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LukaMembro
...inclusive a Vulgata ("stultitiam")
unVolt, acho q vc se enganou... isso aí é aquela coisa que as mulheres usam para segurar os peitos quando estes insistem em obedecer a lei da gravidade... ;D
Silicone? :D
LukaMembroHebráico? Onde? Sempre li que a bíblia foi escrita, parte em grego, parte em aramaico. :-
Leu errado, então.
Alguns textos interessantes:Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com excepção dos livros chamados deuterocanónicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanónicos do Antigo Testamento, foram escritos práticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.http://pt.wikipedia.org/wiki/BibliaA língua aramaica é o idioma semítico usado pelos povos que habitavam o oriente médio. Um idioma com alfabeto próprio e com uma história de mais de três mil anos. Seu alfabeto, uma criação espontânea do povo que lá vivia, foi adotado por reis e imperadores para transcrever a gerações futuras o modo de administração de seus antigos impérios e também os rituais usados em adorações de divindades, sendo, portanto a língua original em que foram escritos os livros de Daniel , Esdras e também uma edição e outra reedição do Talmude que formam as bases das três religiões dominantes no mundo.http://pt.wikipedia.org/wiki/AramaicoO hebraico moderno é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas. A Bíblia original, a Torá, que os judeus ortodoxos consideram ter sido escrita na época de Moisés, cerca de 3.300 anos atrás, foi redigida em hebraico clássico. Embora hoje em dia seja uma escrita foneticamente impronunciável, portanto indecifrável, devido à não-existência de vogais no alfabeto hebraico clássico, os judeus têm-na sempre chamado de a לשון הקודש Lashon haKodesh ("A Língua Sagrada") já que muitos acreditam ter sido escolhida para transmitir a mensagem de Deus à humanidade. Por volta da primeira destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C., o hebraico clássico foi substituído no uso diário pelo aramaico, tornando-se primariamente uma lingua franca regional, tanto usada na liturgia, no estudo do Mishná (parte do Talmud) como também no comércio.O hebraico renasceu como língua falada durante o final do século XIX e começo do século XX como o hebraico moderno, adotando alguns elementos dos idiomas árabe, o ladino, o iídiche, e outras línguas que acompanharam a Diáspora Judaica como língua falada pela maioria dos habitantes do Estado de Israel, do qual é a língua oficial primária (o árabe também tem status de língua oficial). O nome hebraico para a língua é עברית, ou ivrit.http://pt.wikipedia.org/wiki/Hebraico
LukaMembroEu não sou religiosa e tenho pouca simpatia por religião, de uma forma geral, mas se tem um personagem admirável é Jesus Cristo. Amar o próximo como a ti mesmo, dar a outra face e não atirar a primeira pedra - não me parecem mensagens nada diabólicas - revolucionárias, na verdade. :)
LukaMembroHebráico? Onde? Sempre li que a bíblia foi escrita, parte em grego, parte em aramaico. :-
LukaMembroBem, colocando um tantinho de Ciência nessa Filosofia. A perpetuação da espécie não ocorre apenas individualmente. Os indivíduos podem colaborar de forma indireta na preservação consaguínea. ;)E, concordo com o Brasil - a gente muda. Filho é tudo de bom! :)
LukaMembroBrasil,Como se chama o sentimento que "pensa em si" mas não "somente em si"? Eu falo egoísmo porque não encontro expressão melhor. :)
LukaMembroVocês juram que não sentem um grande prazer em pensar sobre as coisas e tentar compreendê-las?Talvez o prazer não seja o objetivo (duvido 8)) mas certamente é o motivo?Por que desejamos um mundo melhor?
LukaMembroé... então filosofar é algo para o prazer humano... como comer bolo, ter filhos, ir a lua e etc...é isso? ???
É isso! :P
LukaMembromas filososfar serve apenas para isso?para ter o prazer de saber mais do mundo? ???
Não apenas, por isso eu disse "por outro lado" e "também é um ato egoísta".
LukaMembroLukaFilosofar também é um ato egoísta.?
Bom, aí entra a questão do que significa egoísmo. Não falo sobre aquele sentimento mesquinho que deseja somente para si, mas daquele sentimento nobre que também deseja para si.
07/04/2007 às 4:33 em resposta a: Podemos DECIDIR o que sentir, do que gostar e no que acreditar? #85025LukaMembroOlá, Luka. (Esse é seu apelido ou o que? ;D)
É o quê, né! :D Não, é só apelido.
Você escreve que "as informações que de alguma forma batem com o que acreditamos, sentimos ou gostamos, sofrem inconscientemente uma barreira". Mas aqui está a dificuldade - pode, também, não sofrer a tal barreira. Podemos, por força de vontade, de introspecção, eliminar a tal barreira, podendo pesar, de acordo com a nossa razão, se estávamos errados ou não.
Mas eis a questão: a nossa razão é fruto de um amontoado de experiências próprias, de noções próprias de certo e errado, de ética e de moral próprias. E no final é isso o que decide se estamos certos ou errados. Não estou relativisando, mas perguntando: como ter certeza que mesmo isso não sofre influência do que estamos, inconcientemente, incinados a aceitar?
A dificuldade do conceito de "inconsciente" são situações como essas, em que uns são conscientes e outros inconscientes, quando nossa liberdade influi na decisão do que seremos e do que ocorrerá em nossa consciência. Quero dizer: a noção de inconsciente é caduca, e prefiro substitui-la pelo conceito de consciência irrefletida. De acordo com Sartre, "uma consciência irrefletida não é uma conduta inconsciente, ela é consciente de si mesma não-teticamente", isto é, sem se colocar como consciência. Em mim mesmo, nunca encontrei utilidade para o conceito de inconsciência, nem qualquer rastro de sua verdade. Mas, deixemos disso. Passemos para a admirável máxima de La Rochefoucauld: Quantos homens não teriam amado nunca se não houvessem ouvido falar de amor?
Quando coloco o termo "inconsciente" não estou me referindo a um conceito psicanalítico, mas apenas simbólico, que representa o que não está claro. Temos uma incrível capacidade de nos enganar. Não é raro, após o desfecho de uma circunstância, dizermos: eu sabia! Mas percebemos, que embora, sempre soubéssemos, só nos damos conta disso quando acontece.
Isto é aplicável a muitos sentimentos, talvez a todos. Permita-me fazer outra citação, desta vez de André Gide, que considero não menos genial que a última:Acreditamos sentir amor, desejo, mágoa, ciúme, e vivemos segundo um modelo corrente de humanidade, que nos foi proposto desde a infância.Então, o que acha?
Sobre os sentimentos, acredito que somos capazes de sentir e denominá-los porque desenvolvemos essa capacidade naturalmente. E naturalmente, acredito que mesmo sem connhecer os conceitos somos aptos a sentí-los, inveitavelmente. Acredito que é um traço inerente ao estágio a que chegamos. Quero dizer, não somos civilizados por acaso, mas por um processo evolutivo que nos levou a isso e os sentimentos fazem parte dele.
No dia-a-dia isso acontece a todo instante. Temos algumas sensações, que normalmente não pensamos muito a respeito. Assimilamos. Isso se acumula como experiência, nos modificando. Quero dizer, não é algo que nos modifica conscientemente. Entende? Muitas vezes nem percebemos as mudanças, elas se dão por encadeamento de várias experiências que se tentássemos racionalizar, provavelmente nos perderíamos.
Se tentássemos racionalizar, provavelmente nos perderíamos? De fato, pensar demasiado sobre a emoção, seus fundamentos e como podemos agir sobre ela pode nos confundir pra caramba - mas, ao mesmo tempo, talvez nos faça agir. De qualquer forma, essa minha visão das emoções é fruto de minha racionalização, e não me considero perdido. Mas não me considero, claro, com uma visão definitiva.
Eu não desassocio em nenhum momento razão de emoção, na minha opinião são percepções interdependentes, o tempo todo conectadas. A razão precisa de uma força motriz, um objetivo - é sempre motivada por algo de fundo emotivo - superação, vontade, necessidade. Todo raciocínio está sempre ligado a uma satisfação introspectiva.
De resto, quando falo de uma consciência inteiramente consciente de si mesma, uma consciência que muda e que podemos escolhê-la, estou falando de algo trabalhoso, que necessita de muito tempo de introspecção. Não é algo fácil de desenvolver. É necessário racíocinio constante, é necessário muita observação sobre si mesmo, pois o Eu é algo que nos normalmente nos escapa. O Eu é múltiplo. Esse Eu é adulterado pela educação, pela cultura, pela convivência, por tudo o que sentimos (experiência)... Vixi! Mas sempre que uma situação lhe é dada, o homem tem a capacidade de indagar sobre ela e assim explorar sua liberdade!
Eu não tenho muita convicção dessa liberdade, porque a consciência é algo que vai junto com a gente para onde decidirmos ir. Não tem como fugir dela. E por mais que a enganemos, não podemos fazer isso o tempo todo. Uma hora, o que insistimos não refletir, vem à tona.O nos conhecer, implica crescer e crescer é algo meio dolorido. Para evoluir, precisamos admitir primeiro tudo aquilo que não é bom em nós, para tentar melhorar. Quanto mais nos conhecemos, mais conhecemos nossos próprios defeitos - não é algo muito fácil de lidar, muitas vezes emperra, justamente porque é um exercício de superação constante, não dá tréguas. E a gente tem uma grande dificuldade de se perdoar. Mas, uma vez que a gente começa não tem mais como parar.
Tentando ser menos abstrato: pode-se, sempre que se sentir algo, perguntar se há razão para sentir isto. Se não há, e decidirmos não senti-la, modificamo-nos! Pode-se conversar consigo mesmo, o que equivale a pensar. Assim, faz-se um prognóstico e esboça-se sua solução - a qual nem sempre conseguimos chegar, admito. Trabalho constantemente sobre mim mesmo - modifico-me constantemente. Tenho, na minha vida pessoal, diversos exemplos de como consegui mudar-me, mudar minha reação a diversas coisas, etc. Uma boa forma de notar isso é a convivência. Quando se nota que a reação das pessoas são diferentes, quando se nota que, na mesma ocasião em que você se encontra, outra pessoa não se resignou, aí você percebe o significado de "liberdadade". Criação, eis o significado!
O problema é que quando nos perguntamos se há motivos para sentir isso, quase sempre encontramos. Há duas ferramentas das quais o "diabo" não abre mão - a dúvida e o complexo de inferioridade. Quando uma falha a outra é certeira.
É o exemplo de Lucie em Morts sans Sépulture (de Sartre), torturada e violada no contexto da resistência durante a guerra, personagem que diz – «não me tocaram. Nada me tocou. Eu era de pedra e não senti as mãos deles. Olhava-os e pensava: nada sucede. Nada sucedeu.Enfim, isto pode ser resumido de outra forma: nosso cérebro também funciona através de crenças. Temos, em nós mesmos, diversos juízos que adotamos sem criticá-los, sem analisá-los. E não nos damos conta que podemos mudá-los, simplesmente porque não sabemos fazer as perguntas certas.
Muito duro esse exemplo e acho que muito raro, construído quase sempre sob uma pressão que não se suporta, mas sobrevive. Dizem que nenhum animal sente pena de si mesmo quando acuado, a não ser o homem - mas somos capazes de virar bicho quando ultrapassados os limites humanos.
"Deixo que meu sistema se forme lenta e naturalmente. O que escapa à lógica é o mais precioso de nós mesmos".É de Gide. Um bom conselho, não acha?
Acho! Mas acho que ainda tenho que pensar mais sobre isso.
Luka, goste muito do que escreveu. Essa parte é ótima:
Acho o pensamento uma das coisas mais fantásticas, mas às vezes, a mais enganadora. Um exemplo disso são as reações espontâneas, aquilo que juramos que jamais faríamos e nos surpreendemos. Depois, numa análise, nos convencemos do porquê dessas reações.A consciência é algo que estamos constantemente tentando enganar e o mais incrível é que muitas vezes conseguimos. Fica um peso, uma sensação de erro, mas que rapidamente conseguimos suprimir, para mais tarde, geralmente, vir à tona - se permitirmos. Pois muitos não permitem. Há situações em que sabemos que estamos errados, quase inconscientemente, mas nos convencemos que estamos certos e acreditamos nisso.Nos agarramos àquilo que sentimos, que gostamos e que acreditamos como se nos agarrássemos à própria vida. Mudar de idéia, principalmente idéias cravadas é algo que chega a ser quase dolorido. Beiramos as raias do ridículo muitas vezes para denfendê-las, nos exaltamos. E o que são idéias? Por que nos apegamos a elas como se tivessem vida própria? É algo que se pensarmos bem parece tão simples, mas é tão difícil que para não ter que fazer isso, primeiro tentamos mudar a idéia dos outros.
Obrigada! Também gosto muito dos seus textos, das suas idéias.
Eis alguns de nossos dilemas, não? Esse pensamento fadado ao erro, às correções? A ação que nem sempre é refletida, devidamente decidida? Assim vivemos! Ou, ao menos, assim vivo eu. Quanta a dificuldade de mudar de idéia, julgo eu que é fruto da vaidade e do orgulho, tão exaltados pela nossa sociedade. De qualquer forma, ter coragem de mudar de idéia, abandonar o solo seguro, correr os riscos - eis algo que exige audácia.
Não sei, as vezes acho que mudar uma idéia é difícil, porque ela não é uma idéia solta, mas conectada a uma série de outras que teriam que ser reformuladas junto. Não todas, mas mudar algumas idéias, pode ameaçar as bases. Isso é que é o complicado.
Fora isso, gostaria de acrescentar que esse é o tipo de assunto fica mais claro quando acontece em nossa própria vida, quando lidamos com o concreto - o exemplo do amante que pode decidir ou não ser ciumento é típico. Apenas teorizar de nada vale.
Nesse exemplo do amante ciumento, costuma se encaixar quase que perfeitamente aquele "eu sabia" que comentei mais acima. Tenho horror ao ciúme, acho que é um dos piores sentimentos que existe, mas ao mesmo tempo, não tenho certeza que seja um sentimento sem fundamento, sabe? Na maiorias das vezes que conheci pessoas ciumentas, era quase como um alarme, senão do momento, do que estava, inevitavelmente por vir.
Espero, mais uma vez, ter escrito algo que preste. Abraços,
Acho que escreve muito bem. E acho que também escrevo muito! :D
LukaMembroEu não tenho números para apontar, mas pela quantidade de experiências pessoais que conheço, chego a duvidar, algumas vezes, que o meio seja assim tão determinante, tanto para o bem quanto para o mal.Eu tenho que acreditar que educação faz a diferença ou pelo menos que pode fazer, mas na prática, não tenho tanta certeza.De forma indireta comento isso em outro tópico, sobre o que me parece uma inclinação nata das pessoas para certas coisas, certas atitudes, pensamentos. Eu não sei, sinceramente, até onde escolhemos - até onde interferimos ou podemos interferir.Acho até que as crianças não são tão sujestionáveis quanto gostaríamos. Muito cedo elas mostram suas inclinações próprias, sua personalidade ou pelo menos traços dela. Não são páginas em branco que vamos preenchendo a medida que educamos.
LukaMembrose ignorancia = felicidadeos felizes são ignorantes? haushaushabom, acho que filosofar é bom para a sociedade, mas não para o filosofo! pois quanto mais se busca o saber, mas você percebe a distancia que ainda tem de pecorrer!
Mas, por outro lado... é infinito. Uma nova descoberta sempre o aguarda em um novo texto, em uma nova idéia, em um horizonte cada vez mais amplo, cheio de surpresas. É uma delícia a certeza de que existe um mundo de conhecimento à nossa espera. Filosofar também é um ato egoísta.
06/04/2007 às 5:43 em resposta a: Podemos DECIDIR o que sentir, do que gostar e no que acreditar? #85021LukaMembroJunior Martuchelli,Eu entendo que consciência seja o explícito, que está claro. Inconsciente o implícito. Por exemplo: eu te conto uma história qualquer. Você não sabe se é verdade, não tem como saber, mas a medida que escuta o tom da minha voz, faz uma leitura corporal (natural) e baseado em experiências anteriores, que provavelmente não voltam à sua mente claramente, mas como sensação, você deduz que eu digo a verdade ou minto.No dia-a-dia isso acontece a todo instante. Temos algumas sensações, que normalmente não pensamos muito a respeito. Assimilamos. Isso se acumula como experiência, nos modificando. Quero dizer, não é algo que nos modifica conscientemente. Entende? Muitas vezes nem percebemos as mudanças, elas se dão por encadeamento de várias experiências que se tentássemos racionalizar, provavelmente nos perderíamos.Acho por vezes, difícel separar emoção de razão, principalmente, quando o assunto nos afeta, nos interessa, direta ou indiretamente. Informações, que de alguma forma batem com o que acreditamos, sentimos ou gostamos, sofrem inconscientemente uma barreira. Tendemos a rejeitá-la ou pelo menos parte. Costumamos ser tendenciosos por nossas proprias inclinação e na maior parte das vezes sem nos darmos conta.Todo o nosso conhecimento individual, o nosso subjetivo, por mais objetivo que seja, é construído sobre bases que são reforçadas a cada dia. Elas servem, inclusive, para doutrinar o pensamento - adota medidas, moldes, que a princípio se encaixam as idéias, mas depois, acabam por moldá-las. Nos impomos constantemente regras de raciocínio, lógicas que nem sempre correspondem a uma lógica de fato, mas a uma lógica que compreendemos, a que nos acostumamos.No pensamento é um dos poucos "lugares" em que podemos ser realmente livres, sem amarras, sem regras, sem moldes, mas não nos permitimos. A noção do ridículo, ou melhor, do que nos parece ridiculo, termina por nos impedir de afrouxar essas amarras que se apertam a cada experiência.As vezes, acho que somos iludidos ao acreditar que fazemos certas escolhas, mesmo quando pensamos e pesamos, mesmo quando fazemos o oposto do que à princípio desejaríamos por inclinações que não estão apenas relacionadas ao explícito, mas aquelas sensações não muito claras, que muitas vezes guiam as nossas opiniões.Acho o pensamento uma das coisas mais fantásticas, mas às vezes, a mais inganadora. Um exemplo disso são as reações espontâneas, aquilo que juramos que jamais faríamos e nos surpreendemos. Depois, numa análise, nos convencemos do porquê dessas reações.A consciência é algo que estamos constantemente tentando enganar e o mais incrível é que muitas vezes conseguimos. Fica um peso, uma sensação de erro, mas que rapidamente conseguimos suprimir, para mais tarde, geralmente, vir à tona - se permitirmos. Pois muitos não permitem. Há situações em que sabemos que estamos errados, quase inconscientemente, mas nos convencemos que estamos certos e acreditamos nisso.Nos agarramos àquilo que sentimos, que gostamos e que acreditamos como se nos agarrássemos à própria vida. Mudar de idéia, principalmente idéias cravadas é algo que chega a ser quase dolorido. Beiramos as raias do ridículo muitas vezes para denfendê-las, nos exaltamos. E o que são idéias? Por que nos apegamos a elas como se tivessem vida própria? É algo que se pensarmos bem parece tão simples, mas é tão difícil que para não ter que fazer isso, primeiro tentamos mudar a idéia dos outros.
LukaMembroa. A existência de “deuses” não complica um pouco a discussão? Tipo, teríamos que determinar diversos deuses para diversos fenômenos. Sendo, deus, um só não dá conta de tudo? É mais econômico, mais simples, não? :)
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