A MÃE DE OURO – LENDA CAIÇARA

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A MÃE DE OURO

Em Ubatuba, Candinho Manduca, pescador do Perequê–açu, conta que viu a Mãe de Ouro — uma grande bola de fogo — atravessar o céu de um canto a outro; saiu lá das bandas do rio Acaraú e foi cair no morro de Curuçu-mirim.

Outros caiçaras já viram, em noites escuras e sem estrelas, aquela bola incandescente fazer a curva no céu caindo sobre o morro, indicando que ali há tesouro enterrado.

"E pode ser verdade", diz Candinho Manduca: "Ali na prainha, no tempo de dantes havia um casario rico e assobradado ladeando o trapiche. À direita do antigo trapiche há um túnel que atravessa o morro de lado a lado, desembocando na estrada do Perequê-açu. Na metade do túnel, há um salão, onde estão empilhadas canastras e brua-cas cheias de ouro e pedras preciosas. Riqueza tirada da entranha da terra mineira, das lavras e se destinavam ao reino, mas aqui chegando fora descaminhada. Era o contrabando".

"Houve algum contratempo, por isso o tesouro lá ficou escondido. Mas quem há de varar o túnel, moradia das cobras, de outros bichos peçonhentos, encostar-se naquelas paredes de umidade pegajosa e desmoronamentos pelo tempo? Já tentaram, mas não tiveram coragem de chegar até o salão onde a riqueza está guardada. E ela ainda continua, pois de vez em quando há quem veja a Mãe de Ouro riscando o céu e caindo onde está o tesouro enterrado".

Alceu Maynard Araújo — Setembro de 1947.

 

Fonte: Estórias e Lendas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Tomo I. Seleção de Alceu Maynard Araújo e Vasco José Taborda. Desenhos de J. Lanzelotti. Ed. Literat. 1962
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