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    as imagens não sincréticas eram mais de acordo com os povos nativos, as imagens sincréticas trazem os valores culturais e étnicos do povo dominador, no caso da Igreja de Roma.

    Sim, foi o que eu tentei externar.  Não há uma só imagem sincretizada que traz caracteres afros.  Já, quando o sincretismo se pretende em outros contextos, como, por exemplo, o Brasil já miscigenado e já sob a influência de um sincretismo anterior, aí a Nossa Senhora "é" negra, como no caso da NS Aparecida.Ou seja, somente depois que muitos negros já haviam se convertido para o cristianismo sem perceber, aí se tornou necessária uma identificação com a miscigenação e o devido respeito aos negros, mesmo sendo ainda escravos. Tratou-se de dar ares mais reais e mais iguais às crenças que haviam sido fundidas, por força do domínio, sob uma ótica cristã européia. Então santificaram a mãe de Jesus na imagem de uma negra.

    Sobre não ter nada de novo, falei meio exageradamente para citar aqueles fragmentos, que acho ótimos.

    Realmente não tem nada de novo... Mas muitas pessoas ignoram os motivos dessas metamorfoses pragmáticas. Crêem em seus santos e orixás, mas ignoram...

    todo império para se consolidar precisa se mesclar, agregar e assimilar as culturas/povos dominados. Não pode manter uma pretensão de pureza porque isso fatalmente seria seu fim, mais cedo ou mais tarde.

    Pois é, mas a religião cristã, apesar de não admitir andar de mãos dadas com os governos e impérios, sempre que questionados os seus fundamentos, recorre à literatura e à História. Então fica difícil entender como, em sua concepção histórica e literária, Xangô é São Jerônimo.Xangô é um personagem histórico da África Ocidental! E parece que a Igreja ignorou isso ao fazer seus sincretismos estúpidos. Trataram a história dos outros, como mero misticismo.

    Outro aspecto é filosófico/religioso: O homem precisa pensar a existência também simbolicamente e miticamente, somente ficar encalacrado na razão não dá conta da totalidade do ser e nem da experiência.

    Eu concordo com isso. Mas penso que essa reflexão deve abster-se de doutrinas. Pois senão cai no sincretismo e nas concepções dos dominantes ou das doutrinas dos dominantes.

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    Na Idade Média o Império Islâmico era muito forte, essa abordagem tradicional das cruzadas faz inverter a noção de onde está a força: a europa queria evangelizar o Oriente. Não é isso, foi justamente uma tentativa de saquear as clássicas riquezas sem fim orientais.

    Sim, o real objetivo, como sempre,  foi o poder econômico. A "conversão" dos povos atacados para o cristianismo foi apenas um pretexto. Assim como também foi um pretexto a "defesa" do cristianismo.

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    (...)não há nada de novo nisso, nem particular da Igreja(...)

    Eu discordo que não haja um particular fomento da Igreja na concepção dessas imagens sincretizadas.Pois a imagem que os iorubás fizeram de Xangô é esta:200px-Xango2.jpgE a imagem que a Umbanda, que é o sincretismo  do catolicismo com a mitologia iorubá, fez de Xangô é esta:200px-Jeronimo.jpgOu seja, os decendentes do africano trazido para o Brasil não desenharam as suas divindades tal qual a sua semelhança.  Elas foram fomentadas, tal qual queriam os senhores portugueses e a Igreja.oxossi.jpgxango.jpgiemanja.jpgoxum.jpgibejada.jpgnana.jpgomulu.jpgPorém, quando o sincretismo se pretende onde a predominância não é o catolicismo, aí sim as imagens se metamorfoseiam de acordo com a semelhança étnica local:382082.jpg

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    No ímpeto de angariar fiéis para o cristianismo, a instituição que sustenta o caráter de divindade desta doutrina valeu-se dos expedientes mais radicais e também dos mais conciliatórios.Os expedientes mais radicais foram as Santas Inquisições e as Cruzadas.  E os conciliatórios  foram uma verdadeira apropriação e subjugação das crenças mais variadas existentes no mundo,  através de um sincretismo ousado e até infantil. No caso do candomblé e da umbanda, por exemplo,  o sincretismo chega a beirar o ridículo.A mitologia iorubá, que é a fonte das religiões afro-brasileiras como o candomblé e a umbanda, por exemplo, jamais expressou que Xangô – que dentro desta mitologia seria o rei da cidade de Oyo, que foi divinizado, mas apesar disto também é um personagem comprovadamente histórico  - seria “na verdade”  São Jerônimo, historicamente, tradutor da Bíblia para o latim.Esse “sincretismo”,  ou fusão de crenças religiosas age em duas vias:  Sendo fautriz do sincretismo a religião A, onde a religião predominante é A, os personagens históricos, mitológicos  e religiosos de B são colocados no campo da imaginação e trata-se de identificar na crença de B, personagens históricos, mitológicos e religiosos da crença de A.Onde a religião predominante é B, os personagens históricos, religiosos e mitológicos de A são colocados  de maneira sugestiva, simpática e familiar  às características étnicas e culturais de B. Figura de Cristo sugerida onde a mitologia iorubá é predominante:55.jpg59.jpgva.jpg3.jpghttp://jesusmafa.com/Figura de Cristo sugerida onde predomina o budismo, xintoísmo, hinduísmo, etc.:chin-jesus-richman.jpgour-lady-of-china-macau.jpgadoration_anthony_doss_india.jpg[img]http://1.bp.blogspot.com/_N7qno7a5_DU/SMfoQYKKBbI/AAAAAAAAFrM/HjnI-GCrwJA/s320/Nossa+Senhora+de+Sheshan+senhorachina%5B1%5D.JPG[/img]japanese-jesus-1.jpg  

    em resposta a: Livre-Arbítrio X Predestinação #81952
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    Ser leão é melhor que ser antílope. O fato de o antílope ser antíope — e não leão — prova que não existe livre-arbítrio, e sim predestinação.

    ha ha ha ha... Muito bom!  :biggrin_mini: Se houvesse livre arbítrio o antílope escolheria ser leão, claro! Como eu nunca havia pensado nisso antes?!!Senhor Lekso, por que em sua opinião é melhor ser leão do que ser antílope?

    em resposta a: ZEITGEIST ADDENDUM – A verdade vos libertará! #85991
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    “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado o terreno lembrou-se de dizer ‘isto é meu’ e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘evitai ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém’ “(Jean Jacques Rousseau)"Fique advertido que se você desejar, como eu o desejo, construir uma sociedade na qual os indivíduos cooperem generosa e desinteressadamente para um bem comum, você poderá esperar pouca ajuda da natureza biológica. Tentemos ensinar generosidade e altruísmo, porque nascemos egoístas. Compreendamos o que nossos próprios genes egoístas tramam, porque assim, pelo menos, poderemos ter a chance de frustrar seus intentos, uma coisa que nenhuma outra espécie jamais aspirou fazer."(Richard Dawkins)"Suponha que uma espécie de ave seja parasitada por um tipo particularmente incômodo de piolho que transmite uma doença perigosa. É muito importante que esses piolhos sejam removidos o quanto antes. Um indivíduo normalmente pode retirar seus próprios piolhos ao alisar suas penas. Há um lugar, no entanto - o topo da cabeça - que ele não pode alcançar com seu bico. A solução para o problema rapidamente ocorre a qualquer ser humano. Um indivíduo poderá não ser capaz de alcançar sua própria cabeça, mas nada é mais fácil do que um amigo fazê-lo por ele. Depois, quando o amigo for parasitado, a boa ação poderá ser paga. O pentear-se mútuo, de fato, é muito comum tanto em aves como em mamíferos.Isto intuitivamente tem sentido. Qualquer um com capacidade consciente de previsão pode perceber que é sensato engajar-se em arranjos mútuos de coçar as costas. Mas aprendemos a ter cuidado com o que parece intuitivamente sensato. O gene não tem capacidade de previsão. Pode a teoria do gene egoísta explicar o coçar de costas mútuas, ou "altruísmo recíproco", onde haja um atraso entre a boa ação e a retribuição? Williams discutiu o problema rapidamente em seu livro de 1966, ao qual já me referi. Ele concluiu, como Darwin já o havia feito, que o altruísmo recíproco retardado pode evoluir em espécies capazes de reconhecerem seus membros e lembrarem-se deles. Trivers, em 1971, levou o assunto adiante.Quando ele estava escrevendo não tinha disponível o conceito de Maynard Smith de estratégia evolutivamente estável. Se ele o tivesse, imagino que o teria usado, pois ele fornece uma maneira natural de expressar suas idéias. Sua referência ao "dilema do prisioneiro", um quebra-cabeças favorito da Teoria dos Jogos, mostra que ele já estava pensando na mesma direção.Suponha que B tenha um parasita no topo de sua cabeça. A retira-o. Depois, chega o momento quando A tem um parasita em sua cabeça. Ele naturalmente procura B a fim de que este possa retribuir sua boa ação. B simplesmente vira-se e vai embora. B é um trapaceiro, um indivíduo que aceita o benefício do altruísmo de outros indivíduos, mas que não o retribui, ou que o retribui insuficientemente. Os trapaceiros saem-se melhor do que os altruístas indiscriminados, pois ganham os benefícios sem pagar os custos. O custo de pentear a cabeça de outro indivíduo sem dúvida parece pequeno comparado com o benefício de se ter um parasita perigoso retirado, mas não é desprezível. Tempo e energia valiosos têm que ser gastos.Suponhamos que a população consista de indivíduos que adotam uma de duas estratégias. Como nas análises de Maynard Smith, não estamos nos referindo a estratégias conscientes, mas a programas de comportamento inconsciente estabelecidos pelos genes. Chame as duas estratégias de Tolo e Trapaceiro.Os tolos penteiam indiscriminadamente qualquer um que o necessite. Os trapaceiros aceitam o altruísmo dos tolos, mas nunca penteiam ninguém, nem mesmo alguém que já os tenha penteado anteriormente. Como no caso dos gaviões e pombos, arbitrariamente atribuímos pontos. Não importa quais sejam os valores exatos, desde que o benefício de ser penteado exceda o custo de pentear. Se a incidência de parasitas for alta, qualquer indivíduo tolo numa população de tolos pode esperar ser penteado aproximadamente com a mesma freqüência com que ele penteia. O resultado médio para um tolo entre tolos, portanto, é positivo. Todos eles, de fato, saem-se muito bem, e a palavra tolo parece imprópria. Mas agora suponha que surja um trapaceiro, ele pode esperar ser penteado por todos, mas nada dá em troca.Seu resultado médio é melhor do que a média para um tolo. Os genes trapaceiros portanto, começarão a difundir-se pela população. Os genes tolos se extinguirão. Isto ocorre porque os trapaceiros, não importa qual a proporção na população, sempre terão mais sucesso do que os tolos. Considere, por exemplo, o caso quando a população consiste de 50 por cento de tolos e 50 por cento de trapaceiros. O resultado médio tanto para tolos como para trapaceiros será menor do que aquele para um indivíduo qualquer numa população de 100 por cento de tolos. Mesmo assim, os trapaceiros estarão se saindo melhor do que os tolos, pois estão obtendo todos os benefícios - sendo como são - e nada dando em troca. Quando a população de trapaceiros atingir 90 por cento, o resultado médio para todos os indivíduos será muito baixo; muitos animais de ambos os tipos provavelmente estarão morrendo da infecção transmitida pelos piolhos. Mesmo assim os trapaceiros estarão se saindo melhor do que os tolos. Mesmo se toda a população declinar em direção à extinção nunca haverá uma ocasião na qual os tolos se saiam melhor do que os trapaceiros. Portanto, desde que consideremos apenas essas duas estratégias, nada poderá impedir a extinção dos tolos e, provavelmente, a extinção igualmente de toda a população.Suponha agora que haja uma terceira estratégia chamada Rancoroso. Os indivíduos rancorosos penteiam estranhos e aqueles que já os pentearam anteriormente. No entanto, se algum indivíduo os enganar, eles lembram-se do incidente e recusam-se a pentear este indivíduo no futuro. Em uma população de indivíduos rancorosos e de tolos, é impossível distinguir um do outro. Ambos os tipos comportam-se altruisticamente em relação a todos, e ambos obtêm um resultado médio igual alto. Em uma população consistindo principalmente de trapaceiros, um único indivíduo rancoroso não seria muito bem sucedido. Ele gastaria muita energia penteando a maior parte dos indivíduos que encontrasse - pois levaria tempo até ele ter rancor contra todos eles. Por outro lado, ninguém o pentearia em troca. Se os indivíduos rancorosos forem raros em comparação aos trapaceiros, o gene para rancor se extinguirá. Assim que os rancorosos conseguem aumentar em número de modo a atingirem uma proporção crítica, no entanto, a probabilidade de se encontrarem torna-se suficientemente grande para compensar o esforço despendido em pentear trapaceiros. Quando esta proporção crítica é alcançada eles começarão a ter um resultado médio maior do que os trapaceiros, e estes serão levados cada vez mais depressa à extinção. Quando eles estiverem quase extintos a taxa de declínio torna-se-á mais lenta e eles poderão sobreviver como uma minoria por bastante tempo. Isto se dá porque para um dado trapaceiro raro há apenas uma pequena chance dele encontrar o mesmo indivíduo rancoroso duas vezes; a proporção, na população, de indivíduos rancorosos contra determinado trapaceiro, portanto, será pequena.Contei a história dessas estratégias como se fosse intuitivamente óbvio o que aconteceria. De fato, não é assim tão óbvio e realmente tive o cuidado de fazer a simulação em um computador para me certificar de que a intuição estava correta. Rancoroso revela-se, efetivamente, uma estratégia evolutivamente estável contra tolo e trapaceiro, no sentido de que em uma população consistindo principalmente de indivíduos rancorosos, nem os tolos, nem os trapaceiros invadirão. Trapaceiro, no entanto, também é uma EEE (estratégia evolutivamente estável), pois uma população consistindo principalmente deles não será invadida nem por rancorosos, nem por tolos. Uma população poderia se estabilizar com qualquer uma dessas duas estratégias evolutivamente estáveis. A longo prazo ela poderá passar de uma à outra. Dependendo dos valores exatos dos resultados - as suposições na simulação, é claro, foram completamente arbitrárias – um ou o outro dos dois estados estáveis terá uma "zona de atração" maior e terá maior probabilidade de ser alcançado. Note, a propósito, que embora uma população de trapaceiros tenha maior probabilidade de se extinguir do que uma população de indivíduos rancorosos, isto de forma alguma afeta sua posição do EEE. Se uma população atinge uma EEE que a leva à extinção, ela se extinguirá e isto é tudo.É bastante divertido observar uma simulação de computador a qual começa com uma grande maioria de tolos, uma minoria de rancorosos um pouco acima da freqüência crítica, e uma minoria de trapaceiros com aproximadamente o mesmo tamanho. A primeira coisa que acontece é uma queda dramática na população de tolos, à medida que os trapaceiros exploram-nos implacavelmente. Os trapaceiros experimentam uma explosão populacional crescente, atingindo seu pico assim que o último tolo perece. Mas os trapaceiros terão que se haver com os rancorosos. Durante o declínio súbito dos tolos, os rancorosos vagarosamente diminuíram de número, prejudicados pelos trapaceiros prósperos, mas conseguindo manter-se. Depois que o último tolo se foi e os trapaceiros não podem mais ter sucesso tão facilmente com a exploração egoísta, os rancorosos vagarosamente começam a aumentar às custas dos trapaceiros. O aumento de sua população uniformemente ganha impulso. Ele se acelera abruptamente, a população de trapaceiros cai quase até a extinção, depois se estabiliza quando estes desfrutam o privilégio da raridade e a relativa liberdade dos rancorosos que isto proporciona. No entanto, vagarosa e inexoravelmente os trapaceiros são expulsos e os rancorosos tornam-se possuidores únicos. Paradoxalmente, a presença dos tolos na realidade pôs em perigo os rancorosos no começo da história porque eles foram responsáveis pela prosperidade temporária dos trapaceiros.Meu exemplo hipotético a respeito dos perigos de não ser penteado, a propósito, é bastante plausível. Camundongos mantidos em isolamento tendem a desenvolver feridas desagradáveis nas partes da cabeça que não podem alcançar. Em um estudo, os camundongos mantidos em grupos não tiveram este problema, porque os indivíduos lambiam-se as cabeças mutuamente."(Richard Dawkins)

    em resposta a: ZEITGEIST ADDENDUM – A verdade vos libertará! #85990
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    Para os que desconhecem alguns termos utilizados até aqui, abaixo relaciono alguns com as respectivas explicações: O que é Mimética? R:  Mimética é o nome de um novo campo da ciência, que analisa as transferências culturais. Sabe-se que o comportamento humano é determinado pela hereditariedade e pela cultura. A transmissão dos caracteres hereditários é hoje explicada pela genética. Com a mimética, trata-se de explicar a transmissão dos caracteres culturais. Aos genes, que explicam a transmissão hereditária, correspondem os "mimes", que são unidades de informação intelectual ou cultural que passam de pessoa a pessoa. O que são memes? R: Mime é, assim, uma unidade de cópia. Idéias, melodias, comportamentos, valores, modas, invenções, modos de fazer ou de dizer, tudo são mimes, que podem ser copiados com certo grau de fidelidade. A evolução da cultura é explicada a partir dos mimes, assim como a biológica o é a partir dos genes. A mente humana é assim visualizada como um campo de desenvolvimento de mimes. Eles a infetam como parasitas e propagam-se por contágio. A expressão inglesa meme, que estamos a traduzir por "mime", foi cunhada por Dawkins (The selfish gene, 1976), por analogia com "gene". Uma idéia ou informação somente assume a natureza de meme quando replicada, isto é, quando copiada ou repetida por outrem. Todo conhecimento transmite-se mimeticamente.Os mimes tramitem-se verticalmente, de geração para geração, ou horizontalmente, entre contemporâneos. O mime é transmitido de um para outro indivíduo. A transmissão é vista como replicação: uma cópia do mime é transladada para outro indivíduo. O mime como que se auto-reproduz, espalhando-se por um crescente grupo de indivíduos.Alguns propagam-se mais facilmente do que outros ou têm maior longevidade. Para os homens podem ser bons ou maus. A propagação do hábito de fumar é um bom exemplo de transmissão de memes perniciosos para seus portadores. A evolução da cultura, inclusive a do saber, é apresentada como obediente aos mesmos princípios de variação e seleção descritos na evolução biológica. A língua e a religião constituem conjuntos de mimes: mimes complexos.Nem todos os mimes têm igual capacidade de reprodução. Dawkins aponta três características para que um meme seja  bem sucedido:a) a fidelidade, isto é, a aptidão para serem fielmente copiados, de modo que seja possível reconhecer o original nas cópias que vão sendo feitas;b) a fecundidade, que envolve a maior ou menor facilidade com que ocorrem as cópias. Ao se definir como "A voz que clama no deserto" (vox clamantis in deserto), João Batista monstrava ter consciência das dificuldades de sua pregação de penitência, pois não parece muito sedutora a idéia de viver-se no deserto, com alimentação de gafanhotos e mel;c) longevidade, que diz respeito à duração do meme. O poema que Anchieta escreveu na areia desapareceu com o primeiro vento que soprou.Essas são características que também se encontram nos genes. Ao passo, porém, que estes se transmitem apenas verticalmente, de pais para filhos, os memes transmitem-se também horizontalmente, o que os aproximam das infeccões e dos parasitas. Há, também, maior fidelidade na transmissão dos genes. Os memes estão mais sujeitos a alterações decorrentes da mente de cada um.Embora apontem-se casos de cópias no mundo animal, os mimes são característicamente humanos. Homem é o animal que tem capacidade de copiar. Embora se utilize a expressão "macaquear", para indicar pejorativamente a imitação, esta é muito mais própria dos homens do que dos macacos. É graças a essa capacidade que a cultura se desenvolve.A capacidade de imitar deu aos seus portadores uma vantagem transmitida aos descendentes. Assim, sobreviveram as estirpes dos que melhor sabiam imitar. Significa isso que os genes que produziram o homem foram por sua vez influenciados pelos mimes por eles criados, num movimento de causação circular.Podemos, enfim, definir "mimética" como a ciência que estuda a evolução dos memes. Trata-se de estudar as mutações e recombinações de sua estrutura. Assim como os genes, os memes competem entre si, por limitado o espaço cerebral em que podem sobreviver. Alguns são vencedores, outros logo desaparecem. Os estudos de mimética podem levar a previsões sobre os memes mais vocacionados à vitória na competição com os demais.http://www.tex.pro.br/wwwroot/assuntosdiversos/mimetica.htmO que é projeto de adestramento?   R:  A face midiática do Projeto de Globalização.O que é Gaia?  R: Gaia, Géia ou Gê era a deusa da Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos.http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaia_(mitologia)

    em resposta a: ZEITGEIST ADDENDUM – A verdade vos libertará! #85989
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    Olá amigo, permita-me fazer uma correção:“Não é demonstração de saúde, ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.” :crazy_mini:  (Jiddu Krisnamurti )Valeu! Abs.

    em resposta a: ZEITGEIST ADDENDUM – A verdade vos libertará! #85987
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    O projeto global de adestramento e a teoria Mimética

    Texto de Carolina Borges Em 1976 Richard Dawkins publica o livro The Selfish Gene ( O Gene Egoísta) popularizando a teoria mimética, na qual - baseada na teoria da evolução das espécies de Darwin - associou as propriedades genéticas com a replicação a certos tipos de informação, as memes. Assim como os genes, as memes também são estruturas que contêm mensagens codificadas capazes de criar diferentes circunstâncias baseadas a um conjunto de instruções predeterminadas. A mimética está para as memes , assim como a genética está para os genes. As memes, ao mesmo tempo que são unidades de informação, são como vírus, que se replicam aceleradamente. Neste sentido, nós - habitantes pensantes de Gaia - somos apenas seus hospedeiros e a idéia de termos o controle sobre nossas idéias torna-se ilusória, pois na realidade são as idéias quem tem o controle sobre nós. Em 1976 a teoria mimética, em 2004 o projeto global de adestramento dos seres pensantes de Gaia , utilizando memes estratégicas como principal recurso da maciça domesticação. Estruturadas no instinto de sobrevivência humana, as memes estratégicas de domesticação alastram-se através das mídias , criando comportamentos culturais que perduram há mais de mil anos,condicionando realidades aparentemente livres. A questão aqui esta na capacidade auto reflexiva dos seres pensantes, único poder capaz de combater as memes assasinas da criatividade. Questionar aos próprios pensamentos e nunca firmar-se sob conceitos e teorias fixas, pode ser a linha de fuga e o atalho no combate as memes assassinas de vida, pois na medida em que o pensamento somente adere idéias e informações , sem transforma-las , esta sendo apropriado pelo vírus das memes - do projeto global de adestramento - e cérebros passam a atuar como meros hospedeiros. Variadas e múltiplas são as memes assassinas , desde as mais básicas como do acumulo de capital e propriedades materiais ao longo da vida, do amor ideal e romântico , até as memes "undergrounds" da contra cultura, pois a questão aqui não é a qualidade das idéias e sim a capacidade dos cérebros pensantes da Gaia , transforma-las . A cada idéia e pensamento transformado cria-se novas realidades e as memes assassinas são destruídas, dando origem a novas memes, porem de natureza criativa. Estabilizar, neutralizar, organizar, as múltiplas capacidades auto reflexivas e criativas do cérebro , é a idéia das memes utilizadas no projeto de adestramento, que se multiplicam como vírus de cérebro em cérebro através das mídias de massa, sugando as vida de seus mórbidos hospedeiros. Memes de natureza criativa devem ser criadas o mais rápido possível, para que o combate as memes utilizadas no projeto global de adestramentos, não se alastrem e multipliquem mais, pois o objetivo da domesticação maciça é impedir que a capacidade criativa e auto- reflexiva seja utilizada nos cotidianos, impedindo dessa forma que realidades sejam criadas, para serem reproduzidas. O combate as memes do projeto global, depende da capacidade de fuga das informações recebidas diariamente pelas microfendas sinapticas do cérebro humano, pois só assim haverá multiplicidade, criatividade, e articulação, caso contrario, a humanidade está fadada ao limbo existencial de mórbidas realidades reproduzidas e impedidas de utilizar a mais sublime característica da espécie humana > a criatividade. 15.10.2004 Carolina Borges é educadora multimídia, DJ, estudante da filosofia, de Nietzsche e Deleuze. Pesquisadora de cultura digital, colaborou com o Projeto Metáfora. Atuou no CIDEC ( Centro de Inclusão Digital e Educação Comunitária ) na Escola do Futuro (USP), para o projeto Acessa SP do governo do Estado de São Paulo, coordenou o Projeto Cinemação - exibição de curtas metragens na periferia de São Paulo. Graduada em economia pela universidade Mackenzie Escreveu roteiros para documentários, performances e curtas metragens.

    em resposta a: Para Que Filosofar? #85001
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    a sociedade está sob um fundamento corrupto: dinheiro.

    Congratulações, amigo!  São poucas as pessoas que compartilham desta sua opinião, eu sou uma delas.Desculpe-me por chamá-lo de amigo, mas é que este termo, pra mim, tem valor simplório. Faz-se erroneamente a idéia de que “amigo” seja a designação de um sujeito fiel e moralmente comprometido com o seu igual...  Mas não é.  Amigo é simplesmente parceiro, colega. Ou então, quando muito, expressa alguma simpatia ao outro.  Posso chamar-lhe de amigo, pois tenho simpatia à tua opinião.Na verdade esta idéia que se faz da palavra amigo, é, em minha opinião, um tanto equivocada. Imagina-se que “amizade” está relacionado a algum compromisso ético ou moral. Mas não precisa ir muito longe para sabermos que, na prática, isso não acontece.  Na prática, os compromissos éticos e morais entre amigos e estranhos são os mesmos.E isso que digo vem corroborar a sua afirmação lá em cima. “A sociedade está sob um fundamento corrupto: dinheiro.”  A máxima: “amigo é dinheiro no bolso” é uma infeliz realidade.  Não é a toa que ela é uma máxima...Mudando de assunto, sou simpático (amigo) às teorias de Jung.  Acho que ele foi um pouquinho além do Freud.  Freud trabalhou muito a infância, o que foi muito bom, pois para não adentrar em territórios freudianos Jung se dedicou a estudar comportamentos inerentes à segunda metade da vida; às interpretações e reflexões amadurecidas.Quando leio seus livros gosto de estar conectado à internet para consultar o Dicionário Crítico de Análise Junguiana. Recomendo!Quando nos deparamos em seus textos com termos como  “imago”, ou “inconsciente psicóide”, ou  “grande mãe”, fica muito gostoso de ler, pois temos todas as significações segundo Jung, tanto para os termos introduzidos por ele próprio, quanto para a sua acepção e concepção para os termos já existentes na Psicanálise freudiana.  Voltando à divergência entre os colegas:Perceba que eu, você, o amigo Phillipon e Jung, somos simpáticos em algumas opiniões.O amigo Phillipon entende que o mundo é regido por uma energia psíquica, o que não se afasta muito do Inconsciente Coletivo de Jung, teoria da qual,  penso eu,  somos todos simpáticos."Sabedoria e loucura aparecem na natureza élfica como uma só e mesma coisa; e o são realmente quando a anima as representa. A vida é ao mesmo tempo significativa e louca. Se não rirmos de um dos aspectos e não especularmos acerca de outro, a vida se torna banal; e sua escala se reduz ao mínimo. Então só existe um sentido pequeno e um não-sentido igualmente pequeno. No fundo, nada significa algo, pois antes de existirem seres humanos pensantes não havia quem interpretasse os fenômenos. As interpretações só são necessárias aos que não entendem. Só o incompreensível tem que ser significado. O Homem despertou num mundo que  não compreendeu; por isso quer interpretá-lo. Assim sendo, a anima e com ela a vida não têm sentido na medida em que não oferecem interpretação. No entanto, elas têm uma natureza passível de interpretação, pois em todo caos há um cosmos, em toda desordem há uma ordem secreta, em todo capricho uma lei permanente, uma vez que o que atua repousa no seu oposto. Para reconhecê-lo é necessário uma compreensão humana discernente, que tudo decompõe  em seus julgamentos antinômicos. No momento em que essa compreensão humana se  confronta com a anima, o capricho caótico desta última faz com que se pressinta uma ordem secreta, e, então, postulamos uma disposição, um sentido e um propósito além de sua essência, mas isso não corresponderia à verdade. Na realidade, de início não somos capazes de refletir friamente e nenhuma ciência e filosofia pode nos ajudar e, o ensinamento religioso tradicional só nos auxilia ocasionalmente.  Encontramo-nos presos e emaranhados numa vivência sem meta e o julgamento com as suas categorias revela-se importante. A interpretação humana é falha porque se criou uma situação de vida turbulenta que não se adéqua a nenhuma das categorias tradicionais. E um momento de colapso. Mergulhamos numa profundidade última – como diz acertadamente Apuleio,  “ad instar voluntariae  mortis”. Trata-se de renúncia a nossos próprios poderes, não artificialmente desejada, mas naturalmente  imposta; não de uma submissão e humilhação voluntárias acionadas pela moral, mas uma derrota completa e inequívoca, coroada pelo pavor pânico da desmoralização. Só quando todas as muletas e arrimos forem quebrados e não se puder mais contar com qualquer proteção pela retaguarda, só então nos será dada a possibilidade de vivenciar um arquétipo, que até então se oculta na significativa falta de sentido da anima. É o arquétipo do significado ou do sentido, tal como a anima é o arquétipo da vida." (C. G Jung  - Sobre os arquétipos do inconsciente coletivo - 1934)Abraços.

    em resposta a: Iniciando no estudo de Filosofia #86146
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    É possível que a essência do pensamento de Marx (ou o pilar mais consistente desse pensamento) esteja relacionada à busca pela perspectiva histórica da humanidade, à revolução social em sentido mais amplo (não imprescindivelmente por meio de guerra civil)...

    Pois eu acho que o senhor não compreende o que lê!“Os socialistas burgueses querem as condições de vida da sociedade moderna sem as lutas e os perigos que dela decorrem fatalmente. Querem a sociedade atual, mas eliminando os elementos que a revolucionam e a dissolvem. Querem a burguesia sem o proletariado. Como é natural, a burguesia concebe o mundo em que domina como o melhor dos mundos. O socialismo burguês elabora em um sistema mais ou menos completo essa concepção consoladora. Quando convida o proletariado a realizar esses sistemas e entrar na nova Jerusalém, no fundo o que pretende é introduzi-lo a manter-se na sociedade atual, desembaraçando-se, porém, do ódio que ele nutre contra ela.Uma outra forma desse socialismo, menos sistemática, porém mais prática, procura fazer com que os operários se afastem de qualquer movimento revolucionário, demonstrando-lhes que não será tal ou qual mudança política, mas somente uma transformação das condições de vida material e das relações econômicas, que poderá ser proveitosa para eles. Mas por transformação das condições de vida material, esse socialismo não compreende em absoluto a abolição das relações burguesas de produção - o que só é possível por via revolucionária - mas, apenas reformas administrativas realizadas sobre a base das próprias relações de produção entre o capital e o trabalho assalariado, servindo, no melhor dos casos, para diminuir os gastos da burguesia com seu domínio e simplificar o trabalho administrativo de seu Estado. (Karl Marx)”Assim como fazem com a Bíblia,  os fanáticos asseclas encontram sempre um jeitinho de desdizer o que está dito.

    em resposta a: A poesia como meditação… #86758
    Brasil
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    Olá, aqui vai a brejeira contribuição do Brasil:Quem é homem de bem não traio amor que lhe quer seu bem.Quem diz muito que vai, não vai,assim como não vai, não vem.Quem de dentro de si não saivai morrer sem amar ninguém.O dinheiro de quem não dáé o trabalho de quem não tem.Capoeira que é bom não cai,e se um dia ele cai, cai bem.Vinícius de Moraes.

    em resposta a: Deus existe? #85698
    Brasil
    Membro

    Olá unamartEu não concordo com tudo que você disse, mas presto-lhe todas as honras possíveis por permitir que eu pudesse expor a minha opinião, sem tentar denegrir-me, menosprezar-me, ou ridicularizar o fórum.Fique à vontade para continuar a expressar tuas opiniões, tanto e quanto desejares. É pra isso que serve o fórum.Um abraço!

    em resposta a: Deus existe? #85695
    Brasil
    Membro

    Eu tenho minhas convicções e sou favorável ao Diálogo Pacífico. Procuro ser seguidora dos ensinamentos de Cristo independente de religiões.

    Sim, Acácia, e você prova isso quando mantém a serenidade ao ver alguém contrapondo-se às tuas convicções. Já o usuário Lekso, mostrou ser um fundamentalista desequilibrado; Ao ver alguém questionando suas convicções ele simplesmente tenta denegrir as pessoas, cria tópicos idiotas pelo fórum, manda calar a boca e chega ao absurdo de reproduzir os palavrões escritos lá atrás por outro fundamentalista desequilibrado como ele.Ele adotou a postura da religião que ele defende. Qual seja: A arrogância autoritária. Calar a boca das pessoas é tudo o que o Cristianismo tem feito desde há muito tempo. Calar a boca das pessoas é a especialidade do Cristianismo. A irresponsabilidade também marca esta religião bem como a instituição que a mantém desde os seus primórdios. Um dos exemplos clássicos da irresponsabilidade foram as famosas Rodas dos Excluídos: Um objeto cilíndrico, instalado em instituições cristãs, onde as pessoas podiam abandonar seus filhos tanquliamente, sem qualquer constrangimento, não obstante, também os filhos dos próprios padres.Essa Roda dos Excluídos, EM MINHA “SAGRADA” OPINIÃO, era: além de uma maneira de evitar escândalos, tanto entre membros da sociedade quanto entre membros do clero, dando um destino menos doloroso aos filhos bastardos, doentes, etc.,  também um grande negócio. Muitas dessas crianças eram encaminhadas às famílias que assim desejassem e, por trás destes encaminhamentos haviam as NEGOCIAÇÕES, e entre essas negociações estava a obrigatoriedade de manter as crianças internas em colégios de padres, de forma remunerada. Realmente, um grande negócio! "Todos" ficavam felizes; os padres cujos filhos raramente “apareciam”, os membros da sociedade; mulheres adúlteras, ou simplesmente mães e pais irresponsáveis que se livravam de seus filhos rejeitados, casais que queriam e não podiam ter filhos, famílias que adotavam essas crianças unicamente para servir de empregado(a) doméstica(o) sem remuneração e, principalmente a Igreja, que faturava o dinheiro das doações e das “negociações”.Essa proximidade dos padres com crianças sem pais, associada ao celibato obrigatório, foi um fator que possibilitou e tornou a pedofilia, algo comum entre os padres. A irresponsabilidade cristã fica latente quando nos reportamos à Roma do século XIX, vergonhosamente abarrotada de filhos bastardos de padres, freiras e cardeais.Dirão: o que Cristo tem a ver com isso e tudo mais praticado em nome dele? E eu direi: como homem comum, simples mortal como nós, ele não tem nada a ver. Agora, como “filho de Deus enviado para salvar a Humanidade”, eu digo que tem tudo a ver.Como filho de Deus enviado para salvar a humanidade ele é o precursor de uma religião cuja instituição que o representa cometeu estas e outras tantas atrocidades. Qual seja esta instituição: O Cristianismo.Quanto ao cristão inveterado, o Sr. Lekso, digo que, além de lhe sobrar tempo e faltar-lhe argumentos, também utiliza-se de métodos desonestos e covardes para defender, de maneira baixa, aquilo em que acredita sem muito raciocinar. Refiro-me aos seus métodos utilizados neste fórum, onde ao ver-se contrariado com o que eu estava escrevendo, ao invés de expor suas opiniões sobre o assunto, ou então não se manifestar, resolveu criar um tópico idiota para tentar denegrir-me com calúnias e insinuações ridículas quanto à minha sobriedade. Insinua ele que sou alcoólatra, frustrado, rancoroso, etc. Como se o paspalho me conhecesse...O tópico idiota é este aqui, vejam: http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,2579.msg16997.html#msg16997 Digo também que, ao mostrar seu extremismo inconsequente ele corroborou e deu maior verossimilhança à minha afirmação feita no início de minha participação neste debate, qual seja:  o Cristianismo é prepotente, autoritário, anti-social e irresponsável.Ao extremista cristão, dedico a frase abaixo:"A mais tola das ilusões compensatórias é aquela que faz um homem considerar como moralmente inferiores aqueles que têm ponto de vista diferente do seu."(Bernard Shaw)

    em resposta a: Deus existe? #85694
    Brasil
    Membro

    Quem é o cristão do Brasil? O cristão do Brasil é aquele que transformou a palavra “vigário”, que significava “padre”, em sinônimo de “espertalhão”.O cristão do Brasil não vai à igreja, a não ser para se casar,  batizar os filhos e fazer missa em homenagem aos mortos da família. Ele não vai à igreja, pois lá está o vigário, o espertalhão...  Então ele só vai lá para cumprir rituais dos quais não dá a menor importância. Sabe que não servem pra nada, mas os cumpre sem questionamentos.O Cristão do Brasil tem fé. Tem fé que vai conseguir dar um jeitinho aqui e ali, com a ajuda do nosso senhor... Tem fé que a guerra entre as igrejas acabe produzindo uma só igreja, fraterna e honesta. Honesta com aquilo que diz ser sagrado... Tem fé que os escândalos com a pedofilia não irão acabar com sua igreja. Afinal, a fé já fez os cristãos tolerarem até a Santa Inquisição... O que é a pedofilia perto da Santa Inquisição? O cristão do Brasil não defende sua igreja, pois sabe que lá está o espertalhão, mas defende o que ela ensina, pois “isso sim” é sagrado.Ele sabe que em algum momento da história o vigário deixou de ser padre para ser espertalhão, mas isso “não muda” o teor dos ensinamentos da igreja...  Pergunte a um cristão do Brasil, qual é a verdadeira igreja de Cristo. Ele não responderá, pois sabe que lá está o espertalhão e ele não quer ligar o nome de Cristo ao espertalhão.O cristão do Brasil sabe de sua ignorância acerca dos assuntos teológicos, mas deposita sua fé em algo ensinado por espertalhões. Dizem: “A Igreja se apossou do Cristianismo.”, mas se esquecem que não se apossa de algo sagrado. O que é sagrado não pode ser apossado muito menos usurpado.Se é usurpado não é sagrado! Isso o cristão do Brasil não sabe.O cristão do Brasil não admite que questionem a sua fé, seja no balcão de um bar ou nas páginas de um fórum, a coisa esquenta se mexerem com seu misticismo supersticioso, ignorante e cego. Ele não quer discutir a respeito, ele quer brigar, ofender e denegrir. Ele não quer discutir porque  não tem argumentos e, se quiser buscar argumentos para defender sua fé, terá de pedir ajuda ao espertalhão.  Esse é o cristão do Brasil.[img]http://lh5.ggpht.com/_IiqtR-OghpI/ShgPNdDDupI/AAAAAAAAGmU/DFcGeegwW0Q/padre-pedofilos_thumb%5B2%5D.jpg?imgmax=800[/img]brasil-contra-a-pedofilia999mmmol.jpgaborto-no-pedofilia-si.jpg

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