Resumo sobre A OBRA DOS PADRES JESUÍTAS

Antônio José BORGES HERMIDA – compêndio de História do Brasil (1963)

A OBRA DOS PADRES JESUÍTAS

a) A catequese

Foram importantes os serviços prestados ao Brasil pela Companhia de Jesus, fundada pelo espanhol Inácio de Loyola. Além do trabalho da catequese, os jesuítas defenderam os índios contra os colonos que queriam escravizá-los, fundaram escolas e foram quase os únicos professores em todo o período colonial.
Os primeiros jesuítas que vieram ao Brasil, chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, desembarcaram na Bahia com o gover-nador-geral Tomé de Sousa. Na cidade do Salvador, que ajudaram a fundar, estabeleceram o primeiro* colégio, o dos Meninos de Jesus. Pouco depois, o padre Leonardo Nunes fundou outro em São Vicente; o de São Paulo, origem da cidade do mesmo nome, foi inaugurado em 1554.
Na obra da catequese os jesuítas compreenderam quanto era difícil ensinar os adultos, pois estes já haviam adquirido hábitos que não queriam mais abandonar, como o da antropofagia. Por isso voltaram sua atenção para os pequenos índios, os curumins, e, para que o ensino fosse mais agradável, os padres organizavam festas, procissões e até representações teatrais.
No governo de Mem de Sá fundaram-se as primeiras aldeias ou missões de índios convertidos. Essas missões foram numerosas, principalmente no Norte, onde os jesuítas aproveitaram o curso do Amazonas e seus afluentes e in-tornaram-se pelo sertão à procura das tribos indígenas. No século XVII, somente no Maranhão, havia, dirigidos pelo padre Antônio Vieira, vinte e nove aldeamentos.
Os bandeirantes, quando perseguiam os índios para escravizá-los, preferiam atacar as aldeias jesuí-ticas, onde os naturais, orientados pelos padres, adquiriam hábitos de trabalho e até aprendiam ofícios mecânicos. Por isso alcançavam, como escravos, preço maior que os selvagens apanhados no meio das matas.
Melhor organizados que os do Brasil foram os aldeamentos fundados pelos jesuítas espanhóis nos vales do Paraná, Paraguai e Uruguai. Nessas aldeias as ruas cortavam-se em angulo reto, as casas eram muito bem feitas, cobertas de telha e com varandas.  A terra era dividida em lotes e distribuída pelas famílias dos índios. Cultivavam mate, algodão e outros produtos que os jesuítas vendiam para aquisição de roupas e ferramentas. Atacadas pelos bandeirantes paulistas, essas regiões foram depois incorporadas ao Brasil, quando Espanha e Portugal resolveram considerar nulo o meridiano de Tordesilhas.

 

Ruínas de uma Igreja dos Jesuítas em São Miguel, Rio Grande do Sul

Ruínas de uma Igreja dos Jesuítas em São Miguel, Rio Grande do Sul

 

Sede da Missão Jesuítica Espanhola, na  Califórnia..

Sede da Missão Jesuítica Espanhola, na  Califórnia.

b) Nóbrega e Anchíeta

O padre Manuel da Nobre estudou na Universidade de Coimbra e era muito admirado pela sua grande cultura. Chegando à Bahia em 1549, cuidou imediatamente da fundação do Colégio dos Meninos de Jesus. Foi êle quem aconselhou ao rei D. João III a vinda de um bispo para o Brasil, pois com a sua autoridade seria mantida a ordem, ameaçada pelo abuso dos colonos.
Em 1553, Nóbrega foi nomeado provincial ou chefe da Província do Brasil, pois os jesuítas haviam dividido em províncias as regiões do mundo onde exerciam suas atividades. O padre Manuel da Nóbrega morreu no Rio de Janeiro, onde passou os três últimos anos de sua vida.
José de Anchieta era espanhol, nasceu nas ilhas Canárias e veio ainda muito jovem para o Brasil com o governador D. Duarte da Costa. Escreveu a primeira gramática da língua tupi, destinada a facilitar aos padres que viessem da Europa o conhecimento do idioma dos índios. No planalto de Piratininga, Anchieta fundou o colégio que deu origem à cidade de São Paulo (1554). No governo de Mem de Sá, juntamente, com Nóbrega, ajudou a expulsar os franceses do Rio de Janeiro e teve importante papel na pacificação dos tamoios que se haviam revoltado contra os portugueses.
Nomeado provincial do Brasil, Anchieta exerceu esse cargo durante sete anos. Morreu no Espírito Santo, em 1597, cercado pelos índios que o estimavam como a um pai.

RESUMO A obra dos jesuítas

a) A catequese

Fundador da Companhia de Jesus: o espanhol Santo Inácio de Loyola. Os primeiros colégios: o dos Meninos de Jesus, na Bahia, o de São Vicente e o de São Paulo.
Fundação das primeiras aldeias ou missões: no governo de Mem de Sá. As aldeias dos padres espanhóis: atacadas pelos bandeirantes.

b)  Nóbrega   e  Anchieta

A  província  do  Brasil:   Nóbrega,  o  primeiro  provincial.
A primeira gramática da língua tupi: escrita por José de Anchieta.
Obra de Anchieta e Nóbrega: pacificação dos tamoios.
Morte de Anchieta:  em   1597, no Espírito Santo.

QUESTIONÁRIO – Perguntas sobre As missões

  1. Quem   foi   Inácio   de   Loyola ?
  2. Como se chamou o colégio que os  jesuítas fundaram na Bahia?
  3. Quem  foi  Leonardo  Nunes ?
  4. Que eram os curumins?
  5. Quem  foi o padre. Antônio Vieira?
  6. For que os bandeirantes atacavam as aldeias jesuíticas ?
  7. Como eram os aldeamentos dos jesuítas espanhóis?

ìndia guarani civilizada a caminho da Igreja em trajes domingueiros - Debret

Índia guarani  civilizada a caminho da Igreja em trajes domingueiros.
(Conforme  desenho   de   DEBRET_

  1. Onde os jesuítas espanhóis fundaram os seus aldeamentos ?
  2. Quem foi o primeiro provincial do Brasil?
  3. Com  que governador veio ao  Brasil o padre Manuel da Nóbrega ?
  4. Onde morreu o padre Manuel da Nóbrega?
  5. Quem é o autor da primeira gramática da língua tupi?
  6. Com que governador veio ao Brasil o padre José de Anchieta ?
  7. Que foi a pacificação dos tamoios ?
  8. Onde morreu José de Anchieta ?

LEITURA – As   missões

Os jesuítas, dominicanos e franciscanos tiveram a seu cargo as missões, que alcançaram um progresso apreciável; a vida tranqüila que nelas decorna atraiu milhares . de índios que fugiam das propriedades, onde eram explorados como escravos.
Em meio da selva, à margem de um rio ou na encosta de um monte, fundava-se a missão, aldeia de choças com uma ou outra casa de pedra; no centro ficava a praça pública e, nela, a igreja e o colégio. Rodeavam o povoado as lavouras e pomares dos índios, sempre bem cuidados, pois, de suas colheitas, se alimentavam as famílias da missão.
O trabalho era lei para todos.
Nas missões jesuíticas cultivavam-se cana-de-açúcar, milho, mandioca e algodão. Uma parte desses produtos destinava-se ao consumo local e o resto era trocado por artigos manufaturados provenientes  da metrópole.
Os índios levantavam-se muito cedo e rezavam; em seguida se dirigiam para as plantações; o término de trabalho e a hora das refeições eram indicados por toques de campainha. Ao pôr do sol, depois do jantar, que terminava com orações, cada família se recolhia à sua choça.
Nas missões, além da leitura, escrita e cálculo, ensinavam-se ofícios de carpinteiro, ferreiro e tecelão; também eram cultivadas certas artes, como a pintura e a escultura em madeira  ou pedra.
As missões mais notáveis pela organização e progresso que alcançaram foram as do Paraguai, Texas e Califórnia.
(José R.  Millán-,   Compêndio  de História  Americana)

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