Escolástica e Grandes Filósofos Medievais

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. PARTE IV Quarta época – Filosofia medieval (Séc. IX – XVII) 56. INTRODUÇÃO — Depois das sérias e profundas investigações históricas acerca do pensamento medieval, iniciadas no princípio do século XIX, desvaneceram-se muitos dos inumeráveis preconceitos, acumulados pela renascença sobre a era de “obscurantismo”, e … Ler mais

Vae Soli! – Crônica machadiana

Um dia d’esta semana, farto de venda vaes, naufrágios, boatos, mentiras, polemicas, farto de ver como se descompõem os homens, accionistas e directores, importadores e industriaes, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silencio sem quietação, peguei de uma pagina de annuncios, e disse commigo:

A RELIGIÃO E O RISO

maravilhas das antigas civizações

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Ricardo Rose para o curso de Licenciatura Plena em Filosofia no Centro Universitário Claretiano.

A idéia de escrever este ensaio sobre o tema da religião e do riso
me ocorreu há cerca de um ano, quando assisti no Youtube a um vídeo do
humorista americano George Carlin, falecido por aquela época. No filme, Carlin
faz uma engraça crítica à religião (Religion is bullshit -Religião é
besteira
), que arrancou muitas gargalhadas da audiência em Nova York. Ator,
humorista e comediante, George Carlin (1937­2008) sempre foi um grande crítico
do “American way of living” (o jeito americano de viver). Ridicularizava
o excessivo patriotismo dos americanos, seu impulso consumista e até o
exagerado engajamento ambiental. O maior alvo de Carlin, no entanto, sempre
foram as religiões; em tudo o que elas têm de autoritário, obscurantista e
fanático. O comediante era um ardoroso defensor da democracia, da liberdade
individual e dos valores seculares.

[…]
O trabalho A religião e o riso, abordará o tema
inicialmente em sua dimensão propriamente dita, descrevendo o significado do
riso e sua relação com a religião ao longo do tempo. O período considerado
neste estudo vai aproximadamente da Pré-História ao Renascimento, já que é
neste espaço de tempo que a influência da religião sobre as sociedades é mais
acentuada. O texto, entretanto, não esgota o assunto; apresenta apenas alguns
fatos e análises que caracterizaram a relação do riso com a religião durante
este período histórico.

Em seguida, serão descritos
alguns aspectos da relação entre a religião e o riso, sob ponto de vista
filosófico e cultural. É fato que pouquíssimos filósofos se ocuparam
especificamente do fenômeno do riso, menos ainda do riso em relação à religião,
o que fez com que as fontes de pesquisa para este trabalho fossem bastante
reduzidas e tivessem que ser encontrados subsídios em um universo bibliográfico
mais amplo e não dirigido exclusivamente para este tema. Assim, o estudo se
vale das contribuições de filósofos e escritores que abordaram o assunto da
religião sob um aspecto crítico, mas que também olharam além do simples
fenômeno religioso, tentando apontar-lhe outros significados. A análise
filosófica e cultural, todavia, não coincidirá necessariamente com os períodos
históricos focados, já que as informações disponíveis sobre a história da
religião e da filosofia, no que se refere ao riso, não são necessariamente de
períodos históricos coincidentes.

Ao
final o estudo apresenta uma conclusão, na qual se pretende demonstrar que a
crítica da religião, seja através do riso ou da argumentação, longe de ter como
alvo principal a divindade e sua instituição é, na realidade, um estudo crítico
da sociedade e do homem. Examinar o fenômeno religioso, seja sob que aspecto
for – inclusive o riso – é analisar o homem e sua cultura, tentando entendê-los
através de uma abordagem diferente.

A FILOSOFIA DO HELENISMO E DO IMPÉRIO ROMANO – História da Filosofia Antiga

mapa roma itália

Na
época helenística, consuma-se um processo histórico espiritual, cujo resultado
ainda é importante para a nossa moderna concepção da Filosofia: a evolução da
Filosofia no sentido de uma ciência especial. No período pré-socrático, o
filósofo era tudo: cientista, médico, técnico, político e sábio. A Academia e o
Perípato abrangem, como organizações científicas, a totalidade do saber. Mas já
no antigo Perípato. vemos que as ciências particulares absorviam a atividade
total de todo um homem, e lhe davam a sua fisionomia espiritual, embora êle
ainda filosofasse no sentido da antiga sabedoria. No período helenístico as
ciências particulares se desmembram em disciplinas independentes. Nascem
centros próprios de investigação, onde essas ciências são cultivadas ex
professo:
Alexandria, Antioquia, Pérgamo, Rodes. Mas a Filosofia se
pronuncia apenas sobre as grandes questões que Platão e Aristóteles tinham
indicado como propriamente filosóficas: a lógica, a ética e a metafísica. Exatamente
por isso essas questões são aprofundadas e se transformam em mundividências. Ocupa-se a Filosofia com o homem como tal e, nesses tempos tão incertos,
revoltos pelas guerras de Alexandre e dos Diadocos, busca ela a salvação e a
felicidade no homem interior, o que já não podem proporcionar as relações
externas, a sonharem sempre novas grandezas, para criarem, apenas, em lugar
delas, ruínas sobre ruínas. Por isso prepondera nessa época o papel da ética.
Ela deve, ao mesmo tempo, exercer a função outrora desempenhada pelo mito
religioso. Êste se dissipa cada vez mais, sendo substituído pelo pensamento
racional. O estoicismo e o empirismo despertam novas preocupações psíquicas e
atuam sobre círculos mais vastos, muito mais do que o puderam a Academia e o
Perípato. As "mundividências", uma vez constituídas,
funcionam como centros de cristalizagão, formando–se nos tempos do helenismo
marcantes centros escolásticos, típicos desta época: o Pórtico e o Jardim de
Epicuro; ao lado das já existentes escolas da Academia e do Perípato.

Sêneca – Biografia e Pensamentos

mapa roma itália

SÊNECA- ESTUDO INTRODUTIVO G. D. Leoni Fonte: Edições de Ouro I — A vida de Sêneca  É ainda hoje opinião comum ver em Sêneca um grande escritor e um homem corrupto; e os poucos que defendem o estudioso ainda estão propensos a separar sua vida de sua obra, não achando possível uma conciliação entre o … Ler mais