LUÍS JOSÉ DE CARVALHO MELO (1.° Visconde da Cachoeira)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)

LUÍS JOSÉ DE CARVALHO MELO (1.° Visconde da Cachoeira)

Nasceu na cidade da Bahia a 6 de maio de 1764 e faleceu no Rio de Janeiro a 6 de junho de 1826. Era filho de Euzébio João de Carvalho e D. Antônia Maria de Melo.

MANUEL JACINTHO NOGUEIRA DA GAMA (Marquês de Baependi)

Nasceu em S. João d’El-Rei (Minas Gerais) a 8 de setembro de 1765, e faleceu no Rio de Janeiro a 14 de fevereiro de 1847. Era filho de Nicolau Antônio Nogueira e D. Ana Joaquina de Almeida Gama.

BIBLIOGRAFIA

1) Memória sobre o loureiro cinamomo, vulgo caneleira do Ceilão. Lisboa, Of. Patriarcal, 1797, 38 págs. in 8.°, com uma estampa (n.° 1.776 da Bib. Bras.).

2) Teoria das funções analíticas, que contém os princípios do cálculo dife-lencial, por Mr. Lagrange. Tradução — Lisboa, 1798, in 4.° com 1 estampa.

3) Ensaio sobre a teoria das correntes e rios, que contém os meios mais simples de obstar os seus estragos, de estreitar o seu leito e facilitar a sua navegação, etc., por Mr. Favre, seguido das "Indagações da mais vantajosa construção dos diques", por Mrs. Bossuet e Vialet, e terminado pelo "Tratado prático da medida das águas correntes e uso da tábua parabólica do P. Regi — Lisboa, 1800, in 4.°, com 16 estampas.

4) Memória sobre a absoluta necessidade que há de nitreiras nacionais para a independência e defesa dos estados, com a descrição da origem, estado e vantagem da real nitreira artificial de Braço de Prata. Lisboa, Impressão Régia, 1803, 73 págs. in 4.° (n.° 1.777 da Bib. Bras.).

5) Cultura da granza ou ruiva dos tintureiros, por ordem de S. A. Real…, extraída dos melhores escritos que se têm publicado. Lisboa, 1803, 44 págs. in 8.°.

6) Reflexões sobre a necessidade de meios de se pagar a dívida pública, por um cidadão constitucional. Rio de Janeiro, Tip. Nacional, 1822, 22 págs. in 4.° (n.° 7.060 do Cat. da Exp.).

7) Continuação das meditações do cidadão constitucional a bem de sua pátria, servindo de aditamento às "Reflexões sobre a necessidade e meios de pagar a dívida pública". Rio de Janeiro, Tip. Nacional, 1822, 22 págs. in 4.° (n.° 7.061 do Cat. da Exp.).

8) Exposição sobre o estado da fazenda pública — Rio de Janeiro, Tip. Nacional, 1823, um folheto pequeno de 82 págs. in foi. (n.° 7.103 e 8.298 do Cat. da Exp.).

9) Relatório dos trabalhos do conselho da Sociedade Defensora da Independência Nacional da Vila de Valença desde sua instalação, publicada no dia 17 de novembro de 1831, até o dia 15 de agosto de 1832. Rio de Janeiro, 1832, 22 págs. in 8.°.

10) Projeto de Constituição para o Império do Brasil, organizado no Conselho de Estado sobre as bases apresentadas por S. M. I. D. Pedro I — Rio de Janeiro, 1823, 46 págs. in 8.°. Nogueira da Gama foi um dos signatários desse projeto. Houve várias edições (n.° 9.915 e seguintes do Cat. da Exp.).

FONTES PARA O ESTUDO CRÍTICO

 Barão de Vasconcelos — Arquivo Nobiliárquico Brasileiro, pág. 68.

 Homem de Melo (F. I. Marcondes) — O Brasil intelectual em 1801 (Rev. do

Inst. Hist., vol. 64).

 Joaquim Manuel de Macedo — Ano biográfico brasileiro.

 Justiniano José da Rocha — Biografia, 1851.

 Sacramento Blake — Dicionário bibliográfico brasileiro, tomo 6°, pág. 103.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Era bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra. Alcançou o posto de marechal de campo reformado. Estudou Humanidades em Minas Gerais e seguiu para Portugal com 19 anos de idade, matriculando-se nos cursos de Filosofia e Matemática.

Durante o curso de Matemática, obteve prêmios em todos os exames, apesar de estudar com extrema dificuldade, por falta de recursos. Quis prosseguir nos estudos, dedicando-se à Medicina, de que cursou os dois primeiros anos, mas foi obrigado a interromper o curso, porque foi nomeado lente substituto de Matemática na Real Academia da Marinha de Lisboa, em novembro de 1791. Em 1793 foi promovido a 1.° tenente e em 1798 a capitão-de-fragata.

Lecionou até 1801. No ano de 1803 foi distinguido com a transferência para o corpo de engenheiros.

A sua carreira política assinalou-se como deputado à Constituinte Brasileira, representando a província do Rio de Janeiro. Depois a sua província natal elegeu-o senador.

Foi ministro da fazenda quatro vezes: no gabinete de 17-6-1823, até a dissolução da Assembléia, no dia 21-1-1826, voltando a ocupar a pasta na reorganização do ministério, no mesmo ano; e no último gabinete do primeiro império, que se retirou com a abdicação de D. Pedro I.

Antes de iniciar a vida política exerceu vários cargos e desempenhou muitas comissões. Por despacho de 1-6-1801 foi nomeado inspetor geral das nitreiras e fábricas de pólvora de Minas Gerais, deputado da Junta de Mineração e Moedagem e secretário do governo, cargo este que não chegou a exercer. Foi ainda deputado da Junta da Real Fazenda, na capitania de Minas, e ajudante do intendente geral das minas e metais do reino, encarregando-se da construção de nitreiras artificiais no "Braço de Prata", das quais foi inspetor.

Só a 24-9-1802 veio definitivamente para o Brasil, como deputado e escrivão da Junta da Fazenda.

De 1806 a 1821 passou a vida em Minas, onde exerceu cargos de fiscalização de rendas e despesas.

Em 1809 foi agraciado com a comenda de Avis e, sucessivamente, com o título de conselho e fidalgo cavaleiro da mesma ordem.

De 1811 a 1821 desempenhou as funções de deputado da junta diretora da Academia Militar e inspetor de suas aulas, sem remuneração.

Em fevereiro de 1821 foi nomeado membro e secretário da comissão dos vinte, incumbido de examinar, juntamente com os procuradores eleitos pelas câmaras das cidades e vilas do Brasil, quais os artigos da Constituição portuguesa que podiam adaptar-se às necessidades da colônia.

No ano imediato obteve a sua reforma no posto de marechal.

Como deputado da Constituinte brasileira distinguiu-se bastante e foi um dos autores e signatários da Constituição do império, valendo-lhe esses trabalhos a nomeação para conselheiro de Estado, a dignitária da ordem do Cruzeiro, e sendo-lhe mais tarde conferidos os títulos de Visconde e Marquês de Baependi, com honras de grandeza.

Opôs-se, como senador, aos empréstimos de Londres. D. Pedro II agraciou-o com a grã-cruz da ordem da Rosa, no dia da sua coroação.

Distinguiu-se como estudante, lente, administrador, financista, legislador e cientista.

Era político de idéias conservadoras inabaláveis, por isso foi insultado pelo povo, após a abdicação.

Faleceu pouco antes de meia-noite do dia 14 de fevereiro de 1847. Sobre a sua sepultura se acham gravadas as palavras: "Coragem e trabalho; beneficência e sabedoria; lealdade e abnegação; patriotismo e honra".

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