A discórdia é a ruína das famílias e das nações (parábola)

A discórdia é a ruína das famílias e das nações (Parábola) Um agricultor possuía certo campo que não produzia senão brutos, enfezados [1] ), porque o solo se havia tornado sáfaro [2]) por falta de cultura durante largos anos. Porem, ainda aqui e acolá, pela extensão da veiga3) vicejaiam algumas árvores e cepas de boas … Ler mais

ORIGENS DOS CONHECIMENTOS DOS ÁRABES, SEU ENSINO E SEUS MÉTODOS

arquitetura arabe

I ORIGEM DOS CONHECIMENTOS C1ENTÍFICOS E LITERÁRIOS DOS ÁRABES. Influência civilização dos persas e bizantinos .sobre os árabes. Como a ciência grega penetrou no Oriente. Traduções dos autores gregos ordenadas pelos califas. Entusiasmo dos árabes pelos estudos científicos e literários. Fundações de bibliotecas, universidades, laboratórios e observatórios. II — MÉTODOS CIENTÍFICOS DOS ÁRABES. Partido que souberam tirar os árabes dos materiais que tinham em mãos. Logo substituem ao estudo dos livros a experiência e a observação. Foram os primeiros a introduzir a experimentação no estudo das ciências. Precisão que este método deu aos seus trabalhos, tornan-do-lhes possíveis importantes descobertas

LUÍS JOSÉ DE CARVALHO MELO (1.° Visconde da Cachoeira)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) LUÍS JOSÉ DE CARVALHO MELO (1.° Visconde da Cachoeira) Nasceu na cidade da Bahia a 6 de maio de 1764 e … Ler mais

O AVÔ – lenda da Mitologia Estoniana

A Origem do Homem lenda da Mitologia estoniana (Estônia)na

 

O AVÔ

O AVÔ vivia lá em cima, no céu, entre as estrelas e atrás da lua. O Avô era sábio, forte e bom, mas era velho, e às vezes sentia-se cansado.

O Avô criou os Kalevs para ajudá-lo. Havia muitos Kalevs, e eram seres gigantescos. Viviam juntos, como irmãos e irmãs, e ajudavam o Avô no que se fazia necessário.

O Avô disse aos Kalevs: "Resolvi criar o mundo".

Os Kalevs responderam: "O que decidistes, em vossa sabedoria, não pode ser mau".

Início do cristianismo na Filosofia dos primeiros padres

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. PARTE III Terceira época – Filosofia patrística (Séc. I — Séc. IX) 48. CRISTIANISMO Ε FILOSOFIA — O advento do Cristianismo divide a história do pensamento, como a história da civilizarão, em duas partes inteiramente distintas. Jesus Cristo não se apresenta ao mundo como um … Ler mais

Filosofia Grega – Período clássico: Sócrates, Platão e Aristóteles

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. CAPÍTULO I I SEGUNDO PERÍODO — (450-300 α. C.) 22. CARÁTER GERAL Ε DIVISÃO — Neste período atinge a filosofia grega o apogeu do desenvolvimento. Surgem os seus maiores pensadores, que, vindicando os direitos da razão contra o ceticismo geral, constróem sobre bases mais sólidas … Ler mais

Filosofia Grega – Noções de Filosofia

Escola de Atenas de Rafael Sanzio

12. A FILOSOFIA NA GRÉCIA — "O pequeno território da Hélade foi como o berço de quase todas as idéias que na filosofia, nas ciências, nas artes e em grande parte nas instituições vieram incorporar-se à civilização moderna" (13). Providencialmente situado entre o Oriente asiático e a Europa ocidental, liberalmente aquinhoado pela natureza de eminentes dotes espirituais — fantasia criadora e raro poder de generalização — dotado de instituições sociais e políticas que estimulavam a iniciativa individual, o povo grego recolheu os materiais das grandes civilizações, que al-voreceram nos impérios da Ásia, trabalhou-os com o seu espírito sintético e artístico e, com eles, elevou este grandioso e soberbo monumento de cultura, objeto de imitação e admiração dos séculos posteriores.

A filosofia, sobretudo, medrou na Grécia como em terra nativa. Seus grandes gênios dominaram as gerações pelo vigor incontestável do pensamento. Pode mesmo afoitamente afirmar-se que não há, no campo da especulação, teoria moderna que não encontre o seu germe nas idéias de algum pensador grego.

Este grande movimento filosófico, que abrange um período de mais de dez séculos, segue a princípio uma direção centrípeta. Parte das numerosas colônias gregas da Itália e da Ásia Menor e converge para Atenas. Neste foco de cultura atinge, no século de Péricles, o fastígio de sua perfeição, para daí dispersar-se mais tarde e irradiar pelo mundo helenizado, fundindo-se e modificando-se em contato com as idéias cristãs e com outras correntes intelectuais do pensamento.

Lúculo – República Romana – Plutarco

mapa roma itália

SUMÁRIO DA VIDA DE LÚCULO
Família de Lúculo. Êle acusa o augure Servílio. II. Eloqüência e habilidade de Lúculo nas línguas grega e latina. III. Seu afeto por seu irmão. IV. Sila agarra-se a êle, ocupando-o em diversas circunstâncias. V. Êle vai ao Egito. Honras que recebe de Ptolomeu. VI. Por meio de que astúcia êle foge aos inimigos que o esperavam de emboscada. VII. Fímbria propõe-lhe atacar Mitrídates por mar. VIII. Duas vitórias alcançadas por Lúculo sobre as frotas de Mitrídates. IX. Êle ataca de surpresa os habitantes de Mitilene, e derrota-os completamente. X. Sila nomeia-o, por testamento, tutor de seu filho. XI. Êle é nomeado cônsul. XII. Êle é encarregado da guerra contra Mitrídates. XIII. Êle restabelece a disciplina no seio de suas tropas. XIV. Mitrídates faz novos preparativos de guerra. XV. Êle vence o cônsul Cota em terra e no mar. XVI. Êle dispõe seu exército, em ordem de combate, diante do de Mitrídates. Um milagre impede o ataque. XVII. Êle procura ganhar tempo, sem arriscar-se a agir. XVIII. Mitrídates vai sitiar Cízico. XIX. Receios dos cizicenos. XX. Prodígios que os garantem. XXI. Consideráveis vantagens obtidas por Lúculo sobre as tropas de Mitrídates. XXII. Nova vitória de Lúculo. XXIII. Êle apodera-se de quinze galeras de Mitrídates, em Lemnos. XXIV. Êle persegue Mitrídates, cuja frota é destruída por uma tempestade. XXV. Queixas dos soldados de Lúculo. XXVI. Razões que Lúculo dá de sua conduta. XXVII. Lúculo vai acampar diante de Mitrídates. XXVIII. Escaramuça em que, por fim, Lúculo tem vantagem. XXIX. Um dandariano tenta assassinar Lúculo, sem o conseguir. XXX. Diversas vantagens obtidas pelos oficiais de Lúculo sobre os de Mitrídates. XXXI. Mitrídates foge. XXXII. Êle faz morrer suas mulheres e suas irmãs. XXXIII. Lúculo toma a cidade de Amiso. XXXIV. Êle se entristece de vê-la destruída pelo fogo, e repara-a como pode. XXXV. Êle visita as cidades da Asia, e freia a liberdade dos oficiais romanos. XXXVI. Êle regulamenta os lucros monetários. XXXVII. Apio Clódio arranca Zer-bieno da obediência de Tigrano. XXXVIII. Exaltação e insolência de Tigrano. XXXIX. Ápio pede a Tigrano que lhe entregue Mitrída-tes. XL. Entrevista de Mitrídates e de Tigrano. XLI. Lúculo apodera-se da cidade de Sínope. XLH. Êle recebe aviso da aproximação de Tigrano e de Mitrídates. XLIII. Êle se põe em marcha, para ir-lhes ao encontro. XLIV. Êle passa o Eufrates. XLV. Êle entra na Armênia. XLVI. Como Tigrano recebe a notícia de sua aproximação. XLVII. Sextílio vence as tropas de Tigrano, comandadas por Mitrobarzane, que é morto. XLVIII. Lúculo assedia Tigranoeerta. XLIX. Tigrano avança, decidido a combater. L. Gracejos de Tigrano e de seus cortesãos sobre o reduzido número dos romanos. LI. Resposta de Taxiles a Tigrano, que exigia a retirada dos romanos. LII. Lúculo dá sinal de atravessar o rio. LIII. Êle marcha para os inimigos. LIV. Completa vitória de Lúculo. LV. Considerações sobre a conduta de Lúculo. LVI. Mitrídates recolhe Tigrano, em sua fuga. LVII. Lúculo toma a cidade de Tigranoeerta. LVIII. Várias nações submetem-se a Lúculo. LIX. Propósito sedicioso das tropas de Lúculo. LX. Êle vence os armênios em muitos encontros. LXI. Êle vai sitiar a cidade de Artaxata. LXII. Vitória alcançada por Lúculo. LXIII. Sedição nas hostes de Lúculo. LXIV. Êle entra na Migdônia, e apodera-se de Nísibis. LXV. Considerações sobre a mudança de sorte que Lúculo sofreu “a partir de então, e as faltas que cometeu. LXVI. Discursos espalhados em Roma contra Lúculo. LXVII. Clódio aumenta o exército contra Lúculo. LXVIII. Triário é batido por Mitrídates. LXIX. Os soldados de Lúculo recusam-se a segui-lo. LXX. Insultos que lhe dirigem. LXXI. Entrevista de Lúculo e Pompeu. LXXII. Eles separam-se muito mal entendidos. LXXIII. Digressões sobre a posterior expedição de Crasso contra os partas. LXXIV. Lúculo obtém a custo a honra do triunfo. LXXV. Descrição do seu. triunfo. LXXVI Êle despreza Clódia para casar com Servília, que despreza a seguir. LXXVII. Êle abandona os afazeres, para descansar. LXXVIII. Considerações sobre a magnificência e as delícias em que passou o resto de sua vida. LXXX. Boas palavras de Lúculo sobre os gastos e a fartura de sua mesa. LXXXI. Êle dá ceia a Cícero e a Pompeu na sala de Apolo. LXXXII. Biblioteca de Lúculo. LXXXIII. Apego de Lúculo à antiga seita dos acadêmicos. LXXXIV. Pompeu reúne-se a Crasso e César, para expulsar da praça pública Catão e Lúculo. LXXXV. Subornam um patife, para declarar que Lúculo havia-o induzido a assassinar Pompeu. LXXXVI. Morte de Lúculo.
Desde o ano 630, aproximadamente, até o ano 700 de Roma, antes de Jesus Cristo, 54.
Confronto entre Cimon e Lúculo.

Naturalistas e médicos – História Universal

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

 

CAPÍTULO XXXVII

Naturalistas e médicos

Aristóteles, gênio maravilhoso, coligiu uma tal massa de notícias e pôs em prática uma síntese tio poderosa, que ainda, depois de tantos séculos, se deve contá-lo no número dos homens que marcham à testa das ciências naturais. Há uma enorme distância entre as suas obras e as compilações de Ateneu, de Opieno, de Eliano e mesmo de Plínio, todos homens de letras, mas não naturalistas. Estes autores, e sobretudo Eliano, foram não obstante mais estudados que Aristóteles na Idade Média; por isso então andaram errando sobre seus passos, estudando coisas extravagantes e milagres, em vez de se aplicarem às leis comuns, porque estavam bem longe então de pensar que as causas dos fenômenoi extraordinários não podem achar-se senão no exame dos acontecimentos habituais. O físico que houvesse estudado a queda de uma pedra ou o renovo próximo a rebentar teria julgado desdourar seu merecimento expor-se a ser tido por um louco, se dissesse que leis uniformes regiam o nosso planeta e os outros, a rotação do Sol e a pulsação da artéria; ora, na ausência de todo laço, considerava-se ainda a natureza como uma série de milagres.

Foi assim que operaram Isidoro de Sevilha, Alberto, o Grande, Manuel Filo, Vicente de Beauvais, outros compiladores que estudavam os livros e não a natureza. No entanto, o espírito de observação começava também a abrir caminho por este lado. A magia e a medicina taumatúrgica procuravam as partes mais ocultas e mais singulares das plantas, e o erro mesmo obrigava assim a recorrer à análise. Salviano, de Civita di Castela, ocupou-se, no décimo-sexto século, de ictiologia; Rondelet, primeiro professor de anatomia de Montpellier, submeteu a exame as asserções dos antigos: êle estabeleceu as bases da distribuição metódica seguida até os nossos dias, e muito pouco se há podido acrescentar ao que êle escreveu acerca dos peixes do Mediterrâneo. Belon, seu compatriota, ainda o excede: êle viajou no Levante e no Egito, de onde trouxe grande número de plantas exóticas; e deve-ram-se-lhe mais conhecimentos novos do que a todos os seus predecessores e a todos os seus contemporâneos juntos. Êle fêz observar a grande conformidade dos tipos na natureza, e comparou o esqueleto de um homem com o de uma ave, designando com nomes comuns as partes semelhantes. Foi isso um pensamento de grande ousadia para o tempo, e o primeiro passo dado para chegar a demonstrar a unidade da composição orgânica, de que Aristóteles tinha concebido a idéia teórica.

Os Dois Mágicos – Contos de Encantamento

Teófilo Braga registou três versões desse conto, 9, 10, e 11 de sua coleção, O Mágico, O mestre das artes, O aprendiz do mago, procedente do Algarve, São Miguel e Eixo, em Aveiro. Adolfo Coelho tem O criado do Estrujeitante, XV, de Ourilhe, Celorico de Basto, e Consiglieri Pedroso o de n.° XLV. No Contos Populares do Brasil, Sílvio Romero colheu uma variante pernambucana, O Pássaro Preto. Alfredo Apell traduziu a variante russa, A ciencia manhosa, expondo resumos do mesmo tema, com modificações, nos idiomas valáquio (Schott), sérvio (Wuk), grego (Hahn), alemão (Grimm), inglês (Brueyre). Figura na fábula 5, oitava das Notte Piacevoli, de Straparola. Citando os comentários de Benfey à Pantchatantra, Apell indica um conto mongólico com as transformações sucessivas, elemento caracterizante. No Mil e uma Noites, na história do segundo calender, há uma luta entre a princesa Dama da Beleza e um gênio, neto de Eblis, rei dos gênios, com processo idêntico, no ataque e defesa sobrenaturais. Beckwith encontrou uma variante na Jamaica. É o Mt. 325 de Aarne-Thompson, The Magician and his Pupil. (C. CASCUDO)

OS GRANDES FILÓSOFOS GREGOS

GRANDES FILÓSOFOS DA GRÉCIA

Antigos filósofos gregos – Estranhas noções a respeito do mundo

OS antigos filósofos gregos tinham Idéias caracterís-ticas a respeito da natureza do mundo em que vivemos. Tales (cerca de 636 anos A. C.) acreditava que cada coisa, incluindo o sol, a lua, as estrelas, a terra, as árvores, as flores, os animais, as aves e os seres humanos que habitam a terra, provieram, originalmente, de uma única e mesma substância: a água.

Outro dos antigos filósofos, Anaxímenes, dizia que tudo era feito de ar. A vida, explicava êle, é ar. Lançado pelas narinas, formou o coração, os pulmões, os músculos, o sangue e todas as outras partes do corpo. O ar se condensou para formar o vapor. O vapor solidificou-se para formar a água. A água condensou-se para formar lodo, areia e rochas. E assim por diante, por toda a escala da criação.

Ainda outros filósofos acreditavam que o fogo era a substância criadora de todas as coisas. O sol era puro fogo. As estrelas eram centelhas brotadas do sol na infinita fogueira dos céus. A terra era fogo resfriado em rochedos. As flores eram pedaços de chama colorida, com a forma de leves e fragrantes pétalas. E o homem um punhado de cinzas, ardendo na chama da vida, graças ao benigno calor do sol.

São estas algumas das engenhosas e poéticas teorias a respeito do mundo. Os antigos gregos eram grandes poetas, mas não eram cientistas. Eram as crianças ainda não amadurecidas da espécie humana. O pensamento duma criança é imaginativo. Para se tornar científico necessita de um intelecto amadurecido.

O ROMANCE DOS CÉUS – MARAVILHAS DA CIÊNCIA

LIVRO SEGUNDO – O LIVRO DAS MARAVILHAS DA CIÊNCIA

Henry Thomas

O ROMANCE DOS CÉUS

A Saga das Estrelas

UM olhar para o dossel tauxiado de estrelas que se ergue lá no alto, para a majestosa Via-Láctea, em-bastida de brilhantes cachos de pontos cintilantes, revela-nos uma estranha saga, cuja prolongada duração desafia qualquer conjetura. Algumas daquelas estrelas parecem agrupar-se naturalmente, e tais grupos são chamados constelações. Há quanto tempo vêm sendo essas constelações olhadas pelo Homem, ninguém sabe; mas foram anotadas desde o tempo de Ptolomeu (2.° século depois de Cristo). Contam-se ao todo oitenta e oito constelações. Doze destas têm exercido sempre peculiar fascinação sobre o pensamento dos homens. Possuem os deliciosos nomes de Aries (o carneiro), Taurus (o touro), Gemini (os gêmeos), Câncer (o caranguejo), Leo (o leão), Virgo (a virgem), Libra (a balança), Scorfrio (o escorpião), Sagiitarius (o besteiro), Cafiricornius (o bode), Aquarius (o aguadeiro) e Pisces (o peixe). Estas constelações devem sua preeminência à característica influência que sobre os negócios humanos, lhes assinalaram os antigos (e modernos!) astrólogos, e às efígies, um tanto maravilhosas, que passam por representar.

As estrelas são corpos quentes, incandescentes. Podem ser mesmo sistemas solares, tais como o nosso. Contudo, a mais próxima estrela está tão afastada que sua luz, viajando 300.000 kms. por segundo, leva cerca de 4 anos para chegar até nós. Um raio de luz da mais longínqua estrela pode alcançar a terra exatamente no prazo de

Literatura na Idade Média e Renascença – Resumo escolar

A IDADE-MÉDIA E A RENASCENÇA

Descida ao inferno

DESDE os primeiros dias, têm os homens imaginado o que acontecerá à alma depois que, deixa o corpo. Permanecerá viva? E se fôr assim, para que especie de lugar irá ela? Vários grandes escritores tentaram imaginárias viagens à terra das almas que se foram. O maior deles foi Dante Alighieri, poeta italiano do século treze. Na sua obra-prima, A Divina Comédia, leva-nos em viagem através dos horrores do inferno, cruza as regiões do purgatório e chega às glórias do céu. Tão viva era sua imaginação e tão profundamente se lhe marcava o pensamento no rosto, que um amigo observou uma vez: "Este homem parece, na realidade, ter vindo diretamente do inferno". Eis como Dante descreve sua descida ao mundo subterrâneo:

Um dia, acha-se êle perdido numa sombria floresta. Está a ponto de ser atacado por um leão, uma onça e uma loba, quando o antigo escritor Virgílio vem em seu auxílio. Este escritor, no seu poema A Eneida, fizera outrora uma viagem ao reino de Plutão. Agora oferece-se como guia a outra excursão ao mundo subterrâneo.

Juntos descem eles às profundezas da terra até se encontrarem no círculo mais exterior do Inferno. Aqui Dante encontra as almas dos indiferentes, dos insignificantes, dos que durante toda sua vida não foram exatamente maus, nem tão pouco se deram ao trabalho de ser bons. No Inferno, têm de cumprir a pena que cabe à indiferença. Esse castigo é serem forçados continuamente a trabalhar, sem um momento de descanso, "como grãos de areia revoluteando eternamente no remoinho".

Em seguida, descem às regiões mais

A LITERATURA DA GRÉCIA E DE ROMA

As extraordinárias aventuras de Ulisses

AS viagens de Ulisses, cujo nome grego é Odisseu, es tão descritas na Odisséia, de Homero. Ulisses era um dos combatentes gregos no sítio de Tróia. A princípio, nao estava Ulisses querendo unir-se à expedição contra

Tróia. Fingiu-se atacado do juízo e, portanto, incapaz dc-usar armas. Mas os oficiais recrutadores do exército grego imaginaram um hábil expediente para verificar a loucura dele. Estando Ulisses a arar seu campo, puseram-lhe o filho Telêmaco, dentro dum dos sulcos. O pai provou seu perfeito juízo recusando-se a ferir seu filho com o arado. Teve de juntar-se ao exército.

Uma vez chegado a Tróia, porém, provou ser o mais astuto, como o mais bravo, dos soldados gregos.

Quando Tróia foi tomada, Ulisses prontamente tratou de voltar para casa. Era uma viagem de três dias, de Tróia à sua nativa ilha de ítaca. Ulisses levou sete anos longos a alcançá-la. Porque seu navio estava sujeito a um encanto maligno. Netuno, o deus do mar, se zangara com êle e fizera voto de perseguí-lo até os confins da terra. E assim, logo que Ulisses velejou, furiosa tempestade se levantou do norte e levou seu navio para a estranha terra dos Comedores de Loto. Quem provasse desse mágico fruto se esquecia de tudo quanto dissesse respeito a seu lar, sua esposa, seus filhos, seus deveres e seus amigos.

Mas Ulisses era mais sábio que os mais sábios dos homens. Por isso, absteve-se de comer o loto mágico e aconselhou seus companheiros a seguir-lhe o exemplo. Muito a contragosto seus companheiros obedeceram-lhe as ordens, e o navio afastou-se da terra dos encantados Comedores de Loto.

Mas suas viagens tinham apenas começado. Logo que o "navio alado" deslizou sobre as ondas do mar, ergueu-se outra tempestade. Desta vez Ulisses escapou do perigoso mar para uma terra ainda mais perigosa, a dos Ciclopes. Porque os Ciclopes eram uma selvagem raça de gigantes. Tinham apenas um olho no meio da fronte e um apetite voraz de carne humana. Quando Ulisses e seus homens avistaram esses gigantes, correram a abrigar-se numa escura caverna. Imediatamente Polífemo, rei dos Ciclopes, empurrou uma pesada pedra contra a entrada da caverna e começou em seguida a matar e devorar os amigos de Ulisses, um por um.

O homem como alma em Platão – História da Filosofia Antiga – Johannes Hirschberger

História da Filosofia Antiga – Johannes Hirschberger C.  O     HOMEM Depois de termos consideradoa posição geral de Platão no concernente ao problema ontológico e teorético-epistemológico, voltemo-nos para algunsproblemas concretos e, em primeiro lugar, para o seu pensamento sobre o homem. α)    O   homem   como   alma "Ao legislador não podemos, em nenhum ponto, lhe recusar a … Ler mais

COMPARAÇÃO DE CÍCERO COM DEMÓSTENES – Plutarco – Vidas Paralelas

Arte etrusca

Plutarco – Vidas Paralelas Baseado na tradução em francês de Amyot, com notas de Clavier, Vauvilliers e Brotier. Tradução brasileira de Padre Pedroso. Fonte: Ed. das Américas A COMPARAÇÃO DE CÍCERO  COM DEMÓSTENES Eis o que chegou ao nosso conhecimento, com relação aos feitos notáveis e dignos de memória que ficaram escritos sobre Cícero e … Ler mais

Atanásio de Alexandria – biografia e pensamentos

resumo com vida e obra, biografia, doutrina e pensamentos de Santo Atanásio de Alexandria, um dos padres da patrística católica.

DO ARREPENDIMENTO – Ensaio de MONTAIGNE

MICHEL DE MONTAIGNE DO ARREPENDIMENTO (Liv. III, Cap. II) Os outros o formam; 852 eu descrevo o homem e apresento um particular bem mal formado, e que, se eu tivesse de afeiçoar de novo, certamente o faria bem outro do que é; mas doravante, está acabado. Ora, os traços do meu retrato não se extraviam, … Ler mais

Breve comentário sobre a teoria de Thomas Hobbes

thomas hobbes filósofo inglês

Thomas Hobbes tem importância pela sua teoricidade, vindo sua influência
de seus pensamentos. Era um autor inglês cuja obra “Leviatã”, de 1651,
é fundamental para o entendimento de seus pensamentos. Hobbes foi o primeiro
teórico a adiantar o modelo racionalista – e não o método da autoridade, no interior do estudo do pensamento político.

O Leviatã é considerado uma das obras primas do pensamento político
inglês e define o pensamento político moderno, desde o século XVII até os
princípios do século XX.

Biografia de Júlio César do Império Romano. Plutarco – Vidas Paralelas

mapa roma itália

RESUMO DA BIOGRAFIA DE JÚLIO CÉSAR Inimizade entre Sila e César. II. César é aprisionado por corsários: altivez com que ele os trata durante seu cativeiro. Fá-los enforcar. III.César ocupa o segundo lugar entre os oradores do seu tempo. Teria podido ser o primeiro. IV. Favor de César perante o povo. V. Faz a oração … Ler mais

BOÉCIO: O ÚLTIMO ROMANO – História da Filosofia na Idade Média

HISTÓRIA DA FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA Johannes HIRSCHBERGER Fonte: Ed. Herder Trad. Alexandre Correia Índice Prolegômenos Filosofia Patrística O Cristianismo Nascente e a Filosofia Antiga Os Começos da Filosofia Patrística Agostinho: O Mestre do Ocidente Boécio: O Último Romano Dionísio Pseudo-Areopagita Fim da Patrística A Filosofia Escolástica Generalidades A Primitiva Escolástica Origens Anselmo de Cantuária … Ler mais

Santo Agostinho: O Mestre do Ocidente – História da Filosofia na Idade Média

Agostinho é a patrística. "A
Influência patrística na filosofia medieval coexiste com sobrevivência e o
continuado influxo de Agostinho na
Idade Média" (GrabmanN). Que
pode chamar-se o mestre do ocidente mostra-o o fato da sua influência ainda
para além da Idade Média. É uma das colunas da filosofia cristã de todos os
tempos. "Com Agostinho chegamos ao ponto culminante da patrística e
talvez de toda a filosofia cristã"  (Gilson-Bohner).

Vida

Mais que para qualquer outro, para Agostinho o natural humano é importante
para a compreensão do seu pensamento. A cada passo se lhe trai o temperamento
do sangue pânico, a tenacidade da sua vontade romana e, mais que tudo, a
grandeza do seu coração a que nada de humano é estranho, mas que nunca fica
encerrado em limites puramente humanos.

Agostinho nasceu em 354 em Tagaste,
no Norte da África, filho de pai pagão e de mãe cristã. De acordo com o
espírito e os costumes do seu tempo, passa uma juventude movimentada. Mas. enquanto
estudava Retórica em Cartago, conta-nos ele mais tarde, (Conf. III, 4)
"caía-me nas mãos o livro de um certo Cícero,
com o título de Hortensius e com o convite a entregar-se à
filosofia. O livro transformou as tendências do meu coração, dirigiu para ti,
Senhor, as minhas orações e modificou as minhas aspirações e os meus desejos.
Repentinamente se me esvaeceram todas as esperanças vãs, com um incrível ardor
de coração anelava por uma sabedoria imortal e comecei a me elevar para
converter-me para ti… Como ardia eu, Deus meu, como eu ardia por abandonar as
cousas terrenas e refugiar-me em ti, pois está escrito: "Contigo está a
sabedoria". Ora, amor da sabedoria é o significado da palavra grega —
filosofia. Aquele livro inflamou-me o coração no teu desejo." Mas ainda em
Cartago, depois de ter-se libertado do maniqueísmo, não conseguia encontrar
uma nova e fixa posição, cedendo ao cepticismo representado por Cícero e pela Nova Academia. Mas
quando chegou a Milão, passando pela cidade de Roma onde professa a Retórica —
permanece retor durante toda a sua vida e não se deve esquecer essa
circunstância para se lhe interpretar as expressões — trava conhecimento com
os escritos dos platônicos!’, vem-lhe a idéia que, além do mundo corpóreo, há
um mundo ideal e compreende, . contrariamente ao pensamento dos maniqueus, que
Deus em particular deve ser incorpóreo. E quando, por influência da pregação de
Ambrósio, trava conhecimento de
mais perto com a espiritualidade do Cristianismo, passa por uma radical
transformação interna. Retira-se agora (386) com alguns amigos a uma herdade —
Cassiciaco — perto de Milão, retoma as reflexões sobre o mundo do pensamento,
lança por escrito os seus conhecimentos numa série de obras, ordena a vida. e
faz-se batizar por Ambrósio em
387.    Um ano depois volta para Tagaste
e funda em sua casa uma espécie de claustro. Emprega todo o tempo com a
atividade de escritor; sobretudo nas discussões espirituais com os maniqueus. É
então que aparece o seu tratado da liberdade da vontade. Em 391 ordena-se
sacerdote, e vem a ser bispo de Hipona em 395. É quase inesgotável sua fecundidade
de escritor. Quando os vândalos lhe sitiaram ò bispado, ainda tem a pena na
mão. E depois da sua morte (430), quando ruiu o império romano- do- ocidente e
dele não deixaram os vândalos senão ruínas, a sua obra sobrevive imortal,
perene fonte de primeira ordem para o espírito filosófico e religioso do
ocidente.

NICOLAU DE CUSA: IDADE MÉDIA E IDADE MODERNA – História da Filosofia na Idade Média

HISTÓRIA DA FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA Johannes HIRSCHBERGER Fonte: Ed. Herder Trad. Alexandre Correia Índice Prolegômenos Filosofia Patrística O Cristianismo Nascente e a Filosofia Antiga Os Começos da Filosofia Patrística Agostinho: O Mestre do Ocidente Boécio: O Último Romano Dionísio Pseudo-Areopagita Fim da Patrística A Filosofia Escolástica Generalidades A Primitiva Escolástica Origens Anselmo de Cantuária … Ler mais

A FILOSOFIA PATRÍSTICA — O CRISTIANISMO NASCENTE E A FILOSOFIA ANTIGA – História da Filosofia na Idade Média

HISTÓRIA DA FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA Johannes HIRSCHBERGER Fonte: Ed. Herder Trad. Alexandre Correia Índice Prolegômenos Filosofia Patrística O Cristianismo Nascente e a Filosofia Antiga Os Começos da Filosofia Patrística Agostinho: O Mestre do Ocidente Boécio: O Último Romano Dionísio Pseudo-Areopagita Fim da Patrística A Filosofia Escolástica Generalidades A Primitiva Escolástica Origens Anselmo de Cantuária … Ler mais

Cap. 9 – O Classicismo de São Tomás de Aquino – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares Lição IX O CLASSICISMO DE SANTO TOMÁS DE AQUINO (1)  O CLASSICISMO EM FACE DO ROMANTISMO. — 60. SANTO TOMAS E ARISTÓTELES. — 61. DIFICULDADES DA ONTOLOGIA. — 62. A ANALOGIA DO SER. — 63. O ABGÜMENTO ONTOLÓGICO. — 64. AS IDÉIAS E AS COISAS. — 65. … Ler mais

Cap. 5 – A metafísica dos Pré-Socráticos – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

Fundamentos de Filosofia de Manuel Garcia MorenteLições Preliminares Lição V A METAFÍSICA DOS PRÉ-SOCRÁTICOS 31. O REALISMO METAFÍSICO. — 32. OS PRIMEIROS FILÓSOFOS GREGOS. — 38. PITÁGORAS E HERÁCLITO. — 34. PARMÊNIDES: SUA POLÊMICA CONTRA HERACLITO. — 35. O SER E SUAS QUALIDADES. — 36. TEORIA DOS DOIS MUNDOS. — 37. A FILOSOFIA DE ZENÃO … Ler mais

Moral – Preliminares – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet MORAL PRELIMINARES Art.    I.    O FATO MORAL § 1.    Ciências morais e moral 243 1. As ciências dos fatos morais. — Falamos, em Metodologia, de um grupo de ciências chamadas "ciências morais" que definimos como sendo aplicadas às diversas manifestações da atividade humana, individual ou coletiva, como tal (61). … Ler mais

A Providência – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet Capítulo Terceiro A  PROVIDÊNCIA ART. I.    NOÇÃO DE PROVIDÊNCIA 231 1. Definição. — Tudo quanto dissemos até agora de Deus volta a afirmar a realidade da Providência divina, isto é, da ação yue Deus exerce sobre a criatura para conservá-la e dirigi-la para seu fim com sabedoria e bondade, … Ler mais

Provas Metafísicas da Existência de Deus – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet Capítulo Segundo PROVAS   METAFÍSICAS   DA   EXISTÊNCIA   DE   DEUS 201        Podem-se distinguir dois grupos de provas da existência de Deus: o das provas metafísicas e o das provas morais, conforme estas provas partem da realidade objetiva do universo, ou da realidade moral. Na realidade, toda prova de Deus é metafísica, … Ler mais

Introdução Geral – Curso de Filosofia de Jolivet

Curso de Filosofia – Régis Jolivet INTRODUÇÃO GERAL Art.    I.   NATUREZA   DA  FILOSOFIA – 1.    O desejo de saber, fonte das ciências. Todo homem, diz Aristóteles, está naturalmente desejoso de saber, isto é, o desejo de saber é inato; esse desejo já se manifesta na criança pelos "porquês" e os "como" que ela não cessa … Ler mais