Miguel (admin)

Respostas no Fórum

Visualizando 15 posts - 736 até 750 (de 6,713 do total)
  • Autor
    Posts
  • em resposta a: Genealogia da moral – terceira dissertaçao #80742

    Olá Marcio

    Na Genealogia da Moral Nietzsche está investigando a origem dos conceitos de bem e mal, e como o bom tornou-se o mal e o mal tornou-se bom através da invenção pesada da moral. O espírito de rebanho, dos fracos, passou em algum momento da história a prevalecer sobre o homem superior, o guerreiro, que vive a vida em sua plenitude, não é isso?

    Esta passagem parece estar investigando o problema do ascetismo platônico e judaico-cristão. No Fédon de Platão o corpo é colocado como inferior à alma, uma prisão sujeita às paixões, sendo a alma pura, imortal. Nietzsche no Crepúsculo dos Ídolos comenta a última frase de Sócrates a Críton “Devo um galo a esculápio – se lembrará de pagar a dívida”?. Esculápio era o Deus da Medicina e para Nietzsche essa frase equivale a dizer que a vida é uma doença, da qual a morte é a cura.

    Nietzsche critica os “mundo-verdade”, fundamento metafísico para a realidade aparente, sensível, que a investigação filosófica e teológica consagrou. Estes “além-mundo” são para o autor uma desconfiança mesquinha em relação à Terra. A vida de caracteriza pela abundância, o verdadeiro fundamento da vida não precisa estar num destes “além-mundo” ou então no julgamento divino após a morte. Por isso o “homem superior” vive essa abundância, vive o momento.

    Nietzsche tem uma frase que diz a felicidade é o resultado de uma boa digestão e outra que diz que deveria-se obrigar o asceta a comer uma caixa de maizena. Aparece aí a importância do corpo, do alimento, que ele trata em outras passagens, do bom funcionamento. Uma pessoa com saúde, funcionando perfeitamente, não tem por que dirigir sua atenção para qualquer outra instância que não a presente. No Zaratustra Nietzsche fala do espírito da criança, que acontece depois da tresvaloração. A criança vive o presente, esquece facilmente das mazelas e se abre para o novo, sem as rachaduras na alma, sem o remoer moral constante.

    Existem vários bons livros que nos ajudam a ambientar-se na filosofia nietzscheana, um que vi recentemente é o do prof. Carlos Alberto Ribeiro de Moura, que saiu pela Martins Fontes. O título é Nietzsche: Civilização e Cultura.

    Estudei Letras e já sou tradutora. Eu sempre fui avaliada pela cara,perdi a paciência com este tipo de avaliação e “ajudei” muitos colegas, “aprovei” cerca de sete em letras e cinco em arquitetura (sou boa desenhista). Eu sei que isto é errado, mas até hoje encontro alguns colegas e são profissionais competentes, quanto aos prof. continuam dezatualizados e elegendo seus “teacher's pets”.
    Sou vingativa :-)

    em resposta a: Genismo #73518

    Nahuina,
    Nohs somos MAIS que a maquina de sobrevivencia dos genes : NOHS SOMOS OS PROPRIOS GENES.
    No genismo nossa essencia esta nos genes E NAO NO CORPO !
    Assim nossa imortalidade esta garantida se a vida estiver garantida.
    Nossa consciencia eh um simples APENDICE dos genes e nao nosso verdadeiro Eu.

    em resposta a: O Mito da Caverna #74060

    Estou precisando,para dia 25-11,de um paralelo baseado na leitura do mito da caverna,e relacionado com alguma esfera social,ou seja,uma critica correlacionando o texto platonico e a contemporaneidade.Se alguem puder me ajudar eu agradeço!

    em resposta a: O Leviatã – Hobbes #79633

    Olá Natacha
    Na Wikipedia em português tem um pequeno resumo:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Leviatã_(livro)

    (copia o link todo com acento mesmo)

    A importância é tremenda, mas para começar a descobrir você vai ter que começar a pesquisar. Lembro do professor Mario Miranda dando uma dica aos alunos do que responder diante da comum pergunta “por que você escolheu filosofia?”. A resposta que ele sugeria era “Para entender o Estado moderno”.

    Além de grandes teóricos, vários filósofos ocuparam cargos práticos no governo de sua época, é o caso de Leibniz, Bacon, Locke. O Renascentista Thomas More foi chanceler da Inglaterra. Maquiavel inaugura a ciência política moderna ao separará-la da moral.

    Você pode abordar a questão pela linha dos filósofos contratualistas, primeiro os teóricos do direito divino como Bossuet, depois a fundamentação do Estado de Hobbes no Leviatã, Locke com o os Dois tratados sobre o governo (Segundo tratado do governo civil), Spinoza no Tratado Teológico-Político e finalmente Rousseau e a democracia no Contrato Social.

    Aqui no site você encontra algum material de introdução e resumo, mas no google é fácil encontrar muito mais.

    em resposta a: Marx é moderno ou pós? #80005

    Lembro que uma vez fiz um artigo em que tratava da imparcialidade da mídia frente ao MST. Foi uma exigencia da disciplina Mov. sociais. Coletei bastante informações no http://www.observatoriodaimprensa.com.br
    vale a pena dá uma olhada.

    em resposta a: Marx é moderno ou pós? #80004

    Bom dia,
    Estou fazendo um trabalho na faculdade sobre o MST, e gostaria de saber da opinião de alguns de vocês sobre este movimento para que ue possa estar relatando em meu trabalho.
    Detalhe este trabalho será hoje a noite dia 21/11/05,se fosse possivel me passar ate antes do almoço agradeceria muito.
    Fico aguardando uma resposta.

    em resposta a: Ressentimento #78457

    Quando eu era adolescente meu pai dizia que eu era muito criança, eu respondia: pai, ser homem é dificil! só mais tarde vim saber que aquilo já refletia o peso da realidade que eu carregava. Meu irmão me diz que quando criança eu era chato e que só vivia perguntando se prego era macho e barata fêmea, não foi atoa que só tive um amigo de infância e muitos inimigos.Eles me chamavam de sabe-tudo, gato civilizado e etc; isso por que eu disse que o gato la de casa era civilizado, e eu cresci num lugar em que falar uma palavra desconhecida era se tornar uma aberração. Bem, ainda tinha a historia de ver a Deus, que não me saia da cabeça. não é de estranhar que logo eu começei a desmontar tudo isso; vi que meu pai era de certo modo uma fraude, que sua austeridade e rigor escondia um homem sentimental e fragil. Ele dizia posso morrer de medo mas, ninguem saberá, e daí para os mitos menores era um pulo: Deus, o homem, a figura da mãe, o pecado, o demônio são assuntos que descuti comigo mesmo a vida inteira, as vezes partilhei com meu pai, até onde ele suportava; que logo ele se sentia ofendido. Uma vez perguntei a ele: pai, por que eu tenho que lhe obedecer? Ele respondeu – quem procur saber a razão pela qual obedece o valor da obediencia por completo desmerece. bem, vamos ao que interessa: quanto a felicidade, eu começo pensando que as capacidades humanas estando a serviço da manutenção da vida tendem a armonizar as coisas de modo a manter o individuo adaptado ao meio. a felicidade surge como um artificio da mente para esse fim, sendo que quanto mais racionalmente livre o individuo se torna mais ele perde os beneficios desse mecanismo natural. Aqui eu lembro uma estorinha zen budista: o miriápode (muitos pés)vivia feliz, tranquilo até que o sapo lhe perguntou como ele conseguia andar, hoje ele jaz perplexo pensando em como foram feitos seus pes. A medida que pensa filosoficamente o homem mata ilusões, resta saber que efeitos são produzidos em seu espirito. O que sabemos é que a mente quer se harmonizar com o novo estado de coisas para constinuar funcionando, a mente não quer enloquecer, ela quer continuar dando conta da sua tarefa nem que pra isso tenha que enganar a si mesma, aceitando mentiras por verdades na impossibilidade de obtê-la. Isso já é outro caminho para a felicidade; a construção de uma falsa verdade que silencie uma questão insoluvel.
    falando nisso,estou cansado até logo…

    em resposta a: Santo Agostinho #71240

    por qual razão Santo Agostinho afirmava que o mal era a ausência de Deus logo, o mal não tinha existência autônoma?

    Olá Alba

    Esse problema das notas é particularmente curioso nas ciências humanas, onde muitas vezes o texto avaliado é uma dissertação acerca de tema, envolvendo uma certa liberdade na composição, i.e, variando muito de aluno para aluno. Não há uma única fórmula que leva a uma única resposta, como é o caso de alguns problemas na matemática. Isso acarreta num aumento do grau de responsabilidade do professor, e muitas vezes pode descambar num subjetivismo. O professor, muitas vezes, lê os trabalhos apressadamente, já que tem que cumprir prazos e tem uma pilha enorme para corrigir.

    Meus trabalho aqui no site também já foram copiados à exaustão, infelizmente, mas tenho notícia que os professores agora já estão de sobreaviso, pois pesquisam no google trechos para saber se houve cópia na Internet ou não. Porém, sei de colegas que copiaram trabalhos meus na mesma disciplina e com o mesmo professor e obtiveram notas diferentes. Um outro caso que lembro é de um seminário que precisávamos apresentar, e o texto era difícilino. Na última noite escrevi minha participação me desdobrando a madrugada inteira na escrivaninha. Na aula do dia seguinte meu colega de grupo desesperado pede ajuda pois não tinha entendido nada do texto e não sabia o que falar. Eu passei algumas diretrizes a ele e ele anotou e leu aquilo na vez dele. Pois bem, ele tirou 2 pontos a mais do que eu, na nota.

    A venda de trabalhos sob encomenda e a cópia de trabalhos prontos aumenta vertiginosamente e só temos a lamentar com isso. Copiar-se um trabalho pronto é como um estelionato e deveria acarretar em suspensão ou expulsão do curso. Um aluno que faz isso não está levando o curso com o mínimo de seriedade. Isso não invalida as críticas que possamos fazer ao modo de avaliação nas ciências humanas.

    O que você estuda? Letras?
    abs

    em resposta a: O Leviatã – Hobbes #79632

    Caros colegas
    Gostaria se possível do resumo da obra de Hobbes( Leviatâ)Primeira Parte – do Homem ao Estado.
    Obrigada
    Natacha

    em resposta a: O ateu e as provas #80497

    pela quantidade do tempo de que a biblia foi gasta para ser escrita, em epocas diferentes por pessoas totalmente diferente, em lugares diferentes, e a biblia consegue intepletar ela mesma. Vc acha isso comum.Se vc ñ acredita na palavra de Deus então vc ñ acredita Nele.

    em resposta a: O complexo pode se tornar obvio? #80715

    Olá Anderson

    A princípio me ocorre duas abordagens filosóficas sobre este tema. A primeira, que você pode pesquisar, é a chamada “Navalha de Ockham” (Guilherme de Ockham 1290- c.1349). Uma definição sumária pode ser acessado em
    http://www.geocities.com/revistaintelecto/navalha.html

    O segundo conceito que me ocorre é o método do Descartes, que pode ser lido no Discurso do Método. De fato, pode-se atentar para a segunda regras. Tornar o complexo simples pode ser tanto um instrumento epistemológico quanto uma ferramenta de intelecção no sentido de conduzir a razão a procurar a verdade nas ciências.

    “Primeira regra: evitar a prevenção e a precipitação, só aceitando como verdadeiras as coisas conhecidas de modo evidente como tais e não admitir no juízo senão o que se apresentasse clara e distintamente, excluindo qualquer dúvida. Segunda: dividir cada dificuldade em tantas parcelas quanto seja possível e quantas sejam necessárias para resolvê-las. Terceira: Conduzir em ordem os pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, a fim de ascender, pouco a pouco, por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, supondo uma ordem mesmo entre aqueles que não precedem naturalmente uns aos outros. Quarta: fazer sempre inventários tão completos e revistas tão gerais que se fique certo de nada ter omitido.”

    em resposta a: Emmanuel Lévinas e a Alteridade #75362

    Gostaria de obter mais informações sobre a “Hermenêutica” em Lévinas. Estou trabalhando o texto “Hermenêutica e Além”, na obra levinasiana: “Entre Nós”. Agradeço antecipadamente!

Visualizando 15 posts - 736 até 750 (de 6,713 do total)