Miguel Duclós

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  • em resposta a: PLATÃO EM RELAÇÃO COM O CONTEXTO ATUAL. #85113

    Malu AndressaAs respostas a estas questões estão disponíveis aqui no site mesmo. É mais questão de pesquisar, usar as buscas internas ou o Argos. Principalmente ao ítem 1.Quanto ao item 2, envolve um certo grau de subjetividade. Como seria o enfoque desta questão? A polarização positiva e negativa envolve um juízo de valor, é uma postura pouco científica pesar assim um objeto de estudo. A não ser que você pegue um outro trabalho autoral para criticá-lo e elogiá-lo, e aí as opções são enormes.Boa sorte.Abs

    OláEntro de para-quedas aqui no meio do tópico para ver se vocês receberam o anúncio do novo texto no site. Me parece pertinente, olha:A POSSIBILIDADE DE UMA SOCIEDADE ISENTA DE CAPITALISMO, de Naidion Concencio Brovedan, pesquisa desenvolvida sob orientação, no curso de filosofia da Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). RESUMO: Thomas Morus ao escrever sua obra, tinha como objetivo denunciar fatos e explorações que estavam sendo realizadas contra o povo inglês. Por isso, nela encontramos um perfeito retrato de uma anti-Inglaterra, ou seja, anti-capitalista, baseada na igualdade e na justiça, e com uma excelente educação, condição necessária para a igualdade. Sendo assim, este estudo usa dessa obra como base para analisar a atual condição econômica, e também como exemplo de que pode existir uma sociedade sem precedências capitalistas. Usa-se nesse estudo também, conceitos do capitalismo para desmistificar algumas passagens da obra que deixam-na com alguns resquícios de capitalismo. Palavras Chave: Utopia. Capitalismo. Sociedade. Sistema econômico.URL: http://www.consciencia.org/thomas_more_capitalismobrovedan.shtmlAbraços

    em resposta a: Seminario sobre Platão #84380

    Você tem bastante tempo para preparar? Dá para achar muitas indicações bibliográficas sobre a Apologia no Google… O duro é ir atrás dos artigos. Uma sugestão óbvia é pegar a Apologia de Sócrates de Xenofonte e fazer alguma comparação, pegando também a fonte secundária Diógenes Laércio. Também Nietzsche tece comentários sobre Sócrates em alguns momentos de sua obra. Outro livro bom que deve fornecer mais pistas é a História da Filosofia Antiga do Giovanni Reale. Sobre o Sócrates histórico, tem o livro de Magalhães-Vilhena, "O problema de Sócrates"No URL abaixo, a indicação bibliográfica de alguns artigos.Boa sortehttp://krypton.mnsu.edu/~witt/apology_article_bibliograp.htm

    em resposta a: O Leviatã #85055

    Pois não, segue-se a obra digitalizada em anexo à esta mensagem, em português. Existe também endereços para ler em inglês, se quiseres.Fonte: http://www.esnips.com/webfolder/887aca77-8b07-4f55-864e-c6280910b7be

    em resposta a: Este Decartes que nao me deixa Durmir… Help #85056

    OláO movimento que passa do cogito para a realidade de Deus é dado na terceira meditação metafísica. Grosso modo, diz-se que à idéia de Deus em mim corresponde a realidade de Deus, é a questão da marca do artista em sua obra... o homem, ser finito, é capaz de conceber o que seja infinito. A bondade de Deus também é importante para garantir a veracidade desse movimento que dá existência para o mundo fora do sujeito e afastar a hipótese do Deus Enganador levantada durante o percurso do cogito, na  primeita meditação.Abaixo o scan (não revisado) do verbete "Deus" e "Deus Enganador" do Dicionário Descartes de John Cottinghan (Zahar Editores, São Paulo)_______________________________________________________________

    dilema do Deus enganador Na Primeira Meditação, Descartes, em sua exploração sistemática dos limites da dúvida, apresenta o seguinte dilema: fui ensinado a crer nu existência de uma divindade onipotente. Ou há ou não há um tal ser. Se há, pareci possível que ele me tenha dado exatamente o tipo de natureza que me faz errar "todii vez que somo dois e três ou conto os lados de um quadrado, ou menino em um assunl<> ainda mais simples, se é que se pode imaginá-lo". Se, por outro lado, não há um Deu:, então eu devo minha existência, não a um criador divino, mas a alguma cadeia imperfaltl de eventos do acaso; nesse caso, entretanto, é ainda mais provável que eu seja "imperfeilo ao ponto de ser enganado todo o tempo" (AT VII21: CSM II14). Admitir a possibilidadi de eu estar errado, mesmo no que diz respeito às verdades mais simples da matemátifíi é levar a dúvida aos seus limites últimos (ver CÍRCULO CARTESIANO). Na recapitulaçw1 da discussão, ao final da Primeira Meditação, o Deus enganador reaparece na figura dl um "gênio maligno do maior poder e astúcia". Ver GÊNIO MALIGNO.

    Deus Deus desempenha um papel central no sistema filosófico de Descartes. Na validação cartesiana do conhecimento, a existência de um criador perfeito tem que ser demonstrada para que o meditador passe do conhecimento subjetivo isolado de sua própria existência ao conhecimento de outras coisas; o movimento que parte do eu (Segunda Meditação) para o mundo externo (Sexta Meditação) não poderia realizar-se sem a argumentação das Meditações intermediárias, que são, em grande parte, tomadas por uma investigação sobre a existência e a natureza de Deus. Confronte-se a Quinta Meditação: "Vejo claramente que a certeza e a verdade de todo o conhecimento dependem unicamente de meu próprio conhecimento do verdadeiro Deus, de sorte que, antes de conhecê-lo, não fui capaz de saber perfeitamente qualquer outra coisa. Agora, entretanto, é-me possível alcançar o conhecimento certo c completo de inúmeras coisas relativas a Deus e a outras naturezas intelectuais, e também relativas ao todo da natureza corpórea, que é objeto da matemática pura" (AT VII 71: CSM II 49). (Para as provas da existência de Deus que Descartes oferece, com a finalidade de mostrar essa transição, ver ARGUMENTO ONTOLOGICO e MARCA IMPRESSA, ARGUMENTO DA.)O sistema de conhecimento de Descartes depende, por um lado, do poder do intelecto pfirfl discernir a verdade por meio de suas "percepções claras e distintas" e, por outro lado, da resolução tomada pela vontade de ater-se a tais percepções (Quarta Meditação; Ver ERRO). Todo o procedimento pressupõe a "regra da verdade" - "Parece-me que já posso estabelecer como regra geral que tudo aquilo que clara e distintamente percebo é verdadeiro" (Terceira Meditação, AT VII 35: CSMII24). O papel central da divindade para garantir a regra da verdade é um ponto em que Descartes sempre insiste: "se não soubéssemos que tudo o que é real e verdadeiro em nosso interior vem de um ser perfeito e Infinito, então, por mais claras e distintas que fossem nossas percepções, não teríamos, anula assim, motivo para a certeza de que continham em si a perfeição de serem verdadeiras" (Discurso, Parte IV, AT VI39: CSM 1130). O intelecto humano é, em outras palavras, uma das obras criadas por Deus, e, uma vez que Deus é um ser de-suprema perfeição, esse intelecto não pode ser um instrumento intrinsecamente incerto para discernir a verdade. Isso não quer dizer, é claro, que o intelecto humano seja, em si, perfeito: é uma verdade imediatamente evidente o fato de que há muitas coisas por ele Ignoradas (muitas coisas, cpm efeito, que estão completamente fora de nosso alcance; Cf. AT VII 47: CSM II 32). Mas (seguindo a linha de raciocínio convencional na apologética cristã), Descartes observa que tais deficiências são meras ausências ou negações; os poderes positivos (se bem que limitados) que o intelecto de fato possui Originam-se do criador perfeito, sendo portanto confiáveis. "Toda percepção clara e distinta é, decerto, algo.de real e de positivo, e portanto não pode advir do nada, mas assim, necessariamente, ter em Deus o seu autor. Seu autor, eu afirmo, é Deus, que, sendo loberanamente perfeito, não pode ser causa de erro algum, sob pena de contradição; assim, a percepção é sem sombra de dúvida algo verdadeiro" (Quarta Meditação, AT VII 62: CSM II 43). A invocação explícita de Deus como aquele que garante nossas I lercepções claras e distintas levanta, por sua vez, questões sobre como o meditador pode ter a certeza da veracidade das premissas que, antes de mais nada, são necessárias para provar a existência de Deus (para mais informações acerca desse recalcitrante embaraço na epistemologia cartesiana, ver círculo cartesiano).Um paradoxo fundamental, que reside no âmago da metafísica teocêntrica de Descartei, é 0 de que o mesmo ser invocado como garantidor da veracidade e confiabilidade das percepções do intelecto seja, também, como tantas vezes Descartes declara, algo alémde nossa compreensão humana: "Não podemos compreender [comprendre] a grandeza I Ir I leus, mesmo quando o conhecemos [connaissons]" (a Mersenne, 15 de abril de 1630: AT I 145: CSMK 23); "já que Deus é uma causa cujo poder ultrapassa os limites do entendimento humano, e já que a necessidade dessas verdades [as verdades eternas da matemática] não ultrapassa nosso conhecimento, estas verdades são, portanto, algo Inferior ao poder incompreensível de Deus, estando a ele sujeitas" (a Mersenne, 6 de maio do 1630: AT I 150: CSMK 25; cf. VERDADES ETERNAS); "Digo que sei, e não que conceba ou o compreenda, porque é possível saber que Deus é infinito e todo-poderoso ainda que nossa alma, sendo finita, não possa compreendê-lo ou concebê-lo" (a Mersen ne 27 de maio de 1630: ATI 152: CSMK 23), A posição de Descartes nesta e  em outras passagens semelhantes é, entretanto, razoavelmente consistente, e baseia-se em uma distinção crucial entre saber e compreender totalmente: "assim como podemos tocar uma montanha, mas não abraçá-la, também compreender uma coisa é abraçá-la em pensamento, ao passo que, para se saber algo é suficiente tocá-lo pelo pensamento" (AT 1152: CSMK 25). As perfeições infinitas de Deus não podem, portanto, ser completamente englobadas ou compreendidas pela mente humana; com efeito, em um certo sentido, a incompreensibilidade é a própria marca do infinito (AT Vil 368: CSMII253). Podemos, no entanto, obter suficiente conhecimento dos atributos divinos para que tenhamos certeza, ao menos, daqueles aspectos da natureza divina que precisam ser estabelecidos para a validação do conhecimento: podemos provar que Deus existe e é veraz (AT VII 70: CSM II48). Por toda a obra metafísica de Descartes, encontramos uma tensão entre o que poderia ser chamado modo racionalista, em que o projeto é tornar inteiramente transparente a estrutura da realidade à luz da razão, e o que poderia ser chamado de modo devocional, em que o meditador humildemente reflete sobre a grandeza da divindade e a fraqueza da mente humana perante a incomparável majestade do criador. Para mais informações acerca da modalidade devocional, ver, especialmente, a "admiração e adoração" expressas no último parágrafo da Terceira Meditação; o tema reaparece nas Primeira? Respostas, em que se diz que deveríamos tentar "não tanto adquirir as perfeições de Deus, mas antes rendermo-nos a elas", (pcrfectiones ... non tam capcre quam ab ipsis capi, AT VII144: CSM II 82).Na física cartesiana, o papel de Deus é bem diferente. O poder criador divino é invocado como a causa última da quantidade de movimento no universo {ver CONSERVAÇÃO), mas, uma vez demonstradas as leis do movimento, quase não se faz mais referência a Deus. Nesse sentido, pode-se dizer que a ciência cartesiana é relativamente "autônoma", em comparação com os sistemas de muitos dos predecessores de Descartes, que invocaram os supostos desígnios da Divindade para explicar os inúmeros detalhes relativos à estrutura e ao funcionamento dos fenômenos naturais. A abordagem cartesiana ao mundo natural é de um firme mecanicismo: os fenômenos são explicados somente com referência ao tamanho, à figura e ao movimento das partículas de matéria, excluindo-se qualquer menção ao desígnio divino, então considerado fora do escopo da ciência propriamente dita {ver CAUSA FINAL).A única área da ciência cartesiana em que se invocam os desígnios de Deus de uma maneira mais direta é a da psicologia humana - área que envolve referências a fenômenos mentais, e não apenas aos materiais, e que portanto escapa, pode-se dizer, ao alcance da física propriamente dita. Quando o sistema nervoso de um ser humano entra em um determinado estado, um determinado tipo de sensação é produzido na mente; há, portanto, uma espécie de "instituição natural" decretada por Deus, pela qual os estados cerebrais despertam os estados sensoriais. Descartes introduz essa idéia em seu Tratado sobre o homem (ver AT XI 143: CSM I 102), desenvolvendó-a ainda mais na Sexta Meditação: "Qualquer movimento dado que ocorra na parte do cérebro que afeta de imediato a mente produz apenas uma sensação correspondente; por conseguinte, a melhor sistemmática Concebível seria a que produzisse aquela sensação que, entre todas as possíveis conduzisse da maneira mais específica e freqüente a preservação do homem saudável. E a experiência nos mostra que as sensações que a natureza nos deu são todas dessa espécie, não se encontrando nelas, desse modo, absolutamente nada que não ateste o poder e a bondade de Deus" (AT VII 87: CSM 1160). O apelo à bondade divina no:, permite, portanto, em um certo sentido, entender como os fenômenos psicológico', ajustam-se ao esquema das coisas, ainda que a natureza qualitativa de tais fenômenos 01 coloque além do alcance da física matemática cartesiana.

    em resposta a: (Resenha/Resumo) Política de Aristoteles #84578

    Outro resumo bom (em inglês) está na Enciclopédia de Filosofia da Universidade de Stanford:http://www.iep.utm.edu/a/aris-pol.htm#H6Em anexo um ebook cuja qualidade não posso atestar plenamente, mas talvez seja útil no decorrer de seu estudo da obra.

    em resposta a: Dificuldades na busca pelo autoconhecimento #84682

    Olá MarianaUma das regiões da Grécia Antiga é a Lacedemônia, ou Lacônia, onde ficava a cidade-estado de Esparta, uma das mais importantes da civilização grega, junto com Atenas. Os espartanos tinham uma cultura própria diferente, além de princípios sociais e econômicos bastante  distintos dos atenienses. Apesar da força da Grécia clássica, muitos autores - como por exemplo Rousseau - louvaram a simplicidade dos Espartanos, a sua concisão que continha, não obstante, uma grande reflexão guardada. Esta se tornou proverbial. A palavra lacônico / laconismo virou por extensão de sentido um adjetivo.

    lacónicodo Lat. laconicu < Gr. lakonikósadj., conciso;breve, segundo o estilo dos habitantes da Lacónia; cf. http://www.priberam.pt

    Também lendária é a existência dos Sete Sábios da Grécia Antiga, homens de grande sagacidade, não poucas vezes legisladores, que lançaram, bem antes do século da Grécia clássica, quando viveu Sócrates. São contadas várias histórias a respeito destes sábios, e diferentes listas são dadas em diferentes textos gregos que chegaram até nós. O único nome que aparece em todas as listas é o do filósofo Tales de Mileto, que é também considerado o iniciador da filosofia ocidental, sendo classificado como um pensador "pré-socrático".Veja um texto sobre os Sete Sábios da Grécia aqui:http://greciantiga.org/ini/ini03-4.aspA lista dos 7 mais citada é a de Platão, no seu diálogo Protágoras, justamente por conta da importância retumbante deste filósofo em todos os níveis da cultura. Neste diálogo de Platão, nas páginas segundo a numeração padrão 342a-344a, está o trecho em questão. Sócrates (personagem do diálogo)  fala que o antigo saber grego vem das regiões da ilha de Creta e da Lacedemônia. Platão fala de dois princípios máximos da sabedoria lacedemônica, que foi deixada como legado: "Conhece-te a ti mesmo" e "Nada em excesso". Abaixo citação em espanhol deste trecho:

    A esta clase de hombres pertenecieron Tales de Mileto, Pítaco de Mitilene, Bias de Priene, nuestro Solón, Cleóbulo de Lindos, Misón de Quene y, como séptimo, se mencionaba entre éstos a Quilón de Lacedemonia. Todos ellos fueron émulos apasionados y estudiosos de la educación lacedemonia. Señal de esta su sabiduría son esas sentencias breves, dignas de recuerdo por parte de todos, que, como primicias de su sabiduría, ofrecieron conjuntamente a Apolo en el templo de Delfos, haciendo inscribir estas dos que todos repiten: Conócete a tí mismo y nada en demasía. Cf. http://www.filosofia.org/cla/pla/protbil.htm

    "Nada em excesso" é uma frase primordial para entender a concepção de virtude grega. Virtude se dizia "areté", e se você pegar um livro como o seminal Ética a Nicômaco de Aristóteles, por exemplo, verá lá aplicada a noção da virtude como mediania. Interessante é notar que modernamente um autor como William Blake, mais tarde aproveitado pelo cantor Jim Morrison, formulou uma frase contrária à essa: "O caminho dos excessos leva à sabedoria".Mas chegamos à frase que nos interessa. "Conhece-te a ti mesmo", Γνώθι Σεαυτόν em grego transliterado gnothi seauton. Esta frase durante o domínio latino foi traduzida para Nosce te Ipsum, que é o que aparece na porta do oráculo do filme Matrix. Isso porque estava no frontispício do maior dos Oráculos gregos, que ficava na cidade de Delfos.  Esta frase às vezes aparece com um complemento do tipo "pois conhecendo-te conhecerá todos os mistérios do universo". Como falei, Sócrates adota este mote, e por isso às vezes esta frase foi erroneamente atribuída a ele, mas não é errado associár Sócrates à ela e a questão do autoconhecimento.Nos manuais de filosofia, alguns  pensadores gregos são chamados de "pré-socráticos", porque vieram antes de Sócrates ou porque pensavam de uma maneira diversa da revolução que Sócrates representou no contexto da filosofia grega. Isso porque alguns dos chamados "pré-socráticos" não são anteriores, mas contemporâneos de Sócrates.Tem alguns textos aqui no site que ajudam a entender melhor porque Sócrates foi este "ponto de inflexão" na história do pensamento. Veja este:http://www.consciencia.org/wiki/index.php/Br%C3%A9hier_Socrate:ptOs filósofos pré-socráticos investigavam a natureza do mundo externo, e grosso modo, pode-se dizer que Sócrates se volta para a investigação da alma, identifica os conceitos, as idéias, argumenta racionalmente sobre a imortalidade da alma e a superioridade dela em relação ao corpo (Fédon por exemplo) e coloca como fundamental o problema da moral. O Sócrates de Platão também mostra este percurso que deve ser feito para elevar os olhos da alma, presos à "lama" do fluxo de sensações sensíveis, até a contemplação das idéias, que é feita com a inteligência. Na República, o Sócrates de Platão chega a fazer uma investigação sobre as diferentes partes da alma, e a hierarquia entre elas. Por esses e outros motivos se diz que o auto-conhecimento é importante na filosofia socrática.Este texto a partir do parágrafo 43 oferece mais elementos para sua investigãção:http://www.consciencia.org/fundamentosfilosofiamorente6.shtmlabs

    O que tinha acontecido?

    em resposta a: Guerra contra o Iraque, um mal necessário… #77673

    Sim, é a famosa sociedade secreta Skull and Bones (Caveira e Ossos) ligada à Univ. de Yale, que os Bush são membros desde o século XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Skull_and_Boneshttp://en.wikipedia.org/wiki/Skull_and_Bones

    Eu discordo, porque “Estados Unidos” não é um nome, é um conceito, federalismo que se junta na União. Por isso que o Godard falou que eles não tem nome.

    em resposta a: Seminario sobre Platão #84377

    Olá, Platão é um filósofo que toca muitos tópicos, você não tem idéia nem do que abordar dentro da obra, biografia ou influência? Como será o seminário, não tem um texto-base? Qual é o seu curso?

    em resposta a: Cantores Filosoficos #84325

    O Raul Seixas cursou filosofia e suas letrás tem um caráter mais literário, às vezes. Não se formou, mas pelo menos chegou a cursar. Ele admite, em uma entrevista, a influência de vários filósofos, como Schopenhauer e outras letras tem referências específicas a autores, como na música “Todo mundo explica” (Na livraria tem Platão / Que explica tudo tão bem)

    O Pasquim - Qual é o fim específico da sociedade? A que ela se propõe, ela segue uma "filosofia"?Raul Seixas - Essa sociedade não surgiu imposta por nenhuma verdade, por um líder. Não houve liderança no mundo inteiro, como se fosse uma tomada de consciência de uma nova tática, de novos meios.O Pasquim - Tática em relação a que?Raul Seixas - Uma tática de novos métodos em relação à melhoria dos coisas.O Pasquim - Da própria sociedadeRaul Seixas - É, do próprio mecanismo da coisa. Nós estamos correspondendo com pessoas que fazem parte dessa sociedade, inclusive John Lennon e Yoko Ono. Eles fazem parte da mesma sociedade, só que com outro nome. Nós mantemos uma correspondência constante com eles.O Pasquim - Voltando à tua biografia. Depois de cantor de rock lá da Bahia, como é que foi? Como é que você veio pintar aqui no Rio?Raul Seixas - Eu estava estudando Direito, Filosofia e Psicologia. Depois eu larguei tudo quando tomei conhecimento da Antipsiquiatria. Achei maravilhoso, e larguei esse negócio de Psicologia, larguei Direito no primeiro ano, deixei a Faculdade de Filosofia também. Casei, em 67, e vim aqui pro Rio.(...)O Pasquim - Você poderia explicar sua formação literária, como você chegou a esse texto?Raul Seixas - Isso aí é uma coisa interessante. Antes de eu vir pro Rio eu pensava em ser escritor. Eu sempre escrevi. Antes de cantar, eu pensei em escrever. Eu tenho alguma coisa escrita guardada no báu, que eu penso em publicar algum dia. Eu sou muito dado a filosofias, eu estudei muito filosofia, principalmente a metafísica, antologia, essa coisa toda.Sempre gostei muito, me interessei. Minha infância foi formada por, vamos dizer, um pessimismo incrível, de Augusto dos Anjos, de Kafka, Schopenhauer. Depois eu fui canalizando e divergindo, captando as outras coisas, abrindo mais e aceitando as outras coisas. Estudei literatura. Comecei a ver a coisa sem verdades absolutas. Sempre aberto, abrindo portas para as verdades individuais. Assim, sabe? E escrevia muita poesia. Vim pra cá pra publicar.

    Entrevista ao Pasquim dada por Raul em 1973http://trombeta.cafemusic.com.br/trombeta.cfm?CodigoMateria=393

    em resposta a: Cantores Filosoficos #84323

    Está nos termos do serviço, quando você se registra. Evite internetês. Escreva trabalhando melhor seu português, à seu modo, mas não se entregue ao mau uso da linguagem.Postar para PosteridadeObrigado.

    em resposta a: Algumas duvidas sobre descartes #84316

    Ele se recolhe para meditar e põe em dúvida tudo que sabe e tudo que existe. Mas ele não pode negar que está pensando enquanto duvida, a dúvida é um pensamento, dessa forma ele reconhece que o “eu” é uma coisa pensante. E essa é a primeira verdade que ele encontra.

    em resposta a: Algumas duvidas sobre descartes #84314

    O cogito é citado no Discurso do Método, mas é melhor explicado nas duas primeiras Meditações Metafísicas. Descartes estudou no bom colégio de Pforta, com os sábios da época, e viajou o mundo com Maurício de Nassar. Mas não encontrou o saber sólido e seguro, somente conhecimento inútil e incerto. Ele teve um sonho em que conseguia unificar as ciências em torno de um alicerce, uma pedra fundamental, uma verdade a partir da qual se pudesse partir para investigações mais complexas. Essa verdade é o cogito, por quê?Porque ao meditar ele se recolhe do mundo, e vai abandonando todas as noções do mundo que podem ser vagas ou inexatas. Mesmo as verdades matemáticas podem apresentar margem à dúvida. Ele chega então à hipótese do Gênio Maligno e do Deus Enganador, que lhe põe a aparência das coisas em tudo que lhe chega aos sentidos e mesmo à inteligência. Diante desse quadro, terrível, nada tem realidade comprovada, nem as estrelas do céu, nem o firmamento, nem o mar, nem os homens, nem que dois e dois são quatro. Como escapar desse quadro? Ora, a frase "penso, logo sou" para Descartes é verdadeira toda a vez que ele a enuncia em seu espírito. Porque, por mais que ele duvidasse de tudo que existisse, ele não poderia duvidar que era uma coisa pensante, um pensamento que de tudo duvidava. Então ele chega à existência necessária desse pensamento, no interior de sua própria perspectiva subjetiva, e cada vez que ele enuncia a frase "penso, logo sou", ela aparece como necessariamente verdadeira ao seu espírito.abs

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