umamart

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  • em resposta a: Deus existe? #85740
    umamart
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    Olá Brasil,Posso estar enganado, mas me parece que o senhor ficou bastante irritado com meu último "post", a ponto de insinuar que eu sou uma criança com neurônios a menos a inventar verdades rídiculas e absurdas... Bom, então, vamos mudar de perspectiva.Primeiro, na minha história, ao ser apresentado à igreja e à religião, me deparei com os dogmas. Em um primeiro momento, não me senti bem com os dogmas e não me senti bem com a forma como a igreja conduzia e pregava. Minha reação posterior foi negar tudo aquilo. Aquilo tudo não fez razão nenhuma pra mim, e, portanto, minha primeira reação foi negar a veracidade de Jesus e até mesmo a existência de Deus. Passei então a orgulhosamente me auto-proclamar um esclarecido e consciente ateu, que reconheceu a hipocrisia, a mediocridade e o atraso das religiões e de seus crentes....Só que eu ainda não estava satisfeito, as peças ainda não se encaixavam. Até que um dia eu encontrei alguém com uma visão totalmente diferente do que eu conhecia até então. Até esse momento eu conhecia os religiosos e os anti-religiosos, mas então fui apresentado a uma filosofia diferente, algo que abrange os dois lados e que compreende as duas verdades como parte de uma verdade maior. Neste ponto comecei a tomar consciência da Justiça maior que há no TODO. Comecei a ver que tudo é BOM. Enxerguei que não há certo e errado, o que há é o nível de consciência de cada um. De repente reparei que para mim, o que era certo passou a ser errado e depois passou a ser certo de novo, mas sob uma perspectiva totalmente diferente. Aí Deus começou a fazer sentido pra mim.O meu ponto de vista é de que devemos buscar o esclarecimento através da razão, portanto, partindo desta premissa, voltei a analisar os ensinamentos de Cristo, fui tentar entender os seus ensinamentos e criar uma imagem do que pra mim foi essa mente. Primeiro analisei sua conduta, e concluí que foi impecável, e esta foi a imagem que fiz do contexto. Daí fui ver os detalhes, fui procurar a razão por que Ele disse cada frase, cada parábola...Dentre tantas coisas, havia também esta famosa metáfora: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus". Porque teria Ele dito isso? Seria um simples preconceito contra os ricos? Estaria Ele afirmando que é "pecado" ser rico? Deus não gosta de ricos? Bom, mas se for pecado, por qual razão seria?Analisei o contexto, e vi que Jesus sempre fez somente o bem, falava em amor ao próximo, paz, não era a favor de violência nunca. Ele podia ter usado de seu poder da palavra para manipular e enriquecer, mas não o fez. Nada nas condutas Dele indicava uma mente preconceituosa ou invejosa. Nele só se identifica virtudes. Então, para Ele ter dito a frase em questão, deve ter havido uma razão.Eu cheguei a uma conclusão, que, claro, pode ser parcial. Pode haver mais. Concluí que o problema não em si ser rico, mas sim a consequencia do apego ao poder material que o impede de se libertar do egoísmo, e enfim conquistar um estado de paz, representado na metáfora pelo "reino dos céus". Assim fez sentido pra mim, a Justiça se cumpre por si só.Esta foi a conclusão que eu cheguei, sem desdizer nada do que Ele disse, apenas uma tentativa de compreender o que está dito. Mas, Brasil, estou sempre pronto a rever meus conceitos, e lhe pergunto, na sua opinião, porque Cristo disse:"É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus" ?

    em resposta a: Deus existe? #85729
    umamart
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    Claro Acácia, bater, criticar, é muito fácil e não constrói.Mas acho que vale a pena procurar se dedicar a construir um mundo novo. E, realmente, somente usando as armas da justiça, pode-se chegar a um mundo mais justo.

    em resposta a: Deus existe? #85728
    umamart
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    Não, não é. Isto não está bem entendido. Não é o fato de ser rico o motivo.

    Então o senhor está desdizendo o que disse Cristo e está moldando o significado da frase como o senhor bem QUER!Se Cristo quisesse ter dito isto que o senhor está dizendo, ele teria dito! Não é verdade?

    Mas Ele disse ! Ele nunca disse que é impossível o rico chegar lá. Mas Ele disse que é muito difícil ! Isto é razoável pra mim, por isso concordo. Não estou moldando o significado da frase, estou buscando entender qual é o significado da frase através da razão. E não me parece razoável que Cristo tenha dito que rico não pode ir para o céu, porque é rico e pronto, sem nehuma razão. Sempre há uma razão. Pra mim, a razão é porque o rico, ou boa parte dos ricos, é egoísta, como também são os pobres, mas, para o rico, é muito mais difícil deixar de ser egoísta.

    Claro, há que se refletir tudo! E por reflexão concluí que deve ser sábio encontrar a verdade onde quer que ela esteja.

    Isso é uma sábia maneira de dizer que o senhor segue do cristianismo aquilo que lhe agrada e o que não lhe agrada, não segue e nem acredita, assim como não acredita nos dogmas. Estou errado?No caso dos bens materiais o senhor acha melhor seguir as orientações do Hinduísmo, pois lhe é mais conveniente. Ou então, fazer como o senhor está fazendo agora: Encontrar um outro entendimento diferente para palavras que são claras e enfáticas,  cujo autor, se quisesse dizer outra coisa, teria dito.

    Não é questão de seguir somente o que me agrada, mas de procurar seguir o que me é razoável. Se não me é razoável, tem razão, não sigo. E encontro em todas as igrejas muitas coisas que não são razoáveis, por isso não as sigo. Assim como os dogmas são criação das igrejas e pra mim não são razoáveis, não os sigo. Mas sobre Cristo, até hoje não encontrei nada que ele tenha feito ou dito que pra mim não seja razoável.Brasil, não se trata de conveniência, ou de encontrar entendimentos diferentes, mas do único entendimento a que fui capaz de chegar, pelo menos por enquanto.

    A hipocrisia está em todo o lugar: Nos que se dizem cristãos, nos que se dizem hindus, nos que se dizem judeus e nos que se dizem ateus. Não importa a religião que dizem seguir, a hipocrisia impera no ser humano.

    Então pra quê religião? Então pra quê mestre? Então pra quê doutrina?

    Para as pessoas tomarem consciência de sua hipocrisia, e deixarem de sê-lo.

    Pela ampliação da consciência

    Mas se o senhor reconhece que HÁ IPOCRISIA também no cristianismo, por que achas que alguma consciência está se ampliando com as crenças e pregações religiosas?Em minha opinião, o que elas estão fazendo é alimentar a hipocrisia e, por conseguinte tudo o que é consequência dela.

    Há hipocrisia no que se diz cristão, mas não age como cristão. Não afirmo que há ampliação de consciência com crenças e pregações dogmáticas, digo justamente o contrário, o dogma retarda a evolução.O que afirmo exaustivamente, é que a ampliação da consciência se dará pela razão.

    Precisa ser lógico. Precisa ampliar a consciência. Precisa dar-se conta que egoísmo é ignorância.

    Pois é, meu querido, eu por exemplo, tenho consciência de que egoísmo é ignorância e, não sou religioso e nem sigo doutrinas. Porém eu não posso nem pensar em não ser egoísta, pois vivemos num mundo competitivo! Se eu tivesse a ingênua intenção de não ser egoísta, eu deveria, por exemplo, abrir mão de meu emprego em benefício de outra pessoa... Também poderia esvaziar a geladeira de casa e dar o excesso aos outros. Poderia pegar a poupança de meus filhos e dar a quem não tem nem o que comer... E assim por diante. Só que como eu disse pro senhor, lá no início; eu não levo jeito pra missionário e nem messias. Sou uma pessoa como qualquer outra.Por isso que eu lhe disse que a pregação deveria ser nos ouvidos dos poderosos e não dos cordeiros. Se Jesus pretendeu fazer os pobres entenderem que a humildade e a fraternidade são atitudes sadias, ele deveria pretender fazer isso também com os poderosos, pois quem dita as regras sociais são eles e não os cordeiros.

    Certo, o problema não é o bem em si. O problema é o valor que damos ao bem material. Se ficamos demasiado apegados, nos impedimos de nos libertar e ver o que está além.

    E quem é que detém os bens materiais e perpetua o sistema? Não são os ricos e poderosos? E como eles vão mudar? Com a fé? Penso que não! Pois, já concordamos que a hipocrisia impera. Então, “ampliar a consciência”, não está relacionado com nenhuma religião e sim com a reflexão. Agora, é certo que não são só os poderosos que devem refletir essas questões, todos devem refletir, porém,  se formos fazer isto recorrendo às religiões ou doutrinas, encontraremos muitos obstáculos, como por exemplo, o arcaico e por que não dizer jurássico entendimento que se tinha sobre as questões cosmológicas, sociais, tecnológicas, etc., à época em que surgiram as doutrinas religiosas.Por isso faz diferença acreditar que Jesus era uma santidade ou não. Pois se acreditarmos que ele não era uma santidade, fica mais fácil de compreender que não havia como ele propor o que podemos propor hoje, com o auxílio tecnológico. Fica fácil de entender que um homem raciocina de acordo com o qeu ele conhece e este raciocínio envove tudo o que ele dispõe.Já, se acreditarmos que ele era uma santidade, então nos vemos obrigados a seguir suas palavras ao pé da letra! E isso gera a hipocrisia, pois ninguém pode fazer o que ele fez. Ninguém oferece a outra face ao ser agredido, ninguém abre mão de suas economias para dar aos pobres, ninguém perdoa seus ofensores, ou seja, ninguém faz milagres.

    Tecnologia a humanidade até tem. Tecnologia é ótimo, mas, sozinha, não resolve. Tem que ter consciência ampliada para usar essa tecnologia a favor da humanidade, ao invés de usá-la somente a favor de quem detém a tecnologia.

    Sabias palavras! E acho que o que eu disse acima, pode servir de resposta para essa sua afirmação tão pertinente.Reflita isso...

    Vejamos, você afirma ter consciência de que egoísmo é ignorância, no entanto, acredita que para viver neste mundo é necessário ser egoísta. Então, se egoísmo é ignorância, é preciso ser ignorante para viver bem... Este pensamento é um pouco triste, esta lógica não me parece muito justa. Mas claro, depende do que se considera viver bem. Se está bom pra mim, pra minha família, pros meus filhos, então está tudo bem...Então, pra mim basta ser ignorante.Mas, se eu quiser ser um pouco menos ignorante, eu poderia dar um passo de cada vez. Reconheço que não posso dar tudo, ainda preciso de algumas coisas pra mim, ainda tenho meus desejos, mas, será que posso dar um pouquinho? Será que do meu emprego, das minhas rendas, não consigo destinar uma pequena parte para quem não tem nada? E de mim mesmo, será que posso dedicar um pouquinho da minha atenção para ouvir alguém? Será que sou capaz de falar algo de bom para alguém, pelo menos uma vez por dia?Se todos se ajudassem um pouquinho, se todos dessem de si, um pouco que seja, se essa fosse a qualidade do nosso povo, essa seria a qualidade refletida por nossos líderes.Pra viver em um mundo bem melhor, não perfeito, mas BEM melhor, não é necessário uma sociedade só de messias, ou missionários, basta um pouquinho menos de ignorância.

    em resposta a: Deus existe? #85725
    umamart
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    Acácia,Fé é o ato de acreditar, de dar crédito a algo. Sua fé pode estar consolidada no dogma, ou seja, acreditar porque assim lhe foi dito que é, ou pode estar consolidada na razão, ou seja, acreditar porque para você é razoável que seja assim, é lógico pra você e portanto lhe parece justo. De qualquer forma, tanto maior será a sua fé, quanto maior for a sua convicção. Seja da convicção que você tiver no seu dogma, ou da convicção que tiver nos resultados de suas reflexões.Claro que é difícil mudar o mundo. É muito difícil, porque é difícil mudar o homem. Imperadores ou plebeus é tudo a mesma coisa, são seres humanos, em posições diferentes. A qualidade do imperador é o reflexo da qualidade do seu povo, portanto só há uma forma de mudar a vontade dos imperadores: É mudando a vontade do povo, começando por si mesmo.Para toda grande jornada, por maior que seja, há sempre um primeiro passo.

    em resposta a: Deus existe? #85723
    umamart
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    A questão é se eu uso o meu dinheiro pra mim e só pra mim, e me torno dependente dele, ou eu uso o meu dinheiro para fazer o bem?

    Então o seu conceito moral está mais para o hinduísmo que para o cristianismo. Pois para o hinduísmo o rico é virtuoso se seguir os preceitos éticos, já, para Jesus, só o fato de ser rico já é motivo suficiente para não entrar no reino dos céus. Não é mesmo?   ;D

    Não, não é. Isto não está bem entendido. Não é o fato de ser rico o motivo. Veja, o que significa "entrar no reino dos céus" ? Significa conquistar um estado de paz, e isto se consegue através da ampliação da consciência. Ocorre que quanto mais valor eu dou à minha matéria, mais difícil pra mim tomar consciência daquilo que não é material.

    Agora, esse negócio de “se me faz razão é lógico”, nada mais é que a sua reflexão!! Se o senhor usa a sua reflexão para avaliar o que é lógico ou não, então não há nada a seguir no cristianismo e nem em qualquer outra doutrina. Há que se refletir tudo! E não se orientar em doutrinas.

    Claro, há que se refletir tudo! E por reflexão concluí que deve ser sábio encontrar a verdade onde quer que ela esteja. Concluí que é sábio não me negar nenhuma possibilidade. Concluí também que se não houver mestres, dificilmente, somente por mérito próprio, teria eu condições de concluir coisas cada vez mais sábias.

    A hipocrisia impera no cristianismo. O pensamento ocidental não nega o seu ímpeto materialista e ainda se esconde atrás do “manto” cristão, com suas “verdades relativas”.

    A hipocrisia está em todo o lugar: Nos que se dizem cristãos, nos que se dizem hindus, nos que se dizem judeus e nos que se dizem ateus. Não importa a religião que dizem seguir, a hipocrisia impera no ser humano.

    Não devemos confundir humildade com miséria e ignorância. Humildade é propriedade de fortes, miséria e ignorância é propriedade de fracos. A dança dos poderosos é o ter, enquanto o povo pretender o ter, estará dançando a dança deles. Só será possível mudar os poderosos, quando eles perderem o poder que os encanta.

    E como o senhor acha que isso se dará?

    Pela ampliação da consciência

    Porque o poder da matéria é encantador, é como um feitiço que alimenta seus instintos egoístas. Porque iriam eles tomar consciência do outro como seu semelhante, enquanto a experiência que vivem os satisfazem? Só se for pela meditação, mas aí é mais difícil, mais fácil passar o camelo na agulha...

    Pois é, meu amigo! E não adianta esperar que a “fé” os mude, pois como eu já expliquei na outra mensagem, a hipocrisia impera.  Esperar que a fé faça um poderoso abrir mão de seu poder é o mesmo que esperar o dia do juízo final.  E a gravidade da coisa não para aí na observação dos poderosos, pois devemos lembrar que “vencer na vida” é a aspiração de qualquer cristão.

    Certo, somente fé/dogma não adianta. Precisa fazer razão. Precisa ser lógico. Precisa ampliar a consciência. Precisa dar-se conta que egoísmo é ignorância.

    Não há pelo que lutar! Não há nada a vencer na vida exceto nossa própria ignorância! A vida não é uma luta! Nós é que fazemos com que ela seja uma luta!

    Há muito pelo que lutar ! Você mesmo disse, há que se vencer nossa própria ignorância. Isso não é pouco, não...

    O problema não está nos bens em si, e sim na maneira com que gerenciamos a produção e distribuição dos bens.   Esse conceito moral negativo que se tem sobre os bens materiais, é coisa muito antiga! Coisa da época em que não tínhamos máquinas capazes de fazer o trabalho de 20 pessoas. Não tínhamos qualquer facilidade de comunicação, não tínhamos nem remédios para curar nossas doenças. Esse antigo conceito é da época em que se acreditava que a terra era chata!A atual capacidade tecnológica da Humanidade é capaz de prover vida digna a todas as pessoas do mundo, sem guerras, fome, exploração, injustiças, etc.

    Certo, o problema não é o bem em si. O problema é o valor que damos ao bem material. Se ficamos demasiado apegados, nos impedimos de nos libertar e ver o que está além. Inclusive nos impedimos de ver que existe mais alguém, e que esse alguém também tem necessidades.Não há nada de errado em usar os bens e os confortos que nos proporcionam, mas se vivemos a vida somente para ter e manter os bens, se vivemos em função dos bens, então nos colocamos um limite...Tecnologia a humanidade até tem. Tecnologia é ótimo, mas, sozinha, não resolve. Tem que ter consciência ampliada para usar essa tecnologia a favor da humanidade, ao invés de usá-la somente a favor de quem detém a tecnologia.

    em resposta a: Deus existe? #85710
    umamart
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    Pela “razão” que está contida no cristianismo ou pela razão resultada da reflexão? Porque, em minha opinião, a razão contida no cristianismo, veio da mesma fonte que o dogma. Pois veja; como se faz para saber a razão contida no cristianismo? É preciso recorrer à história de Jesus para se saber das razões ali contidas, não é verdade? Absolutamente TODAS as informações que o senhor tem acerca da “razão” contida na história de Jesus, não são frutos da Antropologia ou da Arqueologia, antes sim, são frutos dos ecritos, baseados em sonhos e depoimentos de sonhos alheios, bem como de profecias mal explicadas, parábolas e mais outros “mistérios” e informações herméticas guardadas a sete chaves pela Igreja.  Ou seja, na mesma história que o senhor encontra a razão de Jesus, o senhor encontra também o dogma.  Não há como aproveitar a razão e afastar o dogma, pois os dois estão na mesma história. Foram mantidos e transmitidos através de ensinamentos e outros expedientes mais - tanto a razão do cristianismo, como o dogma-,  pela igreja que o senhor quer afastar do cristianismo. O senhor diz que o cristianismo é uma idéia... Mas de onde o senhor colheu esta idéia? Não é da mesma fonte que criou o dogma?

    Qualquer verdade, seja ela menos ou mais relativa, pode se tornar um dogma ou pode ser razoável. Depende se eu apenas aceito, sem questionar, então é dogma. Ou se me faz razão, então é lógico.

    em resposta a: Deus existe? #85709
    umamart
    Membro

    Não se trata de "forçar" nada, desde que faça razão. Ser rico não é "pecado".

    Então, ou Jesus não “fez razão” para o senhor, ou o senhor está forçando a barra!  Veja o que o senhor disse em outra mensagem:

    Cristo nunca defendeu a posse de terras e o acúmulo de riquezas. Ele sabia e afirmava que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.

    Se não é pecado, então por que os ricos não entram no reino dos céus?  ;)

    Porque quanto mais rico, maior a tendência de se apegar ao seu mundo material. O poder da matéria encanta. É mais difícil pra ele enxergar além de si mesmo.O dinheiro é como um vício, quanto mais você tem, mais você quer. E você se torna escravo dele.Não é o fato de ser rico que é o problema. Se você for rico e ainda assim for capaz de compartilhar suas posses com a sociedade, melhor ainda.A questão é se eu uso o meu dinheiro pra mim e só pra mim, e me torno dependente dele, ou eu uso o meu dinheiro para fazer o bem? É que quem muito tem, mais difícil de se tornar independente daquilo que tem. Quem pouco tem, pouco tem a perder.Não é Deus (nem São Pedro) que barra a entrada de alguém nos céus, seja rico ou pobre, é o próprio indivíduo que não se permite entrar.

    em resposta a: Deus existe? #85704
    umamart
    Membro

    O cristianismo, que eu chamo de verdadeiro, é aquele baseado na razão, ao invés do dogma

    Mas o senhor conhece a história de Jesus como? Não é através do ensinamento preservado e transmitido pela Igreja ao longo desses 2.000 anos?  O cristianismo “verdadeiro” foi mantido pela igreja que aí está. Não há como desvincular a Igreja de Jesus. Afinal, é na própria Bíblia que está escrito que Jesus fundou uma igreja para levar sua palavra adiante. Por que haveria qualquer diferença entre o cristianismo pregado pela igreja e o seu?

    Por que a igreja se fundamenta no dogma. Não há espaço para questionamento. Eu digo que o dogma retarda a evolução e deve haver a busca pela razão.

    Se é verdade que você considera os ensinamentos de Jesus corretos e apropriados, então já não seria o suficiente para respeitá-lo ou respeitar quem o respeita?

    O fato de não acreditar nas histórias fantasiosas de milagres, curas, ressurreições, não implica em não respeitar Jesus! O que não respeito mesmo são as fantasias e as mentiras. É característica dos cristãos atribuírem desrespeito a quem não acredita em suas crenças... Foi assim que as Santas Inquisições aconteceram...Se para discutir sobre Jesus eu preciso primeiro acreditar na sua santidade... Então não será uma discussão e sim uma pregação.

    Que diferença faz pra você se alguém acredita que Ele seja Filho de Deus, ou não?

    Pra mim, nenhuma. Mas pra quem acredita, faz muita! Tanto que, sou acusado de desrespeitar Jesus simplesmente porque não acredito em sua suposta santidade.

    Da minha parte, pelo menos, afirmo que você não respeita, não porque você não acredita na santidade Dele, mas porque publica coisas como imagens de um jesus armado e bêbado.

    Implantar o conflito, na verdade, foi o objetivo de Jesus.

    Então podemos dizer que isto ele consegui fazer com maestria! Já, convencer aos poderosos, de que os bens materiais não têm valor algum, foi impossível...

    Respondido aqui:http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,2613.msg17674.html#msg17674

    Alguns textos são transcrições de sonhos do autor, ou então transcrições de fatos presenciados, porém não completamente compreendidos pelo autor. É preciso ter discernimento ao ler a Bíblia, para que se possa extrair de lá a Verdade por dentro das palavras.

    Sim, o mesmo eu digo sobre o Mahabharata, a Torá, o Rig-Veda, o Zend Avesta, o Alcorão, etc.

    Perfeito.

    Veja amigo, quando eu escrevi que digo o mesmo sobre os outros livros sagrados, eu queria dizer que se o leitor estiver predisposto a acreditar no que ali está escrito, ele acreditará.Quando se está a fim de “extrair de lá a Verdade por dentro das palavras” acaba-se extraindo algo que faz crer que seja alguma verdade.Basta querer! Mesmo que haja GRITANTES diferenças e contradições nas respectivas orientações, essas incongruências passam desapercebidas em nome de se acreditar em algo que se QUER acreditar. Eu realmente gostaria de saber como o senhor faz para conciliar o “desapego aos bens materiais” pregado pela Bíblia, com o Artha do Mahabharata!! Caso o senhor desconheça, eu lhe explico: No Mahabharata, Artha é uma das três metas da vida humana, junto com o Darma e o kama, e o seu significado é a prosperidade material. Ou seja, segundo o Mahabharata, riqueza é uma das metas da vida humana. O Artha é considerado VIRTUOSO, quando acompanhado de Darma, que é o código de conduta ética e moral do Hinduísmo.  Ou seja, seguindo a “ética”, ser rico é virtuoso. Muito diferente do que prega a Bíblia, naõ é mesmo? Ou será que dá pra conciliar? Bem, se a gente estiver a fim mesmo de concialiar... Acho que até dá... Só que filosofia é a arte do questionamento e não da conciliação forçada de argumentos.

    Não se trata de "forçar" nada, desde que faça razão. Ser rico não é "pecado". "Pecado" é ser mesquinho, e esse é o mal de boa parte dos ricos. Jesus também teve seguidores ricos. Frequentou sua casa e comeu na mesma mesa.Claro que existe uma infinidade de diferenças entre todas as religiões. Cada uma é adaptada ao povo e à cultura a que se destina. Mas no cerne, na raíz, todas falam a mesma coisa. Elas falam que você deve respeitar o próximo, que deve ser humilde, que deve ser responsável, enfim, todas pregam virtudes.

    umamart
    Membro

    Mas isso não é possível ainda, não no nível atual de evolução, e tão pouco era possível a 2000 anos.

    Por isso é difícil acreditar nos milagres, amigo. Multiplicar pães, peixes, ressuscitar mortos, curar aleijados foi possível, já, convencer os imperadores foi impossível.

    Existe o livre-arbítrio... Existe a necessidade...Existe a Justiça...A humanidade está em um processo evolutivo na Terra. O processo da evolução do homem é por conscientização obtida pelos resultados emotivos de experiências vividas, ou por meditação. Não há milagre que promova por si só a reformulação do indivíduo, a não ser pelo milagre de sua própria conscientização. Isso leva a outra questão, que pode ser assunto de outro tópico: Por que Deus já não nos criou perfeitos? Se fossemos perfeitos não haveria necessidade de tanto sofrimento, nem Jesus precisaria ter sido crucificado, aliás, nem precisaríamos de mestres. Nem a Terra seria necessária...

    Veja, amigo, não lhe parecem contraditórias as duas afirmações abaixo?:

    Neste mundo, quem não tem dinheiro, morre de fome ou vive de forma indescente.

    Quem quiser realmente tirar o poder de César, deve, primeiro, deixar de estar sob domínio da matéria

    Quem tem que deixar de estar sob o domínio da matéria são os poderosos! E pra isso, um milagrezinho cairia bem...  É óbvio que todos devem estar livres do domínio da matéria, mas o povo apenas dança a música dos poderosos, apenas cumpre ou tenta cumprir o que lhe é imposto. Apenas age de acordo com as leis e costumes. Quem dita as regras são os poderosos, e estes não foram procurados por Jesus e nem puderam presenciar seus “milagres”...Então, pede-se aos humildes para serem mais humildes ainda e aos poderosos não se pede nada? Você não acha isso muito conveniente aos poderosos? Será que não foi por isso que Roma “converteu-se”?

    Não há contradição. Neste mundo precisamos do dinheiro para sobreviver, mas uma coisa é usar o dinheiro para viver, outra é viver pelo dinheiro.Não devemos confundir humildade com miséria e ignorância. Humildade é propriedade de fortes, miséria e ignorância é propriedade de fracos. A dança dos poderosos é o ter, enquanto o povo pretender o ter, estará dançando a dança deles. Só será possível mudar os poderosos, quando eles perderem o poder que os encanta. Porque o poder da matéria é encantador, é como um feitiço que alimenta seus instintos egoístas. Porque iriam eles tomar consciência do outro como seu semelhante, enquanto a experiência que vivem os satisfazem? Só se for pela meditação, mas aí é mais difícil, mais fácil passar o camelo na agulha...

    Se você disser a César que todo o seu poder não vale nada, que o seu poder sobre a matéria não tem absolutamente valor algum, que tudo que ele sempre acreditou e que é a fonte do poder dele é tudo falso, e pior, que as pessoas não vão mais lhe prestar nenhum tributo, então você deverá recorrer à luta armada para tentar sustentar sua convicção(...)

    Sim, eu e você não podemos dizer isso aos imperadores, mas Jesus poderia tê-lo feito. Por que não o fez? Ao invés de dizer para dar a César o que “é” de César deveria dizer a César, e provar, que os bens materiais nada significavam.

    Acredito estar respondido.

    ou será logo preso e silenciado.

    E não foi exatamente isso o que aconteceu com Jesus?Por isso digo que quem deveria ter sido convencido e convertido eram os imperadores e não o rebanho de cordeiros.

    Não, Cristo não foi silenciado, pelo contrário. Sua voz ressoa pelos tempos, e até hoje permanece. Ainda hoje, Cristo, Suas palavras e as consequencias de sua passagem na Terra são mais fortes do que nunca. Estamos aqui falando Dele, justamente por que suas idéias permanecem vivas. Uns concordam, outros não, alguns entenderam um pouco, outros um pouco mais, mas o conflito está presente, mais presente do que nunca. As idéias Dele estão em movimento, de mente em mente. Alguns tentam lutar contra, outros lutam a favor, outros apenas aceitam. Existe uma guerra dentro de nós. Alguns conhecem os ideais crísticos através de Cristo, outros conhecem os mesmos ideais através de Buda, ou de qualquer outro mestre. Mas a humanidade está em guerra ! As vezes, é guerra mesmo, com arma de fogo, outras vezes, é uma guerra interna, silenciosa. Quem poderia dizer que Cristo falhou, se essa história ainda não acabou? Estamos só começando, afinal, o que são 2000 anos perante o Todo? Se o próprio tempo é relativo.

    Tem que ensinar o altruísmo

    O altruísmo é muito bom, mas não é imprescindível para uma sociedade viver em paz e com conforto, sem usar dinheiro.A palavra chave não é altruísmo e sim responsabilidade. Cada um fazer sua parte: Algo de útil, seja lá o que for. Um gari tem tanta importância quanto um engenheiro. Sem engenheiro não haveria construções e sem gari viveríamos no meio do lixo.

    Sim! Ter a consciência necessária para ser responsável e ser útil na sua função, seja de engenheiro ou de gari. Dar ao outro sem pedir em troca, pelo bem da sociedade. É inteligência. Consciência adquirida pela inteligência. Isto é ser altruísta.

    P.S: Quanto às questões sobre cristianismo e igrejas, há bastante discussão sobre isso no tópico abaixo:http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,2417.msg16959.html#msg16959

    Sim, e a minha última mensagem  no referido tópico ficou lá sem resposta.http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,2417.msg17554.html#msg17554

    Está respondido.

    em resposta a: Deus existe? #85702
    umamart
    Membro

    A Bíblia é o livro sagrado da igreja, não do verdadeiro cristianismo.

    Mas o que é “o verdadeiro” cristianismo? Afinal, se sabemos algo sobre Jesus, penso que a responsável por isso seja a Igreja, ou as igrejas! Ou será que já nascemos sabendo a história de Jesus?

    O cristianismo, que eu chamo de verdadeiro, é aquele baseado na razão, ao invés do dogma.

    Mas, ainda assim, a Bíblia é uma boa fonte de informação. Tem muita coisa na Bíblia.

    Sim, disto eu não tenho dúvidas... Tem muita coisa na Bíblia...

    Que bom que concordamos. Tem mais alguma coisa que você pensou e não escreveu?

    Porém a linguagem da Bíblia é cheia de metáforas e figuras de linguagem.

    Aí é que está o problema! São nas mais variadas interpretações das metáforas que ocorrem as divergências de entendimento. Veja você que os cristãos divergem em vários pontos! Como é possível as pessoas terem fé em algo que não é de comum entendimento? Como posso ter fé em algo que é dito em parábolas, metáforas e figuras de linguagem, e que acabam gerando múltiplos entendimentos? Existem cristãos que acreditam que a mãe de Jesus morreu virgem e, outros não. Como isso é possível?Afinal, se é algo sagrado e serve para ensinar... Então não pode gerar tamanha contradição!Existe até aqueles que têm fé em Jesus, mas não afirmam que este era o filho de Deus enviado para salvar a humanidade. Então eles têm fé em que?Se é apenas nos ensinamentos morais que Jesus passou às pessoas, eu também tenho fé... Ou seja, avalio como ensinamentos corretos e apropriados, apesar de muitos deles serem um tanto irreais.  Até aí não há qualquer conotação de santidade. Outros também passaram ensinamentos morais apropriados.

    Se é verdade que você considera os ensinamentos de Jesus corretos e apropriados, então já não seria o suficiente para respeitá-lo ou respeitar quem o respeita? Que diferença faz pra você se alguém acredita que Ele seja Filho de Deus, ou não? A única razão lógica para discutir uma crença é se em você há um conflito. Implantar o conflito, na verdade, foi o objetivo de Jesus.

    Alguns textos são transcrições de sonhos do autor, ou então transcrições de fatos presenciados, porém não completamente compreendidos pelo autor. É preciso ter discernimento ao ler a Bíblia, para que se possa extrair de lá a Verdade por dentro das palavras.

    Sim, o mesmo eu digo sobre o Mahabharata, a Torá, o Rig-Veda, o Zend Avesta, o Alcorão, etc.

    Perfeito.

    umamart
    Membro

    Eu sinceramente não sei por que o senhor falou em “revolução”. Ora, se o os bens materiais não têm valor algum, então deveriam parar de usar dinheiro e não, dá-lo ao imperador!

    Concordo, deveríamos parar de usar dinheiro. Mas isso não é possível ainda, não no nível atual de evolução, e tão pouco era possível a 2000 anos. As pessoas ainda gostam e querem ter seus pertences. O direito à propriedade é a base fundamental da sociedade, criado pelo homem para satisfazer seus desejos egoístas. Neste mundo, onde a sociedade é egoísta, se não houver dinheiro, ou qualquer forma de escambo, ninguém produz. Neste mundo, quem não tem dinheiro, morre de fome ou vive de forma indescente.Não basta dizer as pessoas: "Vivam sem dinheiro...". Tem primeiro que ensiná-las como é que se vive em uma sociedade sem dinheiro. Tem que ensinar o altruísmo.Para construir uma sociedade onde não existem posses, primeiro, tem que mudar o homem. Porque o meio é fruto do homem. O homem é a causa da existência de uma sociedade corrupta.Para quem quiser mudar o mundo, pouco deverá importar os imperadores e seu dinheiro. O deus de César é o deus dinheiro, o deus matéria. Se você disser a César que todo o seu poder não vale nada, que o seu poder sobre a matéria não tem absolutamente valor algum, que tudo que ele sempre acreditou e que é a fonte do poder dele é tudo falso, e pior, que as pessoas não vão mais lhe prestar nenhum tributo, então você deverá recorrer à luta armada para tentar sustentar sua convicção ou será logo preso e silenciado. De qualquer forma, o objetivo não será alcançado. Você irá gastar todas as suas energias tentando converter o maior díscipulo do deus matéria e dificilmente terá êxito. Como Ele disse, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que o rico entrar no reino dos céus...Não, o caminho deve ser o inverso. O poder da matéria só existe porque existem as pessoas que reverenciam a matéria. César só tem poder, porque as pessoas lhe dão esse poder, ao atribuírem valor à matéria. Quem quiser realmente tirar o poder de César, deve, primeiro, deixar de estar sob domínio da matéria. Aí sim, se você estiver livre! Livre de qualquer dependência, ninguém mais te pega, ninguém te domina! César irá cair, e então poderá ser convertido.Sabe, é o pensamento inverso do comum. Quanto mais você lutar contra o seu opositor, mais força você lhe dará. Quando você parar de lutar, ele cai. Enquanto houver ação, haverá sempre uma reação. Cesse a ação e cessará a reação. Porque a energia da reação advém diretamente da sua ação.Se quiser vencer o seu opressor, pare de lhe alimentar com a sua energia. A sua energia, use-a para alimentar o teu espírito. A matéria, dê pra quem precisa de matéria. Somente quando esta lição for aprendida, poderemos viver em um mundo sem dinheiro.P.S: Quanto às questões sobre cristianismo e igrejas, há bastante discussão sobre isso no tópico abaixo:http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,2417.msg16959.html#msg16959

    umamart
    Membro

    Ok, Brasil, se realmente está encerrando, agradeço a oportunidade de novamente ter me dado a chance de participar com idéias de bondade, justiça e liberdade.Mas, devo fazer as minhas considerações sobre suas últimas observações.Não deve ter ficado bem claro o significado da metáfora "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". A amiga Acácia tentou colocar seu ponto de vista, mas também foi ridicularizada com uma imagem de mau gosto."César", na metáfora, significava o reino material, as propriedades, o poder dominante da Terra. Ao dizer para dar a César o que é de César, Cristo simplesmente dizia que não devemos dar importância ao material, não devemos valorizar a matéria, e, da mesma forma, não tem nenhum valor lutar e se contrapor a quem tem o poder sobre a matéria. Ao invés disso, Cristo ensinava a valorizar o que é do espírito ("a Deus o que é de Deus"), Ele ensinava valores como Temperança, Modéstia, Prudência e Humildade. Ele ensinava a bondade, sendo o exemplo da bondade.Como disse, Cristo não veio para atuar na consequencia, Ele veio para atuar na causa. Não era objetivo dele derrubar o império romano, como queriam alguns de seus seguidores, o objetivo dele era dar à humanidade novas idéias que pudessem gerar um conflito que tiraria o homem de um patamar evolutivo. Ele queria curar o homem, o espírito humano. De nada adiantaria se contrapor à César, porque sempre haveriam novos Césares, enquanto o ser humano for apenas humano.Não é por revolução que se cria mundos melhores. Revoluções apenas substituem um tirano por outro. Um mundo mais justo se cria por evolução. Quando Cristo disse "a César o que é de César", Ele disse NÃO à revolução, e quando disse "a Deus o que é de Deus", Ele disse SIM à evolução.Cristo queria dizer que só tem poder sobre você, quem tem o poder sobre aquilo que você deseja. Se é matéria o que quer César, dê sua matéria pra ele, não valorize a matéria, e então César terá perdido todo o poder de influência sobre você.Cristo sempre defendeu um mundo sem posses. Ele mesmo se destituiu de todas as posses. Ele sempre defendeu o Ser, e não o Ter. Esta foi a mensagem que Ele passou, pra quem o ouviu.Em um mundo justo, não haverá Césares, mas até lá, aquele que mesmo no meio da injustiça, quiser se manter justo, deve dar a César o que é de César.Abraço.

    umamart
    Membro

    Brasil, somente quem sonha pode voar!! Quem não sonha se torna amargurado, ressentido, ríspido.É através dos sonhos que se abrem as portas de um mundo infinitamente maior, mais amplo. São os sonhos que avançam a humanidade. Segundo Einstein, a imaginação é mais importante que o conhecimento. Vivemos hoje em um mundo em que o homem sonhou em ir à lua, sonhou em voar pelos céus através dos continentes, sonhou em navegar sob os oceanos... Quantos sonhos de visionários de suas épocas, que ousaram sonhar com coisas tão improváveis e inverossímeis.Improvável...improvável para quem crê na improbabilidade. Improvável para a religião dos que crêem no nada. Em nosso mundo, o espaço se curva na presença da matéria, o tempo desacelera quanto mais rápido avançamos, a matéria se transfoma em energia... Nada mais é como parecia ser. Não há imutabilidade, tudo é mutável. Até o inverossímel se tornou verdade...Acredita mesmo que deveríamos preservar a existência dos criminosos para assim preservar os empregos dos policiais, juízes e da indústria de armas? Ou preservar a existência dos doentes para poder preservar a indústria farmacêutica? Por favor, isso foi ironia, não foi? Mas de qualquer forma eu não me preocuparia com isso, se por acaso Jesus voltasse não seria para acabar com a fome, com os criminosos ou com as doenças...Ele viria para curar o homem de sua ignorância, ele viria para acabar com os indiferentes à fome, com os arrogantes que geram criminosos e com os hipócritas que exploram os doentes. Ele atuaria nas causas, e não nas consequencias.Mas Brasil, confesso que fiquei surpreso com a bela citação de Jacques Rousseau. Realmente, esta sociedade é baseada em posses, no ter. Imagine uma sociedade onde todos estivessem conscientes de que tudo é de todos. A terra e seus frutos são de todos ! Uma sociedade global onde tudo o que um produzir entregará ao outro para ser consumido, sem pedir nada em troca...Uma sociedade onde as pessoas irão ao trabalho não pelo que poderão ganhar em troca para si, não por um salário, mas trabalharão por terem consciência de sua responsabilidade e da importância do seu trabalho para a sociedade. Imagine uma sociedade baseada no ser... Claro, chame de sonho, de utopia, de improvável. Mas sonhos, às vezes, tornam-se realidade. E se houver pelo menos uma possiblidade desse mundo ser real, então, vale a pena acreditar nele.Um mundo bem melhor só deixará de ser uma possibilidade quando não houver mais ninguém acreditando nele.

    umamart
    Membro

    Brasil, estamos chegando a um ponto muito interessante. Estamos concluindo que pode haver um mundo de todas as possibilidades…E quem pode afirmar que um sonho não é tão real quanto a realidade ao estar acordado? Um sonho provoca sentimentos e sensações tão reais quanto qualquer outra experiência. Quando sonhamos sentimos alegria, tristeza, prazer e medo exatamente, ou, por vezes, mais intensamente do que quando estamos acordado. Estes sentimentos são muito reais. Sentimos mesmo.Você questiona pra que discutir ilusões...Realmente, pra quê? Por isso prôpus discutir em um nível que possa elevar o nível de consciência, sair da superficialidade, para ampliar a percepção do que é a realidade.Qualquer um pode mesmo afirmar qualquer coisa, e, por princípio, qualquer coisa que qualquer um afirmar estará sempre certo, dentro de um determinado nível de consciência. Mas pelo diálogo, ao compartilhar consciências, e pela razão, podemos ampliar o nosso entendimento do todo.Mas esse processo funciona muito melhor se evitarmos o pré-conceito. Ou seja, afirmar que algo não exista sem ter nenhuma evidência ou argumentação de que não exista, é tanto um ato de fé quanto afirmar que exista sem ter evidência ou argumentação de que exista. Portanto, admitir possibilidades é, no mínimo, prudente.

    umamart
    Membro

    Ora, Brasil, não sou um criador de ilusões. Mas, por reconhecer que conheço tão pouco e que minha visão da realidade total é tão parcial, acho prudente considerar todas as possibilidades que se apresentam. Afinal, quem pode distinguir ilusão da realidade, senão aquele que conhece o Absoluto?

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