A SEMANA SANTA EM PARIS

A SEMANA SANTA EM PARIS Oliveira Lima O privilégio das grandes cidades — e penso que grandes cidades só o são, verdadeiramente, na plena acepção do termo, Londres e Paris — é terem distrações, prazeres, ocupações e entretimentos de todo gênero, de todo custo e para todos os gostos. Em Paris só é ocioso quem … Ler mais

PRÓLOGO DO ENSAIO SOBRE OS COSTUMES E O ESPÍRITO DAS NAÇÕES DE VOLTAIRE

VOLTAIRE – DO ENSAIO SOBRE OS COSTUMES E O ESPÍRITO DAS NAÇÕES PRÓLOGO (Trechos) QUEREIS, enfim, dominar o tédio que vos causa a história moderna, desde a decadência do império romano, e obter uma ideia geral das nações que habitam e afligem a terra? Não procureis nessa imensidade senão o que merece ser conhecido: o … Ler mais

Início do cristianismo na Filosofia dos primeiros padres

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. PARTE III Terceira época – Filosofia patrística (Séc. I — Séc. IX) 48. CRISTIANISMO Ε FILOSOFIA — O advento do Cristianismo divide a história do pensamento, como a história da civilizarão, em duas partes inteiramente distintas. Jesus Cristo não se apresenta ao mundo como um … Ler mais

Crônicas de Machado de Assis com a ortografia antiga.

Depois de Matto Grosso, o negocio em que mais se faliou esta semana (não contando a reunião do Congresso), foi o processo da Geral. Os directores presos tiveram Jiaòeas-corpus. Appareceu um relatório contra os mesmos, e contra outros, mas appareceu também a contestação, depoimentos e desmentidos, além de vários artigos, os quaes papeis todos, juntos com o que se tem escripto desde começo, cortados em tiras de um centímetro de largura, e unidos tira a tira, dão uma fita que, só por falta de cinco léguas, não cinge a terra toda; mas, como não é negocio que se acabe com solturas nem relatórios, calculam os mathemati-cos do Club de Engenharia que as cinco léguas que faltam, estarão preenchidas atéquinta-feira próxima, e antes de outubro pôde muito bem

Crônica de Machado de Assis para a Gazeta de Notícias

Crônica de Machado de Assis de 01 de Maio de 1892 para a sua coluna “A semana” da Gazeta de Notícias, com a regras ortográficas da época, sem atualização.

A Semana – Crônicas de Machado de Assis para a Gazeta de Notícias

Organização de Mário de Alencar.Fonte: Clássicos Jackson, 1944.

1892

1 de Maio

Vês este tapume ? Digo-vos que não ficará taboa sobre taboa. E assim, se cumpriu esta palavra do Dr. Barata Ribeiro, que imitou a Jesus Christo, em relação ao templo de Jerusalem. Olhae, porém, a differença e a vulgaridade do nosso século. A palavra de Jesus era prophetica: os tempos tinham de cumpril-a. A do presidente da intendência, que era um simples despacho, não precisou mais que de alguns trabalhadores de boa vontade, um advogado e vinte e quatro horas de espera. Ao cabo do prazo, reappareceu o nosso chafariz da Carioca, o velho monumento que tem o mesmo nome que nós outros, filhos da cidade, o nosso chará, com as suas bicas sujas e quebradas, é certo, mas eu confio que o Dr. Barata Ribeiro, assim como destruiu o tapume, assim reformará o bicume. E poderá ser preso, açoutado, crucificado; resurgirá no terceiro minuto, e ficará á direita de Gomes Freire de Andrade.

Já que se foi o tapume, não calarei uma anecdota, que ao mesmo tempo não posso contar. Valham-me Gulliver e o seu invento para apagar o incêndio do palácio do rei de Lilliput. Recordam-se, não? Pois saibam que uma noite lavrava um principio de incêndio no tapume, — algum phosphoro lançado por descuido ou perversidade. Um Gulliver casual, que ia passando, correu a apagal-o. Pobre grande homem! Esbarrou com um soldado de sentinella, ao lado da Imprensa Nacional, que não consentiu na obra de caridade d’aquelle corpo de bombeiro. Perseguido pela visão do incêndio (ha d’esses phenomenos), o nosso Gulliver viu fogo onde o não havia, isto é, no próprio edificio da Imprensa Nacional, lado oppos-to, e correu a apagal-o. Não achou sombra de sentinella! Disseram-lhe mais tarde que a sentinella do tapume era a mesma que o governador Gomes Freire mandara pôr ao chafariz, em 1735, e que a Metropolitana, por descuido, não fez recolher. Vitalidade das instituições!

Crônica de Machado de Assis – 24/04/1892

A Semana – Crônicas de Machado de Assis para a Gazeta de Notícias

1892

24 de Abril

Na segunda-feira da semana que findou, accordei cedo, pouco depois das galli-nhas, e dei-me ao gosto de propor a mim mesmo um problema. Verdadeiramente era uma charada; mas o nome de problema dá dignidade, e excita para logo a attenção dos Leitores austeros. Sou como as actrizes, que já não fazem beneficio, mas festa artística. A cousa é a mesma, os bilhetes crescem de egual modo, seja em numero, seja em preço; o resto, comedia, drama, opereta, uma pol-ka entre dous actos, uma poesia, vários ramalhetes, lampeões fora, e os collegas em grande gala, off erecendo em scena o retrato á beneficiada.

AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

Introdução a Sociologia – PRIMEIRA PARTE OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS Capítulo I

Professor A. Cuvillier (1939).

 

Capítulo VI AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

A sociologia não é uma filosofia da história: não supõe uma explicação unilateral dos fenômenos sociais, mas, pelo contrário e como já dissemos, o sentido das interferências e das interações múltiplas cuja reunião forma a vida social. Se, contudo, não quisermos cair num círculo vicioso, que consistiria em explicar os fenômenos sociais sucessivamente uns pelos outros, essas ações recíprocas supõem, necessariamente, uma ação primordial, ou, como dizia Durkheim, um "substrato" fundamental. A sociologia necessita, portanto, como sucede com todas as outras ciências, de uma hipótese diretriz, de uma hipótese de trabalho, incidindo aqui sobre a natureza desse substrato.

I. —O "substrato" biológico

Será esse "substrato" de ordem biológica? E será a sociologia, neste sentido, um apêndice das ciências naturais? Esta interpretação pode apresentar-se — fora das vagas analogias do organicismo, de que já tratamos — sob duas formas principais.

1. O fator racial: a antropossociologia. — A primeira é a teoria da raça ou antropossociologia, a qual, como veremos adiante, é muito antiga. Mas é sabido que, na sua forma atual, ela tem, sobretudo, por origem um livro de Arthur de Gobineau, Essai sur l’inégalité des races humaines (1853-1855). Desenvolveu-se em França, nos fins do século passado, graças aos trabalhos de Vacher de Lapouge. A própria revista L’Année Sociologique, nos seus três primeiros volumes, julgou dever, ainda que com prudentes reservas acerca, do fundo da doutrina, consagrar uma rubrica à antropossociologia.

AS MARAVILHAS DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES – História do Mundo

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Capítulo de ebook Ilustrado de Henry Thomas (1821 –1862) de História do Mundo, com resumos e apresentações sobre: AS MARAVILHAS DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES; A Atlântida Perdida ;Estranhas civilizações da América primitiva ; Egito, terra de mistério e de magia ; A Fascinação da Índia e da Babilônia; Primitivos piratas do mar; As oito maravilhas do mundo antigo

O CONFLITO ISRAEL VERSUS HAMAS E OS ANTAGONISMOS ENTRE ÁRABES E JUDEUS

maravilhas das antigas civizações

O CONFLITO ISRAEL VERSUS HAMAS E OS ANTAGONISMOS ENTRE ÁRABES E JUDEUS   Francisco Fernandes Ladeira Licenciado em Geografia – UNIPAC Especialista em: Brasil, Estado e Sociedade – UFJF Email: [email protected] Resumo: Este artigo tem por objetivo desenvolver um estudo sobre os antagonismos entre árabes e judeus na Palestina enfatizando as relações do Estado de … Ler mais

A FILOSOFIA PATRÍSTICA — O CRISTIANISMO NASCENTE E A FILOSOFIA ANTIGA – História da Filosofia na Idade Média

HISTÓRIA DA FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA Johannes HIRSCHBERGER Fonte: Ed. Herder Trad. Alexandre Correia Índice Prolegômenos Filosofia Patrística O Cristianismo Nascente e a Filosofia Antiga Os Começos da Filosofia Patrística Agostinho: O Mestre do Ocidente Boécio: O Último Romano Dionísio Pseudo-Areopagita Fim da Patrística A Filosofia Escolástica Generalidades A Primitiva Escolástica Origens Anselmo de Cantuária … Ler mais

NIETZSCHE, O IMORALISTA, E A FÉ CRISTÃ

NIETZSCHE, O IMORALISTA, E A FÉ CRISTÃ por Antonio Lucieudo Lourenço da Silva Para começarmos a falar sobre Nietzsche, há que se fazer algumas considerações relevantes a seu respeito. Em momento algum, o filósofo quis que seu pensamento ou suas idéias fossem profanadas, ou que tivessem adeptos. Ainda assim, sua filosofia é para o porvir, … Ler mais