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Miguel (admin)Mestre
Oi, preciso de um texto que fale do Mito da caverna, que possa me favorecer, por favor me mandem. grata
DucarmoMiguel (admin)MestreRenan,
Eu já havia lido esta parábola em um livro chamado “A doutrina de Buda”. E também a do Grão de mostarda. São muito “populares” estas parábolas, pois eu já havia lido em mais de um livro…
Me permita contar um negócio rápido. Tentei entrar na USP ano passado no curso de Filosofia, cheguei na segunda fase mas não consegui passar. Esse ano eu tento de novo.
Outra coisa que queria contar é sobre uma pessoa iluminada chamada Osho. Você já ouviu falar dele? Se tiver a oportunidade de ler algum livro dele (e são muitos…), nós poderíamos debater sobre ele também…
Sabe o que mais me impressiona, o que eu considero a idéia mais importante do Budismo? É a negação do “eu”. A consequente unificação com toda a existência com essa negação, a quebra da dualidade “eu-você” (não sei exatamente como chamar isso) é algo que me atrai. Penso que somente ela acaba com todo o sofrimento causado por este nosso modo “ocidental”, se é que posso chamar assim, de pensar. O que você pensa sobre isso, Renan?
Outra questão : Já que você falou em semelhanças entre a filosofia grega e a filosofia oriental, você acha possível conceitualizar iluminação?
Abraço forte!12/09/2005 às 20:59 em resposta a: Net , MSN e estrangeirismo- Ser ou "naum" ser gramaticalmente corre… #80247Miguel (admin)MestreNahuina, você entendeu errado.
Não tendenciei a pergunta de maneira nenhuma. Eu apenas gostaria de ver a opinião das pessoas. Se te dei essa impressão, então me expressei mal.Minha única intenção neste fórum seria reunir pessoas de todas as áreas afins ao tema: letras, comunicação, informática, sociologia, antropologia, filosofia e direito. Só isso.
Certamente existem argumentos a favor e contra essa lei. Eu gostaria de ouvir ambos.
12/09/2005 às 16:33 em resposta a: Net , MSN e estrangeirismo- Ser ou "naum" ser gramaticalmente corre… #80245Miguel (admin)MestreOlá Miguel,
Concordo com tudo o que você disse. Vou apenas acrescentar alguns comentários e responder a sua mensagem.
Eu não conheço as diretrizes dessa proposta e como ficou seu encaminhamento. Na época, isso era um assunto corrente em minhas aulas de língua portuguesa, mas até então eu não tinha dado a devida importância que (talvez) devesse dar.
A França e Portugal costumam traduzir tudo, até a linguagem da informática. Gostei muito dos exemplos que você postou, em especial dos norte-americanos que preferem “refilmar” a legendar. Eu sabia, mas nunca tinha parado para prestar atenção que isso acontecia por essa razão.
No caso de nomes de ruas, edifícios, serviços, etc… eu acho que há um exagero no Brasil. Considero isso uma poluição. Imagine uma pessoa que não teve acesso a educação como ela deve ter dificuldades para achar um endereço.
No caso de serviços, os abusos estão em toda a parte. Digo abusos, pois considero desnecessário. Delivery, self-service, a la carte, etc… poderiam ser substituídos por expressões populares, brasileiras.
Alguns casos que NÃO podem ser confundidos com estrangeirismo são os de bairros, ruas, nomes de rios e cidades que são em língua indígena. Exemplos: “Guarapari”, “” E algumas expressões originalmente africanas, como “cochilo” e “moleque”. Esses povos e sua cultura são importantíssimos para definir a identidade brasileira.
Quando uma palavra de origem francesa ou inglesa ganha uma versão aportuguesada, tudo bem. Sem mencionar que boa parte das palavras tem origem no grego, latim.
Sobre a chamada “norma culta”:
Essa é outra questão chave deste tópico. A linguagem padronizada e a dita “norma culta” são reflexos do poder e controle da elite? Essa parece ser uma questão boba, mas não é. Vide Althusser, Foucault, Adorno, Walter Benjamim, Derrida e vários outros.Veja nossa linguagem cotidiana como é impregnada de pré-conceitos (=conotações que rotulam ou pré-julgam qualidades):
1-Machismo: O homem pensa e é mortal (no lugar de: a raça humana pensa e é mortal)
2- A medicina alternativa é uma boa (repare que a medicina chinesa e outras milenares são alternativas enquanto a medicina ocidental européia é chamada “a medicina” )
3- Eu gosto de música erudita (observe que a música européia é chamada clássica ou erudita) Em alguns desses casos, o sentido pode ter se alterado com o passar dos anos. Pode ser que o tal “preconceito” esteja na cabeça de quem vê. É um caso a discutir.
4- Até mesmo a expressão “norma culta” já discrimina as demais formas de linguagens como incultas. Há um valor implícito nessa expressão. Ela diz que culto é aquele que teve acesso a boa educação, que tem etiqueta e valores morais correspondentes aos anseios das pessoas que detêm o poder econômico. Por outro lado, o inculto, ou aquele que pratica a forma inculta de linguagem, é aquele que não tem acesso a educação (seja ela em nível escolar ou moral). Apenas a cursos profissionalizantes. Estes cursos que aprisionam o pensamento e ensinam somente a obediência e a prática técnica que corresponde aos anseios dos industriais.
Infelizmente, para que eu e você possamos estar aqui debatendo on line, muitos outros necessitam aprisionar o pensamento. É exatamente como na Grécia antiga. Os escravos davam conta de todo trabalho manual para que os filósofos pudessem ter tempo para pensar. Talvez seja um mal necessário. Sem isso, não teriam desenvolvido a filosofia. Isso leva a questão: para que serve a filosofia? Será que só serve para filosofar sobre o desemprego, sobre os problemas da sociedade, sobre a exploração do trabalho? Certamente não. Acho que a filosofia oriental é um exemplo disso.
Talvez a filosofia deva ser a busca apenas pela felicidade (seja ela definida como conhecimento, iluminação, paz , ou qualquer outra coisa).Marilena Chauí trata da questão “para que filosofia?” em seu no livro Convite a Filosofia. Outro livro excelente é Redação Inquieta de Gustavo Bernardo. E também recomendo “Filosofando- introdução a filosofia”.
De volta ao tema: Alguns professores desprezam a gíria. Será isso correto (do ponto de vista ético)? Eu realmente não sei. É uma outra questão a ser debatida.
“Alguns professores desprezam a gíria. Será isso correto do ponto de vista ético?”
Isso também depende de que ética tomarmos como ponto.
E embora talvez não seja uma questão de ética, eu gostaria que tentassemos analisa-la com o rigor aplicado ao estudo da ética.Grato pela “convesa”.
(Mensagem editada por renan_m_ferreira em Setembro 12, 2005)
Miguel (admin)MestreRodrigo,
sou eu quem agradece. Obrigado a você.Bom, vou dividir sua mensagem em tópicos e responde-la:
1- O livro que tenho sobre Buda é “O Buda por Ele Mesmo”. Ele faz parte de uma coleção de biografias. Porém o livro mais interessante que eu já li nesse aspecto foi “Elementos da Meditação, de David Fontanta”. Se tiver a oportunidade, não deixe de ler.
2- A questão de usar o pronome de tratamento não me incomoda em nada. Está tudo bem para mim.
Como você vinha escrevendo muito formalmente, eu passei a usar o “sr” também. Pensei que talvez você fizesse questão. Mas já que agora você me disse que essa formalidade é desnecessária, fico feliz.
Sou graduado em Comunicação Social, e quase sempre tenho muito cuidado na criação de um texto. Fico apegado a vários detalhes. Isso cansa às vezes. Porém, eu tenho esse fórum como entretenimento (e aprendizado), por isso prefiro escrever de maneira menos formal aqui.3- “Que bom que encontrei alguém que pense assim também.” – Eu digo o mesmo. Espero que aproveite o fórum.
4- Pitágoras tinha um entendimento do universo semelhante ao entendimento que estamos acostumados a ver na filosofia oriental. Ele pensava por exemplo que o universo, a ordem cósmica era uma música. Isso no sentido físico, matemático. É como se ele dissesse que as leis da natureza são harmônicas e simplesmente acontecem como uma música. Pitágoras, se não me engano, conhecia o oriente. Ele viajava bastante e teve contato com várias culturas.
5- “…nossa biblioteca tem somente a coleção “Os pensadores”. – Aqui eu faria uma brincadeira com essa frase. Eu mudaria as aspas que você colocou em “os pensadores” para “somente”. Entendeu?
Se você ler “somente” toda a coleção os pensadores você terá uma base ENORME. Vai fundo!
Além disso, a internet é um bom canal de pesquisa. Não sei se você tem fácil acesso a isso.
Se tiver, use a internet, mas não se acomode. Os livros dão uma visão e profundidade única (e isso não tem como ser explicado, só quem lê percebe isso).Rodrigo, é um prazer discutir filosofia com você. Obrigado pelos elogios. Mas conhecimentos são relativos. Tudo que eu “penso” saber, pode ser falso. E achar (ou pensar) que sabe é um erro humano. Logo, eu posso estar todo errado, e duplamente errado por “achar” que posso estar errado.
Já que você e eu compartilhamos o mesmo gosto pela “sabedoria” budista. Leia o seguinte texto:
O sermão sobre a injúria
Buda pregava a seus discípulos sobre o amor, dizendo que se deve revidar o mal com amor. Certo homem ouvindo isso começou a esbravejar e insultar o Buda, esperando que ele abdicasse da calma e partisse para a agressão. Quando o homem acabou de insulta-lo, o Buda chamou-o dizendo: “Meu filho, se um homem declina de aceitar o presente que lhe é ofertado, com quem o presente ficará?” “Ficará com a pessoa que ofertou” – respondeu o homem. Então disse Buda: Meu filho, tu me injuriastes, porém eu declino de aceitar seus insultos. Rogo-te que guarde-os tu mesmo. O homem que censura o virtuoso é como o homem que cospe para cima. O escarro recairá sobre seu próprio olho. O caluniador é como o homem que joga pó sobre o outro quando o vento sopra contra quem atira o pó, e o pó recairá sobre ele. O insultante partiu envergonhado.
Esse texto eu postei no sábado, 13 de agosto de 2005 – 2:06 pm, neste mesmo fórum. Junto dele está um resumo da vida de Buda e uma outra parábola budista muito interessante: “o grão de mostarda” .
Leia e depois discutimos. Apesar de concordar que esse é um conhecimento “desnecessário” a única forma de interagirmos pelo fórum é essa.Obrigado.
Miguel (admin)MestreA questão “perfeito”, é totalmente relativa. Quem prova que a natureza é perfeita, sendo que mesmo antes do efeito estufa já existiam furacões, terremotos, vulcões e outros meios destrutivos da própria natureza? que em pouco tempo modifica do mesmo modo que o homem modifica para bem de alguns e mal para outros o meio. Perfeição quando se perguntada a respeito do que é, melhor seria responder com uma pergunta – com qual finalidade? porque dizer perfeito como Deus, seria dizer – criar coisas que não destruisse outras (não sei como) sendo moralmente e literalmente. ou um perfeito doutor, perfeito arquiteto, etc. Tudo parte da relação perfeito/certo, imperfeito/errado, sendo que para uns errado isto e o mesmo é certo para outros. Colocar padrões nunca deu certo no mundo, pois as diversidades são enormes. E agora como colocar a culpa no Diabo ou em Deus se perfeito e imperfeito é uma questão de visão?
Miguel (admin)MestreRenam (usei o senhor da outra vez somente por educação, mas o acho desenecessário)…
Gostaria de saber que livro é este que você tem. Eu também já li alguns livros sobre Buda e o budismo, pricipalmente o Zen e, como disse anteriormente, o entendimento sobre budismo é “desnecessário”. Que bom que encontrei alguém que pense assim também.
Não tenho muitos conhecimentos como você deve ter, não estudo em uma universidade. Apenas li alguma coisa e me interessei. Meu maior guia é meu pensamento. Mas espero que possa aumentar meu conhecimento com esse fórum e que você possa me ajudar nesse aspecto.
Qual é, por exemplo, a semelhança do pensamento de Pitágoras com a filosofia oriental?Renan! Eu moro numa cidade com uma só biblioteca, e você deve imaginar que eu não tenho acesso a muitos livros. Por exemplo, a respeito de filosofia, nossa biblioteca tem somente a coleção “Os pensadores”. Você deve imaginar a dificuldade que eu enfrento, e o desestimulo, nesta cidade.
Obrigado pelas coisas que virão…12/09/2005 às 3:40 em resposta a: Net , MSN e estrangeirismo- Ser ou "naum" ser gramaticalmente corre… #80244Miguel (admin)MestreOlá Renan
Quem trouxe essa discussão por volta de 2000 foi o deputado Aldo Rebelo, com seu projeto de lei que buscava coibir o “estrangeirismo”. Você conhece as diretrizes dessa proposta e como ficou seu encaminhamento? Creio que são informações pertinentes para essa investigação.
Como você disse, a França é sempre apontada como um país que busca acima de tudo preservar sua identidade cultural, traduzindo tudo em todas as instâncias, mesmo numa área em que há grande predomínio anglônico, como a informática. Meu professor de francês dizia que se você estiver pedido na França e não dominar a língua nativa, você pode até pedir informações em inglês, que muitos franceses irão entender, mas lhe responderão em francês.
Os norte-americanos por outro lado, preferem refilmar um filme a legendá-lo, e geralmente o dublam em seu próprio idioma.
Como fica essa questão com o tráfego globalizado de informações? Em alguns pontos mais comerciais de São Paulo a “poluição” do estrangeirismo chega a ser agressiva, a pizza Delivery, o hotdog, o “serl-service” etc.
Ao meu ver, o deslumbramento e submissão pelos conceitos e modismos estrangeirismos deve ser combatido, na mesma medida do aculturamente causado pela perda de camadas de nossa complexa língua, que tende a ser exercida com menos desenvoltura, ou desviando-se de sua forma “culta”.
Por outro lado, o “enfaixamento” do tratamento da linguagem através da ação judicial é algo complicado, tanto operacionalmente quanto conceitualmente. É uma perda de liberdade, do dinamismo e da flexibilidade. Além disso a cultura antropofágica brasileira tudo absorve e transmuta a seu favor.
Miguel (admin)MestreO PT e a metafísica dos costumes
Acompanhando a crise política e moral interna ao PT são muitos que, perplexos, se perguntam:como se pôde chegar a isso, que a cúpula do partido traisse os princípios ético-políticos que o o PT como um todo sempre pregou e que ao chegar ao governo central rotundamente negou? Não quero recorrer à sabedoria cristã que em seu realismo histórico sempre afirmou a profunda ambiguidade do ser humano, demens e sapiens, justo e pecador. Caso não se submeta a uma permanente autovigilância e ao controle social, tende a cair na insapiência, na injustiça e na corrupção. Como o discurso teológico não é moeda corrente, prefiro remeter-me a Immanuel Kant(+1804), um dos maiores pensadores da ética. Ele talvez nos ajude a entender a presente tragédia.
Na Critica da razão prática (1788) e na Metafísica dos costumes (1797) propõe um “princípio moral”(Moralprinzip) e uma “lei de costumes”(Sittengesetz) que considero permanentemente válidos. Não prescreve nenhum conteúdo concreto, que poderia ser relativizado pela evolução histórica ou pela diferença de culturas, mas uma atitude básica a ser vivida sempre pelos seres humanos:”aja de tal maneira que a máxima de tua vontade sempre e ao mesmo tempo possa valer como princípio de uma legislação universal”.
Em outras palavras: viva uma ética pessoal com tal excelência que ela possa valer sempre para todos. O sentido profundo da intuição kantiana é de articular o pessoal com o universal. Concretamente, não há uma ética pessoal de um lado e uma ética social do outro. O que vale para uma deve valer para a outra. Mais ainda, o princípio kantiano estabelece por onde deve começar a ética: pela própria pessoa. Sem ela a ética social não se sustenta.
O que ocorreu com os dirigentes do PT? Concentraram-se na ética social descurando a ética pessoal. Sendo indulgentes para com eles, podemos supor o seguinte argumento que sabe à Maquiavel ou ao marxismo de vulgata:se o fim for bom e se pudermos inaugurar um tipo de política que liberta os oprimidos podemos nos permitir deslizes éticos. Aqui reside o equívoco que abre caminho à corrupção. Ela difere da tradicional que é patrimonialista, quer dizer, visa ao enriquecimento do patrimônio pessoal. Neste caso, ocorreu um patrimonialismo partidário: beneficar o partido para se perpetuar por muitos anos (20?)no poder a fim de realizar o projeto libertador.
O fim coletivo pode parecer bom. Mas o sujeito que opera a consecução deste fim bom não se mostra bom. A ética social perverteu a ética pessoal. Esse comportamento, segundo Kant, não é universalizável. Conclusão: não há ética social que dispense a ética pessoal. A revolução ética deve começar com a pessoa. Ela nunca é um indivíduo em seu esplêndido isolamento, mas como pessoa é um nó de relações voltadas em todas as direções, portanto, sempre social. Ficar só no pessoal sem ver o social aí escondido, restringe as mudanças. Ficar só no social sem ver o pessoal ai presente, aborta as transformações. Há que se articular sempre o pessoal com o social e ser éticos de ponta a ponta. Caso contrário se termina sempre em tragédias como essa da cúpula herodiana do PT. E então ocorrem as decepções e tudo se atrasa no processo de libertação.Leonardo Boff
TeólogoEu recebi esse texto por e-mail. Achei interessante por isso postei. Não quer dizer que eu concorde, só achei interessante.
Miguel (admin)MestreOlá Vanessa
O “logos” é tido como um advento da civilização grega, e você pode procurar entre os manuais o porque dessa afirmação. Um bom ponto de apoio pode ser tomado no livro da professora Marilena Chauí, que tem uma cópia digital no seguinte endereço:
http://geocities.yahoo.com.br/mcrost02/
Veja os capítulos 01 e 02…O nascimento e a origem da Filosofia.A discussão sobre se a Grécia é ou não autócne, é no entano, mais densa. Alguns tomam essa radicalidade do nascimento do logos na Grécia como uma maneira de afirmar o eurocentrismo, de uma Europa – esta pequena península da Ásia – ciosa de suas origens européias.
Nietzsche na “Filosofia da época trágica dos Gregos” releva a questão como de menor monta. Aliás, os trechos desse livro contidos no volume Nietzsche da coleção Os Pensadores podem te ajudar na tua pesquisa. Ali ele está dizendo que não importa se os gregos tomaram a lança do ponto onde os outros povos deixaram cair, o que importa é que eles conseguiram lançá-la ainda mais longe.
Também Aristóteles na Política, ao narrar a origem das sociedades e dos costumes, identifica o Egito como o verdadeiro iniciador de várias práticas gregas. A história é tão longa e vasta que nada impede, diz ele, que uma mesma coisa seja reiventada várias vezes. No entanto, os gregos devem tentar erradicar o que identificarem de errado no legado dos outros povos e adequar esse legado à virtude.
Platão, no Timeu e Crítias, ao narrar o mito de Atlântidade, mostra Sólon no Egito, com um sacerdote zombeteiro da juventude da Grécia diante da incomensurabilidade no tempo do povo egito. Mas no Entanto é a cidade outrora existiu onde se encontrava Atenas que resistiu ao invasor. Seu povo ocuparia uma posição de liderança em diversos momentos da história.
boa pesquisa.
Miguel (admin)MestreRobson
A tradução da Estética de Hegel mais recomendável é a que saiu recentemente pela editora Edusp, tradução de Marcos Werle e Oliver Tolle, em 3 volumes. A tradução anterior portuguesa, que consta na coleção Os Pensadores, é extramente problemática e traz erros graves.
O Werle é orientando do Victor Knoll, que trabalhou bastante estes conceitos. Ele deve ter material publicado sobre o assunto.
Um bom livro de amplexo para tentar esse complexo problema é o dicionário do Ferrater Mora em espanhol e o Dicionário Hegel, de Michael Inwood, da coleção Dicionário de Filósofos.
Miguel (admin)MestreOlá Marcel
A dúvida metódica é explanada principalmente em dois livros:
O Discurso do Método
Meditações Metafísicas – especialmente livros I e IIUm outro livro que pode ajudá-lo a elaborar este trabalho é o “Dicionário Descartes” do inglês John Cottingham, na coleção “Dicionário de Filósofos”
Um texto do site que aborda essa questão está em
http://consciencia.org/moderna/desmedi.shtml
a partir do parágrado que fala o seguinte:“Para começar um conhecimento sólido e seguro, claro e distinto, devemos livrar nossas mentes das falsas certezas. Daí ser necessária a dúvida metódica e a meditação. O ato de meditar é um recolher-se em si mesmo, onde são passadas a limpo nossas próprias falhas, recapitulando noções marcantes, se afastando assim dos vícios corporais e buscando elevar a alma. O ato de duvidar não é à toa, mas vem por razões maduramente consideradas, tanto que Descartes só o fez quando já tinha esperado tanto a hora certa, que não mais poderia fazer novamente. A dúvida cartesiana não é cética, pois o cético não acredita ser o homem capaz de ver qualquer verdade. Antes disso, a dúvida é um instrumento epistemológico, um recurso que o sujeito do conhecimento tem a seu dispor.”
Miguel (admin)MestreOlá Solange
No primeiro semestre eu assisti parte de um curso ministrado pela professora Maria Cecília Miranda Nogueira Coelho da SBEC e da UDESC que tinha exatamente essa perspectiva, chamava-se “Platonismo na tela – alegoria, mito e metáfora
“. A abordagem é interessante. Dentre os filmes que ela passou inteiro ou trechos estavamOs Visitantes da Noite – de Marcel Carné (1932)
http://www.imdb.com/title/tt0035521/
Europa de Lars Von Trier (1991)
http://www.imdb.com/title/tt0101829/
Saló, ou os 120 dias de Sodoma, de Pasolini (1976)
http://www.imdb.com/title/tt0073650/
O Show de Truman
Matrix
O Anjo Exterminador, de BuñuelO programa do curso com a lista completa de filmes está em http://www.udesc.br/temp/PlatonismoPrograma.doc
E a HomePage do grupo Filocinema está em
http://geocities.yahoo.com.br/filo_cinema/Veja também o thread sobre Matrix que o Renan iniciou em “Outros Tópicos”.
obs: Movi sua mensagem para um subtópico mais apropriado.Miguel (admin)MestreObrigado pela força Mike, pode me dar algumas indicações de livros? preciso de algo mais concreto, mais substancial.
Robson, já tentou as próprias obras de Hegel?
Gostaria de obter informações sobre filmes com os quais possa trabalhar a Teoria das Idéias de Platão, no Ensino Médio
Para criticá-la ou para confirmá-la? Sob quais aspectos? Seja mais específica, Solange. Só uma dúvida: você é a esposa do Robson Machado?
Miguel (admin)MestreSenso comum não é, porque eu pesquisei e pensei antes de aceitar o que o papel dizia.
Já iniciou com falácia: Está generalizando que o senso comum não pode ser pesquisado ou pensado antes de ser aceito…
…senso comum são as idéias popularizadas, o que a maioria já conhece, e que não são analisadas profundamente. Nesse sentido, o meio acadêmico está repleto de senso comum. Ou seja, também, é a filosofia de bar universitário…
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