DESCARTES: A METAFÍSICA SOB O JUGO DA RAZÃO

Resumo: Vamos mostrar que Descartes é produto de um momento histórico em que havia uma crise hegemônica pela qual a racionalidade burguesa ainda não se afirmara de todo e a metafísica escolástica ainda não houvera perdido totalmente a sua hegemonia, embora a tivesse significativamente debilitada. Ou seja, ele estava, teórica e metodologicamente, em um rito de passagem entre a velha ordem que vinha sendo desconstruída pelas prática e ideologia burguesas e a nova ordem burguesa em processo de construção. O método por ele proposto pode aparentar uma conciliação entre o velho e o novo, mas, a rigor, por meio de uma prudente e sofisticada sutileza, ele se posiciona contra a velha ordem e a favor da nova. Contra o fundamentalismo religioso ainda então vigente e a favor do racionalismo científico de natureza burguesa.

O PROBLEMA FILOSÓFICO DO OUTRO

Sobreleva-se cada vez mais uma Filosofia menos pretensa, ou melhor, menos sistematizada e mais aberta ao diferente.[1] Nosso intento neste ensaio filosófico, não quer ser mais do que insinuações. Até porque, pensamos nós, não são as respostas prontas e acabadas que movem a investigação filosófica. São os problemas, os buracos, as crises, que caracterizam a natureza do pensamento filosófico. Se por um lado, vemos as filosofias, as quais buscam sistematizar o total da existência humana entrar em declínio. Por outro lado, vemos emergir no horizonte da reflexão filosófica, a possibilidade de se pensar o outro, o diferente sem conceitualizá-lo.

A RELIGIÃO – ORIGEM, CRÍTICA E FUNÇÃO

A RELIGIÃO – ORIGEM, CRÍTICA E FUNÇÃO Ricardo Ernesto Rose – Jornalista e Licenciado em Filosofia Origem e desenvolvimento A religião é uma das mais antigas práticas culturais da humanidade, tendo aparecido no período do Paleolítico Superior, há aproximadamente 50.000 anos. Todavia, nossa espécie, homo sapiens, não foi a única a se dedicar a práticas … Ler mais

Cap. 9 – O Classicismo de São Tomás de Aquino – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares Lição IX O CLASSICISMO DE SANTO TOMÁS DE AQUINO (1)  O CLASSICISMO EM FACE DO ROMANTISMO. — 60. SANTO TOMAS E ARISTÓTELES. — 61. DIFICULDADES DA ONTOLOGIA. — 62. A ANALOGIA DO SER. — 63. O ABGÜMENTO ONTOLÓGICO. — 64. AS IDÉIAS E AS COISAS. — 65. … Ler mais

Cap. VII – O Realismo Aristotélico – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares Lição VII O  REALISMO ARISTOTÉLICO 47.   INTERPRETAÇÃO   REALISTA   DAS   IDÉIAS   PLATÔNICAS.   —   48.   ARISTÓTELES E AS OBJEÇÕES A PLATÃO. — 49. A FILOSOFIA DE ARISTÓTELES. — 50.   SUBSTÂNCIA,   ESSÊNCIA, ACIDENTE.  — 51.   A  MATÉRIA  E   A  FORMA.  — 62.   —  TEOLOGIA   DE   ARISTÓTELES. 47.   Interpretação realista das … Ler mais

cap. IV – Os Problemas da Ontologia – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares PARTE  HISTÓRICA Lição IV OS PROBLEMAS DA ONTOLOGIA 27. QUE É O SER? IMPOSSIBILIDADE DE DEFINIR O SER. — 28.  QUEM É O SER?  — 29.  EXISTÊNCIA E  CONSISTÊNCIA.  — 30.   QUEM EXISTE? Nas lições anteriores tentamos realizar algumas excursões pelo campo da filosofia, mas limitando-nos a … Ler mais

Cap. 13. O Sistema de Descartes – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares LIÇÃO XIII O SISTEMA DE DESCARTES 88.   DIFICULDADE   DO   IDEALISMO   FACE   A   FACILIDADE   NO   REALISMO.—  89.  O PENSAMENTO E O EU. — 90. Ò EU COMO «COISA EM SI». — 91. A REALIDADE COMO PROBLEMA. — 92. O PENSAMENTO CLABO E DISTINTO.—  93. A HIPÓTESE DO GÊNIO … Ler mais

Cap. 12 – Análise Ontológica da Fé. – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares Lição XII ANÁLISE   ONTOLÓGICA   DA   FÉ    (1) 81. QUATRO ASPECTOS DO ATO DE FÉ. — 82. O OBJETO E O ATO NA FÉ. — 83. EVIDÊNCIA E INEVIDÊNCIA. — 84. AUTORIDADE RELATIVA E ABSOLUTA. — 85. INEVIDÊNCIA RELATIVA E ABSOLUTA. — 86. A OPOSIÇÃO & FÉ RELIGIOSA … Ler mais

Deus – Atributos Entitativos – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet Capítulo Segundo ATRIBUTOS   ENTITATIVOS 220 Chamam-se atributos entitativos (ou metafísicos) aqueles que se referem ao próprio ser de Deus. Estes atributos são os seguintes : 1.       Simplicidade. — Deus não é composto de partes, nem quantitativas, nem metafísicas, nem mesmo lógicas. Com efeito, toda composição supõe imperfeição, pois o … Ler mais

TEODICÉIA – Curso de Filosofia de Régis Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet TEODICÉIA PRELIMINARES 198      1.    Natureza da Teodicéia. a)         Definição nominal. A palavra Teodicéia vem de duas palavras gregas que significam justificação de Deus, e era reservada inicialmente às obras destinadas a defender a Providência contra as dificuldades que se levantam com o problema da existência do mal. b)         Definição … Ler mais

ORDO COGNOSCENDI E ORDO ESSENDI – COMENTÁRIOS ACERCA DAS REFLEXÕES DE PAUL RICOEUR ÀS MEDITAÇÕES DE RENÉ DESCARTES

ORDO COGNOSCENDI E ORDO ESSENDI: COMENTÁRIOS ACERCA DAS REFLEXÕES DE PAUL RICOEUR ÀS MEDITAÇÕES DE RENEE DESCARTES Josiane Magalhães[1] Ricoeur(1991) em seus comentários sobre as “Meditações” tece uma longa compreensão acerca das três primeiras reflexões de Descartes (1983). Isto porque localiza nessas primeiras linhas uma cisão entre duas fundamentações diferentes para a verdade primeira que … Ler mais

John Locke – biografia e pensamentos

John Locke (1632-1704) nasceu em Wrington, Inglaterra.
Wrington fica perto de Bristol, de onde era a família de Locke. Eles eram burgueses, comerciantes. Com a revolução Inglesa
de 1648, o pai de Locke alistou-se no exército. Locke estudou