La Fontaine – fábulas “As rãs pedindo um rei”

As rãs pedindo um rei
La Fontaine

Aborrecidas as rãs do estado democrático, pediram a Júpiter com tanto empenho um rei, que enfim lho transformou em monarquia. Lá do alto caiu-lhe um rei, cidadão pacífico; mas com o barulho da queda afugentou do lodacento reino o povo, gente muito tímida e asna. Escondida nos buracos e no mais espêsso dos jun- cais, por muito tempo se não atreveu a população daquele estado a deitar a cabeça de fora e a encarar de frente aquêle gigante, que tal a julgavam. E, afinal, era, nem mais nem menos, um graveto, que assim mesmo causou não pouco susto ao primeiro súdito que, sain- do lá da toca, se atreveu a fitá-lo. Atrás desta vem outra, vem ter- reira, enfim tôda a nação; e de tal sorte se familiarizaram com o rei, que por último se resolveram a esearr,anchar-se-lhe em cima. O paciente monarca sofreu tudo e conservou-se sempre manso e quedo.

as rãs pedindo um rei de La FOntaine

Nisto novos clamores a Júpiter, bradando-lhe:

“Senhor, por graça especial, dai-nos um rei; mas rei que se mova.”

O soberano dos deuses deferindo 2) -lhes mandou um grou que ms trinca e mata e as vai empilhando no estômago. De novo vão <|iu‘ixar-se aquelas malcontentes a Júpiter, que responde:

“E pretendeis sujeitar minhas leis às vossas fantasias? Pri­meiramente, vós devieis conservar o vosso governo; não quisestes, «’iimpria depois contentar-vos com o rei que primeiro se vos deu, manso, benigno, sofredor. Pois agora acomodai-vos com êste; não meeda que atrás venha outro pior”

Lafontaine. (Tradução e adaptação)

Fonte: Seleta em Prosa e Verso dos melhores autores brasileiros e portugueses por Alfredo Clemente Pinto. (1883) 53ª edição. Livraria Selbach.

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