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Miguel DuclósMembro
Bom, sobre um resumo do percurso das Meditações que chega ao ponto fundamental, ao alicerce da filosofia da consciência do Descartes, você já leu http://www.consciencia.org/descartes_meditações.shtml ?O Deus das meditações de Descartes é o que garante a objetividade do mundo. A hipótese do Deus Enganador no percurso do cogito é descartada depois; o fato de Deus ser bondoso é o passo que permite superar o solipsismo. Descartes afirmava que o homem, não obstante finito, tem o poder de conceber o que é o infinito, e isso seria como a marca do artista (Deus) em sua obra. Dessa forma, à idéia de Deus corresponde a realidade de Deus.Tenho o dicionário Descartes do John Cottinghan da Zahar aqui, posso escanear alguns verbetes, se você quiser.abs
Miguel DuclósMembroOlá, Necessito conseguir um trabalho, acredito que do Maurício de Sousa, onde o mito da caverna é apresentado em forma de desenho em quadrinhos.
Tem estas tirinhas no site da Mônica. O Link é http://www.monica.com.br/comics/piteco/welcome.htmabs
Miguel DuclósMembroNo mais, basta lembrar que a origem da al Qaeda é saudita.
Olha, a família Bin Laden é uma família rica e notória da Arábia, e muito amiga da elite estadunidense, especialmente da família Bush. Isso fica bem claro no documentário do cineasta Michael Moore. O Bin Laden seria uma ovelha negra, um desgarrado? Talvez não, visto que ele próprio já trabalhou para a CIA. Al Qaeda era o nome da base de dados da inteligência americana com o nome dos recrutados para combater os russos no Afeganistão. A suspeita é que Al Qaeda tenha sido abordada pela ideologia Ocidental para justificar a política externa imperialista e unilateral no Golfo Pérsico, na luta pela região estratégica das reservas de petróleo. Usando a desculpa de combater o terrorismo e o eixo do mal (vocabulário falso que usa a mítica da segunda guerra mundial), os EUA seguem seu processo de destruição e controle dos poços, subjugando a resistência árabe. Um autor fundamental nesse aspecto é o filósofo francês Thierry Meyssan ( http://fr.wikipedia.org/wiki/Thierry_Meyssan ), do Reseau Voltaire, ativista que publicou uma investigação racional sobre a incongruência dos dados oficiais acerca dos atentados de 11/09, sugerindo a hipótese de que tais atentados não foram cometidos pela tal "Al Qaeda", mas sim por grupos de extrema direita infiltrados na própria estrutura de poder dos EUA, interessados em inflar a indústria bélica e fazer guerra pelo mundo. Essa hipótese, no início taxada como teoria da conspiração, já está mais bem aceita inclusive nos EUA. O cinema abordou de forma discreta por exemplo no filme do V de Vingança.
01/03/2007 às 15:46 em resposta a: Como Dilthey concebe a história do pensamento (e da filosofia)? #84282Miguel DuclósMembroNiccola Abbagnano, Dilthey, História da Filosofia, vol. 12.§ 736. DILTHEY: A EXPERIÊNCIA VIVIDA E O COMPREENDERO fundador do historicismo alemão foi Wilhelm Dilthey, nascido emBiebrich, no Reno, a 19 de Novembro de 1883 e que morreu em Siusi a 1de Outubro de 1911. Professor em Berlim. (onde foi sucessor de Lotze),contemporâneo dos maiores historiadores alemães (Mommsen, Burckhardt,Zeller), foi ele mesmo, antes de tudo, um historiador que trabalhoudurante toda a sua vida numa história universal do espírito europeu,publicando partes dela sob a forma de estudos. Tais estudos versamespecialmente sobre a Vida de Schleiermacher (1867−70); sobre oRenascimento e a Reforma (A intuição da vida no Renascimento e naReforma, 1891−1900); sobre os escritos juvenis de Hegel (1905); sobre oRomantismo (Experiência vivida e poesia, 1905), e, ainda, sobreestética moderna ( As três etapas da estética moderna, 1892). Enquantonestes e em outros ensaios menores Dilthey continuava a investigação histórica, ia aomesmo tempo elaborando o problema do método e dos fundamentos de talinvestigação: Introdução às ciências do espírito (1883); Ideias parauma psicologia descritiva e analítica (1894); Contribuição para oestudo da individualidade (1896); Estudos sobre os fundamentos dasciências do espírito (1905); A essência da filosofia (1907); Aconstrução do mundo histórico nas ciências e no espírito (1910); Ostipos de intuição do mundo (1911). Novos estudos sobre a construção domundo histórico nas ciênciase no espírito (póstumo).Os últimos escritos ou, melhor dizendo, os posteriores a 1905, são osmais importantes visto conterem a expressão mais amadurecida dopensamento de Dflthey.Já na Introdução às ciências do espírito Dilthey tinha insistido nadiversidade do objecto destas ciências relativamente às ciênciasnaturais. O objecto de tais ciências é, em primeiro lugar, o homem nassuas relações sociais, ou seja, na sua história. A historicidadeessencial ou constitutiva do homem e, em geral, do mundo humano, é aprimeira tese fundamental de Dilthey. Em segundo lugar, o mundohistórico é constituído por indivíduos que, enquanto "unidadespsicofísicas vivas", são os elementos fundamentais da sociedade: é porisso que o objectivo das ciências do espírito é "o de reunir o singulare o individual na realidade histórico−social, de observar como asconcordâncias (sociais) agem na formação do singular". Por isso, nodomínio das ciências do espírito, a historiografia tem um carácterindividualizante e tende a ver o universal no particulare a prescindir do "substracto que constitui em qualquer tempo oelemento comum da natureza humana", enquanto a psicologia e aantropologia, e em geral todas as ciências sociais, procuram descobrira uniformidade do mundo humano. Como já vimos, Windelband e Rickert (§§727−28) insistiram no carácter individualizante das ciênciashistoriográficas. Em terceiro lugar −e é esta, para Dilthey, adiferença fundamental−o objecto das ciências do espírito não é externoao homem mas interno: não é conhecido, como o objecto natural, atravésda experiência externa, mas sim através da experiência interna, a única pelaqual o homem se apreende asi mesmo. Dilthey chama Erlebenis a esta experiência, e considera−acomo a fonte donde o mundo externo retira "a sua origem autónoma e oseu material" (Gesammelte Schriften, 1, p. 9). Erlebenis significa"experiência vivente" ou "vivida" e distingue−se, por exemplo, da"reflexão" −de Locke porque tem não só o carácter de uma representaçãomas, também, o do sentimento e da vontade. Isto constitui a quartadistinção fundamental entre ciência da natureza eciência do espírito: as primeiras têm um carácter exclusivamenteteórico; as segundas, devido ao órgão que lhes é próprio, têmsimultaneamente carácter teórico, sentimental e prático.No entanto, esta diferença entre os objectos de cada um dos dois gruposde ciências não se baseia, segundo Dilthey, numa diversidade metafísicaou de substância que lhes seja inerente. Também não é redutível, comoqueria Windelband, a uma simples diferença de método, terá antes a suaraiz numa diversidade de atitude, ou seja, na diversidade de relaçõesque o homem vem a estabelecer entre si e o objecto de cada um dos doisgrupos de investigação. Nas ciências naturais o homem tenta construiruma totalidade a partir de uma pluralidade de elementos separados,enquanto que nas ciências do espírito parte da relação imediata queexiste com o objecto. É por isso que o ideal das ciências da natureza éa conceitualidade e o das ciências do espírito é acompreensão (Ges. Schr., V, p. 265).O compreender é assim a operação cognitiva fundamental no campo dasciências do espírito; e omaterial ou o ponto de partida desta operação é aexperiência vivida. O objecto do compreender é aindividualidade; mas, como a individualidade não pode ser atingida anão ser através de um conjunto complexo de actos generalizantes, elaapresenta−se, nas ciências do espírito, sob a forma de tipo. NoContributo ao estudo da individualidade, Dilthey considera o tipo comosendo o termo médio entre a uniformidade e o indivíduo, isto é, como umconjunto de caracteres constantes que têm relações funcionais um com ooutro, que variam correlativamente e que se acompanham constantemente(1b., V, p. 270).O tipo é, segundo Dilthey, o objecto específico da poesia e, em geral,da arte, que ele considera, por isso, um "órgão da compreensão da vida"Qb., p.274); e esta noção serve−lhe para definir a tarefa das ciências doespírito como sendo a "de unir num sistema a constatação do elementocomum numcerto campo e a individualização que nele se realiza", isto é,compreender a individualidade a partir da uniformidade em que ela seinsere (Ib., p. 272).O compreender, tendo por objecto os tipos e as suas relações internasfuncionais, distingue−se assim do explicar, que é a operaçãogeneralizante própria das ciências naturais e que consiste emesclarecer as conexões causais entre os objectos externos daexperiência sensível.Todas as análises de Dilthey, que nos seus escritos reviasistematicamente as suas posições, a fim de aclarar e determinar (nemsempre com sucesso)213o seu pensamento, centram−se sobre a natureza do compreender e daexperiência vivida que é o seuponto de partida ou fundamento. Dado que a experiência vivida é,enquanto tal, subjectiva, íntima eincomunicável, não permite por si só fundar umaciência qualquer; por isso Dilthey dirigiu os seusesforços no sentido de encontrar as relações entre ela e os elementosque possam tornar possível e que justifiquem a objectivação e acomunicação dessa experiência vivida. Nos Estudos sobre os fundamentosdas ciências do espírito e na Construção do mundo histórico Dilthey viuna expressão e nocompreender os elementos que, unidos à experiência vivida, dão a estaúltima universalidade, comunicabilidade e objectividade, constituindoportanto, juntamente com ela, a atitude fundamental das ciências doespírito. Esta atitude toma−se possível pelo facto de essa experiênciavivida estar sempre ligada à compreensão de outras experiências vividasque nos são dadas sob a forma de expressão, ou seja, de um"processo em que, de forma externa, reconhecemos algo interno" (Ges.Schrift., VII, p. 309). O homem deixa de estar isolado, a sua vidadeixa de estar fechada na intimidade do seu ou, pois encontra em simesma uma existência autónoma e um desenvolvimento próprio. As relaçõescom a natureza externa e com os outros homens pertencem à sua vida eencontram o seu órgão fundamental no compreender. O compreender é,deste ponto de vista, o reviver e o reproduzir a experiência doutrem: éassim possível um sentir em conjunto com os outros e um214participar das suas emoções (1b., VII, p. 205). No compreenderrealiza−se pois a unidade do sujeito edo objecto que é característica das ciências do espírito. "0compreender, afirma Dilthey, é o reencontro do eu no tu; mas o espíritoatinge graus sempre superiores de conexão, e esta identidade doespírito no eu, no tu, num qualquer sujeito de uma comunidade, emqualquer sistema de cultura e, finalmente, na totalidade do espírito ena história universal, torna possível a colaboração das diversasoperações nasciências do espírito. O sujeito do saber é aqui idêntico ao seu objectoe este é o mesmo em todos os graus da sua objectivação" (Ib., p. 191).Ora, segundo Dilthey, o compreender realiza−se através de diversosinstrumentos que constituem ascategorias da razão histórica. Tais categorias não são formas a priorido intelecto; constituem antes os modos de apreensão do mundo históricoe também as estruturas fundamentais desse mundo. O seu significadoobjectivo é, porém, o mais relevante, já que não pode ser esclarecidosenão através de uma análise do mundo histórico.§ 737. DILTHEY: AS ESTRUTURAS DO MUNDO HISTÓRICOA primeira categoria do mundo histórico, sobre a qual se baseiam todasas outras, é a vida. A vida não é, para Dilthey, nem uma noçãobiológica nemum conceito metafísico, mas sim a existência do215indivíduo singular nas suas relações com os outrosindivíduos. Ela é pois a própria situação do homem no mundo, sempredeterminada espacial e temporalmente, pelo que compreende inclusivetodos os produtos da actividade humana associada e o modo como osindivíduos os executam ou os avaliam. Se a experiência vivida é aprópria vida imediata, o compreender a vida é a sua objectivação; e aobjectivação da vida é designada por Dilthey, em termoshegelianos, espírito objectivo. Mas o espírito objectivo, que paraHegel era a própria razão tornada instituição ou sistema social, é paraDilthey apenas o conjunto das manifestações em que a vida se objectivouno decurso do sou desenvolvimento e que acompanham estedesenvolvimento. Afirma Dilthey: "Tudo sai da actividade espiritual eadquire portanto o carácter de historicidade, inserindo−se, comoproduto da história, no próprio mundo sensível. Desde a distribuiçãodas árvores num parque ou das casas numa estrada, desde os instrumentosdo trabalhador manual até às sentenças de um tribunal, tudo está ànossa volta, em qualquer altura, surgindo historicamente. O espírito,hoje, introduz−se nas próprias manifestações da vida e, amanhã, faz asuahistória. Enquanto o tempo passa, nós continuamos rodeados pelas ruínasde Roma, pelas catedrais, pelos castelos. A história não está separadada vida, não se distingue do presente pela sua distância temporal"(Ges. Schrilt. VII, p. 148).A segunda categoria fundamental da razão histórica é a da conexãodinâmica (Wirkungszusammenhang). A conexão dinâmica distingue−se da conexão causal da naturezana medida em que "produz valores e realiza fins". Dilthey fala por issodo carácter "teleológico−imanente" da conexão dinâmica e considera comoconexões dinâmicas (ou "estruturais", como também afirma) osindivíduos, as instituições, a comunidade, a civilização, a épocahistórica e aprópria totalidade do mundo histórico que é constituída por um númeroinfinito de conexões estruturais. O traço característico da estrutura éa auto−centralidade: toda a estrutura tem o seu centro em si própria."Assim como o indivíduo, afirma Dilthey, também qualquer sistemacultural, ou qualquer comunidade, tem o seu centro em si mesma. Nele seligam num todo único a interpretação da realidade, a valoração e aprodução de bens" (1b., p. 154). Esta auto−centralidade estabeleceentre as parte e otodo de uma estrutura uma relação que constitui oseu significado. O significado de uma estrutura qualquer pode por issoser determinado a partir dos valores e dos fins em que ela se centra.Segundo Dilthey, a época histórica possui em alto grau estacaracterística de auto−centralidade. "Toda aépoca é determinada de uma forma intrínseca pelo sentido da vida, domundo sentimental, da elaboração dos valores e das respectivasrepresentações ideais dos fins. É histórico todo o agir que se insiraneste sentido: ele constitui o horizonte da época edetermina o significado de qualquer parte do seusistema. É esta a auto−centralidade da época, na qual se resolve oproblema do significado e do sentido que se possam encontrar na história" (Ib., p. 186). Não existe porém um determinismo rigoroso no que respeita à natureza e ao comportamento dosindivíduos que pertencem a determinada época histórica; em todas asépocas se podem encontrar forças contrárias às que constituem aestrutura dominante. Cada época implica uma referência à épocaprecedente, da qual recebe os efeitos nas suas forças activas eimplica, desse modo, o esforço criador que prepara a época seguinte."Assim como ela se originou pela insuficiência da época precedente, domesmo modo leva consigo os limites, os desacordos e as dores quepreparam a época futura". O florescimento de uma época é breve; e deuma época aoutra vai−se transmitindo "a sede de uma satisfação total, que nuncapode ser saciada" (Ib., p. 187).A esta sucessão das épocas não preside, segundo Dilthey, nenhumprincípio infinito ou providencial. Dilthey pensa que "toda a forma davida histórica é finita" e que, portanto, não é possível o recursoao absoluto. Os próprios valores nascem e morremna história e, mesmo quando se apresentam como incondicionados, são narealidade relativos e transitórios (Ges. Schrif., VII, p. 290). O quedá continuidade, à história é somente "a continuidade da forçacriadora", ou seja, da actividade humana que produz o mundo histórico.Mas "a consciência histórica da finitude de todo o fenómeno histórico,de toda a situação humana e social, a consciência da relatividade detodas as formas de fé, é o último passo para a libertação do homem"(Ib., p. 290).§ 738. DILTHEY: O CONCEITO DA FILOSOFIAA historicidade e a relatividade dos fenómenos históricos chocam−se,segundo Dilthey, com a própria filosofia. A filosofia é historicamentecondicionada, do mesmo modo que qualquer outro produto do homem, e assuas formas históricas são por isso diferentes e irredutíveis entre si;mas, por outro lado, a sua consideração histórica mostra que existem emtodas as filosofias "traços de natureza formal" que são essencialmentedois: toda a filosofia se baseia, em primeiro lugar, na totalidade daconsciência eprocura, partindo desta base, esclarecer o mistério do mundo e da vida:e, em segundo lugar, toda afilosofia tenta alcançar uma validade universal. Devido à primeiracaracterística, a filosofia é uma intuição do mundo e apresenta,portanto, uma forma fundamental comum com a religião e a arte. Defacto, em cada momento da nossa existência está implícita uma relaçãoda nossa vida singular com omundo que nos rodeia como uma totalidade intuída. A intuição filosóficado mundo distingue−se da religiosa pela sua validade universal e daartística porser uma força que quer reformar a vida (Das Wesen der Phil., em Ges.Schrift., V, p. 400). Quando aintuição do mundo é compreendida conceptualmente, ficando assimdefinida e dotada de validade universal, recebe o nome de metafísica. Ametafísica pode ter infinitas formas que diferem entre si pordiferenças substanciais ou acidentais. Contudo, podem−se distinguiralguns tipos fundamentais, que se radicamnas diferenças decisivas das várias intuições do mundo. Estes tipos sãotrês:O primeiro é o do naturalismo materialista ou positivista (Demócrito,Lucrécio, Epicuro, Hobbes, os Enciclopedistas, os materialistasmodernos, Comte). Esta intuição do mundo baseia−se no conceito de causae, portanto, da natureza como conjunto de factos que constituem umaordem necessária. Na natureza assim entendida não há lugar para osconceitos de valor e de fim, e a vida espiritual aparece forçosamentecomo "uma interpolação na contextura do mundo físico".O segundo tipo de intuição filosófica do mundo é o idealismo objectivo(Heraclito, estóicos, Espinosa, Leibniz, Shaftesbury, Goethe,Schelling, Schleiermacher, Hegel). Esta intuição do mundo baseia−se navida do sentimento e é dominada pelo sentido do valor e significação domundo. Toda a realidade aparece como expressão de um princípiointerior, sendo por isso entendida como uma conexão espiritual queactua consciente ou inconscientemente. Este ponto de vista leva a vernos fenómenos do mundo manifestações de uma divindade imanente(Pariteísmo).O terceiro tipo de intuição do mundo é o do idealismo da liberdade(Platão, filosofia helenístico−romana, Cícero, especulação cristã,Kant, Fichte, Maine de Biran, etc.). Esta doutrina interpreta omundo em termos de vontade e, portanto, afirma a independência doespírito relativamente à natureza, isto é, a sua transcendência. Daprojecção do espírito sobre o universo originam−se os conceitos depersonalidade divina, de criação, de soberania da pessoa sobre o curso domundo.Cada um destes tipos dá às diferentes produções de uma qualquerpersonalidade singular uma unidade intrínseca; e nisto reside a suaforça. Cada tipo emprega um facto último de consciência, uma categoria.O materialismo, a categoria de causa; o idealismo objectivo, acategoria de valor; o idealismo subjectivo, a categoria de finalidade.Cada uma destas categorias fundamentais é uma relação entre ohomem e o mundo; mas não é possível uma relação total que resulte doconjunto destas três categorias. Isto significa que a metafísica éimpossível: deverá, com efeito, tentar unir ilusoriamente taiscategorias ou mutilar a nossa relação vivida com o mundo, reduzindo−a auma só delas. A metafísica é impossível mesmo no âmbito de cada um dostrês tipos fundamentais, já que não é possível determinar a unidadeúltima da ordem causal (positivismo), nem o valor incondicionado(idealismo objectivo), nem o fim absoluto (idealismo subjectivo).Contudo, a última palavra não é a relatividade das intuições do mundomas a soberania do espírito frente a todas elas e, ao mesmo tempo, aconsciência positiva de que na suadiversidade se expressa a plurilateralidade do mundo e de que estaconsciência constitui precisamente aúnica realidade do mundo (Ib., p. 406). O carácter mais universal dafilosofia consiste na natureza da compreensão objectiva e do pensamentoconceptual, no qual se baseia. O proceder do pensamento expressa anecessidade da natureza humana de estabelecer solidamente a posição dohomem frente ao mundo, o esforço por romper os laços que prendem a vida às suascondições limitadoras. Este esforço constitui a função universal dafilosofia e a última unidade de todas as suas manifestações históricas.§ 739. SIMMELNa obra de Dilthey, a metodologia das ciências do espírito foienriquecida por determinações e esclarecimentos, os quais constituíammodificações oudesenvolvimentos substanciais em relação à obra de Weber. Os outroshistoriadores alemães, que desenvolveram as suas doutrinas em polémicacom Dilthey ou continuando−o, manifestam a tendência para acentuaraspectos subordinados ou parciais da filosofia de Dilthey ou paracorrigi−lo recorrendo ao absoluto e evidenciando um retorno parcial aohegelianismo. Entre os primeiros, Simmel e Spengler desenvolvem orelativismo de Dilthey tentando fazer dele uma metafísica da vida.Entre os segundos, Troeltsch e Meinecke procuram conciliar ohistoricismo com valores absolutos e efectuam um retorno parcial aoconceito romântico da história. Vimos anteriormente (§§ 727−28) queWindelband e Rickert, seguindo a mesma orientação, polemizaram contra orelativismo dos valores, colocando−os a um nível em que não podem seralternados pelas vicissitudes da história.George Simmol (1858−1918) é autor de numerosas obras filosóficas esociológicas: O problema da filosofia da história (1892); Introdução àciência moral (1892); Filosofia da moeda (1900); Sociologia (1910); Problemasfundamentais. da filosofia (1910); Problemas de Sociologia (1917); Aintuição da vida (1918); e ainda de trabalhos históricos sobre l(ant(1903), sobre Schopenhauer e Nietzsche (1916) e sobre a situaçãoespiritual da época da primeira guerra mundial (A guerra e a decisãoespiritual, 1917; O conflito da cultura moderna, 1918).Se bem que a filosofia de Siminel se oriente para o relativismo, elacomeçou por defender algumas exigências da escola de Baden, em primeirolugar a de reconhecer ao valor ou dever ser uni status independente dassituações históricas. Assim, na Introdução à ciência moral, Simmelafirma que o dever ser é uma "categoria natural do pensamento", do mesmo modo que oser, reconhecendo depois que ele age e vive somente na consciênciaempírica do homem e em relação com o conteúdo psicológico dela. E nosProblemas fundamentais, da filosofia, juntamente com o sujeito e oobjecto, considerados nas suas relações funcionais, Simmel reconhece aexistência de um terceiro reino de conteúdos ideais independentementedas suas realizações no sujeito ou no objecto, o reino das ideiasplatónicas, e ainda um quarto reino que é o das exigências ideais e dodever ser. No entanto, nada disto impediu Simmel de se orientar parauma forma de relativismo radical baseada numa metafísica da vida.Simmel foi conduzido a esta orientação pela exigência de criação dasciências do espírito, especialmente a historiografia e a sociologia.Por se preocupar com o problema da história, Simmel. é levado a pô−loem termos análogos aos utilizados por Kant ao considerar o problema danatureza: trata−se agora de determinar a possibilidade da história, domesmo modo que Kant determinou a possibilidade da natureza. Mas asolução dada por Simmel é completamente diferente da de Kant. Apossibilidade da história não reside em condições apriori, em formas intelectuais independentes da experiência: ascategorias e princípios que ordenam omaterial historiográfico e o constituem numa imagem que não é de modoalgum a cópia dos dados em que se baseia, são eles próprios empíricos epertencem à experiência psicológica, pelo que "a psicologia é o apriori da ciência histórica" (Die Probleme der Geschichtesphilosophie,p. 33). Como condições psicológicas, as categorias da investigaçãohistórica podem modificar−se, e modificam−se, com o desenvolvimentohistórico; e, assim, acontece que a realidade histórica pode serinterpretada segundo diversas categorias e dar lugar a diversasrepresentações historiográficas. Não são portanto, no sentido próprio,leis da realidade histórica. O reagrupamento dos factos segundo umdeterminado conceito não vale como lei determinante que supõe a acçãode factores objectivos constantes (Ib., p. 91). Deste ponto de vista,não se pode pôr o problema do significado total da história e toda asua solução é reenviada para o domínio da fé (Ib., págs. 72 e segs.).Analogamente, a sociologia não pode ter a pretensão de esclarecer anatureza e o significado da sociedade como um todo; ela temsimplesmente como objectoas formas de associação assumidas pelas relações entre os indivíduos. Edistingue−se das ciências sociais particulares porque enquanto nestasos fenómenos sociais são considerados nos seus conteúdos, na sociologiasão apenas considerados como modalidade das relações entre osindivíduos (Soziologie, p. 12).Num artigo de 1895, ao polemizar contra a noção de verdade absoluta,Simmel chega a reconhecer o carácter pragmático da própria verdade. Se,de facto, negarmos o valor absoluto da verdade, não poderemosaplicar−lhe outro critério senão o da sua utilidade, ou seja, o da suacoerência com a prática, e nesse caso a verdade é o resultado daselecção biológica e identifica−se com a própria finalidade da espéciehumana. Estes conceitos orientam a sua ulterior actividade para umametafísica da vida. Deste ponto de vista, a filosofia não é uma ciênciaobjectiva mas "a reacção do homem à totalidade do sem.É assim que ela aparece definida nos Problemas, fundamentais dafilosofia. O que a impede de reduzir−sea uma opinião do sujeito individual é a sua tipologia, ou seja, o factode ela não exprimir o indivíduo mas antes a espiritualidade típica: aqual garante uma possibilidade de comunicação entre os indivíduos quefilosofam, mas não a concordância das suas filosofias. As análiseshistóricas de Simmel tendem precisamente a caracterizar algumas destasespiritualidades típicas; é assim que ele vê em Schopenhauer eNietzsche dois tipos opostos e inconciliáveis de filosofia: a negaçãodo valor da vida e a afirmação do seu valor para além de qualquer privação ou dor. Mas deste ponto de vista a vida torna−se o verdadeiro eúnico sujeito da história e −aúnica substância das coisas: uma realidade metafísica. Mais do que paraDilthey, que considerara a vida apenas enquanto situação do homem nomundo, esta noção remete talvez para Bergson. Simmel entende a vida nosentido da duração real de Bergson. (§ 693), ou seja, como continuidadeem que o presente inclui o passado e não como sucessão de estadosdiferentes ou diferenciáveis. Neste sentido a vida é o próprio tempoconcreto, enquanto que otempo é, em si, a forma abstracta da vida (Lebensanschauung, págs.11−12). A vida prossegue dentro de formas determinadas masultrapassando essas formas na continuidade do seu processo. Devido aesta continuidade ela será mais−vida (Mehr−Leben), porque se transcendea si mesma; enquanto que nas formas por ela criadas é mais−que−vida(Mehr−als−Leben), por se conseguir impor ao seu processo temporal.Logo, este processo inclui a morte, isto é, o destino inevitável detodas as formas de vida (Ib., págs. 22 e segs.). O mundo histórico,aquele que é objecto do conhecimento histórico, é uma forma da vida nosentido muito específico de ser uma emergência de uma estrutura idealacima da continuidade do processo vital: uma emergência que reivindicauma certa autonomia relativamente a esse processo e que entra emrelação ideal com outras formas da vida, por permanecer, tal como essasoutras formas, sobreposta à continuidade da vida. A relação e,simultaneamente, a separação entre a vida e um qualquer elementoideal (valor, dever ser, forma, mundo histórico) parece ter sido o temaconstante da filosofia de Simmel.
Miguel DuclósMembroSobre o tópico, poderíamos precisar melhor o que são árabes. Os iranianos, por exemplo, se consideram “persas” e não árabes. A arábia Saudita, por outro lado, é notória aliada do Ocidente e atua como anti-catalizador de insurgências na região.Você pegou o problema, que não deveria nem estar em forma de interrogação. É um desmonte de ideologia que precisa ser feito. Um dos principais pontos da garantia ideológica da interveção militar é a alegação de fanatismo, que é quase completamente falsa, pois passada de forma de verdadeira caricatura.
Miguel DuclósMembroPrimeiro quero dizer que a primazia de colocar o um link do Le Monde Diplomatique neste fórum É MINHA!!! >:(
O Diplomatique é famoso, conhecido há tempos. E também já havia citado no fórum há anos:http://www.consciencia.org/forum/index.php/topic,7.msg2605.html#msg2605É um bom site, mas ele vem perdendo contundência com os anos. Acho que a ameaça de crítica anti-globalização que vislumbramos no início do milênio arrefeceu.
Miguel DuclósMembroO que acharam da recente manifestação da Igreja Católica sobre o problema da Amazônia? Tem força para uma mobilização de peso?http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/02/21/ult1809u10711.jhtmhttp://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/02/21/igreja_catolica_junta_se_a_luta_pela_preservacao_da_amazonia_689139.htmlA Igreja está focada no Brasil, como o maior país católico do mundo que vem se transformando em evangélico. Está saindo o primeiro Santo Brasileiro na próxima visita do Papa ao país, o Santo Galvão.Abaixo uma postagem numa comunidade de Amazônia no Orkut:_____Vivo na Amazônia....Vejo diariamente os grandes navios passarem aki em frente de casa, moro no encontro das águas, dos grandes rios Tapajós e Amazonas.Todos com destino a europa, américa do norte, Asia.Levando o que? A "nossa" Amazônia. Madeira, Ouro, Bauxita, Castanha e tudo mais.....A Alcoa(Suíssa) está em fase de implantação, em Juruti-PA. Exploração de bauxita(matéria prima do alumínio). Vai ocupar um local onde há assentamentos de produtores rurais, pagando o valor de R$0,05 o metro quadrado.A área que vai ocupar, tem nada menos do que 30 mil castanheiras centenárias, todas virão ao chão. Aprovado pelo nosso atual Governo Em Porto Trombetas-PA, uma empresa americana há anos vem explorando o mesmo material. Aki ao sul, uma empresa canadense explora ouro e muito ouro.E muito mais...só a gente que anda nestes confins é que sabe, pois os olhos vêem diariamente.O que fazer? Dúvido que possamos fazer algo. Cabe relatar, assinar, mas como disse o autor deste tópico. O dinheiro fala mais alto.O dinheiro pode não comprar nossa moral e ética, mas já foi nos provado e comprovado que a grande maioria dos governantes só se importam com o dinheiro, e a maioria lá é que tem a palavra final. Amazônia ainda será foco da 3a guerra mundial, escrevam o que estou dizendo. O mundo brigando pela, "ÁGUA" que existe aki.O Brasil???? Nem os traficantes nas favelas são derrotados, imagine defender a Amazônia.Façamos nossa parte. Abraço_______Muitas outras notícias, matérias e denúncias similares chegam, de várias regiões, acerca do desmatamente acelerado, roubo de biodiversidade e perda de soberania. É uma pauta que não descansa.
Miguel DuclósMembro“Uma família do MalTerça-feira, Fevereiro 27, 2007Goyaałé nasceu em território Bedonkohe, dos Apaches, no dia 16 de junho de 1829 e morreu em 17 de fevereiro de 1909 como prisioneiro de guerra do Governo dos Estados Unidos da América. Durante vinte e cinco anos combateu o Estado americano e suas tropas foram uma das últimas a se renderem, em 4 de setembro de 1886 (Tatanka Iyotanka, dos Sioux, se rendera cinco anos antes, em 19 de julho de 1881). Ficou famoso com o apelido de Gerônimo.Em 1918, três membros de uma clube de estudantes da Universidade de Yale profanaram a tumba de Goyaałé, roubaram seus ossos e os utilizaram em rituais do clube, que incluíam beijar o crânio como “iniciação”. Um dos três profanadores era Prescott Bush (então com 23 anos), pai de George H. Bush, o ex, e portanto avô do George W. Bush, o atual.A história era sempre dispensada como boato diante dos protestos e pedidos de investigação dos apaches, até que em junho de 2006 acharam evidência documental de que de fato ocorreu.Eu não consigo nem expressar minha indignação de maneira apropriada. Essa ato bárbaro é uma representação de como iria agir, num crescendo de horror, o filho e depois, numa escala ainda maior, o neto… quer dizer, Gerônimo lutou a vida toda contra a invasão e genocídio dos americanos, é um símbolo de resistência ao imperialismo dos EUA… e então a sua tumba é profanada pelo patriarca Bush.É como e o netinho tivesse transformado a lanchonete de 3 funcionários do vovô num McDonalds. Só que o negócio da família não é hambúrguer. É o Mal."Fonte: http://blog.cybershark.net/daniduc/Pesquisas em várias fontes, como a Wikipédia em inglês, podem dar mais detalhes sobre os assuntos citados. Lembrando que podemos fazer a associação com a Guerra do Iraque pois lá também houve formas de profanação, especialmente os museus das civilizações antigas tiveram seu acervo saqueado ou destruído. Aliás, tem poucas notícias sobre o assunto, mas parece que houve uma defasagem bem grave neste patrimônio.
Miguel DuclósMembroOlá KathyA coisa toda é complicada e exige uma investigação ampla. Eu diria que seu professor foi inexato ao precisar os termos. O seu colega na faculdade foi mais sensato.O comunismo é um tipo do socialismo. Porém, de acordo com as correntes marxistas, a quem o comunismo é geralmente associado (ao passo que o Socialismo tem outras escolas, diferentes do marxismo), o comunismo seria como um estágio avançado do socialismo. Este seria um estado de transição entre o capitalismo e o comunismo. O sucessor imediato do capitalismo só pode ser o socialismo, e não o comunismo. Existe a coletivização dos meios de produção e a abolição do trabalho alienado. O desenrolar da marcha socialista desenbocaria no seu objetivo, que é a sociedade comunista, onde se alcançaria finalmente a igualdade. O comunista prega a ruptura, a necessidade de revolução para romper os ditames e as algemas da sociedade de classes.Os comunistas afirmam que a diferença básica na forma como se distribui a riqueza. No socialismo, de acordo com suas habilidades e seus méritos, no comunismo, de acordo com suas habilidades e suas necessidades. É por isso que se diz que os países socialistas não alcançam o comunismo, pois ficaram distantes da igualdade almejada.
28/02/2007 às 14:02 em resposta a: Porque falamos “americanos”, quando queremos nos referir aos estadunidenses? #81412Miguel DuclósMembro“Antes de falar, é preciso começar por olhar, “senão acrescentam-se palavras a palavras”, como dizia Péguy, “e acaba-se não tendo mais realidade”. E o cineasta explica: “Em geral, não se vêem as coisas. Quanto a mim, tento vê-las. Não vejo de longe, sou míope, mas vejo de pertinho. Tento ver… O título inglês do último livro de James Ellroy é The Six Cold Thousand, ou seja, “Six mille dollars froids”, e o título francês é American death trip. É isso aí. É a globalização…” Outro exemplo: os Estados Unidos. “Noto, simplesmente, que é um país cujos habitantes não têm nome. Americano — isso não quer dizer nada: os mexicanos ou os brasileiros também são americanos. E o Brasil também tem estados unidos; o Canadá também. Então, o que é que isso diz sobre eles, sobre sua história?… A minha hipótese é que não é, de fato, surpreendente que um país cujos habitantes não têm nome precise das histórias dos outros. Como nós, buscam a origem, mas como não têm uma longa história, têm que procurá-la entre os outros: no Vietnã, em Sarajevo…”.”Jean-LUC Godardhttp://diplo.uol.com.br/2001-05,a179
21/02/2007 às 14:35 em resposta a: Porque falamos “americanos”, quando queremos nos referir aos estadunidenses? #81409Miguel DuclósMembroAcho que estadunidense não é ainda uma boa solução. O Brasil por exemplo era conhecido como “Estados Unidos do Brasil”. Estanos Unidos da América não é um bom nome de país. Norte-Americano tampouco resolve o impasse, já que tem Canadá e México.
Miguel DuclósMembroOlá Laumed, eu desenvolvi um texto com este tipo de recomendação. Está em http://www.consciencia.org/livros.html . Neste texto existe um link para a página do prof. Janine Ribeiro também. Mais recentemente têm surgido novas edições e traduções de livros para iniciantes. O importante é separar os que tem um conteúdo sério, ou seja: Não inserem a história da filosofia numa historinha romanceada para adolescentes; não são cheios de amenidades gráficas e tratamente publicitários às páginas; não fazem comparações esdrúxulas entre a filosofia e os produtos de marketing cultural (como essa coleção simpsons e a filosofia, lost e a filosofia etc).Nos textos introdutórios do site ( http://www.consciencia.org/introdutorios.shtml ) tem já alguma coisa boa para você estudar sim. Tem dois ebooks de manuais didáticos, o do Jolivet e o do Morente, alguns capítulos do Bréhier e mais uns tantos resuminhos. Mas é aquela situação de panorama que você deve logo descartar. Após se interessar por um autor, período ou tema, comece a levantar bibliografia específica sobre eles.Sobre livrarias com preços acessíveis, tem links para sebos, inclusive para um guia de sebos em http://www.consciencia.org/links . Se você morar em São Paulo, não perca a feira anual de livros da história na fflch-usp, que oferece lançamentos de várias editoras com 50% de desconto. E existe também uma imensa quantidade de ebooks para download gratuito na internet.
Miguel DuclósMembroCom o bacharelado e o mestrado, você poderá dar aulas no ensino superior, na faculdade de Psicologia. A licenciatura prepara para dar aulas no Ensino Fundamental e principalmente no Médio.
Miguel DuclósMembroOláÉ uma boa questão essa do Pelágio versus o Santo Agostinho. Me relembraram dela esta semana e comecei a ler algo sobre o assunto. Pelágio dizia "Se eu devo, eu posso", ao passo que Agostinho defendia a graça divina para a "salvação". Mais tarde a Igreja adotou a postura de Agostinho como oficial.
Miguel DuclósMembroReligião não quer dizer EXATAMENTE, discussão interna, re-ligare... "do que suponho ser para o que efetivamente Sou"... ?
Segundo Ferrater Mora no verbete religião em seu dicionário, religião pode ter duas origens etimológicas distintas: "Segundo uma, 'religião' procede de religio, voz relacionada com religatio, que é substantivação de religare (="religar", "vincular", "atar"). Segundo outra - apoiada por uma passagem de Cícero, De Off.11, 3, o termo decisivo é religious, que é o mesmo que religens e que significa o contrário de negligens. Na primeira interpretação, o próprio da religião é a subordinação e vinculação com a divindade ; ser religioso é estar religado a Deus. Na segunda interpretação, ser religioso equivale a ser escrupuloso, isto é, escrupuloso no cumprimento dos deveres de cidadão no culto dos deuses da Cidade-Estado. Na primeira interpretação se acentua a dependência do homem em relação à divindade, já que o conceito de religião pode ser entendido de vários modos: como vinculação do homem a Deus ou como união de vários indivíduos para o cumprimento de ritos religiosos. Na segunda, se acentua o motivo ético jurídico. Segundo J. L . L Aranguren , pode se chamar o primeiro sentido de religião propriamente dita, e ao segundo de justiça (na ampla acepção que tinha o vocábulo iustitia entre os romanos). Quando a religião se encarrega exclusivamente da justiça se cai no perigo de se abandonar o especificamente religioso para cuidar somente da moral, como é o caso do pelagianismo. Quando a moral se sacrifica inteiramente pela fé, se cai no perigo de destruir a universalidade da ordem moral e de separar por completo a fé da moral, tal é o caso do luteranismo.(...)"Texto do Cícero De Officis , tradução em inglês: , passagem mencionada a seguir
Furthermore, suppose Jupiter had been wroth, what greater injury could He have inflicted upon Regulus than Regulus brought upon himself? Religious scruple, therefore, had no such preponderance as to outweigh so great expediency." "Or was he afraid that his act would be morally wrong? As to that, first of all, the proverb says, 'Of evils choose the least.' Did that moral wrong then, really involve as great an evil as did that awful torture? And secondly, there are the lines of Accius:
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