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14/11/2007 às 14:20 em resposta a: Espanha enriquecendo com os lucros advindo da América Latina #85545BrasilMembro
Olá JPC
é completamente irrealista achar que um país sobrevive "orgulhosamente só".
Bem, não quero colocar o meu País na posição de “paraíso na Terra", mas em que exatamente vc acha que precisamos de “investimentos” dos outros países?Nós colocamos a palavra investimento entre aspas, por que o que é feito aqui não é investimento internacional e sim exploração desonesta mediante corrupção política e midiática.
Algum lucro do investimento estrangeiro sairá efectivamente do país, mas já lá vão os tempos em que os países eram explorados sem retribuição, hoje em dia os países acolhedores de investimento têm muito a ganhar com isso, não só na questão do emprego, mas também noutras como impostos ou na obrigatoriedade de reinvestir os lucros nesse país de acolhimento - e eu sei que no Brasil é assim porque tenho familiares portugueses que aí escolheram investir em negócios e acredite que não é assim tão fácil "desviar" lucros para o exterior.
Bem, há que se diferenciar empresários de grandes empresários: Uma rede de panificadoras por exemplo, pode render algum dinheiro ao seu dono, mas não pode-se classificar como investimento internacional. Não sei qual o montante destes investimentos que vc citou, mas se não chegar nas esferas do poder, quero dizer, se não corromper muita gente, não sai da lona. Permanece assim como milhões de empresários brasileiros: Nas mãos dos banqueiros. Alais, aqui já tem quase que mais empresários do que empregados. Algo insano, impossível de se sustentar por muito tempo.Mas antes de adentrar nos campos das Finanças, quero te dizer que abomino os negócios, negócios só são bons quando há honestidade, e isso é uma ilusão, uma infeliz e histórica ilusão. Quando preciso esquematizar uma maneira de ganhar mais dinheiro, inevitavelmente tenho de tirar de alguém. E sempre a corda arrebenta do lado mais fraco, ou seja; tira-se o dinheiro de quem já quase não tem. São males do “mundo dos negócios”, esse mundo que já deveria ter se acabado para renascer com uma ótica diferente, mais humana, mais coerente, mais sustentável.
o que acontece com o investimento estrangeiro no Brasil é exactamente o mesmo que acontece com o investimento brasileiro noutros países. As regras são basicamente as mesmas.
Sim, mas o cumprimento das regras NÃO!! Na China até vice-governador recebe uma bala na nuca quando se corrompe. Aqui recebe honras e começa a sair posando em capas de revistas e tablóides, com status de uma “personalidade interessante”, um “vencedor”.Na China e nos EUA eles respeitam somente as SUAS regras, não as dos outros: Na China absolutamente nenhuma marca estrangeira recebe seus royalties. Lá a marca Coca-colla, por exemplo, só dá dinheiro pro chinês que usas a marca dos estúpidos estadunidenses que, parecem se cagar de medo dos chineses, uma vez que não lhes impõem nenhum embargo. JÀ o Brasil, não pode nem sequer fazer uma licitação honesta.
faço-lhe, já agora, a mesma pergunta que fiz ao Miguel e não vejo respondida: e quando os empresários brasileiros investem noutros países? Na China, por exemplo, onde os salários (custos de produção) são mais baixos? Que nome é que dão a isso? É uma missão patriótica?
Não! Estamos indo antes de tudo, cumprir regras! Respeitar suas regras! Antes de explorar o mercado dos outros.
Quato aos problemas brasileiros que refere, olhe, lamento, também nós temos os nossos problemas aqui (alguns muito parecidos com esses) e não vejo ninguém a pôr as culpas nos investimentos estrangeiros.
Aqui também não, o Miguel e eu somos alguns poucos que caracterizam uma exceção.Acho que estamos chegando a uma resposta para explicar essa compartilhada desventura financeira e política luso-brasileira. ;DAbs
BrasilMembroo Übermensch é aquele que cria seus próprios valores, não aceitando a imposição de outros, não carregando o pesado fardo da moral e da carga histórica, como vemos na capítulo "As 3 transmutações do espírito" do Zaratustra. Daí a aproximação com a leveza da criança, que constrói inúmeros castelos de tarde para de noite esquecer tudo e no dia seguinte construir outros.
Bem, a mim, a impossibilidade de uma interpretação concreta e objetiva do que pregava Nietzsche, é latente. Sabemos que o uso de suas idéias e pensamentos serviram para fins funestos e isso não se deve só à adulteração em seus escritos feitas pela sua irmã; os soldados alemães levavam o Zaratustra para os campos de batalha entre seus materiais de campanha. O Zaratustara não foi adulterado, pelo que eu saiba. Como vc ressaltou, no capítulo “As 3 transmutações do espírito”, no livro Zaratustra, podemos ter essa interpretação de uma maneira mais clara, já em outras passagens, a interpretação dessa “liberdade para todos”, é muito afastada, dando margem maior a outra interpretação.
Se cria seus valores, é livre, e não subjugado e dominado. Mas se se admite que nem todos podem atingir isso, está-se admitindo que sempre vai haver dominação e subjugação.
Mas quem admite isso é o próprio autor!! Quando dá como apropriada a conquista de riqueza material, econômica, mesmo sob a necessidade de uma guerra. Quando exalta a astúcia de um banqueiro que ficou rico (se é que existe banqueiro pobre) no livro “Para além do Bem e do Mal”.Não existe esse “nobre” nietzscheano, sem riqueza! O “nobre” dele consiste na subjugação do seu semelhante enquanto espécie. Como entender que o super-homem seria algo possível como um todo, ou seja; que TODOS transmutariam, uma vez que, não há nobre se não houver populacha? O nobre nietzscheano só é nobre enquanto domina e subjuga. O nobre do fraco é a piedade e a compaixão, o nobre nietzscheano é a força, o domínio. Domínio sobre o que? Não é sobre outrem?
É o que Nietzsche denuncia, por exemplo, ao criticar a moral, a religião e a política. Por exemplo, a noção religiosa de que somos "servos" ou "escravos" de Deus (Platão diz...dos deuses), de que somos um rebanho e com a madre santa igreja tomando conta dele e punindo as ovelhas desgarradas.
Veja, o cristianismo não chegou a diversos cantos deste mundo e nem por isso podemos dizer que esses cantos são os lugares mais evoluídos ou melhores do mundo. Nietzsche, apesar de condenar todas as religiões, exalta as qualidades do budismo, dizendo que é mais honesto, mais realista, mais egoista, etc. Por acaso os países budistas estão em melhor situação que os católicos? Parecem uns zumbis!! (mortos vivos)É totalmente conflitante a idéia de liberdade para todos, com a idéia de uma casta de dominantes: Como haver “nobres” sem haver “populacho”.Veja, eu não li todas as obras de Nietzsche, mas pelo que eu li, dá pra perceber claramente que ele associa a fortuna, a riqueza material, a astúcia financeira, ao fato de ser “nobre” ou “fraco”. Faz até ressalvas para algumas exceções de "bem sucedidos" entre os "fracos". Se a nobreza está em dominar, subjugar, etc, o fraco é uma peça essencial para o super-homem. Ou não? Daí eu dizer que é impraticável. Também é difícil de entender que essa nobreza que tem essência na conquista de riqueza, admite a ética, os deveres morais, SOMENTE entre os nobres: "O que faz uma moral dos dominantes parecer mais estranha e penosa para o gosto atual, no entanto, é o rigor do seu princípio básico de que apenas frente aos iguais existem deveres; de que frente aos seres de categoria inferior, a tudo estranho-alheio, pode-se agir ao bel-prazer ou como quiser o coração", e em todo caso "além do bem e do mal": aqui pode entrar a compaixão, e coisas do gênero."(NIETZSCHE)Não entra a compaixão e coisas do gênero, entra a necessidade de haver miseráveis para que haja “nobres”. Sem uns os outros não existiriam e vice e versa. Como o super-homem seria super-homem sem miseráveis para lhe fazer nobre, super?Nietzsche diz que o trabalho é para cabeças pequenas... Bem, alguém tem que trabalhar... hehehe :DEle entende que para o surgimento dos “grandes homens”, uns precisam trabalhar e outros não, uns tenham tempo para pensar e outros não; uns tenham ócio e outros não. Os “grandes homens” precisam do ócio para pensar... E eu pergunto: Pensar em que? Numa maneira mais “inteligente” de dominar, subjugar, etc.? “Falar de justo e injusto em si carece de qualquer sentido; em si, ofender, violentar, explorar, destruir não pode naturalmente ser algo ‘injusto’, na medida em que essencialmente, isto é, em suas funções básicas, a vida atua ofendendo, violentando, explorando, destruindo, não podendo sequer ser concebida sem esse caráter. (...) Os estados de direito não podem senão ser estados de exceção, enquanto restrições parciais da vontade de vida que visa o poder”. (NIETZSCHE. 2005. p. 64-65. Afor 11).Bem, como se vê, não é sem motivos essa minha interpretação, mas, posso estar errado, afinal, sou apenas mais um 0 (zero) entre o populacho.Abs :)
14/11/2007 às 1:57 em resposta a: Espanha enriquecendo com os lucros advindo da América Latina #85542BrasilMembroAmigo JPC
...as diferenças, hoje, entre Espanha e Portugal em termos de desenvolvimento devem-se desde logo, e entre outros, a factores tão prosaicos e reais como a mediocridade dos políticos e empresários do meu país, que, por exemplo, ao contrário dos espanhóis, desperdiçaram completamente os milhões em subsídios de integração que chegaram a partir dos anos 80 da União Europeia.
Medíocre significa médio. Então os políticos e empresários de seu país deveriam ser “mais” e não médios. Pois, verifiquemos então em que consiste ser “mais” político: Consiste em ser mais conciliador entre o bem estar de seu povo e o bem estar da sustentabilidade de seu povo; seus empresários. Está certo?Em que consiste ser “mais” empresário? Consiste em ter mais lucros. Está certo?Bem, caro amigo, se os políticos espanhóis trabalharam melhor, isso se deve às cobranças de seus compatriotas espanhóis; o povo, aqueles esquerdistas chatos, sabe?Se os empresários espanhóis quiserem ter mais lucro trabalhando menos, em seu território, esse lucro será tirado de seu povo, logo; vão tirar de outro povo. Ocorre que aqui em meu País, os políticos não são medíocres, eles são bossais. Daí a união do inútil ao desagradável...O espírito do mundo financeiro tem um ar de sadio, mas é podre. O sangue quente hispânico não permite muitas mazelas de seus empresários, muito menos de seus políticos, daí o motivo deles não serem tão bossais quanto os nossos. Quando uma empresa brasileira vai à Espanha investir, ela tem que investir REALMENTE no trabalho e no desenvolvimento desse trabalho e não nos bolsos dos políticos para com isso conseguirem vantagens em detrimento do povo, que é o que ocorre aqui, e me parece que aí também. Ora pois, esse é um “mal” que herdamos : Não temos tino para os negócios e nem pra política. ;D
BrasilMembroo "homo sapiens" destronou os homíneos anteriores, como o "homem de Cro-magnon", também o "homo sapiens" segundo a lógica toda também um dia vai ter que se modificar e virar uma outra coisa...
Sim, isso é uma verdade absoluta e acho que é um tema muito pouco explorado filosoficamente, infelizmente. É exatamente por saber que esse novo Homem é algo “garantido”, lógico, independentemente do tempo que leve para o seu surgimento, que eu acho importante traçar bem o seu perfil. Ou pelo menos tentar traçá-lo da melhor maneira possível. Muito do que Nietzsche diz está certo, só não concordo com aqueles outros aspectos de dominação e sentimento de superioridade sobre os que são na realidade nossos iguais. Não consigo imaginar um novo Homem mais evoluído, mais inteligente e que explora outros, subjuga nações, empreende sua vontade de poder alheio ao sofrimento dos outros “fracos”, “baixos”, “ cabeças pequenas” e “serviçais”. Um novo Homem que parte do pressuposto que deve haver duas classes de pessoas; comandantes e comandados, nobres e plebeus, não muda muita coisa, não é realmente novo. Acho que a inteligência humana é muito mais capacitada que isso. Acho que o raciocínio humano, livre dos dogmas que Nietzsche tanto repudia, mas também livre dos sentimentos tidos por ele como “nobres”, como por exemplo o domínio do “nobre” sobre o mais “fraco”, seria um bom começo. Esse negócio de forte e fraco é conflitante, o “fraco” nunca aceitará essa posição. A não ser se pagarem bem... hehehe :D Aí ele não será mais fraco... Terá dinheiro, terá poder... Por isso acho impraticável como política assimilada e aceita pelo povo em consenso de maioria.Na prática não funciona, é matematicamente impossível. Para haver alguns bem sucedidos é necessário que haja muitos mal sucedidos: Então o entendimento de "justiça" e amor à humanidade cai por terra, sem se falar no entendimento de igualdade de direitos, uma vez que o "superior", nunca o deixará de ser, enquanto que o "inferior" (a gigantesca maioria das pessoas) e toda a sua descendência nunca saírão dessa condição de inferior. Serão por toda a eternidade, os necessários e baratos seviçais da "nobreza". Ou, até que surja um novo Homem, uma nova era, novamente.Abs :)
BrasilMembroOlá amigosEvidentemente mantendo as indicações feitas pelo Miguel, como sendo as mais apropriadas, eu indico também este site:http://greciantiga.org/index.aspLá a Mitologia é muito bem abordada. Não sei se há alguma coisa a respeito de Atlântida, mas vale a pena pesquisar.Abs :)
BrasilMembroOlá Miguel, obrigado por seu comentário.Também acho que não há uma ligação proposital, ou seja, o Superman, foi criado para trabalhar a fantasia na cabeça das pessoas, a princípio unicamente como uma fonte de lucros cinematográficos e editoriais, depois ganhou popularidade e passou a representar essas coisas todas que vc citou. Já o Übermensch não tem nada de ficção, não foi criado para propagandear nada, é um modelo totalmente possível levado muito a sério pelo autor e por seus admiradores. O Superman é propagandista, popularesco, fictício, “mágico”, tem super-poderes ... O Übermensch é um modelo real, e inclusive existe, ele próprio (Nietzsche) era um. Um modelo de homem cuja opção de sê-lo é reservada a poucos, ou seja, não é um modelo pra qualquer um SONHAR em sê-lo. É um modelo para os bem sucedidos, para os dominantes, isto é; atende aos desejos e anseios dos dominantes, pois, é difícil pra mim imaginar alguém de vida simples, alguém que vive de seu trabalho, condenar a igualdade de direitos entre os homens, de maneira tão explícita. Não consigo imaginar uma pessoa que viva de seu próprio trabalho, dizendo sinceramente que o Trabalho é e deve ser unicamente pra cabeças pequenas...Isso é pensamento de altíssimo nível... Falta estabelecer o nível de que... Nietzsche era um gênio das letras, inteligente ao extremo, a Vontade de Poder, é realmente algo intrínseco no Homem, e deve ser realmente trabalhada, deve ser estudada, desvendada, e devemos sim colocá-la em prática. Com uma pequena e importante observação: O critério e o significado para a palavra “poder” deve ser jusfilosóficamente analisado, definido e informado, pois o “jogo” tem que ter regras... Nietzsche diz claramente quais são suas regras, mas os seus admiradores não expõem esse lado da filosofia nietzscheana. Vêem e expõem a parte “boa”: a parte da liberdade de expressão, da liberdade nos atos, da libertação dos dogmas, do desprendimento da metafísica, da valorização da nossa própria vida e da Natureza, etc. Mas há um outro lado na filosofia de Nietzsche que eu não vou nem classificar de bom ou mau, ou ruim, mas sim de impraticável enquanto política.Sabemos que Nietzsche por muitos anos escreveu seus pensamentos condenando veementemente outros pensamentos políticos como o socialismo e o anarquismo, ou seja, sempre condenou qualquer princípio que tentasse igualar os direitos do povo aos direitos dos “nobres”. Na minha opinião, não há como entender que a filosofia de Nietzsche tem princípios de amor à humanidade. Quem tem amor à humanidade não acha justo e até admira a exploração de um sobre outrem. Não pode entender como justa ou apropriada, a guerra, por exemplo, só porque consiste numa "nobre" vontade de poder. Quando digo que a filosofia nietzscheana é impraticável enquanto política, estou me referindo à Política assimilada e aceita pela maioria, ou seja; pelo povo. Obviamente que se a filosofia for assimilada e aceita SOMENTE entre os dominantes, aí ela não é só praticável como também , eu arriscaria dizer que ela já é quase plena, isto é: corrente, fluente. Aí ela é praticada na surdina... Não é clara, não é explícita. Ela existe e atua enquanto não é claro para o povo, que este é considerado baixo, inferior e incapaz de decidir corretamente o seu próprio destino.Faço coro a Nietzsche para dizer que os mais inteligentes devem comandar, mas o critério que ele usa para significar a palavra “inteligente” é muito diferente do meu.O “poder” que ele valoriza é o poder individual, a potência e a capacidade que alguns poucos têm de dominar legiões, assim como Maquiavel também o faz.“Pro diabo com a ética, o importante é governar, é poder.” A vontade de poder que ele valoriza é a subjugação de nações sobre outras, de homens sobre outros, eu não posso conceber que isto tenha origem no amor à humanidade.
existe uma outra abertura para um "egoísmo positivo".
Sim, concordo, e aí cabem várias definições importantes que devem ser feitas: Se esse “positivo” for baseado naquelas impressões da filosofia nietzsheana que eu qualifiquei como “boas” mais acima como a libertação dos pensamentos dogmáticos, etc., tudo bem, mas o outro lado dessa filosofia é que me preocupa. O lado da; “raridades para os raros”, como ele disse.O egoísmo é válido, desde que não seja explorador, desleal e nem irresponsável.A palavra “poder” também tem que ser traduzida muito claramente em outras palavras. Quero dizer, o que é poder? Quais os princípios e limites eticamente válidos ou sensatos para eu empreender minha vontade de poder? Quando uma nação, mostrando todos os adjetivos que Nietzsche usa para qualificar as nações dominadoras, adjetivos como, vigorosos, corajosos, vivazes, guerreiros, etc., invade outra nação e subjuga aquela população, na filosofia de Nietzsche isso é nobre, bom, etc. Infelizmente os filhos e familiares das pessoas que morreram na invasão e as pessoas subjugadas pela nação dominadora nunca pensarão assim.
não poderíamos afirmar que o Brasileiro, com seu espírito alegre e jovial, sua "bonomia superior" advinda da generosidade da terra, consegue afastar de si toda o ódio e ressentimento dos fracassos anteriores, como o übermensch nietzscheano?
Sim, até sem conhecer a filosofia de Nietzsche, mas sim, o nosso povo age nesse aspecto como o übermensch, até pela generosidade da nossa terra assim como vc muito bem observou. Mas será que isto está sendo bom pra nós? Não acho que o brasileiro deveria ser ressentido, rancoroso, pessimista, nada disso, mas vc deve convir comigo que essa apatia política, essa indiferença social à Política se deve ao excessivo individualismo (egoísmo). Esse “pode tudo”, esse “nada mais me impressiona ou me revolta” é lastimável. Vira um círculo vicioso em que ninguém se importa com mais nada e isso é muito ruim... Infelizmente a Política é um mal necessário em nossas vidas e, participar efetivamente dela é imprescindível a qualquer povo que se respeite, coisa que, sinto tristeza e vergonha em ter de dizer que, esse, definitivamente não é o caso dos brasileiros.Abraços
BrasilMembroOlá fezinhaA letra dessa música consiste numa contundente contraposição jusfilosófica e política.A letra aponta a hipocrisia da sociedade, quando cita a “sujeira pra todo lado” diz que não é só um mal político e sim um mal social... Aponta o paradoxal e estranho otimismo brasileiro quando diz que ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação...Cita a inércia popular, o espírito apolítico e submissão do povo ao sistema quando diz que nas demais regiões do País, está “tudo em paz”; quer dizer que ninguém se manifesta.Quando diz, “na morte eu descanso, mas meu sangue anda solto manchando os papéis”, está referindo-se às provas deixadas pelos criminosos assassinos de mártires como Chico Mendes por exemplo e outros... Por fim ironiza nossa situação ridícula frente à opinião pública internacional, ironiza a infeliz esperança de crescimento econômico, e faz uma séria advertência quanto ao extermínio indígena.Mais contraposição jusfilosófica e política que isso, é difícil, acho que só mesmo o Geraldo Vandré com sua “Pra não dizer que não falei das flores”. Abs ;)Nas favelas, no SenadoSujeira pra todo ladoNinguém respeita a ConstituiçãoMas todos acreditam no futuro da naçãoQue país é esteQue país é esteNo Amazonas, no Araguaia iaia, na Baixada Fluminenseno Mato Grosso, nas Gerais e no Nordeste tudo em pazNa morte eu descanso, mas meu sangue anda soltoManchando os papéis, documentos fiéisAo descanso do patrãoQue país é esteQue país é esteTerceiro mundo se forPiada no exteriorMas o Brasil vai ficar ricoVamos faturar um milhãoQuando vendermos todas as almasDos nossos índios num leilão(Legião Urbana)
BrasilMembroComentário ao excelente texto do filósofo José Pablo Feinmann
Uma última sugestão: vivemos tempos sombrios, uma catástrofe civilizatória. Por acaso o Superman de Siegel e Shuster e o Übermensch nietzscheano se uniram em uma devastadora vontade de poder do Império bélico-comunicacional "americano"? Se assim for, a história chegou a uma "sintese", digamos, "estremecedora".
O Superman é totalmente fictício, fez a cabeça da “plebe” através do sonho e da fantasia, sua ideologia pode-se dizer que era ou é alicerçada em valores cristãos, como vc bem notou. Também é um alienígena, ou seja; é um “modelo” fantasioso do qual jamais alguém em sã consciência sonharia em espelhar-se.Já o Übermensch, que poderia também ser traduzido como "extra-homem", é real, é possível, é demasiado simples e perigoso. Na minha opinião, serviu de modelo ideológico aos piores interesses, como vc também notou. Um modelo para poucos, para “raros”; adjetivo usado por Nietzsche para denominar os “aspirantes” à condição de Übermensch. Um modelo pregado como ideal, pelo autor, de maneira brilhante, com uma força lingüística e poética arrebatadora. Uma filosofia para raros, uma filosofia que diz claramente que os direitos das pessoas não podem ser iguais, diz que o homem deve empreender sua vontade do poder excluindo completamente qualquer sentimento de compaixão e piedade, diz que uma casta muito pequena; os “bem sucedidos”, devem governar protegendo-se dos malogrados vermes rastejantes que é o POVÃO. Sim, não se popularizou, é óbvio...Entre o povão, empreender a vontade de poder, alheio aos direitos dos demais, é imoral, já entre os “nobres”; essa é a própria moral. Posso perfeitamente entender o quão pode ser importante uma filosofia tão libertadora de “dogmas”, tão descompromissada para com os outros, tão incentivadora da exploração da própria espécie, tão sem culpa... Os “raros” sabem o que estou dizendo, eles adoram Nietzsche...
BrasilMembroOlá ReinaldoAcho que todos nós somos palhaços! O atendimento público à saúde é muito pior que o atendimento nos aeroportos e ninguém se manifesta a respeito, cada um paga o seu plano de saúde e deixa a individualidade falar mais alto: Quem pode mais chora menos.Garanto-lhe que os vôos particulares dos altos executivos, não estão sofrendo atraso algum...Enquanto as pessoas não agirem efetivamente como POVO que são, o tratamento continuará sendo especial somente aos “especiais”...Os filhos da época Somos os filhos da época, e a época é política. Todas as coisas - minhas, tuas, nossas, coisas de cada dia, de cada noite são coisas políticas. Queiras ou não queiras, teus genes têm um passado político, tua pele, um matiz político, teus olhos, um brilho político. O que dizes tem ressonância, o que calas tem peso de uma forma ou outra - político. Mesmo caminhando contra o vento dos passos políticos sobre solo político. Poemas apolíticos também são políticos, e lá em cima a lua já nao dá luar. Ser ou não ser: eis a questão. Oh, querida que questão mal parida. A questão política. Não precisas nem ser gente para teres importância política. Basta ser petróleo, ração, qualquer derivado, ou até uma mesa de conferência cuja forma vem sendo discutida meses a fio. Enquanto isso, os homens se matam, os animais são massacrados, as casas queimadas, os campos se tornam agrestes como nas épocas passadas e menos políticas.(Wislawa Szymborska)
BrasilMembroMona Lista
BrasilMembro20/10/2007 – BRA compra aviões da EMBRAERA Embraer e a empresa aérea brasileira BRA Transportes Aéreos assinarão amanhã, dia 21, acordo comercial para a compra de 20 jatos EMBRAER 195, com mais 20 opções do mesmo modelo. O valor do negócio, referido a preços de tabela, é de US$ 730 milhões, nas condições econômicas de janeiro de 2007 (não incluídos equipamentos opcionais encomendados pela BRA) e pode atingir US$ 1,46 bilhão, caso todas as opções sejam confirmadas. A solenidade de assinatura do contrato contará com a presença do presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva.http://www.asasbrasil.com.br/noticia.php?id=0000967506/11/2007 - BRA pára de voar e demite todos os funcionáriosA companhia aérea BRA irá parar de voar a partir desta quarta-feira. A empresa diz esperar que a parada seja temporária, mas já enviou aviso prévio de demissão a todos os seus 1,1 mil funcionários. O motivo não foi informado. http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200711061813_RED_5157547707/11/2007 - BRA vendeu 70 mil passagens até março de 2008A BRA anunciou nesta quarta-feira que vendeu 70 mil passagens até março de 2008. A companhia aérea propõe que estes clientes troquem seus bilhetes em outras empresas ou negociem o reembolso do valor pago.http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200711071402_RED_51677626
O Sr. é um fanfarrão, Sr Jobim!! PEDE PRA SAÍR!! PEDE PRA SAÍR!!!
BrasilMembro“Nao encontraremos resposta”Como é possível saber que não será possível saber? ::)
"O homem mais inteligente é aquele que reconhece que é um animal", não sei se a frase já tem dono mas filosofei isto agora. Lembrei-me do velho Hegel, tivera sorte e teria nascido após Darwin. Acho que já deu para perceber que sou um historicista e no mais velho estilo hegeliano. Por isso que não concordo com os filosofos "eruditos" de "formação academica" que na sua grande maioria são existencialistas, também pudera, o mestre de vocês Kierkegaard, cresceu criticando meu mestre Hegel. sei que vão aparecer aqueles que vão dizer: não me baseio em Kierkegaard e sim em Nietzsche, ou Sartre, mas eu também não me baseio em Hegel e sim em Marx. Aparecerão aqueles mais eruditos ainda e dirão que sua grande fonte de inspiração é Sócrates e eu os responderei que a minha é Democrito ou epicuro. Voltando ao começo da história, não vou criticar Newton, Descartes ou Hegel homens inteligentissimos que contribuiram em muito para o avanço da humanidade mas que não conseguiram se desvencilhar da idéia de um Deus, por que eles são anteriores ao fortalecimento da pesquisa natural e à evolução das especies de Darwin. No entanto tiro meu chapéu a Marx e Freud que desenvoveram toda as suas teorias tendo como base o conceito que o homem é um animal fruto da seleção natural como qualquer outro. Kierkegaard era contemporaneo a Marx, no entanto, com tanto material nas maos preferiu ser cristão. É preciso extrair a seta do corpo? com ceteza é! mas se der tempo ainda descobrimos quem a atirou. Deus está morto? como certeza está! Estamos condenados à liberdade? Estamos! isso porque somos apenas animais.
Quando começei a estudar filosofia o 1º conselho que segui foi esqucer quase tudo que tinham me ensinado até ali e formular meu proprio conhecimento! nao lembro bem, mas acho que Descartes utilizou esse método!pois é, o conhecimento que formulei me deu respostas para quase tudo ou seja consegui eliminar minha crise existencial! "o quase" fica por conta das "singularidades" que deram origem ao universo e o comportamento quantico dos átomos mas a física quantica junto com a teoria da relatividade estao trabalhando para encontrar essas respostas na chamada "teoria do todo" se isso acontecer enfim "encontraremos a resposta". "Há quanto o que me haviam ensinado eram explicações de "adao e eva" "de povo escolhido" de "arca de nóe"! nao dava para se conformar, dava?
Caro amigo, não é difícil perceber onde vc erra. Vc erra quando associa a possibilidade da existência de um ser criador do Universo, à verossimilhança dos escritos bíblicos.Para afirmar que Deus não existe vc aponta a incoerência nos escritos?Assim como o teista não pode embasar-se em escritos para fazer uma afirmação positiva ou negativa quanto a esse assunto, você também não!O fato de o Homem ser um animal, prova que Deus não existe?Quando a ciência tiver uma resposta à chamada “teoria do todo”, aí alguém vai poder afirmar algo, mas mesmo assim sujeito a erro.Teorias são hipóteses que são comprovadas ou derrubadas, também são tidas como verdadeiras ou falsas por longos períodos antes de serem “derrubadas” ou “confirmadas”.
Deus está morto? como certeza está!
Parece que vc já encontrou a resposta que antes, disse que não encontraríamos...
BrasilMembroA natureza não evoluiu, ela ja foi criada perfeita.
Perfeita pra quê? Pra nossa sobrevivência? Pra isso ela teve de evoluir muito.Primeiro é necessário definir a palavra evolução, evoluir é entre outras coisas: Passagem lenta e gradual de uma a outra forma estável; mudança. Será que a Natureza não sofreu mudanças até chegar à condição ideal para a nossa sobrevivência?Só pra vc ter uma idéia, há 140 milhões de anos atrás, o que é hoje a Índia, estava no extremo ocidente do planeta, colada com a Antártida, Austrália e África, formando um continente que hoje chamamos de Gondwana. Esse continente desintegrou-se. O que hoje chamamos de Índia evoluiu por milhares de km em direção ao Norte, onde colidiu com a Ásia e EMPURROU as terras para cima. Essa colisão formou o que hoje conhecemos por montanhas ou Cordilheira do Himalaia.Uma evolução e tanto, não?
BrasilMembro“Como vencer a morte?”Resposta : Ficando vivo. ;D
O cara vem e diz: "Venci na vida!" ... "Por que dizer isso se a morte vai te vencer?"
Pois é, e o sentimento que imbui uma pessoa ao ponto dela dizer isso, é a raíz de todos os nossos problemas sociais; vivemos em luta.A vida não precisaria ser "vencida" e sim somente vivida. Não há, em verdade, luta alguma na vida!Viver é se dar, e não, tomar. Se colocamos a Economia em nossas vidas e isso nos leva diretamente à competição e a ela damos o nome de luta... a culpa é nossa.A Natureza preparou tudo para que não fosse assim. Se idolatramos a riqueza material, a culpa é nossa. Na verdade idolatramos o poder, pois "material" existe em abundância!!Há pessoas que acreditam que os faraós eram pessoas inteligentíssimas, dotadas de sabedoria ímpar, etc.Por quê? Só porque eram ricos e poderosos? Idolatramos o poder? Então lutemos! Lutemos pelo poder!
BrasilMembroA compaixão contraria inteiramente a lei da evolução, que é a lei da seleção natural. Preserva tudo que está maduro para perecer; luta em prol dos desterrados e condenados da vida; e mantendo vivos malogrados de todos os tipos, dá à própria vida um aspecto sombrio e dúbio.Sem compaixão daríamos à própria vida um aspecto de canibalismo.A humanidade necessita igualmente de um Deus mau e de um Deus bom; não deve agradecer por sua própria existência à mera tolerância e à filantropia... Qual seria o valor de um Deus que desconhecesse o ódio, a vingança, a inveja, o desprezo, a astúcia, a violência?Deus conhece TODOS os sentidos e nos dá livre arbítrio para escolher.Eu não poderia achar que Deus desconhece o ódio, a vingança, a inveja, o desprezo, a astúcia e a violência. Posto que, ele é criador e tudo o que ele criou esteve, está e estará diante de meus olhos e diante dos olhos de todos que vieram e virão, criando aquilo que se poderia chamar de "sabedoria que ascende" de geração para geração.
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