O Hóspede da Noite de Natal – Selma Lagerlöf (escritora sueca)

reunião familiar na noite de natal

O Hóspede da Noite de Natal Selma Lagerlöf Prémio Nobel de Literatura e sendo talvez o autor mais apreciado das letras escandinavas contemporâneas, Selma Lagerlöf tem hoje um renome universal. Nascida em Marbacka, na Suécia, a 20 de novembro de 1857, passou a infância e parte da juventude na província onde nasceu, terra rica em … Ler mais

Contos Populares Antigos Curtos

AS TRÊS MAÇÃZINHAS DE OURO, O COMPADRE DA MORTE, O SÓCIO DO DIABO, contos populares medievais, completos, para ler online ou imprimir, com comentários, lendas e mitos medievais coletados da tradição oral junto ao povo, com comentários.

O Pequeno Polegar

E’ versão dos Açores e Porto, Teófilo Braga, opus cit., 94.°, 1, 191.

E’ uma variante do universal Petit Poucet. Tom Pouce, Petit Peucerot bretão, Ptia Paueset loreno, Sikulumé dos negros Bantus, Ngemanduma do Gabão, Tom Thumb inglês, Daumesdiet alemão, Swend-tomling dinamarquês, Thaumetin escandinavo, Maltchick Poltchich eslavo, o Pequeno Polegar da tradição francesa, que Gastão Paris identificava com a Ursa Maior, num mito astronômico e modernamente aposentado.

História de João e Maria

Não há país europeu que não tenha uma variante desse conto de João e Maria. Em Portugal, além desta versão, conheço as de Teófilo Braga, As crianças abandonadas, O afilhado de Santo Antônio, ambas de Airão, as de J. Leite de Vasconcelos, de Guimarães e Vila Real, as regis tadas por Z. Consiglieri Pedroso e Adolfo Coelho, a versão brasileira do Rio de Janeiro e Sergipe João mais Maria, colhida por Sílvio Romero, sobre cujas variantes estrangeiras escreveu Oscar Nobiling erudito ensaio; ver o meu Antologia do Folk Lore Brasileiro. É o Hansel und Grethe dos irmãos Grimm, também corrente na Africa do Norte, em Marrocos (Ouad Souss) onde A Socin e H. Stumme registaram uma versão igual. P. Saintyves resumiu muitas variantes da Europa no Les Contes de Perrault et les récits paralléles 276-281.

Mt. 327 de Aarne-Thompson, The Children and the Ogre, A: conhecido em toda América latina, na América Indiana, segundo Stith Thompson, entre os negros da Jamaica, nos estudos de Beckwith, Memoirs of the American Folk-Lore Society, XVII. (Câmara Cascudo)

A VERBA DO TESTAMENTO

COMO se conta de um homem, que tinha uma filha bastarda; quando veio a hora da morte, fez um testamento e disse: — Leixo a foam por meu herdeiro, e mando que dê a ‘inha filha, pêra seu casamento tudo aquilo que êle quiser de minha fazenda.

AS IRMÃS INVEJOSAS – Conto popular

irmãs invejosas

UM rei mancebo, de idade de vinte e dois anos, virtuoso e casto, que até esta idade não tinha conversação de mulher alguma, requerido dos seus que casasse, para que houvesse filhos que sucedessem no reino, e desejoso de achar na sua própria terra mulher para isso, recusava o casamento de muitas mulheres forasteiras que lhe traziam.

O CASTELO DA MADORNA – Os melhores contos populares de encantamento

Fonte: Os melhores contos Populares de Portugal. Org. de Câmara Cascudo. Dois Mundos Editora.

O CASTELO DA MADORNA

Era uma vez um casal que não tinha filhos e muito os desejava ter. Foi uma grande alegria quando a mulher disse que esperava criança, o pai preparou enxoval e nasceram dois meninos bonitos e robustos que eram de encantar. Nesse mesmo dia, na estribaria, a egua teve dois poldri nhos, uma cachorra dois cachorrinhos, e brotaram dois pés de laranjas no jardim. Os meninos eram gêmeos e tinham a mesma cara. Cresceram jun tos e amigos inseparáveis. Cada um possuía um cavalo, um cão e uma laranjeira.

CRAVO, ROSA E JASMIM

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UMA mulher tinha três filhas; indo a mais velha passear a uma ribeira, viu dentro da água um cravo, debruçou-se para apanhá-lo, e ela desapareceu. No dia seguinte sucedeu o mesmo a outra irmã, porque viu dentro da ribeira uma rosa. Por fim, a mais nova também desapareceu, por querer apanhar um jasmim. A mãe das três raparigas ficou muito triste, e chorou, chorou, até que tendo um filho, este, quando se achou grande, perguntou à mãe porque é que chorava tanto. A mãe contou-lhe como é que ficara sem as suas très filhas.

O VELHO QUERECAS – Conto curto infantil do folclore

O VELHO QUERECAS

ERA uma moça solteira e muito animosa que ficou órfã de pai e mãe e sem ter onde se abrigar. Na cidade havia uma casa abandonada porque apareciam almas do outro mundo e ninguém queria lá ficar uma noite. A moça lá foi ter e arranjou as coisas para dormir. Perto da meia-noite ouviu um barulho no forro do quarto, gemidos e uma voz gritando: eu caio! eu caio! eu caio!

 Pois cai logo, disse a moça. Caiu uma perna e o barulho começou a ouvir-se mais forte o a voz gritando: eu caio! eu caio! eu caio!

A Bela Adormecida – versão Perrault

UM príncipe amava a caça de tal sorte que viva sempre nas florestas e tapadas, procurando peças. Uma vez perdeu-se num bosque e caiu a noite antes que lograsse sair dele. Lá pela noite cerrada encontrou a cabala de um lavrador que agasalhou como pôde, dando-lhe de cear e conver sando. Pela manhã, o príncipe viu por cima do arvoredo as torres de um castelo desconhecido e perguntou quem ali morava. 0 lavrador respondeu que era história velha do tempo antigo. O príncipe insistiu para saber e o velho Ilha contou.

O PRÍNCIPE DAS PALMAS VERDES – Histórias Infantis Foclóricas

UMA moça morava na mesma casa que uma velha que tinha uma filha muito invejosa e desajeitada. Viviam em quartos separados e a velha reparava na moça viver cantando e tratar-se muito bem, como pessoa rica. Não vendo de onde lhe vinha o recurso, começou a espionar e nada sabendo, pediu para dormir uma noite com a moça. Esta não pôde recusar. Entraram e a moça pediu à velha que a ajudasse a arrumar umas malas de roupa. E tanto arrumava a velha de um lado como ela desarrumava do outro, que terminou a velha morrendo de cansada e adormecendo. Amanheceu o dia sem que tivesse visto cousa alguma que contasse.

AS TRÊS CIDRAS DE AMOR – Os melhores contos populares de Portugal

AS TRÊS CIDRAS DE AMOR

Fonte: Os melhores contos Populares de Portugal. Org. de Câmara Cascudo. Dois Mundos Editora.

UM príncipe andava a caçar quando encontrou uma velha carregando, a gemer, um molho de varas, tão pesado que ia caindo pela estrada. O príncipe parou e pediu à velha que o deixasse ajudar, e levou o feixe de varas até uma encruzilhada onde a velha se despediu e lhe deu três cidras, maduras e belas, dizendo que só as abrisse perto dágua corrente.

As sementes mágicas de feijão – Contos do Folclore Medieval

Era uma vez uma pobre viúva que tinha um filho chamado Onofre, que, além de não gostar de trabalho, parecia ser medroso e pouco inteligente. A única coisa valiosa que a viúva possuía era uma vaca muito magra, cujo leite mandava vender no mercado.

Um dia, a vaca não deu leite e a pobre mulher não teve o que comer. Por isso, aconselhada pelo filho, resolveu vender a vaca. Onofre foi encarregado da venda do animal. No caminho, encontrou um velho que lhe perguntou o que estava fazendo. Respondeu Onofre que ia ao mercado vender a vaca. O velho, que era muito esperto, levava nas mãos umas sementes de feijão de cores variadas. O rapaz ficou encantado com a beleza das sementes.

O velho percebeu a admiração de Onofre e propôs a troca das sementes pela vaca. O bobo do rapaz aceitou a proposta, certo de que fazia um ótimo negócio. Entregou a vaca ao velho e voltou para casa com as sementes de feijão.

As túnicas de urtiga – Literatura sobre plantas mágicas

Numa terra muito distante, havia um rei bondoso e sábio, que tinha uma linda filha, chamada Lúcia e onze filhos, todos belos e inteligentes. O soberano, que já estava velho e cansado, amava ternamente sua esposa e seus filhos.

Infelizmente, a rainha morreu, e o rei, sentindo-se triste e solitário, resolveu casar-se com a viúva de seu primo, que tinha sido o soberano de um país vizinho.

Chico Miúdo – Histórias infantis de anões e gigantes

Chico Miúdo era um rapaz de pequena estatura, mas valente e decidido. Vivia com seus pais que já estavam velhinhos, numa choupana à beira da floresta. Trabalhava, sem descanso, tirando lenha para vender.

Um dia, achando que não podia continuar com aquela vida de pobreza, Chico Miúdo resolveu correr mundo para ficar rico. Deixou algum dinheiro em casa, para as despesas, pediu a bênção aos pais e partiu.

Manuel Bengala – Contos Infantis de Anões e Gigantes

Um casal de porres lenhadores não tinha filhos. Esta-vam já envelhecendo e não teriam quem os sustentasse quando não pudessem mais trabalhar. Viviam, por isso, muito tristes. Mas tanto rezaram que Deus teve pena deles e resolveu dar-lhes um filho. Nasceu então uma criança que recebeu o nome de Manuel. Era um menino forte e sadio. Em pouco tempo, cresceu tanto que, ao completar um mês de idade, já era do tamanho do pai. Quando fez quinze anos, Manuel era o homem mais alto e robusto da sua terra. Sua força era tão grande que êle arrancava árvores com uma só mão.

O sapateiro valente – contos de anões e gigantes

Cada qual puxou uma faca enorme, e se empenharam numa luta terrível.

ErA uma vez um sapateiro muito tolo chamado João Gurumete. Auxiliava-o, no trabalho, um aprendiz bastante inteligente, que lhe dava sempre bons conselhos. Um belo dia, o sapateiro pôs um pouco de goma para esfriar e nela ficaram presas sete moscas. Deu então um piparote e matou todas as moscas.

Branca Flor – Contos de Bruxas e Feiticeiras

Branca Flor

O rei D. Carlos tinha o vício de jogar. Estava acos tumado a ganhar sempre, pois os seus súditos não se atreviam a vencê-lo no jogo.

Um dia, recebeu a visita de um príncipe de outro reino e o convidou para jogar. O rapaz não sabia que o rei ficava furioso quando perdia, de modo que jogou sem se importar com o resultado. Ganhou todos os jogos.

João e Maria – Contos de Feiticeiras e Bruxas Más

João e Maria

Um casal de lenhadores possuía dois filhos, João e Maria. Não podendo mais sustentar as crianças, de-vido à sua pobreza, resolveram abandoná-las na floresta. João teve, porém, o cuidado de marcar o caminho com pedrinhas. Por isso, conseguiu voltar para casa em companhia de sua irmã. Os pais, que já estavam arrependidos do que haviam feito, receberam os meninos com grande alegria.

A madrasta malvada – Contos de Feiticeiros e Bruxas

A madrasta malvada

Marcelino era um homem feliz. Casado com uma mulher bondosa, possuía duas lindas filhinhas que eram o encanto da sua vida. Mas o que é bom dura pouco. A esposa de Marcelino ficou doente e morreu. Algum tempo depois, Marcelino resolveu casar de novo. Perto da sua casa, morava uma mulher que, sabendo das intenções do vizinho, fazia tudo para agradar as suas filhas, a fim de se casar com o pai.

No fim de certo tempo, conseguiu realizar o seu desejo. Mas logo que se apanhou casada, mostrou o» que era. E começou a maltratar as enteadas, obrigando-as a trabalhar como escravas. Quando o marido se ausentava, quase matava as meninas de pancada.

O príncipe encantado – Fábulas infantis maravilhosas

O príncipe encantado Era uma vez uma velha ambiciosa que tinha três filhas, cada qual mais feia. Perto da casa da velha, morava uma moça muito bonita que, apesar de pobre, andava com lindos vestidos e ricas jóias. Desconfiando de tanta riqueza, a velha visitava, freqüentemente, a casa da moça para ver se descobria alguma … Ler mais

Os sapatos da princesa – Fábula Maravilhosa

Os sapatos da princesa

Era uma vez uma princesa que gastava sete pares de sapatos por noite. Ninguém sabia explicar o estranho fato. Por isso, o rei vivia acabrunhado e prometera dar a mão da filha a quem descobrisse o mistério. Mas aquele que tentasse fazer isso e não fosse bem sucedido teria a cabeça degolada. Muitos já tinham experimentado e recebido o castigo.

Um bom rapaz, chamado Joãozinho, passando pela cidade em que morava a princesa, foi informado do misterioso acontecimento. Resolveu então decifrar o enigma, embora soubesse do triste destino que teria se fracassasse na empresa. Joãozinho era inteligente e corajoso. Além disso, muito confiava no auxílio de Nossa Senhora, sua madrinha.

A fonte das três comadres – Contos Infantis Maravilhosos

Quando chegou à fonte, o príncipe verificou que o monstro estava com os olhos abertos.

A fonte das três comadres

Era uma vez um rei muito poderoso que teve uma enfer midade nos olhos e ficou completamente cego. Consultou então os melhores médicos do mundo, tomou todos os remédios aconselhados pela ciência, mas nada conseguiu. Sua cegueira parecia incurável. Um belo dia, apareceu no palácio uma velhinha pedindo esmola e, sabendo que o rei estava cego, pediu licença para dirigir-lhe a palavra, pois desejava ensinar-lhe um remédio maravilhoso. Conduzida à presença do rei, ela lhe disse: — Saiba Vossa Majestade que só existe uma coisa capaz de fazer voltar sua vista: é banhar seus olhos com água tirada da Fonte das Três Comadres. E muito difícil, porém, ir a essa fonte que fica num reino situado quase no fim do mundo. Quem fôr buscar a água deve entender-se com uma velha que mora perto da fonte. Ela conhece o dragão que guarda a fonte e sabe quando êle está acordado ou adormecido. O rei ficou muito satisfeito com a informação da velhinha e recompensou-a com uma bolsa cheia de dinheiro.

Os príncipes coroados – Contos Maravilhosos

NUMA cidade havia três moças órfãs de pai e mãe.

Um dia estavam à janela de sua casa, quando viram passar o rei. Era jovem, belo, elegante e montava um formoso cavalo. A mais velha das moças, extasiada com a beleza do rei, exclamou: — Se eu me casasse com ele, far-lhe-ia uma camisa como nunca viu! A do meio, cheia de admiração, disse: — Se eu me casasse com ele, far-lhe-ia umas calças como nunca teve! A mais jovem disse: — E eu, se me casasse com ele, da-he-ia três filhos coroados.

O rei ouviu a conversa e, no dia seguinte, foi à casa das moças e lhes falou: — Apareça a moça que disse que, se casasse comigo, me daria três filhos coroados. A moça se apresentou e, como era muito formosa, o rei ficou apai xonado e casou-se com ela. As irmãs ficaram com inveja, mas fingiram que nada sentiam e que estavam até muito contentes com o casamento.

A princesa e o monstro – Fábula Encantada

Lourenço era um homem muito pobre que possuía três filhas jovens e formosas. Vivia do humilde ofício de fazer gamelas. E o que conseguia com a venda destas mal dava para o sustento da sua família. Um dia estava Lourenço trabalhando na sua oficina, quando surgiu na porta um moço simpático e bem trajado, montando um belo cavalo. Qual não foi o espanto do velho gameleiro quando o desconhecido lhe propôs a compra de uma de suas filhas! Ficou indignado com a proposta e disse ao moço que, embora fosse pobre, não venderia nenhuma filha. Mas o moço não aceitou a recusa do velho e o ameaçou de morte se êle não aceitasse a sua proposta. Viu-se então Lourenço forçado a vender uma filha, recebendo, por isso, grande soma de dinheiro. Ao retirar-se o misterioso cavaleiro, levando a moça comprada em sua companhia, resolveu o velho gameleiro abandonar a profissão, mas, aconselhado por sua mulher, acabou por concordar em não abandonar o seu modesto trabalho.

O MACACO E O HIPOPÓTAMO – Fábulas Infantis Africanas

EM uma época muito antiga, quando as bananeiras produziam poucas bananas, existiam numerosos macacos.

Havia um deles chamado Travesso, que morava nas margens do rio.

O macaco Travesso possuia um grupo de bananeiras que lhe proporcionavam frutos suficientes para a sua alimentação, o que lhe trazia satisfação e orgulho porque os seus frutos eram os mais saborosos da região.

No rio habitava o hipopótamo Ra-Ra, que era o rei daquelas paragens.

Conto infantil “O CAVALO VELHO”

GALHARDO era um cavalo de tiro já velho. Pertencia a um chacareiro, e havia trabalhado muitos anos a seu serviço.

O chacareiro, porém, estava disposto a vender sua propriedade e o comprador não precisava de Galhardo.

— Um cavalo velho como esse não serve para nada. Procure o senhor desfazer-se dele do modo que puder.

AS DUAS MARIAS – Contos de Fada

MARIA foi passear levando sua boneca Bilóca em um carrinho muito lindo.

O dia estava maravilhoso e o sol resplandecia alegremente.

A menina penetrou no bosque, porém, quando o atravessou, observou muito assustada que se havia extraviado.

— Não há de ser nada — disse para se consolar. Em breve encontrarei alguém e perguntarei o caminho para voltar para a minha casa.

Com efeito não demorou a avistar um indivíduo bastante estranho!

RAPUNZEL – fábula, contos infantis dos Irmãos Grimm

Longa e macia é
prisioneira da bruxa numa torre alta e sombria.
Rapunzel das longas trancas
espera ser livre um dia.
Virá alguém libertá-la?
A estória aqui
principia.