Miguel (admin)

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  • em resposta a: Viagem no Tempo #78580

    Pra quem curte filme bom sobre viagem temporal, mais uma superdica:

    em resposta a: Qual a finalidade do desarmamento? #80361

    105 Torre Norte,
    Concordo com você.

    David V. Macedo,
    Concordo com você também.

    A cada dia me convenço mais que a violência não terá diminuição significativa(não em razão dessa lei).

    Vale a pena perguntarmos: Essa consulta popular é política para inglês ver? Ou conversas para boi dormir? Ou política do pão e circo?

    Qual o verdadeiro objetivo por traz disso?

    Obs: sou contra armas de fogo.

    em resposta a: Filosofia Oriental #80130

    Olá Rodrigo,

    Fico sempre muito feliz em “falar” com você.
    Não conheço esse livro (Fundamentos da Filosofia). Talvez eu já tenha lido, mas não em lembro.
    Sobre O Mundo de Sofia, pode ser que na época que você tentou ler, você não tinha essa preparação e esse gosto por filosofia que você tem hoje. Isso é muito comum. Por exemplo, quando eu era mais criança, tentei aprender violão. Eu adorava, mas acabei desistindo. Achei muito difícil. Quando me tornei adolescente, tentei aprender de novo. E em apenas um dia aprendi uma música. Hoje toco razoavelmente (bem mas amador). Acho que é questão de momento e vários outros fatores.
    Talvez hoje você não só consiga ler o livro como também irá aprecia-lo. Como eu disse, li duas vezes e pretendo ler mais outras vezes. E não levei muitos dias para concluil-lo. Para mim foi uma leitura muito fácil e gostosa.

    Outros livros que recomendo:
    1-Elementos da Meditação, de David Fontanta (você vai adorar, tem muito a ver com o nosso papo no fórum)Esse livro fala sobre a meditação, buda, os koan, as mandalas, etc.

    2- Ilusões de Richard Bach (autor de Fernão Capelo Gaivota)Esse livro é conta a estória de um homem iluminado, ou um messias que não quer ser messias. Ele abandona sua cidade e busca a solidão, mas aí encontra um aviador e os dois começam a conversar. Esse livro nos traz várias lições.

    Achei interessante isso:
    “Então somos pensamentos de Deus ao mesmo tempo que somos Deus, então pensamos também. ”
    -Essa pode ser uma verdade, e eu acrescento: apesar de sermos pensamentos de Deus, nós temos liberdade, pois ao mesmo tempo, nós somos Deus.
    Isso explicaria essa ligação que eu tento demonstrar haver entre todos nós, a natureza e o universo como um todo. A unidade é a perfeição.
    E isso acaba com a dicotomia entre determinismo (ou providência divina) e livre-arbítrio.
    E isso também explica porque que quando se faz mal a alguem, também estamos fazendo mal a nós mesmos.

    Resumindo, somos todos pensamentos de deus, ao mesmo tempo que todos somos deus. Cada um tem sua liberdade, mas dependendo da ocasião, já que estamos todos “conectados” um acaba influenciando na ação do outro e nas decisões do outro.
    Tudo em nossa vida é assim. Temos liberdade, mas os outros influenciam em nossas decisões. Esse nosso pensamento exemplifica o porquê disso.

    É como se num oceano, no qual os peixes ao mesmo tempo que nadam, determinassem o sentido da correnteza. Então todos tem liberdade para nadar na direção e sentido que quiserem, mas há um limite para essa liberdade. Esse limite aumenta ou diminui, de acordo com o sentido que nada o cardume. Às vezes eles precisam obedecer o fluxo para conseguirem nadar, outras vezes precisam ir contra a correnteza para conseguir sair do lugar. Cada peixe influencia um pouquinho no sentido da correnteza. E a correnteza influencia no sentido da natação do conjunto de peixes (cardume).

    Esse é um pensamento simples. Isaac Newton dizia que a verdade do universo está na simplicidade das coisas:

    “A verdade sempre se encontrará na simplicidade e não na multiplicidade e confusão das coisas…Ela é o deus da ordem e não da confusão”- Isaac Newton.

    Ele não via contradição entre Deus e as leis matemáticas que regem o universo. Um dos maiores cientístas de todos os tempos passou os ultimos anos de sua vida dedicando-se exclusivamente a teologia. E no final da vida ele se comparou a uma criança que brinca na praia com uma conchinha, mas com um oceano a ser descoberto pela frente.

    Sobre o ato de escrever uma história e ela parecer ter vida própria, a ponto dela escrever-se sozinha:
    Você me perguntou se “Poderíamos dizer que é Deus quem escreve?”

    Acho que sim. E na definição de Deus que temos adotado aqui, poderiamos dizer até mais:

    1-Posso dizer que, de certa forma, foi VOCÊ quem escreveu o que estou escrevendo agora. Ou você teve importante influência no ato de eu escrever agora, e VOCÊ teve importante papel nas decisões do CONTEÚDO das minhas palavras e pensamentos aqui postados.
    Você escreveu ou pensou o que eu ia escrever. Você é o deus que escreve minhas ações. Mas não é só você, é todo o universo. E o que vale para mim, vale também para você. Então, todo o universo se escreve nossa ações, e nós escrevemos o universo. Isso é deus (?)
    Obs: Lembre-se que não somos determinados, mas também não temos livre-arbítrio total. Existe uma relação entre os dois, como a metáfora do oceano, os peixes, a correnteza e o cardume.

    2- Todo o universo e uma gama de acontecimentos conspiraram para que “eu” chegasse a esse momento e a esse pensamento. Cada momento em nossa vida é especial e por mais que dois momentos se pareçam, eles nunca são os mesmos. Esse pensamento não é criação exclusiva minha, também é sua e de várias outras pessoas e coisas. OU seja, é Deus.
    Daí vem a negação do “eu”…

    3- Deus não é nada sobre-natural. Não existem duas naturezas. Isso na definição que temos adotado até agora. Acho que você já tinha entendido isso sozinho sem eu explicar. Então, deus, nós e o universo estamos submetidos as mesmas leis da natureza. E quem faz as leis? Todos nós, ou seja, as pessoas, as coisas, os animais, todo o universo, resumindo: Deus.

    Talvez devessemos criar um tópico para discutir só isso. Esse assunto não tem classificação nenhuma que eu conheça dentro da filosofia. É um misto de filosofia oriental com metafísica. Se topar, eu vou abrir um novo tópico. Mas não há problema em continuar aqui, talvez é até melhor para consultarmos as coisas que escrevemos antes. Assim fica toda nossa “teoria” no mesmo lugar.
    Obs: teo-ria significa: “sorrir com deus”

    Um abraço e até a próxima!!

    em resposta a: Macaco Nu #76624

    Oie,tem alguem que tenha o fichamento do Macaco Nu????
    Se alguem tiver…..seria possivel me mandar….!!!To precisando muito….!!!
    Me ajudem por favor….
    fico grata
    [email protected]

    em resposta a: O Mito da Caverna #74054

    eu presizava de um resumo não tão grande eu comsigo achar iso aonde

    em resposta a: Filosofia Oriental #80129

    Oi Renan,
    Fiquei muito feliz com esta sua última mensagem. Principalmente com sua conclusão…

    Realmente é muito difícil debater sobre Budismo, já que ele não é lógico. Mas, me parece que o mais importante aqui é o que estamos aprendendo e não a chegarmos à uma “lógica budista” ou à uma “lógica oriental”.

    De qualquer forma, eu entendi todos os seus conceitos:
    – de Deus
    – de falsa consciência e real consciência
    – de nada ser tudo

    Temos um ponto duvidoso no que você disse. Logicamente (e “budisticamente”) pensando, não poderíamos dizer que “Existo, logo penso”, pois, o que existe de fato que possa existir? Ou seja, que “eu” pode existir para pensar? Esse “eu” só pode ser um só, que é Deus(no que entendi do seu modo de pensar). Deus é o que existe de fato e é o único que pode pensar. Então “somos” pensamentos de Deus ao mesmo tempo que somos Deus, então pensamos também. (deve haver muitos paralelos com a filosofia ocidental nisso). E tudo que existe é este “pensar divino” e tudo que existe pensa também. “Existo, logo penso.”

    Eu, antes de começar a escrever esta mensagem, não imaginava que chegaria a estas conclusões que cheguei, como você apontou. Eu já escrevi contos sim e sei como a história parece ter vida própria. Ela nasce quase como se nós não precisássemos pensar nela…Poderíamos dizer que é Deus quem escreve?

    Há muito tempo atrás eu tentei ler O Mundo de Sofia, mas acabei não coseguindo. Sobre ter uma visão geral sobre filosofia, descobri um livro aqui em casa, que foi de meu pai, que se chama Fundamentos de Filosofia, de Garcia Morente. Conhece? Se sim, me diga o que acha dele.

    No final das contas estamos nos entendendo muito bem…Fico feliz com isso.
    Um grande abraço para você também, meu amigo…

    em resposta a: Qual a finalidade do desarmamento? #80360

    Senhores,

    Esta é uma questão muito interessante. Infelizmente não estou observando muitos debates nas ruas sobre este tema. Os poucos que presenciei notei que a tendência é não proibir a comercialização de armas.

    Quando iniciou-se as conversações para a proibição deste comércio acreditava que era uma medida importante para diminuir a violência, principalmente os homicídios por motivos fúteis: briga de trânsito, em campo de futebol, etc. Aquelas brigas em que os sujeitos facilmente esqueceriam dois dias depois, se não houvesse a presença de uma arma de fogo.

    Contudo, percebi que a questão não é tão simples. Vejamos o tráfico de drogas e suas inúmeras mortes. A proibição do comércio de bebida alcóolica nos EUA e a máfia. Não sei se é coincidência, ou escolhí os exemplos mais tyendênciosos, mas acredito que o “tornar proibido” não é o caminho mais eficaz, pelo contrário, traz mais dificuldades para “vigiar” (não encontrei uma palavra mais adequada)

    Assim,respondendo ao David, neste instante, não vejo a proibição do comércio de armas uma solução para o combate a violência, pelo contrário, iria gerar mais violência – ao tornar-se um comércio clandestino – e gastos para o Estado.

    em resposta a: A Filosofia influencia na Justiça? #80400

    Wolfe Freitas, 16/09/2005:


    Todos nós sabemos o que é, ou que deveria ser o mais perfeito sistema de sociedade, ou seja, junção de comunidades, que organizadas formam um complexo social, este por sua vez precisa ser organizado para o bem comum de todos, mas essa organização somente é devida ao fato de que o ideal será a melhor maneira de liberar, moderar e privar o direito em comunidade, se analisarmos tudo isso, temos que lembrar que a filosofia juntamente com os princípios gerais, os ideais, vem para tornar o sentido de justiça cada vez mais certo e adequado, a justiça que se formos igualar a todos, seria muitas vezes leve com uns e pesado com outros, então a justiça é medida, pela razão, pelo fato, pela essência, e pelos ideais,e então não existe justiça sem esse equilíbrio, e a filosofia onde influencia na Justiça?

    A filosofia é um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza, isto é, raciocinar, evitando as distorções que obstruem a coerência entre o pensamento e a realidade objetiva dos fenômenos.

    Por isso, o papel da filosofia é o de questionar o sentido da justiça, de forma a eliminar os possíveis conflitos entre os ideais e a existência concreta.

    em resposta a: Alienação nas novelas #74223

    E você, como sempre, distorcendo minhas críticas para fazer aparecer qualquer motivo banal e inexistente para discussões fúteis…

    Renan:
    Será que a filosofia e a ciência alienam menos que a religião e a tv?
    Será que a filosofia e a ciência não são formas de controle mental ou social?

    A-ham! Nossa! E como alienam!

    em resposta a: Alienação nas novelas #74222

    Mileto,
    Concordo, por isso mesmo eu disse: “Deve haver um equilíbrio assistir tv, ler um livro, praticar esportes, namorar, passar tempo com a família, etc”
    -Mas você como sempre não lê direito o que eu escrevo.

    Inclusive, também concordo com o que você postou em quarta, 14 de setembro de 2005 – 11:12 pm.
    – Só acho que ser ” mais ingênuas e românticas” não é sinônimo de ser “menos inteligente”. Você não disse isso, mas ficou nas entrelinhas.

    Nesse fórum, o colega Pilgrim fez uma análise muito boa em sábado, 05 de Julho de 2003 – 6:10 am. Estou de acordo com a opinião dele.

    Só vou acrescentar algumas coisas:

    Questões para serem pensadas:
    A arte imita a vida, ou a vida imita a arte?
    A audiência faz a programação, ou a programação faz a audiência?
    O homem faz a cultura, ou a cultura faz o homem?
    Pensem nisso. E pensem nisto também:

    Devemos impor uma cultura de elite, banindo para sempre as telenovelas, os filmes, os programas de auditório?
    Devemos impor que as massas assistam apenas os documentários, os programas de entrevistas, as grandes óperas e espetáculos, o estudo da filosofia, etc?
    Devemos desligar nossos aparelhos de tv para sempre?

    Considere o seguinte: até mesmo os documentários, os telejornais, os jornais impressos, etc apresentam uma visão parcial e tendenciosa das coisas que abordam.

    Considere também: A audiência determina qual será o conteúdo da tv? Ou a audiência é manipulada pela tv que impõe seu conteúdo? Ambas as afirmativas são verdadeiras e falsas. É complicado explicar, mas não é esse o ponto que gostaria de me ater agora. O que quero dizer é que: o que vale para a televisão, vale para os impressos, e vale para a internet.

    Então, se vamos analisar a “alienação” nas telenovelas, por que não estender a analise a televisão, aos jornais, revistas, cinema, internet e meios de comunicação em geral?

    E se vamos criticar, olhemos primeiro para nós mesmos. Devemos nos incluir nessa crítica também. Será que não é alienação utilizar a internet (meio de comunicação) para ficar criticando os próprios meios de comunicação?

    Devemos deixar que as pessoas escolham o que querem ver? Será que a escolha parte das pessoas, ou parte dos meios de comunicação? ou parte da publicidade? ou do capitalismo? ou do consumismo?
    Alienação é achar que a mídia manipula mas mesmo assim continuar dependente dela ou nega-la.
    Alienação é achar que o capitalismo explora os trabalhadores e mesmo assim não fazer nada para mudar isso.
    Alienação é criticar o consumismo da sociedade, do shoppings, o Mac Donalds, mas continuar consumindo e comprando camisas do Che Guevara, discos de protestos, livros, filmes, softwares, equipamentos para informática, serviços de assinatura de tv a cabo, assinatura de banda larga, etc. Tudo é consumismo do mesmo jeito. E sendo assim, ninguém escapa, somos todos alienados. Ou seja, alienação é não se incluir nas próprias críticas. Alienar-se é excluir-se do sistema. É achar que a culpa é da sociedade, ou dos meios de comunicação, ou do capitalismo, mas nunca achando que a culpa é nossa também. Nós somos responsáveis por tudo isso, não somos apenas vítimas disso. E todos somos alienados (no conceito marxista de alienação)

    A cultura elitista tem mais valor que a cultura de massa?
    Será que a filosofia e a ciência alienam menos que a religião e a tv?
    Será que a filosofia e a ciência não são formas de controle mental ou social?

    Se alguém pensa que a filosofia e a ciência são caminhos imparciais para a verdade, enquanto as telenovelas e a mídia são caminhos tendenciosos para a burrice, então sinto muito. Esse alguém está sendo tão “alienado” quando os noveleiros e os religiosos que são alvos de críticas.

    Obs: O conceito de alienação, largamente usado neste fórum, não tem sido empregado no seu extremo rigor, estando assim um pouco distorcido do conceito que Marx e Engels deram a essa palavra. Todavia, a palavra alienação tem vários significados, o importante é saber distinguir qual é qual.

    Ao sr. hyago leão ribeiro,

    Concordo com muitas coisas ditas por ele. Mas ele se excedeu um pouco, e algumas coisas eu discordo:
    1-Primeiro ele criticou as universidades:
    “…..falta de conhecimento da religião pregada nos templos (universidades) do comunismo…”
    2- Também criticou o comunismo.

    3-Depois se excedeu mais ainda:
    “….ditadores isso e o que vcs são seus petistas…..” (assim ele se referiu as pessoas do fórum)

    4- afirmou o seguinte: “…(ONU que nunca evitou nenhuma guerra) que roubou milhões de dólares e negociou secretamente com o matador de curdos (Saddam Hussein) nada disso é dito nessa imprensa podre e esquerdista, quase ninguém ouve falar da escravidão na china, nem coisa alguma sobre os fuzilamentos em cuba e a prisão de dissidentes cubanos”.

    Pergunto: De onde ele tirou a informação que a ONU “roubou milhões”? Não duvido dessa informação, mas a menos que ele seja um ex-chefe da ONU, ele só pode ter afirmado isso com base no que ele viu na mídia. Seja na televisão, na revista ou na internet, mas essas são as únicas fontes que ele tem para afirmar isso. Seja uma “mídia alternativa” ou convencional. Então como ele diz que isso não é mostrado? Se não fosse, ele não saberia disso tudo que ele afirmou. E como ele afirma com tanta certeza, deve confiar muito em suas fontes. Eu não confiaria tanto.
    Ele diz que a imprensa é “podre e esquerdista”. Eu pergunto, será que não são as fontes dele que são de direita? Como saber?
    Eu sempre tive a idéia que a imprensa tenta manter a ordem social vigente (capitalismo). Afinal, os meios de comunicação são todos concessões do governo. Além disso, são empresas privadas (propriedade privada). Além disso, visam o lucro (e existe aí também a mais-valia). Isso está muito mais para capitalismo do que comunismo. Então, acho que você se enganou em afirmar que os meios de comunicação são de esquerda. Reveja seus conceitos de comunismo e de esquerda. E não confunda PT com comunista. O PT é governo e cumpre com seu papel de governo, ou seja, ele é capitalista e conservador (um pouco menos que os outros talvez)

    Muito do que ele dizia que a imprensa “podre e esquerdista” não mostrava, eu vi na TV aberta. A chacina de curdos por Saddam Hussein, por exemplo. Isso foi mostrado na tv.

    Sobre os trabalhos escravos em países como China e Tailândia, eu já ouvi falar disso, tanto em seriados de tv americanos (cheios de ideologias capitalistas) quanto em filmes alternativos de esquerda (cheios de ideologias comunistas). Então, sua critica não tem muito fundamento. A informação está ai, caso contrário você nem saberia da existência dessa escravidão. E por falar nisso, essa escravidão é resultado da globalização, da ação de multinacionais (ou seja, do capitalismo).

    E em sua ultima mensagem, hyago leão ribeiro foi irônico ao criticar o PT, Cuba e a opinião dos participantes deste fórum.
    Preciso dizer ao sr. hyago leão ribeiro que ele tinha começado muito bem em sua primeira postagem, mas depois ele se excedeu demais em suas críticas.

    Ao criticar as pessoas que votaram no PT, você (mesmo que não tenha votado no PT) acaba tentando, em vão, se excluir da responsabilidade. Não importa se você votou no PT ou não, você é tão responsável quanto qualquer outro, e julgar-se vitima do sistema, é ser alienado. Se não está satisfeito, não critique apenas, inclua-se dentro da responsabilidade e aja a favor de seu ideal.

    Vejo que você critica demais Cuba, e não olha para os problemas do Brasil. Além disso, critica a falta de liberdade em Cuba (socialista) e deixa passar a falsa liberdade dos EUA (capitalista). Então, você se julga imparcial?

    Não há como negar, que para criticar os ditadores de esquerda, você se tornou um ditador de direita. E isso da no mesmo. Eu poderia ficar o dia todo achando ideologias capitalistas implícitas em sua mensagem, poderia me entreter descobrindo seu moralismo imposto subliminarmente em sua mensagem, etc. Mas se eu fizer isso, eu serei tão paranóico quanto as pessoas que procuraram mensagens satânicas girando discos ao contrário, ou tão louco quanto as pessoas que dizem que a Xuxa vendeu a alma ao diabo, ou tão alienado quanto as pessoas que vêem um monte de ideologias nas telenovelas, elas dizem que as novelas alienam o povo, mas elas próprias estão alienadas também, julgando-se conhecedoras da verdade.
    Não há como fugir, eu, você e todos nós estamos alienados criticando tudo isso e defendendo nosso ponto de vista. E cada um se julga mais sábio que o outro, mostrando uma presunção. Não defendemos verdades, defendemos pontos de vista.
    Para não sermos alienados, nós devemos agir em prol de nossos ideais. E para justificar isso, vou citar aquela frase que eu sempre cito:

    “Não é a consciência que determina o ser social, mas ao contrario, é o ser social que determina sua consciência”.

    Então, o ser social age e determina sua consciência. A máxima deveria ser: “Eu ajo, logo sou consciente”.
    Pensar e criticar sem agir de acordo com o que critica, não é ser consciente, é ser alienado.

    Com a devida vênia,
    Vou apenas trazer questões para serem avaliadas:

    a)”Cuida-se de mais uma porcaria ideológica, de intuito confessadamente político, em que o autor não trata do tema como cientista em busca da verdade”
    1- Qual ciência não tem cunho ideológico?
    2-Qual ciência não nasce com cunho político ou não é adotada por uma ideologia política?
    3-O que é verdade nas ciências humanas?
    4-Deve-se generalizar que toda ciência busca a verdade?
    5-O que buscou o positivismo, por exemplo?
    6-O que significa o lema “Ordem e Progresso”?

    b)”Segundo o livro, inexiste erro de português porque todo falante da sua língua materna, por natureza usa-o corretamente, na medida em que este uso é necessariamente inteligível.”

    -Isso faz sentido. Afinal, a linguagem nasce da forma escrita ou da falada? Certamente da segunda, e a lingua não é estática. Ela sofre modificações com o decorrer do tempo. O português, por exemplo, é originário do latim, e tem várias palavras de origem grega, e outras de origem francesa, e também inglesa. O que é o português, o que é a língua? Um mutante, um frankestein. Além disso, o português falado no Brasil têm vocábulos desconhecidos em Portugal. Muitos desses vocábulos são de origen indígena e africana. O Brasil é esse mix de povos (índios, africanos, europeus e orientais). Sua língua não poderia ser diferente.

    c)”…os brasileiros incautos a repudiarem as nossas origens históricas, à semelhança do filho que, revoltado contra o seu pai, renega o próprio sangue)”

    -Os nosso pai e nossa mãe nos dão a vida. Às vezes, eles são autoritários, mas visam a segurança e bem estar de seus filhos.
    Não compare isso com o colonialismo que buscou somente exploração das riquezas naturais para satisfazer seus interesses econômicos burgueses. Não compare o colonialismo com a paternidade.
    Não se trata de negar as origens históricas, se trata de fazer sua história daqui para frente.

    Não sou a favor de assassinar a gramática, nem de impo-la como “norma culta”. Tanto aquela pessoa liberal quanto a tradicional acabam sendo lados opostos da mesma moeda. São ambos radicais.

    No ensino (tradicional) da lingua portuguesa, existem:
    1-as gramáticas (não é só uma, como saber qual é a certa);
    2-a literatura (a qual possui a chamada liberdade poética);
    3-e o estilismo. – Este último às vezes é ignorado pelos professores do 1º e 2º graus. Às vezes, dependendo do curso, o estilismo é estudado pelos alunos de alguns cursos superiores.
    O estilismo mostra que realmente não há erro, tudo é intencional. É estilo ou expressão. O estudo da língua não é o estudo de regras, mas sim o estudo dos significados e significantes e seus signos.
    As gírias, segundo alguns professores, são saudáveis, são a identidade de um grupo social. Isso é objeto de estudo também da antropologia. Não há como negar que a sociedade é formada por vários grupos heterogêneos. Todos falam o português, mas há algumas palavras restritas e singularidades. As gírias não são exclusividade dos brasileiros, também os americanos e vários outros povos criam gírias. Isso não os torna menos patriotas.

    d)”É lindíssimo pregar-se aos oprimidos que a gramática não presta porque os oprime e que, livrando-se dela, livram-se de uma parte da sua opressão, tanto quanto é odioso convencer-se os ignorantes de que a ignorância corresponde a um estado normal e não a um mal por erradicar.”

    – Ao que parece, o sistema busca erradicar não a “igorância” mas o próprio “ignorante”. Este quase morre de fome e de descaso.
    A maioria da população que você trata pelo rótulo de “ignorante” não teve acesso a educação, saúde e mal se alimentam. Vivemos num país de famintos. As regras gramáticais, a exclusão social, o analfabetismo, não são as piores das opressões neste país. Aqui a fome e o preconceito são muito mais opressores. Então, como vamos educar o povo, se estes não têm nem comida ou saúde? Eles não precisam de aprender regras gramaticais mais do que precisam de comida.

    e)”Assim é que o marxismo militante inverte valores e cria o preconceito contra a forma culta do idioma.”
    – O marxismo (materialismo histórico) analisa a contradição entre classes e seus fatores históricos. Além disso, analisa como a ideologia oculta a contradição entre as classes e a própria contradição do capitalismo.
    Você diz que existe um preconceito contra a forma culta do idioma. Eu noto um preconceito na sua forma de se referir aos marxistas (preconceito devido talvez ao desconhecimento da teoria).
    Outro preconceito que noto é contra as pessoas que não tem acesso a educação e nem a chamada “norma culta”. Esse termo entre aspas já denota um elitismo e uma supervalorização da cultura européia, chamada clássica por muitos.
    Então, discordo de você. O preconceito não é dos marxistas nem dos “ignorantes”, o preconceito parte muito mais dos chamados “intelectuais”.

    Particularmente, eu adoro a cultura portuguesa. Principalmente a culinária, os vinhos e a música. Sou fã de fado. Adoro a poesia da língua portuguesa.
    Então, minha opinião, é contra a separação entre língua portuguesa e língua brasileira. Tanto o Brasil quanto Portugal sairiam perdendo. Mas ninguem está falando em “proclamar a nossa independência lingüística”. A questão é que até mesmo as empresas de softwares reconhecem a diferença que há entre o português do Brasil e de Portugal. A diferença é um fato. Além disso, já mencionei o caldeirão cultural que é o Brasil, nossa língua nacional é uma fusão entre os idiomas indígenas, africanos e o português. Isso difere o idioma brasileiro do portugues, embora ambos sejam a mesma língua estruturalmente.

    Para haver liberdade, deve haver responsabilidade e vice-versa. Além disso, também a disciplina.

    Semear a dúvida, é uma atitude muito mais filosófica do que simplismente pregar uma moral, um valor, uma lei…
    A dúvida leva a questão, e esta leva a liberdade do pesamento. Esse processo não ocorre sem disciplina e reponsabilidade.
    Por outro lado, impor uma “norma culta” como a única forma válida é prender o pensamento, estipar a poesia, se tornando ditador da educação e minando toda liberdade e responsabilidade do processo criativo.

    O que é “herança cultural”? Você quer dizer imposição cultural, né?
    Assim como a língua, a religião indígena também foi combatida pelos colonos. Felizmente alguns traços dessa cultura foram absorvidas e nem tudo conseguiram banir.

    Enaltecer apenas o uso “vulgar”, ou ao contrário, apenas a “norma culta” são ambos radicalismos, totalitarísmos, lados opostos da mesma moeda.

    Onde fica a criatividade? A individualidade? A liberdade poética? o estilismo?

    em resposta a: Sociedades Secretas #80379

    Pitágoras, se não me engano agora, era membro de uma sociedade secreta.

    Sobre a maçonaria, ela é muito antiga e existe ainda.

    Qual seria a necessidade para existir uma sociedade secreta? Eu não sei, é um mistério. Por isso é secreta (risos). Vou pensar sobre o tema.

    em resposta a: Banquete de Platão #74138

    Eu gostaria de destacar, na leitura, a discussão entre o plano sensível (mundano, contingente,corporal)e o plano transcendental (eterno, imutável, inteligível)… Alguém pode me ajudar? Muito obrigada e abraços.

    em resposta a: Desemprego #71678

    Eu acho que a sua idéia não daria certo, porque com o salário mais baixo, do que já está, teria mais assaltos, do que já tem e com certeza os preços não chegariam a zero.

    Intitula-se “Preconceito lingüístico”um opúsculo de Marcos Bagno, professor de Lingüística da USP, que nele pretende invalidar o que reputa encarnarem oito mitos concernentes ao português no Brasil e que proclama como forma pior de preconceito em termos de idioma, o conjunto de prescrições de que se constitui a gramática tradicional, que, segundo a autor, representa um instrumento ideológico de legitimação das classes dominantes no poder.

    Cuida-se de mais uma porcaria ideológica, de intuito confessadamente político, em que o autor não trata do tema como cientista em busca da verdade, porém na condição de ativista que emprega o conhecimento para desautorizar as regras do idioma em sua forma culta, em seu lugar enatecendo o seu uso vulgar.

    Segundo o livro, inexiste erro de português porque todo falante da sua língua materna, por natureza usa-o corretamente, na medida em que este uso é necessariamente inteligível. O erro achar-se-ia na discrepância entre o uso e as regras da gramática que, segundo o prof. Bagno, encarnam algo arcaico, carecedor de imediatamente dobrar-se à forma como fala o povo e que representa o prolongamento do colonialismo português. (Alías, o prof. Bagno recomenda expressamente que se associe a gramática ao colonialismo luso, fomentando dois preconceitos, um de natureza idiomática e outro, que leva os brasileiros incautos a repudiarem as nossas origens históricas, à semelhança do filho que, revoltado contra o seu pai, renega o próprio sangue).

    O autor não percebe que se a gramática inclinar-se à fala coloquial, não haverá mais regra que as pessoas devam seguir para entenderem-se dentro de um critério homogêneo, desde que cada qual tornar-se-á livre para falar a seu modo e constituir a sua gramática pessoal. Tudo vale, ensina o prof. Bagno. Logo, valem todas as simplificações, as perdas das preposições, a abolição dos plurais ( “as duas máquina está parada”, “veio muitas pessoa”), a confusão dos tempos verbais, as gírias, o desleixo, a lei do menor esforço, a preguiça, os modismos, os estrangeirismos.

    É lindíssimo pregar-se aos oprimidos que a gramática não presta porque os oprime e que, livrando-se dela, livram-se de uma parte da sua opressão, tanto quanto é odioso convencer-se os ignorantes de que a ignorância corresponde a um estado normal e não a um mal por erradicar.

    Quando se trata de língua, prevalece a quantidade, ensina o mesmo lente: se no Brasil há maior população do que em Portugal, o critério do idioma pertence por óbvio ao primeiro, em nada importando o nível de escolaridade do povo, a presença do hábito da leitura, o zelo pelo idioma, lá muito mais intensos do que cá. Se a qualidade é irrelevante, para o sr. Bagno muitos ignorantes equivalem a um culto e o desempenho idiomático de um povo de baixa escolaridade e avesso ao livro é culturalmente superior ao de um que estuda e que lê muito mais do que o anterior. Assim é que o marxismo militante inverte valores e cria o preconceito contra a forma culta do idioma. Que inverta valores, não admira: é a própria essência do gramscismo.

    No livro em foco são muitas as falsas generalizações, os primarismos, as mistificações, os absurdos, como o de que entre o português luso e o nosso há de comum apenas a escrita formal, fora dela não nos entendendo eles e não os entendendo nós a eles, falsidade que, corroborando a distinção falaciosa entre o “nosso” português e o “deles”, serve para legitimar todas as distorções que sofra a língua entre nós. Afinal, temos que proclamar a nossa independência lingüística, doutrina o prof. Bagno e as mudanças idiomáticas são fenômenos, lá diz ele, assim como a lepra e a sida (“aids”) também o são, cá digo eu.

    Quem o leia com algum senso crítico, atina logo no quão pouco inteligente o livro é. No entanto, com todo o seu primarismo, vem ele vem conhecendo um êxito estrondoso, nos mais de cincoenta mil exemplares já vendidos, graças, certamente, à lavagem cerebral com que a revolução gramsciana embruteceu a inteligência nacional.

    Ele aconselha os professores a lançarem dúvidas na mente dos seus alunos quanto à validade da gramática. Por que os estudantes iriam disperdiçar tempo em aprender e aplicar regras que os próprios docentes reputam duvidosas e verberam como indesejáveis? Tudo vale, diz o prof. Bagno: logo, vale tudo.

    Se alguém suspeitar de que com isto abriu-se o caminho à anarquia e aos guetos lingüísticos, acertou em cheio: o prof. Bagno confessa preferir a barbárie do cada um por si, ao regramento da norma culta, graças ao qual, havendo homogeneidade de expressão, have-la-á também de compreensão.

    Outro dos livros do mesmo escritor, “Dramática da língua portuguesa”, ele o redatou em “tom marcadamente engajado, militante mesmo”, propondo um novo senso comum lingüístico, que rompa com a ordem estabelecida. Como o precedente, não é livro de ciência: é um panfleto político, que leva a sério somente quem quiser.

    O resultado tudo isto só pode ser o do espetáculo atual da decomposição do idioma, em que o brasileiro sabe-o mal porque falte-lhe escolarização e leitura, e porque quando lê, lê obras como as que citei, capazes de em poucos anos corromper uma herança cultural que levou séculos a formar-se, motivo porque considero as doutrinas do sr. Bagno destruidoras e detestáveis.

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