Pe. Leonel Franca – Noções de Filosofia.
ARTIGO II
O IDEALISMO NA ITÁLIA
195. Sob o signo de Hegel começou a difundir-se o idealismo na Itália, já em meados do século XIX. O movimento político do Risorgimento que trabalhava para a unificação da península encontrou na teoria hegeliana do Estado, como totalidade e absoluto, um apoio e uma expressão e um estímulo. Vera (1813-1885), Spaventa (1817-1883), Fiorentino, na Universidade de Nápoles, e D’ercole na de Turim, atuaram como precursores. Croce e Gentile são, atualmente, os astros mais brilhantes da constelação idealista.
Benedetto Croce
Benedito CROCE, nascido em 18C6, e professor na Universidade de Nápoles, procurou depurar o hegelianismo dos seus elementos envelhecidos e aviventar os outros. Em Ciò che é vivo e ciò che é morto delia filosofia di Hegel (1907) rejeita a sua filosofia da natureza e da história como caducas, mas conserva o seu idealismo radical e a sua grande descoberta "o ovo de Colombo", isto é, o método dialético pela síntese dos contrários. O próprio sistema, expõe-o Croce em La Filosofia come scienza dello Svirito, I Estética, II Lógica, III Filosofia della pratica (1909-1911). Na sua existência de desenvolvimento a filosofia é independente das ciências que têm só um valor utilitário. O espírito humano em sua história e nos problemas que suscita subministra-lhe o objeto. Única realidade, o Espírito apresenta duas espécies de atividade, a teórica e a prática. Em cada uma delas podem distinguir-se dois graus diversos. Como intuição ou representação do individual a atividade especulativa é arte, objeto da Estética, como representação do universal, é Lógica. A atividade prática, se volição do particular ou útil é Economia, se volição do universal é atividade moral, objeto da Ética. A religião é uma forma imperfeita e antecipada da filosofia, será um dia absorvida, pela própria filosofia já adulta e perfeita.
Giovanni Gentile
G. GENTILE, nascido em 1875, professor em Roma, ministro sob o regime fascista, é também um hegeliano autêntico, não obstante os seus esforços para entroncar a genealogia do próprio sistema nos pensadores heterodoxos da Itália do Renascimento. Na sua construção filosófica, exposta principalmente na Teoria generale dello Spirito come atto puro (1916). a sua preocupação é aplicar coerentemente o princípio idealista até às derradeiras conseqüências e explicar com o ato do pensamento a multiplicidade da natureza e o movimento da história. Fora e acima do pensamento não há nem pode haver coisa alguma. Ε o pensamento resume-se no seu ato, no seu ato vuro, que é autoconsciência, ou síntese do sujeito pensante e do objeto pensado, e autoctisis ou autocriacão do obieto por êle criado e pôsto. Com efeito, da análise do pensar resulta esta possibilidade de encerrar num só ato do espírito toda a realidade. Quem pensa põe o sujeito aue pensa (senão auem pensaria?), opõe o objeto pensado ísenão que pensaria o pensante?), compõe o ato do pensamento, na consciência que o sujeito toma de si mesmo pensando o seu objeto. Ε aí está como na atualidade do pensamento, a matéria se reduz ao espírito e a multiplicidade à unidade. A vida, pois, do espírito, cifrada nos três momentos — tese, antítese e síntese — consiste em pôr-se, opor-se e reconhecer-se na sua oposição. Ao primeiro destes momentos corresponde a Arte, atividade do espírito que contempla um mundo subietivo: ao segundo, a Religião, consciência do objeto que o espírito põe diante de si, deixando-se por êle absorver no esquecimento próprio; ao terceiro momento, momento de síntese, responde a Filosofia em que se contempla numa unidade suprema toda a realidade como criação livre do espírito e o espírito como imanen-te em toda realidade.
Poucas formas do idealismo levaram tão longe a aventura dialética de resumir toda a realidade num Ato único, num Pensamento que se pensa, e pensando-se se cria, e criando-se cria toda a multiplicidade das coisas e a continuidade dos acontecimentos. Com este esforço lisonieia-se ainda Gentile de haver dado "la concezione più radicale, lógica, sincera dei Cristianesimo" (Teoria Generale, c. 18, n. 8).
Na órbita dos dois grandes centros gravitam os planetas menores: G. de Ruggiero, estimado historiador da filosofia, Ugo Spirito, Alliota e outros.
BIBLIOGRAFIA
A. Zacchi, 11 nuovo idealismo di B. Croce e G. Gentile, Roma, 1925;
— E. Ciocchetti. La filosofia di B. Croce, Milano. 1925: — Id., La filosofia di G. Gentile, Milano, 1922; — F. de Sarlo, Gentile e Croce, Firenza, 1925;
— G. Busnelli, I fondamenti dell’iäealismo attuale, Roma, 1926; — V. La Via, L’idealismo attuale de Giovanni Trani, 1925.
Fonte: Agir Editora (1914)
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