Miguel Duclós

Respostas no Fórum

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  • em resposta a: Banquete de Platão #74154

    O comentário de Agaton é diferente dos precedentes porque marca uma distinção entre Eros como desejo e Eros como objeto deste desejo. Eros aparece em sua condição objetiva, e não como o impulso do desejo que arde em nós.Acho que a defesa de Agaton passa por essa reconsideração da poesia. O fato de Platão expulsar os poetas de sua República é um dos aspectos mais criticados de sua obra, especialmente, é claro, por parte dos críticos literários. Porém, o discurso final de Sócrates passa pela lógica e responde bem a todos os anteriores.Um escritor alemão chamado  Christoph Martin Wieland escreveu uma novela filosófica chamada História de Agaton, onde escolheu este personagem para protagonista e porta-voz de suas idéias. Talvez você possa ir atrás deste escrito.  -> http://de.wikipedia.org/wiki/Geschichte_des_Agathon Dá para pesquisar comentários pontuais sobre o trecho do Agaton no Google Books -> http://books.google.com/books?hl=pt-BR&q=agathon+symposium&btnG=Pesquisar+Livros

    em resposta a: Banquete de Platão #74151

    Talvez nesse texto esteja de forma mais explícita aquela postura de Sócrates que pode ter levado seus detratores à acusação de “negar os deuses do estado”. A argumentação de Sócrates sobre Eros o destitui da divindade  olímpica, e eros se torna um intermediário que direciona para a Idéia Suprema de Bem. Sócrates está negando diretamente Homero no diálogo, ou não?Mas me diga, em que âmbito você procura defender o discurso de Agáton? É uma espécie de exercício de retórica, seminário, ou o quê?

    em resposta a: Banquete de Platão #74149

    Seria a defesa do mito e da poesia contra o raciocínio fundamentado da filosofia de Sócrates, não? Eu acho o discurso de Agáton muito belo e fecundo, mas o discurso de Sócrates é mais inexorável e planificado. Aí que se encontra esta oposição entre a argumentação fundamentada, que tem que partir de algo, e a grande inspiração de alhures que alimenta o discurso do poeta.

    em resposta a: Qual é a melhor forma de governo? #85164

    Isso não seria diferente de escolher alguém para representá-lo nessas questões. Imagine o surto de politização e mobilização na sociedade! Como no caso do referendo de armamentos, os fóruns de internet explodiram, campanhas etc. Os cargos do executivo continuariam, como agentes fomentadores, informadores. Eles poderiam ser os criadores e encaminhadores das propostas também. Com o “cartão cidadão” seria fácil votar. Além da possibilidade digital, usaria-se a estrutura ociosa das escolas públicas durante o fim de semana, em votações semanais que votariam a pauta encaminhada e discutida durante a semana.

    em resposta a: Qual é a melhor forma de governo? #85162

    Ea Democracia direta ou participativa, a precononizada por Rousseau no Contrato Social? Baseia-se no princípio que a Vontade Geral é inalienável e não pode ser representada. A democracia representativa não é verdadeira democracia. Já temos estrutura e tecnologia o suficiente para votar tudo que interessa popularmente, sem a obrigatoriedade do voto. Segue abaixo trecho do Contrato Social:"A soberania não pode ser representada, pela mesma razão que não pode ser alienada; ela consisteessencialmente na vontade geral, e a vontade de modo algum se representa; ou é a mesma ou é outra; nãohá nisso meio termo. Os deputados do povo não são, pois, nem podem ser seus representantes; sãoquando muito seus comissários e nada podem concluir definitivamente. São nulas todas as leis que opovo não tenha ratificado; deixam de ser leis. O povo inglês pensa ser livre, mas está completamenteiludido; apenas o é durante a eleição dos membros do Parlamento; tão logo estejam estes eleitos, é denovo escravo, não é nada. Pelo uso que faz da liberdade, nos curtos momentos em que lhe é dadodesfrutá-la, bem merece perdê-la.""Rousseau preconiza, portanto, a democracia direta ou participativa, mantida por meio de assembléias freqüentes de todos os cidadãos. O  soberano, sendo o povo incorporado, dita a vontade geral, cuja expressão é a lei."http://www.geocities.com/juristantum2000/cp2.htm"Já no século XVIII, Rousseau tecera uma crítica mordaz a esse sistema de represenatividade, qualificado pela burguesia de democracia. Para o pensador genebrino, a democracia ou é direta ou não é democracia; e os políticos que se arvoram como representantes da vontade popular não passam de usurpadores, pois vontade não se representa."http://minimaphilosophia.blogspot.com/2004/08/democracia-direta.html

    em resposta a: Schopenhauer antecipou Nietzsche? #85258

    OláEu tenho interesse nesse debate.Schopenhauer é sem dúvida a influência mais decisiva e presente na filosofia nietzscheana. Mesmo o "Nietzsche maduro" da época pós Zararustra reconhece e presta tributo de alguma forma ao Schopenhauer, que declaradamente marcou seu pensamento e iniciou-o em direção à uma filosofia própria. A questão inicial então que eu vejo seria delimitar como se deu essa ruptura de Nietzsche em relação a Schopenhauer, e qual foi o grau da radicalidade dessa ruptura, para podermos tentar identificar o quanto Nietzsche se distanciou da filosofia do mestre. Seria somente pelo conceito positivo e negativo de vontade, pela crítica ao pessimismo?Evidentemente o problema se agrava pois, como você notou, hoje Nietzsche é muito mais lido que o Schopenhauer. Este tem atraído alguma atenção no nosso país, e saiu pela Unesp finalmente uma tradução completa de "O mundo como vontade e representação". Eu mesmo li muito mais o Nietzsche que o Schopenhauer, embora tenha estudado alguns trechos deste último com a supervisão da professora Maria Lucia Cacciola.Enfim, gostaria que você continuasse postando sobre tuas investigações!Abs

    em resposta a: As Confissões de Santo Agostinho #84120
    em resposta a: Seminario sobre ALTERNATIVAS A ALIENACÃO(NA TV) #85112

    Que tal pensar a internet como uma alternativa à alienação da TV?

    Deus na filosofia do século XX? As vertentes acadêmicas ocidentais se distanciaram cada vez mais do problema da existência de Deus. O problema da religião perde seu caráter absoluto e passa a ser circunscrito às esferas de valores de comunidas culturais localizadas no tempo e no espaço. Importante nesse sentido é a continuação da tradição Nietzscheana do século XIX, que tomou o mote da morte de Deus e soube desenvolver as críticas à tradição religiosa.O pseudo-hedonismo causado pela lógica cultural do capitalismo pós moderno também enfraquece a religião de forma decisiva. Parte deste contingente deserdado de seus valores ancestrais, pela via da jovem classe média inquieta, vai buscar nas investigações filosóficas um embasamente conceitual para os novos estilos de vida que se impõe. Na filosofia, as correntes ateístas ganham bastante força, como por exemplo o existencialismo ateu de Sartre, a filosofia do absurdo de Camus, as diversas formas de Marxismo e desmonte da ideologia, a continuação do projeto racional moderno, a teoria crítica influenciada pela psicanálise etc.Porém, paralelamente, a filosofia cristã continua a seguir seus rumos, e o neotomismo encontra adversários de peso para combater e englobar no constante revisionismo dos pontos fundamentais de suas doutrinas. Pensadores importantes aprofundam a historiografia da filosofia medieval, como é o caso de Etienne Gilson. Outros filósofos souberam pensar os problemas da pós modernidade a partir do cristianismo, como no caso de Gianni Vattimo.

    em resposta a: Perguntas #85179

    Para questão 1 talvez seja interessante ler algo sobre o Bacon, com aquele lema que motivou a ciência e que no fim prega que devemos conhecer a natureza para poder explorá-la. A natureza é dessacralizada, perdem poder as potestadades míticas e entra a racionalidade instrumental na exploração com vistas a fins econômicos. É por isso que se relaciona com o capitalismo, a ciência acaba perdendo o caráter puramente teórico e tornando-se técnologia. A tecnologia é a aplicabilidade em produtos das descobertas científicas. Com isso, a própria produção científica fica comprometida perante essa pragmática, que traz coisas novas e consequências às vezes desastrosas.O corpo é pensado de diversas maneiras na modernidade. Acho que é interessante você pensar a derrocada do ascetismo cristão e também platônico. No ascetismo é o corpo é apenas o invólucro da alma, que é superior e imortal. Daí a noção de penitência, recompensa no pós-vida etc. O corpo é recuperado em sua importância a partir de algumas concepções. Podemos ver, por exemplo, o clássico do ex-monge Rabelais que descreve a desmesura do gigante Rabelais num mundo ainda dominado pela cristandade.Nietzsche é um pensador anti-moderno que no entanto também recupera o corpo para a filosofia, e sabe fazer a crítica do Fédon de Platão.

    em resposta a: A REPUBLICA PLATÂO #85233

    Segue o anexo de um arquivo com uma digitalização da obra em português (somente para usuários logados).Links:http://classics.mit.edu/Plato/republic.html (inglês)http://pedagogie.ac-toulouse.fr/philosophie/textesdephilosophes.htm#platon (francês)http://www.planetalibro.com.ar/ebooks/eam/ebook_view.php?ebooks_books_id=125 (espanhol)http://www.perseus.tufts.edu/cgi-bin/ptext?doc=Perseus%3Atext%3A1999.01.0167 (inglês e grego)Se você for comprar uma tradução em português, a mais recomendada é a portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian.

    em resposta a: Trabalho #85223

    Com exceção do Marx, você encontra “resumões” sobre estes filósofos aqui no site…Sobre as Utopias de Bacon e Morus:http://consciencia.org/utopia.shtmlhttp://consciencia.org/More.shtmlhttp://consciencia.org/bacon.shtmlAristóteleshttp://consciencia.org/aristoteles.shtmlMaquiavelhttp://consciencia.org/maquiavel2b.shtmlhttp://consciencia.org/maquiavelmariano.shtmlhttp://consciencia.org/maquiavel_more.shtmlVocê pode também usar as ferramentas de busca disponíveis e postar as dúvidas que restaram aqui.

    em resposta a: Problema com os jovens #85264

    Eu penso que esta é uma situação bastante comum. Quem faz exames vestibulares frequentemente entrega alguns pontos que poderiam ser acertados. Isso pode ocorrer devido à vários fatores ligados à desatenção e desconcentração. A pressão do professor é uma alternativa bastante palpável.Numa prova oral de língua estrangeira, devido ao teatro e ao nervosismo, o aluno pode também errar uma pronúncia que normalmente não erraria. E isso não ocorre somente com jovens, embora estes sejam mais suscetíveis a este tipo de acontecimento.

    em resposta a: etica de aristoteles URGENTE #85173

    OláJá leu o tema exposto em http://www.consciencia.org/aristotelesjosemar.shtml ?

    em resposta a: Sobra a queda do serviço #85034

    Olá pessoalTivemos uma queda de quase dois dias na disponibilidade do site porque o hardware do servidor mantido pelo projeto Cybershark sofreu perda total. Então, ocorreu uma migração para outro datacenter e voltamos o site com backup. Talvez as mensagens de segunda-feira tenham se perdido.Abs

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