CONTO DOS DOIS IRMÃOS – Egito

Egito

É um conto popular, ingênuo e simples, que transcreve, provavelmente, uma lenda religiosa dos deuses Anúbis e Bata, adorados na cidade Saka, do Alto Egito. O conto pertence à época do Império novo e acha-se no papiro de Orbiney, descoberto em 1852 por de Rougé. O papiro está assinado pelo escriba Ennana, que viveu sob os reis Mer-en-ptah e Setos I, nos fins da 19.a dinastia (1220 A. C).

CONTO DOS DOIS IRMÃOS

ERA UMA VEZ dois irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. O mais velho chamava-se Anúbis e o menor Bata. Anúbis tinha casa e esposa, e seu irmão vivia com êle como se fosse um filho. Fazia as roupas, guardava o gado, trabalhava e colhia, e se encarregava de todas as tarefas do campo. Aquele irmão menor era bom lavrador, sem igual em toda a região, e a força de um deus nele se albergava.

As 3 lebres, conto infantil de charada

No Brasil, Sílvio Romero publicou uma versão, “O matuto João”, XXXV do “Contos Populares do Brasil”. Teófilo Braga regista uma outra versão, “A princesa que adivinha”, conto 56, com a inicial: — “atirei no que vi, matei o que não vi”, repetida na história brasileira, na italiana de Pittré (“Novelle popolari tos-cane”, o soldatino): — ” Tirai-ai-chi-viddi, Chiappai-chi-non-viddi. “Cosquin, “La prin-cesse et les trois fréres”, (“Contes populaires Lorrains”). Muitbi popular na Espanha, com a presença nos velhos folcloristas. Numa coleção recente, “Cuentos Populares Españoles”, do prof. Aurelio M. Espinosa (Stanford Univer sity, U.S.A.) há quatro variantes, de Córdoba, Toledo e duas de Granada, “El acertijo” (Vol I°, pp. 40, 43, 45, 48.1932). Na versão cordobesa: — “Tiré ar que vi, maté ar que no vi. Em to das, o episódio da visita noturna e guarda de provas. É o Mt. 851 de Aarne-Thompson, The Princess who Cannot Solve tke Riddle, não se ajustando os elementos que constituem as adivi nhações catalogadas no “Motif-Index”, Vol-III E’ conhecida em toda América. J. Alden Mason recolheu três variantes em Porto Rico, “Journal of American Folk-Lore”, vol. XXIXo n.° 752, 753 e 754, p. 497. 1916.

O CASTELO DA MADORNA – Os melhores contos populares de encantamento

Fonte: Os melhores contos Populares de Portugal. Org. de Câmara Cascudo. Dois Mundos Editora.

O CASTELO DA MADORNA

Era uma vez um casal que não tinha filhos e muito os desejava ter. Foi uma grande alegria quando a mulher disse que esperava criança, o pai preparou enxoval e nasceram dois meninos bonitos e robustos que eram de encantar. Nesse mesmo dia, na estribaria, a egua teve dois poldri nhos, uma cachorra dois cachorrinhos, e brotaram dois pés de laranjas no jardim. Os meninos eram gêmeos e tinham a mesma cara. Cresceram jun tos e amigos inseparáveis. Cada um possuía um cavalo, um cão e uma laranjeira.