa opinião. A questão nunca foi de amor, mas sim, de poder.A relação simbiótica entre o Império Romano já decadente e o cristianismo já liberto de suas raízes apenas judaicas foi sempre uma relação de poder. Tanto o é que, o discurso cristão teve que se adaptar através do apóstolo Paulo para os ouvidos dos romanos da época. Tanto que, apenas os evengelhos que se adequaram a esta realidade compõem a atual Bíblia cristã. Diversos outros ficaram de fora (os chamados apócrifos).Na verdade este espírito de amor fraterno é resgatado pelo humanismo e não pelo cristianismo. O humanismo é que deu um fim aos abusos cometidos em nome de um Cristo. A razão é que nos trouxe à aurora do século XXI, se dependesse da religião, ainda estaríamos nos porões escuros da idade média.Leia os filósofos gregos a partir de Sócrates, tenho a certeza que verá que a valorização do ser humano vem muito antes dos ensinamentos cristãos.A única luz é a da razão. Se alguém mais vir alguma luz, saia da frente... provavelmente é um trem vindo na sua direção.abraços cordiais,
ppauloMembroPrezada Acácia,De maneira alguma desejo faltar ao respeito às suas considerações, por mais equivocadas e fora de propósito que à primeira vista possam parecer à luz de uma análise racional.Mas este último post foi duro, você deliberadamente deu entendimento completamente diverso, alienado a uma continuidade do raciocínio dos posts. Enquanto vc falava de fé, nada contra, estamos exercitando a argumentação.Mas fica muuuuiiiito difícil, beirando o impossível no caso de seu último comentário. Vejamos:Você disse: A tecnologia passou a existir pela fé.... eu disse: fé na ciência, não em Deus. Na tréplica você diz: Ciência que se originou de macacos? de bactérias que evoluiram? Não. Ciência que se originou da árvore do conhecimento do bem e do mal que estava no jardim de Deus da qual o homem tornou-se participante através do desejo de Eva motivado pela astúcia da serpente.Veja bem, o homem surgiu mediante uma simples percepção lógica, antes da fé. Portanto a fé se origina do homem, nada tem a ver com símios, hominídeos, bactérias ou amebas. Quanto a dizer que a ciência se originar da árvore do bem e do mal que estava no tal jardim... da Eva, da serpente e da maçã... não existe nada a comprovar isso... então você voltou a fé para justificar a fé, e pior, para justificar a ciência mediante uma malfadada tentativa desprovida minimamente de lógica de uma concatenação entre ffé religiosa e ciência. Novamente lhe digo que a fé que constrói tecnologia é a fé na ciência.Por último, no caso em que perguntei onde entra Deus na história, era sobre o porque da tecnologia... onde entra o embarca junto com o homem dentro e fora da historia....Estou dizendo que o objetivo da tecnologia é facilitar o dia-a-dia do ser humano.
ppauloMembrocitando Acácia:A tecnologia passou a existir pela fé.fé na ciência, não em Deus...Para quê tamanha tecnologiaNo caso do avião, para poder viajar de avião oras... onde Deus entra nessa história...
ppauloMembrocitando Acácia:A verdadeira fé: " É a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem... Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê".A fé nos faz transpor barreiras, andar sobre as águas, voar pelas nuvens... Tudo o que hoje é visível aos nossos sentidos, foi construído a partir do invisível a partir da nossa fé . E esta mesma fé é a certeza das coisas que esperamos. Se esperarmos boas coisas, boas coisas virão. melhor seria que dissesse assim:A verdadeira fé: " É a certeza PELA FÉ das coisas que se esperam, e a CRENÇA das coisas que não se vêem... Pela fé CREMOS que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê".A fé nos faz ACHAR QUE TRANSPOMOS barreiras, NOS FAZ ACHAR QUE PODERÍAMOS andar sobre as águas, voar pelas nuvens... Tudo o que hoje é visível aos nossos sentidos, ACHAMOS QUE foi construído a partir do invisível a partir da nossa fé . E esta mesma fé é a FÉ das coisas que esperamos. Se esperarmos boas coisas, boas coisas virão. A última parte em negrito merece consideração especial:Se esperarmos boas coisas....( ) boas coisas virão( ) coisa alguma virá( ) coisas ruins virão( ) as coisas apenas virão, quem diz se são boas ou ruins são os humanos na medida que fazem juízo de valor sobre as coisas, elas por si mesmas não tem conteúdo valorativo, como por exemplo uma árvore que cai é apenas uma árvore que cai... dependendo se cair na minha cabeça vou achar que foi uma coisa ruim, se cair na cabeça do meu inimigo, posso achar que foi bom, se caiu na floresta amazônica nem vou saber.... afinal caem diversas árvores todos os dias sem que eu me dê conta...abraços cordiais
ppauloMembroPrezada Sofy,Nesta sua empreitada, seria de grande valor iniciar por definir o que seja consciência. Para um maior rigor filosófico tal tarefa se faz fundamental.A partir de sua definição pode-se escolher um caminho a trilhar neste questionamento.Terei prazer em trilhar contigo este caminho, tão logo poste aqui a linha a seguir.abraços,
ppauloMembroConcordo com o Brasil na concordância com o post do Nairan.Nenhuma fé é tão boa que possa independer da conduta. Em outras palavras falar é facil....Em outras outras palavras, o papel aceita qualquer coisa a ser escrita ou não escrita, tomem por exemplo o papel higiênico...
ppauloMembroNossa nunca vi tanta baboseira junta num so post. Por acaso você tem alguma fundamentação destas afirmações ou é apenas puro delírio mesmo….
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