O alfaiate e o banqueiro

O alfaiate e o banqueiro Morava numa aldeia um alfaiate, que apenas ganhava o ne­cessário para o sustento, mas sempre contente com a sua sorte. A mulher, igualmente resignada e laboriosa, nunca o amofi­nava pelas precisões da casa: antes o ajudava a levar a cruz da vida com uma satisfação, que muitos ricos podiam invejar; … Ler mais

Mula sem cabeça, lenda folclórica

mula sem cabeça

MULA SEM CABEÇA Siá Rosa era uma prendada senhora: às sextas-feiras entregava os filhos a uma comadre parteira e desaparecia sem que ninguém suspeitasse. É que Siá Rosa virava mula-sem-cabeça, não podendo fugir do agouro de sua triste condição. Uma Quaresma, porém, veio surpreender a nossa heroína assentada à meia–qiiarta, isto é, com dores de … Ler mais

O TIGRE DAS MONTANHAS KUMGANG – Conto coreano de animais fabulosos

Coreia

Pertence esta história ao tesouro onde existem muitas outras, contadas "pelos avós aos seus netos acomodados sobre os soalhos aquecidos dos lares coreanos, nas horas de rigoroso inverno, quando os ventos carregados de neve esbravejavam lá fora… Histórias que incontáveis gerações de crianças da Coréia têm escutado, entre lágrimas e risos, jamais cansadas de dar ouvidos às repetições…"

O TIGRE DAS MONTANHAS KUMGANG

HOUVE um tempo em que ali vivia um famoso atirador e caçador. Era tão bom atirador, que podia derrubar qualquer pássaro no vôo, quase sem fazer pontaria. Corças e javalis não eram o suficiente para aquele caçador, desde que entrassem no campo de mira de sua espingarda. Jamais se soube que ele falhasse um tiro.

INGEBORG E HIALMAR (Um mito da Suécia)

INGEBORG E HIALMAR (Um mito da Suécia)

HIALMAR, o herói descendente dos Vetars, tinha feito um pacto de fraternidade com Orrar Oddur, o Viking.

Juntos se haviam apresentado ao rei de Sigtune, Ané, prometendo-lhe fidelidade absoluta.

O rei Ané tinha uma filha chamada Ingeborg, que amava secretamente Hialmar, e sentia-se desgraçada porque acreditava que o herói não reparara em sua beleza. Estava, porém, enganada, pois que também Hialmar a queria, embora jamais tivesse confessado seu amor.

Contos Populares Antigos Curtos

AS TRÊS MAÇÃZINHAS DE OURO, O COMPADRE DA MORTE, O SÓCIO DO DIABO, contos populares medievais, completos, para ler online ou imprimir, com comentários, lendas e mitos medievais coletados da tradição oral junto ao povo, com comentários.

Maria Sabida – Charles Perrault

Ë a Maria Sutil, Dona Vintes, Dona Esvin-tola, popularíssima em Portugal onde dom Francisco Manuel de Melo a citava: Eu cuido que vireis a ser aquela

…Dona atrevida, Doce na morte E agra na vida

que nos contam quando pequenos. Ë a Dona Pinta, o XII da coleção que Sílvio Romero coligiu no Brasil, versão de Sergipe. Silva Campos divulgou uma outra, do recôncavo baiano, O rei doente do mal de amores, LXIX do Contos e Fabulas Populares da Bahia no O Folk-Lore no Brasil, de Basílio de Magalhães, Rio de Janeiro, 1928. O prof. Aurelio M. Espinosa registou quatro variantes, em Espanha, La mata de alba-haca, Toledo, Segóvia e Granada, e Las très hijas dei sastre Burgos, 1, 2, 3 e 4. Na terceira, de Granada, há o dito: Ay, Mariquilla, durce tienes la muerte y agria la vida. Na Dona Pinta: Ah! minha mulher, si depois de morta estás tão doce, que faria quando eras viva! Perrault deu expressão literária a esse conto no Adroite Princesse ou Aventures de Finette.

 

A DAMA PÉ DE CABRA – Conto popular medieval português

Da Selecta Clássica, João Ribeiro, 80-82, Rio de Janeiro, 1931. A fonte é o livro de Linhagens do conde D. Pedro, no episódio que Alexandre Herculano divulgou literariamente no Lendas e Narrativas, a conhecida Dama Pé de Cabra, romance de um jogral, século XI. Em 1646, em Madrid, publicou-se a tradução castelhana do Nobiliário dei Conde de Barcellos D. Pedro, hijo delrey D. Dinis de Portugal, por Manuel de Faria e Sousa, onde o exemplo figurou, em sua pureza tradicional, espalhando-se que a moça tenia pies, o pie, que parecia de cabra. Em 1856, a Academia de Ciências de Lisboa imprimiu, no Portugaliae Monumenta Histórica, Scriptores, titulo IX.0 (Os Livros de Linhagens), o Livro de Linhagens do Conde D. Pedro. O dr. Joaquim Pires de Lima, Tradições Populares de Entre-Douro-e-Minho, estudou esse tema, a ectrodactilia na lenda, referindo outra lenda semelhante, em Marialva, que seria primitivamente Maria Alva, dama de pês caprinos, assassina dos amantes.