O PROBLEMA FILOSÓFICO DO OUTRO

Sobreleva-se cada vez mais uma Filosofia menos pretensa, ou melhor, menos sistematizada e mais aberta ao diferente.[1] Nosso intento neste ensaio filosófico, não quer ser mais do que insinuações. Até porque, pensamos nós, não são as respostas prontas e acabadas que movem a investigação filosófica. São os problemas, os buracos, as crises, que caracterizam a natureza do pensamento filosófico. Se por um lado, vemos as filosofias, as quais buscam sistematizar o total da existência humana entrar em declínio. Por outro lado, vemos emergir no horizonte da reflexão filosófica, a possibilidade de se pensar o outro, o diferente sem conceitualizá-lo.

OS DE FORA

Oliveira Lima OS DE FORA Na falta de outros defeitos a assacar-lhe, está-se atribuindo à candidatura do Sr. Barão de Suassuna o de provir de fora do Estado. Na verdade ela irrompeu simultaneamente fora e dentro do Estado, como um protesto contra a imposição de uma candidatura oficial sem recurso nem apelação senão para a … Ler mais

O ARTIGO DA DEUTSCHE REVUE E O ATAQUE ANÔNIMO DE A IMPRENSA

O ARTIGO DA DEUTSCHE REVUE E O ATAQUE ANÔNIMO DE A IMPRENSA Oliveira Lima 1’ondo de lado o que há de intencionalmente agressivo e deslealmente concertado no longo artigo anônimo saído n’A Imprensa ile 26 de julho e mandado reproduzir nos "a pedidos" do Jornal a\o Comércio de 29, relativo ao meu artigo da Deutsche … Ler mais

A ESCULTURA E A PINTURA

HISTÓRIA DA ARTE DE ERNEST GROSSE (1893) A ESCULTURA E A PINTURA CAPÍTULO VII Poucos achados pré-históricos conseguiram despertar maior curiosidade geral que as esculturas da época da rena, encontradas nas grutas da Dordogne. Entre restos animais e humanos, instrumentos de pedra e madeira, havia fragmentos de chifres de renas, cobertos de gravuras, representando, na … Ler mais

CONTO DOS DOIS IRMÃOS – Egito

Egito

É um conto popular, ingênuo e simples, que transcreve, provavelmente, uma lenda religiosa dos deuses Anúbis e Bata, adorados na cidade Saka, do Alto Egito. O conto pertence à época do Império novo e acha-se no papiro de Orbiney, descoberto em 1852 por de Rougé. O papiro está assinado pelo escriba Ennana, que viveu sob os reis Mer-en-ptah e Setos I, nos fins da 19.a dinastia (1220 A. C).

CONTO DOS DOIS IRMÃOS

ERA UMA VEZ dois irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. O mais velho chamava-se Anúbis e o menor Bata. Anúbis tinha casa e esposa, e seu irmão vivia com êle como se fosse um filho. Fazia as roupas, guardava o gado, trabalhava e colhia, e se encarregava de todas as tarefas do campo. Aquele irmão menor era bom lavrador, sem igual em toda a região, e a força de um deus nele se albergava.

Marco Licínio Crasso – por Plutarco

mapa roma itália

SUMÁRIO DA VIDA DE CRASSO
Nascimento, educação, temperança e avareza de Crasso. II. Enorme riqueza de Crasso; como a adquiriu. III. Predileção de Crasso pela opulência. IV. A casa de Crasso aberta a todo o mundo. V. Aplicação de Crasso ao estudo e à eloqüência. VI. Sua afabilidade. VII. Mario e Cina fazem perecer o pai e o irmão de Crasso, que foge para a Espanha. VIII. Maneira por que êle é recebido e tratado por Víbio. IX. Êle toma o partido de Sila. X. Trabalhos que êle realiza. XI. Reputação de Crasso; como êle a obtém. XII. Êle se torna fiador de César de avultada quantia. XIII. Como Crasso mantém sua reputação entre César e Pompeu. XIV. Início da guerra de Espártaco. XV. Clódio é derrotado. XVI. Diversas vantagens obtidas por Espártaco. XVII. Crasso é encarregado desta guerra. XVIII. Seu tenente Múmio é derrotado por Espártaco. XIX. Crasso cerca Espártaco na península de Régio. XX. Êle obtém uma vitória sanguinolenta. XXI. Espártaco vence um destacamento do exército de Crasso. XXII. último combate em que Espártaco é morto. XXIII. Crasso é nomeado cônsul com Pompeu. XXIV. Êle nada faz durante a sua permanência na censura. XXV. Desconfiança de haver Crasso participado da conspiração de Catilina. XXVI. União de César, Pompeu e Crasso funesta à república. XXVII. Plano dos três associados para escravizar a república. XXVIII. Pompeu e Crasso ambicionavam novamente o consulado. XXIX. Eles fazem-se eleger pela violência. XXX. Futilidade dos projetos e dos discursos de Crasso. XXXI. Inúteis esforços do tribuno Ateio, para impedir a partida de Crasso, na guerra contra os partas. XXXII. Crasso põe-se a caminho. XXXIII. Primeiros sucessos de Crasso; êle inverna na Síria. XXXIV. Censuras à avareza que êle ali demonstra. XXXV. Embaixada dos partas a Crasso. XXXVI. Notícias assustadoras levadas a Crasso por seus soldados fugidos aos inimigos na Mesopotâmia. XXXVII. Êle persiste em seu propósito, apesar das representações. XXXVIII. Maus presságios. XXXIX. Crasso segue para a frente. XL. Conselhos insidiosos dados a Crasso por Ariamnes. XLI. Elogio de Surena. XLII. Mensagem de Artabazo a Crasso; bom conselho que êle lhe dá. Resposta de Crasso. XLIII. Êle dispõe seu exército em ordem de combate. XLIV. É preciso combater. XLV. Trava-se o combate. XLVI. Modo por que os partas combatiam. XLVII. Crasso destaca seu filho para expulsar os inimigos. XLVIII. Insucesso deste ataque. XLIX. Morte de Públio Crasso. Toda a sua tropa é feita em postas. L. Exortação de Marcos Crasso a seu exército. LI. A noite separa os combatentes. LII. Consternação de Crasso. LIII. Os romanos retiram-se para a cidade de Carres. LIV. Varguntino, tenente de Crasso, é derrotado no caminho com sua tropa, pelos partas. LV. Astúcia de Surena, para saber se Crasso estava em Carres. LVI. Crasso toma Andrômaco como guia de sua retirada, sendo por êle atraiçoado. LVII. Surena faz uma proposta a Crasso. LVIII. Êle aceita, contra a vontade, obrigado por seu exército. LIX. Êle é morto. LX. O resto do exército perece quase todo. LXI. Muitos reis partas nascidos de cortesãs milesianas. LXII. A cabeça de Crasso levada ao rei Hirodes. LXIII. Como a morte de Crasso foi vingada a seguir.
Desde o ano 637 de Roma, aproximadamente, até o ano 701, antes de Jesus Cristo 53.
Confronto de Crasso com Nícias.

LITERATURA E HISTÓRIA

maravilhas das antigas civizações

Um aspecto fundamental no que tange o texto literário é a relação
que há entre o escritor e o leitor.  Este deseja sempre penetrar o pensamento
do autor. Sem leis estritas no que tange à crítica histórica o romance permite
ao escritor escolher, ordenar e se expressar com certa independência. Isto é
tolerável no que diz respeito à ficção.

Quando se trata de um texto histórico as normas rígidas da análise
interna e externa dos documentos e a realidade dos fatos necessitam ser
respeitadas. Entra em jogo a literatura para oferecer ao historiador todos os
recursos atinentes à comunicação objetiva e à beleza de uma redação escorreita.
Aí se une o útil das lições dos atos humanos do passado e o prazer da leitura
referta de dons estéticos. É preciso, de fato,  guardar sempre o culto pela
forma com que se escreve, mas sem jamais obliterar a importância fundamental do
conteúdo e seu significado.

A INVEJA – Capítulo V de O Homem Medíocre de Ingenieros

O Homem Medíocre (1913)

José Ingenieros (1877-1925)

Capítulo V – A INVEJA

I. a paixão nos medíocres. —II. psicologia dos invejosos. — III. os roedores da glória. — IV. uma cena dantesca: o seu castigo.

I — A paixão nos mediocres

A inveja é uma adoração que as sombras sentem pelos homens, que a mediocridade sente pelo mérito. É o rubor da face sonoramente esbofeteada pela gloria alheia. É a grilheta que os fracassados arrastam. É o áloc que os impotentes mastigam. É um humor veneno-no que se expele das feridas abertas pelo desengano da própria insignificância.

Por suas forças caudinas passam, cedo ou tarde, os que vivem como escravos da vaidade; desfilam, lívidos de angústia, trovos envergonhados da sua própria tristeza, sem suspeitarem que o seu ladrar envolve uma con sagração inequívoca do mérito alheio. A inextinguível hostilidade dos néscios sempre foi o pedestal de um mo numento.

É a mais ignóbil das torpes cicatrizes que afetam os carácteres vulgares. Aquele que inveja, rebaixa-se, sem o saber; confessa-se subalterno; esta paixão é o estig ma psicológico de uma humilhante inferioridade, senti da reconhecida.

Não basta ser inferior para invejar, pois todo ho mem o é de alguém, num sentido ou noutro; é necessá rio sofrer em conseqüência do bem alheio, da felicidade alheia, de qualquer enaltecimento alheio. Nesse sofrimento está o núcleo moral da inveja; morde o coração, como um ácido; carcome-o, como polilha; corrói, como a ferrugem, ao metal.

A VIDA SENSÍVEL – Curso de Filosofia de Jolivet – Psicologia

Curso de Filosofia – Régis Jolivet PRIMEIRA PARTE A  VIDA  SENSÍVEL 97        Por vida sensível designa-se o conjunto dos fenômenos cognitivos e dinâmicos determinados no sujeito psicológico por excitações vindas dos objetos materiais externos ou que têm por fim os objetos sensíveis externos. Esta dupla série de fenômenos, especificamente distintos, mas em relação mútua constante, … Ler mais