Respostas no Fórum
-
AutorPosts
-
ppauloMembro
Não o cristianismo, mas sim a moral cristã. A moral dos fracos.
ppauloMembro1- No Brasil suicídio não é crime por não haver tipicidade penal.2- Em algumas sociedade o suicídio foi aceito em certas épocas.3- Em nossa sociedade ocidental existe sim uma forma de suicídio aceita: o sacrifício da própria vida em prol de um fato ou causa nobre.Exemplos do item 3:1- Uma mãe que decide morrer para dar a luz e a vida ao filho.2- alguém que decide morrer para salvar a vida de outros, quando podia escolher viver - exemplo: um barco tem 25 pessoas e está afundando, podem 24 sobreviver, a pessoa tem o gesto nobre de se atirar na água.3- formas de suicídio indireto, quando a pessoa sabe que irá morrer pelas mãos de outros se realizar determinada conduta ou se abstiver de realizá-las. De uma maneira geral, resgatando Kant, a pessoa que comete suicídio direto ou indireto baseado num imperativo categórico em regra tem sua conduta endossada e admirada através dos tempos.Abraços aos colegas e saudações ao colega mass que numa hora bem oportuna deu vida nova aos tópicos!
ppauloMembroDiscurso de posse de Emílio Garrastazu Médici.
ppauloMembroPode começar a contagem1- Presente.
ppauloMembroOlá a todos,Após algum tempo afastado, vejo que os tópicos estão um tanto quanto parados e a balança pende para os gnósticos.Apenas para trazer de volta o tema do tópico, de uma certa maneira não seria o super homem de Nietzsche a barreira a ser rompida para o livre arbítrio?
ppauloMembroPrezado Brasil,Com certeza não. O que é absoluto é o conceito do belo como disse, é aquilo que agrada e é o mesmo para todos. O que é belo, ou seja o que agrada cada um vai variar de pessoa para pessoa, época etc etc. Ou seja, um belo absoluto com certeza é utópico.
ppauloMembro… continuando.E, para mim existe um conceito absoluto ou único do belo por um motivo racional:Se perguntar a ciclano por que acha uma escultura bonita ou feia, ele pode dizer que será mais bonita quanto mais chegar à semelhança com o original, beltrano pode dizer que mais bonito é aquilo que lhe lembra a infância, outro ainda pode dizer que bonito se parecer uma nave espacial. Então, à primeira vista diversos são os conceitos pessoais do belo.Mas, se seguirmos questionando, porque é bonito aquilo que parece com o original, ou que lembra a infância ou que pareça uma nave espacial, a resposta a isso será unânime: porque de alguma maneira dá prazer aos sentidos ver uma escultura que se assemelhe a um conceito pessoal de beleza.Temos aí o conceito absoluto do belo: aquilo que dá prazer aos sentidos. Não importa como será a interpretação individual - carregado do pré-conceito - assim como não importam os elementos inerentes à interpretação presente - conhecimento da obra, acesso à pesquisas, bagagem daquele que interpreta, etc etc.
ppauloMembroNobre colega Brasil,Creio na verdade que não estamos divergindo, muito pelo contrário, já mais convergências do que divergências.Como eu disse antes, não há oposição entre um conceito absoluto de belo e a relatividade entre o que entendemos que é belo ou feio (com certeza se defino o belo, já estou definindo o feio).Mas é bem diferente do que seria um conceito matemático, por exemplo um círculo é algo conceitual. Impossível desenharmos com um lápis um círculo perfeito, exatamente idêntico ao conceitual, mas a aproximação ao conceitual é de ordem quantitativa.No caso do belo (ou feio) a aproximação é de ordem qualitativa e, creio, a maior dificuldade está na própria definição do conceito.Em primeiro lugar podemos abandonar a palavra absoluto e tratar apenas como conceito. Então perguntaríamos se podemos ter mais de um conceito de belo.Veja bem, que por ser conceitual (metafísico, transcendental ou transcendente não importa) é algo que está num dever ser. Não se refere a uma, duas ou infinitas manifestações em particular. Não se refere a dizer que vermelho conceitualmente é uma cor bonita. Veja que todas as manifestações são na verdade apenas manifestações, neutras. No momento em que se caracteriza uma manifestação como bonita ou feia estamos agregando aí um juízo de valor e, este juízo de valor com certeza é referido a um conceito qualitativo, pois, é um juízo acerca da qualidade de algo.Dito isto, resta-nos que a pergunta é se existe mais de um conceito de belo ou apenas um conceito de belo.(continua em proximo post)
ppauloMembro… continuando.Cada indivíduo faz sua interpretação da manifestação (pintura ou escultura por exemplo) e relaciona-o ao conceito do belo.O que é individual neste caso é a maneira pela qual o indivíduo faz sua interpretação, condicionado a fatores culturais, históricos e pessoais que fazem parte de um universo do pré-conceito e com este pré-conceito aliado a eventos presentes (a obra em si mais os elementos presentes à época da interpretação) faz a interpretação da obra - neste caso referido ao belo.Ora, com certeza os elementos pré conceituais e os elementos do presente influem na construção desta interpretação, tanto através das pessoas como através do tempo. Por este motivo tantas podem ser as divergências, mesmo havendo um conceito absoluto de belo. O conceito é do belo e não do que é belo.Espero ter contribuído para a discussão.
ppauloMembroPrezados,Estive sem tempo de postar por estes dias.Brasil: Por estes dias encontro tempo para continuarmos o debate sobre os princípios.Umamart: concordo acerca do caráter absoluto do conceito de beleza.Já entrando na pauta atual (que para variar ja não tem mais nada a ver com o tópico original :biggrin_mini2:)Acho que na verdade não existe essa oposição entre um conceito absoluto de belo e sua relatividade defendida pelo nobre colega Brasil.Uma coisa é o conceito do belo, a outra é a interpretação de manifestações que entendemos como belo, feio, mais belo, mais feio, mais ou menos... nota 6, 7, 8 etc etc. Se tomarmos uma pintura e dermos à avaliação para cem pessoas, para que coloquem notas, com certeza teremos as mais diversas notas. Outra, se para as cem mesmas pessoas perguntarmos porque achou belo ou porque achou feio, teremos também as mais diversas respostas.A explicação não é que não existe um conceito absoluto do belo, mas sim, que o problema reside na INTERPRETAÇÃO.(continua em próximo post).
02/12/2010 às 12:15 em resposta a: Textos dos filósofos do Brasil/Portugal (pra uma estrangeira ) #88474ppauloMembroBom dia!Tanto Brasil como portugal carecem de expoentes na área de filosofia, prendendo-se ora à escola alemã, ora à escola francesa.Do Brasil, a maioria que você encontra são comentários aos filósofos destas escolas que citei.Uma rara exceção é o jurisfilósofo Miguel Reale, mas é uma filosofia do direito. Se interessar, pode ler o livro dele "teoria tridimensional do direito".Também na área do direito tem alguns artigos em português no http://www.ihj.org.br/poa/Espero ter ajudado!
ppauloMembroDesculpem a demora em retornar o post.Vejo que na minha ausência acabamos por nos aproximar nas idéias :biggrin_mini2:Quanto ao seu último questionamento acerca de Heidegger, veja em Ser e Tempo, se puder ter acesso à edição antiga da Ed. Vozes seria ótimo.Quanto ao seu post ao colega umamart, vejo que vc aderiu ao conceito de igualdade... igualdade de direitos, deveres e oportunidades. Esta é a igualdade, ou o que chamam de denominador comum para um mínimo de igualdade.Quando falamos em igualdade humana, por certo que não falamos em igualdade de gostos, opiniões, idéias etc. Com certeza a igualdade não é uma apologia à mediocridade.Ao colega umamart, a equidade a que me refiro é um conceito ligado à idéia de aequitas romana e não ao conceito de justiça aristotélica (vide ética a nicômaco). Ambos, o justo meio e a equidade se completam. O justo meio nas relações entre iguais e a equidade nas relações entre diferentes. Todos tratados iguais por serem humanos, mas a igualdade humana pressupõe uma justiça que possa ser o justo meio, mas também equidade, dependendo do contexto fático. Pois, a justiça não é apenas tratar iguais de maneira igual, mas, principalmente tratar desiguais (em situações de fato) de maneira desigual, com o fim de assim o fazendo atingir uma igualdade.
ppauloMembroPrezado Brasil,Veja que tomei emprestado o termo maioria atemporal dos discursistas apenas como reflexão. Essa maioria atemporal a que se referem alguns discursistas (ou auditório universal entre outros) é em linhas gerais definido como uma maioria que não se define num determinado ponto da história, mas sim, seria a aprovação contínua no decorrer do tempo e tal poderia ser constatado na cultura e nas cartas políticas dos povos (sendo aí tratado como "construção" e não "descoberta").Sob meu ponto de vista, trato como descoberta a partir de um conceito hermenêutico de interpretação do sujeito (vide M. Heidegger, obras gerais), onde através do tempo, vamos interpretando o ser humano e assim desvelando aquilo que lhe é intrínseco, através do círculo hermenêutico (vide Gadamer, em especial Verdade e Método).
ppauloMembropuxa, quase me perdi agora nos posts :biggrin_mini2:E, Brasil, não estou apoiado apenas naquilo que digo. Os conceitos que digo intrínsecos, o são não porque eu lhe digo, nem o seriam se a maioria o dissesse. Assim como a maioria pode estar equivocada. Num post anterior vc disse que apenas 1 ou 2% defenderiam o conceito de igualdade. Que assim o seja, e mesmo assim tal conceito será intrínseco e indisponível.Mesmos que 99% dos seres humanos quiserem deles dispor, não poderão.Algo que Lenio Streck escreveu e que me tocou profundamente foi que uma maioria eventual não tem o condão de desfazer aquilo que foi aceito por uma maioria atemporal (não nestas exatas palavras, mas neste sentido) - mesmo tendo um quê discursista, minha razão não pôde negar tal racionalização.Então, buscando nas teorias hermenêuticas tive a certeza que o que é tratado por maioria atemporal traduz o significado de descoberta de algo que é intrínseco ao ser humano, algo que depois de descoberto não se pode renunciar, sob pena de renunciar à própria humanidade, ou seja, deixamos de ser humanos ao renunciarmos.Tal pode ser comprovado facilmente. Veja se hoje alguém publicamente diz que brancos e negros são diferentes (numa questão de igualdade de capacidade aquisitiva de direitos): não. Mesmo que no íntimo o sujeito não queira isso... mesmo que a maioria não o queira. Com algum tempo espero postar algo melhor que isso que escrevi. Colocarei aqui uma argumentação completa acerca disso.Desculpe-me por esta argumentação incompleta.Abraços,
ppauloMembroPrezado Brasil,Tenho que tais conceitos são sim intrínsecos ao ser humano. O que ocorria na pré-história era tão somente que tais conceitos não tinham sido descobertos-desvelados, assim como os pré-históricos nem tinham noção que a terra era redonda, mesmo ela sendo redonda...Não tinham ainda descoberto os conceitos de dignidade da pessoa humana por exemplo, mesmo tal sendo intrínseco ao ser humano.Este é um dos papéis da filosofia, desvelar conceitos.
-
AutorPosts