Nascimento e Morte do Sujeito Moderno

Nascimento e Morte do Sujeito Moderno Francisco Fernandes Ladeira Email: [email protected] No livro A identidade cultural na pós-modernidade, o sociólogo Stuart Hall faz uma interessante análise sobre o “nascimento” e “morte” do sujeito moderno. De acordo com Hall, o sujeito moderno (marcado principalmente por sua identidade imutável e pela racionalidade) é produto do pensamento iluminista. … Ler mais

Características fundamentais do pensamento ético de Paul Ricouer

Alguns aspectos sobre a ética em Paul Ricoeur   Bruno Fleck da Silva   Introdução O legado oriundo da filosofia de Paul Ricoeur é atualmente referência no que se refere às investigações das ciências humanas, sobretudo, às reflexões ético-filosóficas contemporâneas. O filósofo francês (Valência, 1913-2005) consagrou sua obra atravessando diversas modalidades de pensamento, entre as … Ler mais

O PROBLEMA FILOSÓFICO DO OUTRO

Sobreleva-se cada vez mais uma Filosofia menos pretensa, ou melhor, menos sistematizada e mais aberta ao diferente.[1] Nosso intento neste ensaio filosófico, não quer ser mais do que insinuações. Até porque, pensamos nós, não são as respostas prontas e acabadas que movem a investigação filosófica. São os problemas, os buracos, as crises, que caracterizam a natureza do pensamento filosófico. Se por um lado, vemos as filosofias, as quais buscam sistematizar o total da existência humana entrar em declínio. Por outro lado, vemos emergir no horizonte da reflexão filosófica, a possibilidade de se pensar o outro, o diferente sem conceitualizá-lo.

CORRESPONDÊNCIA DE VOLTAIRE – Cartas de Voltaire para vários destinatários.

CORRESPONDÊNCIA DE VOLTAIRE – Cartas de Voltaire para vários destinatários.

A ascendência da democracia e do nacionalismo na Europa – (1830-1914)

Capítulo 24

A ascendência da democracia e do nacionalismo

(1830-1914)

Após as revoluções de 1830, muitas nações do mundo ocidental experimentaram um renascimento da democracia.    Na Europa, a Grã-Bretanha tomou a dianteira, mas a França, a Alemanha, a Suíça, a Holanda,  a  Bélgica e a  Itália não  lhe  ficavam muito atrás.  Por último, até a Espanha, a Turquia      e os reinos balcânicos adotaram pelo menos certas formas de governo democrático. O que interessava à maioria desses países era a democracia governamental e política, tipificada pelos parlamentos, pelo sufrágio universal masculino e pelo governo de gabinete. Somente ao aproximar-se o fim do período foi que se começou a pensar a sério na democracia social ou econômica. Havia o temor natural de que ela constituísse uma grave ameaça para a posição da aristocracia hereditária ou obrigasse os tubarões da indústria a devolver uma parte das suas riquezas em proveito dos desfavorecidos.

Filosofia Moderna – René Descartes

105. CARACTERES GERAIS A. O caráter mais saliente da filosofia moderna é a independência excessiva de qualquer autoridade, o menosprezo completo da tradição científica. Inaugurada por Descartes, pouco depois que a reforma protestante proclamara o livre exame e a autonomia absoluta em matéria religiosa, num tempo em que os ataques da Renascença haviam desprestigiado as teorias tradicionais, a filosofia moderna rompeu definitivamente com o passado. Os seus representantes julgaram-se no dever de construir desde os alicerces sistemas inteiramente novos. A instauratio magna ab imis jundamentis de Bacon tem sido a aspiração de quase todos os filósofos posteriores.

DESCARTES (1596-1650)

109. VIDA Ε OBRAS DE DESCARTES— Renato Descartes, latinamente Cartésio. nasceu em La Have, na Turena. em 1596. Educado no colégio dos jesuítas de La Flèche, veio aos 19 anos para Paris, continuando por algum tempo os estudos de física e matemática para os quais mostrara notável inclinação. De 1617 a 1629 percorreu quase toda a Europa já em viagens de instrução, já combatendo, como soldado sob a bandeira do duque de Nassau e mais tarde do Duque de Baviera.

Depois desta vida agitada, retirou-se para a Holanda, onde, num recolhimento de 20 anos, se entregou de todo à meditação, ao estudo e à composição de suas obras. Convidado em 1649 pela rainha Cristina da Suécia, partiu para Stockolmo, mas não resistindo às inclemências do frio faleceu poucos meses* depois, em 1650, com apenas 54 anos de idade.

Do conceito de “meioambiente”: Um esforço por pensar uma filosofia ambiental a partir de Heidegger

filosofia ambiental

RESUMO

A proposta do texto é
delimitar o conceito de meioambiente tal qual abordado no discurso de
conservação ambiental. Temos o objetivo de distinguir, em seus significados
derivados, o significado romântico de natureza; evitando o uso ambíguo e,
mesmo, equívoco desta noção. Esta tarefa justifica-se por ser um exercício de
compreensão, desenvolvido por meio de uma breve contextualização dos termos
atuais da chamada questão ambiental, na medida em que comentaremos, criticamente,
a ideia de “exploração sustentável”. Pretendemos assinalar que mesmo as novas
propostas de conservação ambiental, operam em um registro antropocêntrico, na
medida em que entendem a relação entre homem e meioambiente desde a dicotomia
sujeito-objeto, presente na filosofia e ciência cartesianas. Em seguida,
apresentaremos a exigência de uma definição do que vem a ser meioambiente, no
pensamento do filosófo alemão Martin Heidegger, contrapondo estas ideias a
elementos da filosofia da natureza de F.W.J. Schelling. O texto traz,
ainda, a discussão acerca de uma postura ética e conservacionista frente ao
meio ambiente, e seus vínculos com as noções de habitar, cons­truir e
responsabilizar-se.

Palavras chave: Heidegger;
meioambiente; natureza; preservação ambiental, filosofia ambiental

EMPIRISMO E RACIONALISMO


Desde as origens da filosofia o problema do conhecimento sempre ocupou a maioria dos filósofos. O tema já era tratado pelos pensadores pré-socráticos, os quais, dada a maneira como abordavam o assunto, se dividiam entre racionalistas e empiristas. O racionalismo e o empirismo representam visões opostas na maneira de explicar como o homem adquire conhecimentos. A classificação em correntes de pensamento, evidentemente, foi realizada pelos pensadores posteriores, já que nem os gregos ou os medievais tinham clara a separação entre as duas tendências. Parmênides (cerca de 530



a.C. -460 a.C.) e os pitagóricos (século VI a.C.) concordam que além do conhecimento empírico existe também o racional, e é somente este último que efetivamente tem valor absoluto. Por outro lado, os sofistas Protágoras (480 a.C. -410 a.C.) e Górgias (480 a.C.375 a.C.) reconhecem somente o conhecimento sensível. Assim, como sabiam que as experiências eram falhas e que não eram as mesmas para todo e qualquer indivíduo, os sofistas concluíram pela rel

A MAGICA DAS MATEMÁTICAS

A MAGICA DAS MATEMÁTICAS

Henry Thomas

 

A estranha aritmética dos romanos

CURIOSO sistema de notação aritmética tem persistido desde o tempo dos romanos até nossos dias. Esse sistema pouco manejável, embaraçoso, e contudo dotado de extraordinária tenacidade, é ainda o habitualmente usado nos mostradores dos relógios de parede ou de bolso. Imaginai-vos fazendo vossas complicadas somas, multiplicações ou divisões, sem o auxílio dum sistema decimal! Que tal se tivésseis, fazendo o serviço de escrituração, de dividir 30.692 por 1.821, com esses números escritos assim: XXXDCXCII dividido por MDCCCXXI? Não obstante, pode ser feito e com rapidez e facilidade, se conhecerdes o jeito. Os romanos usavam esse sistema e não eram nada maus calculistas.

Os números romanos eram indicados por certas letras. A letra I representava uma unidade; V, 5 unidades; X, 10 unidades; L, 50; C, 100 (a inicial de centum cem); D, 500 e M, 1.000. Para obter números maiores do que podiam ser convenientemente indicados por essas letras, foi adotado o recurso de colocar uma barra ou risco sobre uma letra; esse risco multiplicava seu valor por 1.000. Assim X representava 10.000, e assim por diante. Ora, o meio de conseguir alguém formar números grandes era fazer uma enfiada de números pequenos. Assim 83 é representado por 50 + 30 + 3, ou LXXXIII. A exceção ocorre ao representar um número que é uma unidade menor que qualquer letra. 90 pode ser escrito assim: LXXXX, mas também pode ser escrito: XC, isto é, 100

— 10. De modo que, uma cifra menor posta à esquerda duma maior, significa que a menor deve ser subtraída da maior. Por exemplo: os romanos escreviam nove desta forma IX; 97, XCVII; 982, CMLXXXII. Imaginai-vos a escriturar as contas de vossos negócios diários com esse embaraçoso método!

Para os cálculos rápidos, usavam os romanos uma caixa ou uma ardósia, chamada ábaco, contendo certo número de pequenas pedras (calculi é a palavra latina que significa pedrinhas, da qual se derivam as palavras calcular, cálculo e outras). A caixa estava dividida em quatro colunas, encabeçada pelas letras M, C, X, e I, respectivamente. Ora, colocando o número devido de pedras em cada coluna, podemos representar certa cifra. Como exemplifica o seguinte desenho:

Material Didático de Filosofia para o Sexto Ano

[download id=”37″] Bimestre 2 Material Didático para a Sexta SériePor Anderson Alves Esteves I – LIBERDADE: ELA EXISTE? Liberdade – essa palavra Que o sonho humano alimenta Que não há ninguém que explique, E ninguém que não entenda! Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência. 1 – Determinismo OS MITOS DE TÂNTALO, PÉLOPS E NÍOBE Tântalo Tântalo … Ler mais

Possibilidade e Realidade na Conduta de Má-fé

Possibilidade e Realidade na Conduta de Má-fé por Miguel Duclós A melhor ilustração acerca da tensão existente entre possibilidade e realidade na Conduta de Má-Fé é o exemplo da mulher que vai a um primeiro encontro, exposto na página 101 de O Ser e o Nada1, no Capítulo "As Condutas de Má-Fé". Ali vemos uma … Ler mais