MANUEL CAETANO DE ALMEIDA E ALBUQUERQUE

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936)

LIVRO SEGUNDO

ÉPOCA DE TRANSFORMAÇÃO (1800-1835)

PERÍODO DE TRANSIÇÃO DOS CLÁSSICOS PARA OS ROMÂNTICOS

Manifestação literária, artística, científica e filosófica

CAPÍTULO II OS CLÁSSICOS RENITENTES — A FEIÇÃO ARCÁDICA (continuação)

MANUEL CAETANO DE ALMEIDA E ALBUQUERQUE

Nasceu na cidade do Recife, a 11 de novembro de 1753, e faleceu a 11 de janeiro de 1834. Era filho do tenente-coronel Francisco Antônio de Almeida e D. Josefa Francisco de Melo e Albuquerque; pai de Francisco de Paula de Almeida e Albuquerque.

BIBLIOGRAFIA

1) Poesias: coleção de sonetos, décimas, liras, odes, epitalamios e um ditirambo. Permaneceram inéditas e extraviaram-se. Só se salvaram duas liras, quatro sonetos, uma anacreóntica, uma glosa, as quadrinhas e a Oração universal do cristianismo, que Antônio Joaquim de Melo reuniu no 1.° vol. das "Biografias de alguns poetas e homens ilustres da província de Pernambuco".

2) Ditirambo em diálogo de 1.° e 2.° tenor, e coro dedicado ao Marquês de Inhambupe.

3) Tragédia em verso, sobre o assassínio do vínculo do Monteiro, Francisco Coelho Valcaçar, escrita em 1813.

4) A justiça da ilha dos Lagartos — entremez em prosa, de que existem várias cópias d).

FONTES: Antônio Joaquim de Melo — "Biografias de alguns poetas e homens ilustres da província de Pernambuco", vol. 1.°, pág. 188.

F. A. Pereira da Costa — "Dicionário biográfico de pernambucanos célebres", pág. 651.

S. Blake — "Dic. bibliog. brasileiro", 6.° vol., pág. 40.

(1) S. Blake cita a "Breve notícia dos estabelecimentos diamantinos do Serro Frio"; mas essa obra é do filho do poeta, o qual tinha o mesmo nome paterno e foi intendente dos diamantes em Minas.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Fez-se a sua educação na cidade do Recife, onde conseguiu conhecimentos de francês, inglês, latim, geometria, filosofia, poética e música.

Era capitão do regimento miliciano do Recife, denominado dos nobres, e sucedeu a seu pai no ofício de escrivão dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos, desde 1787, tornando-se vitalício em 1815. Revelou-se inteligente, ativo e honesto.

Manuel Caetano manifestava cultura literária. A sua produção poética, se bem que escassa na parte que se salvou, era abundante e variada.

Julgado pelas poesias que o seu principal biógrafo publicou, encontra-se a feição arcádica, sobretudo na anacreôntica. Clássico se revelou na forma e no gênero poético.

As quadrinhas que dedicou às duas senhoras baianas que iam manifestar-lhe simpatia na prisão, são concebidas em estilo faceto. 0 ditirambo do Marquês de Inhambupe pautou-se em moldes clássicos. Das liras, a menos inspirada, bem fraca aliás, é a escrita em pentassílabos.

Os sonetos são toleráveis e melhor é a oração universal.

O poeta casou-se com uma filha de A. J. Vitoriano Borges da Fonseca, autor da "Nobiliarquia pernambucana". Deixou prole numerosa, 18 filhos, 9 de cada sexo.

Soube educar os do sexo masculino, pois chegou um a ministro de Estado, dois foram senadores, dois deputados, dois desembargadores, um presidente do Rio Grande do Norte e um comandante da força militar do Piauí.

Almeida e Albuquerque teve saliência no movimento revolucionário de 1817, apesar dos 64 anos de idade. Esteve preso em Recife e na Bahia, durante quatro anos.

Era assíduo em todas as solenidades públicas, festivas ou cívicas, que tivessem por objetivo exaltar princípios liberais ou condenar atos despóticos ou tirânicos. Recitava hinos, declamava poesias ou distribuía versos impressos.

Atencioso por educação e expansivo por índole, revelava a sua agradável sociabilidade, sempre alegre e jovial. Nobreza d’alma e independência de espírito tornaram-se os seus dotes característicos.

Faleceu na avançada idade de 81 anos e foi sepultado na igreja da ordem terceira do Carmo do Recife.

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