O Pequeno Polegar

E’ versão dos Açores e Porto, Teófilo Braga, opus cit., 94.°, 1, 191.

E’ uma variante do universal Petit Poucet. Tom Pouce, Petit Peucerot bretão, Ptia Paueset loreno, Sikulumé dos negros Bantus, Ngemanduma do Gabão, Tom Thumb inglês, Daumesdiet alemão, Swend-tomling dinamarquês, Thaumetin escandinavo, Maltchick Poltchich eslavo, o Pequeno Polegar da tradição francesa, que Gastão Paris identificava com a Ursa Maior, num mito astronômico e modernamente aposentado.

Maria Sabida – Charles Perrault

Ë a Maria Sutil, Dona Vintes, Dona Esvin-tola, popularíssima em Portugal onde dom Francisco Manuel de Melo a citava: Eu cuido que vireis a ser aquela

…Dona atrevida, Doce na morte E agra na vida

que nos contam quando pequenos. Ë a Dona Pinta, o XII da coleção que Sílvio Romero coligiu no Brasil, versão de Sergipe. Silva Campos divulgou uma outra, do recôncavo baiano, O rei doente do mal de amores, LXIX do Contos e Fabulas Populares da Bahia no O Folk-Lore no Brasil, de Basílio de Magalhães, Rio de Janeiro, 1928. O prof. Aurelio M. Espinosa registou quatro variantes, em Espanha, La mata de alba-haca, Toledo, Segóvia e Granada, e Las très hijas dei sastre Burgos, 1, 2, 3 e 4. Na terceira, de Granada, há o dito: Ay, Mariquilla, durce tienes la muerte y agria la vida. Na Dona Pinta: Ah! minha mulher, si depois de morta estás tão doce, que faria quando eras viva! Perrault deu expressão literária a esse conto no Adroite Princesse ou Aventures de Finette.

 

O cara de pau – Contos Populares Russos

UM rei tinha uma filha tão formosa que, ficando viúvo, quis casar-se com ela. A moça era afilhada de Nossa Senhora e ficou horrorizada com o pensamento do pai, mas esse ameaçou-a de morte se não o recebesse por marido. Não sabendo o que fazer, a moça rezou muito a Nossa Senhora pedindo seu auxílio e ouviu umas vozes dizendo:

A Bela Adormecida – versão Perrault

UM príncipe amava a caça de tal sorte que viva sempre nas florestas e tapadas, procurando peças. Uma vez perdeu-se num bosque e caiu a noite antes que lograsse sair dele. Lá pela noite cerrada encontrou a cabala de um lavrador que agasalhou como pôde, dando-lhe de cear e conver sando. Pela manhã, o príncipe viu por cima do arvoredo as torres de um castelo desconhecido e perguntou quem ali morava. 0 lavrador respondeu que era história velha do tempo antigo. O príncipe insistiu para saber e o velho Ilha contou.