O PROBLEMA FILOSÓFICO DO OUTRO

Sobreleva-se cada vez mais uma Filosofia menos pretensa, ou melhor, menos sistematizada e mais aberta ao diferente.[1] Nosso intento neste ensaio filosófico, não quer ser mais do que insinuações. Até porque, pensamos nós, não são as respostas prontas e acabadas que movem a investigação filosófica. São os problemas, os buracos, as crises, que caracterizam a natureza do pensamento filosófico. Se por um lado, vemos as filosofias, as quais buscam sistematizar o total da existência humana entrar em declínio. Por outro lado, vemos emergir no horizonte da reflexão filosófica, a possibilidade de se pensar o outro, o diferente sem conceitualizá-lo.

Resenha do livro A caminho da linguagem, de Martin Heidegger

Sob o título de A caminho da linguagem (Unterwegs zur Sprache), encontramos alguns dos textos de maturidade do filósofo alemão Martin Heidegger apresentados na forma de conferências ou redigidos como ensaios durante a década de 1950 (estes, reunidos tal como sua primeira publicação em 1959). Nestes escritos temos Heidegger ocupado em tratar a linguagem como questão do pensamento comprometido com a verdade. Contudo, este problema no momento aparece de maneira diversa daquela presenciada nos escritos da década de 1920, como em Ser e tempo, um de seus principais livros (no qual Heidegger ainda operava com o método fenomenológico, tratando a linguagem como algo ainda sobreedificado à noção de verdade). Em A caminho da linguagem, encontramos um reposicionamento do autor diante de sua compreensão feita; apontando a linguagem como a essência originária da verdade e abertura de sentido ao homem.

O “Espaço Filosófico-Filológico” de Foucault: A experiência de Nietzsche e Mallarmé para um retorno da linguagem nos saberes sobre o homem

maravilhas das antigas civizações

O “Espaço Filosófico-Filológico” de Foucault: A experiência de Nietzsche e Mallarmé para um retorno da linguagem nos saberes sobre o homem. * Mariano de Azevedo Júnior ** Uma das discussões atuais que questiona os saberes estabelecidos pelas ciências humanas é a afirmação do papel central que a linguagem desempenha na produção das realidades. Desde o … Ler mais

Intencionalidade e Naturalismo

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Jamais
pensou a mente tanto sobre si própria. Em fins do século XX, ciência e
filosofia trilham uma cruzada em busca de compreender a consciência e suas
capacidades. Três séculos e meio após Descartes, respostas dualistas não mais
são suficientes; quer-se compreender a mente enquanto um fenômeno fisicamente
gerado, que toma parte no mundo físico. Em filosofia, esta postura denomina-se
naturalismo.

Não
obstante as exceções, algumas renomadas, como Karl Popper (1962), há muito a
forma naturalista de compreender a consciência domina a filosofia. Na tradição
que aqui abordaremos, a analítica, anglo-americana, as bases deste estudo
remontam a autores como Sellars e seu Empiricism and Philosophy of the Mind (1956),
Quine, em Palavra e Objeto (1960) e Putnam com Minds and Machines (1960).

Da Verdade Proposicional à Verdade da Existência: considerações em torno da compreensão heideggeriana da linguagem

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Da Verdade Proposicional à Verdade da Existência: considerações em torno da compreensão heideggeriana da linguagem. Por Marcos Paulo L. Vieira. A proposição é o lugar originário da verdade. À luz desta fórmula, o sentido da verdade, como conformidade da proposição à coisa, vem sendo compreendida por todo pensamento ocidental enquanto verdade proposicional há séculos. Isso … Ler mais

ARTISTAS E AVERROÍSTAS: O OUTRO ARISTÓTELES – História da Filosofia na Idade Média

HISTÓRIA DA FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA Johannes HIRSCHBERGER Fonte: Ed. Herder Trad. Alexandre Correia Índice Prolegômenos Filosofia Patrística O Cristianismo Nascente e a Filosofia Antiga Os Começos da Filosofia Patrística Agostinho: O Mestre do Ocidente Boécio: O Último Romano Dionísio Pseudo-Areopagita Fim da Patrística A Filosofia Escolástica Generalidades A Primitiva Escolástica Origens Anselmo de Cantuária … Ler mais

HEMPEL E O CRITÉRIO EMPIRISTA DE SIGNIFICADO

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HEMPEL E O CRÍTERIO EMPIRISTA DE SIGNIFICADO por Josailton Fernandes de Mendonça Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN          1) O problema da significação na linguagem cientifica             Um dos fatos importantes da linguagem e mais especificamente da linguagem científica é o de que é possível construir sentenças gramaticalmente corretas mas, não … Ler mais

Essência do mundo e essência da proposição

Essência do mundo e essência da proposição. por Gilberto Tadeu Garcia Junior Trabalho feito originalmente para a cadeira de Filosofia dA Lógica – FFLCH – USP, professor Luiz Henrique Lopes dos Santos.        O que é o mundo?      O mundo é a totalidade dos fatos e não das coisas. O mundo são os fatos … Ler mais

As teorias da significação segundo Alsting e a crítica de Hacking

As teorias da significação segundo Alston e a crítica de Hacking.                                                                             por Miguel Duclós Trabalho feito originalmente para a cadeira de Filosofia da Linguagem, professor Armando Manoel de Mora.          A semântica é a parte da linguística que trata da relação entre os signos e o real, e do estudo histórico do … Ler mais

Sentido e Referência dos nomes próprios e das sentenças declarativas: uma proposta de Gottlob Frege

Sentido e Referência dos nomes próprios e das sentenças declarativas: uma proposta de Gottlob Frege Alexandre Fernandes B. Costa Leite 1. Introdução         O objetivo do presente texto é tentar mostrar o que Frege (1848-1925) entende por sentido e referência dos nomes próprios e das sentenças assertivas completas, isto é, das sentenças declarativas 1. Tal tentativa … Ler mais