A angústia e o existencialismo

A angústia e o existencialismo

Ricardo Ernesto Rose
Jornalista e Licenciado em Filosofia

“Que o homem, voltado para si próprio, considere o que é diante do que existe; que se encare como um ser extraviado neste canto afastado da natureza, e que, da pequena cela onde se acha preso, isto é, do universo, aprenda a avaliar em seu valor exato a terra, os reinos, as cidades e ele próprio. Que é um homem dentro do infinito? – Blaise Pascal, Pensamentos

 


A palavra “angústia” é um termo relativamente recente no linguajar filosófico. Não é possível identificar exatamente sua origem, mas parece ter sido utilizado pela primeira vez em seu sentido atual na obra “O conceito de angústia", de Sören Kierkegaard, em 1844. A palavra passou a ser cada vez mais empregada pelos filósofos voltados aos problemas humanos em sua essência e foi traduzida para diversas línguas. Sartre e outros franceses falam em angoisse, Heidegger; Jaspers e outros alemães utilizam a palavra Angst (que também quer dizer medo); Abbagnano em sua "Introdução ao Existencialismo” usa a palavra angoscia; e John Macquarrie, filósofo e teólogo escocês, prefere em sua obra “Existentialism” o termo anxiety ao invés de dread; esta, segundo ele, palavra mais relacionada com medo do que com angústia.


A palavra, com a acepção moderna que tem nas línguas ocidentais, não era conhecida pela filosofia grega com o mesmo sentido. Foram necessários dois mil e quinhentos anos de metafísica e cristianismo, para que o homem ocidental desenvolvesse a consciência para a qual a palavra angústia – e tudo que o termo implica sob o aspecto psicológico, emocional, social e filosófico – tivesse o significado que lhe damos na modernidade. O monoteísmo; a metafísica; os conceitos de individualidade, de liberdade individual e de responsabilidade; foram idéias – paradigmas culturais – que levaram à formação da idéia de angústia.

A FAMÍLIA COMO TECNOLOGIA DE CONTROLE


Saymon Mamede



Ao adentrar-se à seara do controle social pela família, há de se perpassar – visando
algumas consignações – por um instituto denominado
morale1.
Nesse mister, tomemos a moral, infestamente, sob o prisma religioso.



A preocupação em unir-se pessoas, visando um grupo – mormente com o fito de procriação – remonta aos textos bíblicos, logo nas passagens genesíacas, donde depura-se não

ser bom ao homem que esteja só, sendo-lhe necessária uma auxiliadora2, à qual une-se ele,
deixando alhures pai e mãe3.

Nietzsche: Metafísica e Linguagem Subjetiva

RESUMO: O artigo visa abordar a metafísica a partir de um encadeamento de seu processo histórico, apontando a necessidade de ressaltar o papel da subjetividade ao longo desse projeto metafísico. Tendo como inspiração e ponto de partida de nossa análise o Prólogo do Assim Falou Zaratustra procuramos acompanhar a crítica que Nietzsche empreende ao modelo metafísico de pensamento, mostrando a necessidade de percorrer o caminho da Metafísica no ocidente, tendo como base os textos de maturidade do filósofo, onde fica evidente a orientação dada por Heidegger para a condução do problema.

Palavras-chave: Metafísica, Nietzsche, Subjetividade.

ABSTRACT: This essay aims to approach metaphysics coming from an enchainment of its historical process, indicating the necessity of making noteworthy the role of subjetivity along this metaphyisical project. Taking as inspiration and starting point of our analysis the Prologue of Thus said Zaratustra we try to follow the critics that Nietzsche undertakes the metaphysics model of thought, showing the necessity of covering the metaphysics way in the West, where the orientation given by Heidegger to the conduction of the problem is evident.

Keywords: Metaphysics, Nietzsche, Subjectivity.

O pensamento na era da liberdade e da criatividade

filosofia da mente

            Em grande parte dos balanços que se fazem do
pensamento pós-moderno, ressalta-se, compensando a ruína das "grandes
narrativas", dos "mega-relatos" filosóficos, teológicos,
sociológicos e outros, percebe-se o surgimento de um "canteiro de
obras" entregue à liberdade e à criatividade das pessoas. Se por um lado
amarga-se a falta de segurança e dos pontos de referência,  por outro, aumentam
os espaços limpos para novas construções.

            Sendo assim, o filósofo é solicitado a deixar
os jargões fáceis, os sistemas decorados, para ir construindo seu próprio
pensamento com abundância de elementos acessíveis. Se o risco de errar cresce,
o fascínio da aventura entusiasma.

INDIVÍDUO, LIBERDADE, IGUALDADE E ECONOMIA: COMO AJUSTAR ESSAS NOÇÕES EM PROL DA CULTURA DA VIDA?

maravilhas das antigas civizações

INDIVÍDUO, LIBERDADE, IGUALDADE E ECONOMIA: COMO AJUSTAR ESSAS NOÇÕES EM PROL DA CULTURA DA VIDA? Thiago Felipe Sebben           A proposta desse texto é, a partir da análise das ideias contidas no texto O indivíduo e a liberdade, do autor Georg Simmel, trazer apontamentos para a superação do problema ético/moral/econômico que floresceu juntamente com … Ler mais

Nietzsche e o Futurismo Italiano

maravilhas das antigas civizações

O Movimento Modernista Futurista deu-se no início do séc. XX, durante o
chamado período “entre guerras”. Nessa época, a civilização ocidental passava
por um constante crescimento industrial, principalmente na Inglaterra e nos
Estados Unidos.

Nietzsche e os nietzscheanos – Assim também falava Nietzsche

maravilhas das antigas civizações

Meu escrito é do começo ao fim uma
crítica a umas polêmicas posições de Nietzsche e mais ainda aos seus seguidores
enviesados que, ou por simples ignorância (menos provável) ou (mais provável)
para evitar a evidência de contradições entre theoria e praxis,
discurso e prática, tentam escamotear essas posições do filósofo.

Frases, pensamentos e citações de Nietzsche

O que é grande no homem, é que ele é uma ponte e não um fim: o que pode ser amado no homem, é que ele é um passar e um sucumbir. — Nietzsche, Assim Falou Zaratustra O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, … Ler mais

Nietzsche e o cristianismo

maravilhas das antigas civizações

Nietzsche e o CristianismoMiguel Duclós Trabalho apresentado no CFH/UFSC 2008, disciplina Filosofia da Religião ministrada pelo Prof. Dr. Luiz Hebeche          O objetivo deste trabalho é o de investigar alguns aspectos conhecidos e característicos da vida e obra de Nietzsche e sua relação com alguns outros autores, para que possamos identificar questões que nos permitam visualizar … Ler mais

O “Espaço Filosófico-Filológico” de Foucault: A experiência de Nietzsche e Mallarmé para um retorno da linguagem nos saberes sobre o homem

maravilhas das antigas civizações

O “Espaço Filosófico-Filológico” de Foucault: A experiência de Nietzsche e Mallarmé para um retorno da linguagem nos saberes sobre o homem. * Mariano de Azevedo Júnior ** Uma das discussões atuais que questiona os saberes estabelecidos pelas ciências humanas é a afirmação do papel central que a linguagem desempenha na produção das realidades. Desde o … Ler mais

Do sono dogmático ao sonho antropológico: Nietzsche

maravilhas das antigas civizações

 Do sono dogmático ao sonho antropológico: Nietzsche James Ferreira dos Anjos [1]     Resumo: O presente artigo visa oferecer uma visão de Nietzsche acerca do homem. É apresentada a crítica nietzschiana à moral tradicional e à moral cristã, bem como, o seu perspectivismo antropológico fundado na figura do Super-homem que se contrapõe a valores … Ler mais

O OCIDENTE: DA RELIGIOSIDADE AO ATEÍSMO NIILISTA

maravilhas das antigas civizações

O OCIDENTE: DA RELIGIOSIDADE AO ATEÍSMO NIILISTA Márcio Lima* RESUMO O presente trabalho visa mostrar, de forma resumida, como o cristianismo e a fé religiosa, que permeava toda dimensão cultural, econômica, política e religiosa da sociedade, durante a Idade Média e parte dos séculos XVI e XVII, acabou sendo substituído pelas ciências a partir do … Ler mais

NIILISMO COMO CAMINHO PARA O SUPER-HOMEM EM FRIEDRICH NIETZSCHE

maravilhas das antigas civizações

Tudo não tem sentido. Este é o aspecto fundamental para a compreensão do niilismo. Do latim nihil (nada), enquanto termo, o niilismo surge na literatura russa do século XIX para designar uma espécie particular de homem: o negador de valores, o que nada respeita. Porém, com Nietzsche, a questão alarga-se, ganhando as mais variadas formas revelando sua expressão e força, sendo considerado um problema e uma marca do mundo contemporâneo. Nesse escopo, o niilismo configura-se como o responsável pela fragilidade dos princípios racionais que definem o mundo, sob a pretensão de explicitar que as bases dos valores socioculturais mostraram-se ser nada. Em Nietzsche o niilismo ganha a mais alta expressão filosófica sob seus estados psicológicos reconhecidos pelo filósofo como condição existencial. Portanto, na visão de Nietzsche o homem é existencialmente niilista. Sua posição frente ao niilismo se apresenta ainda sob o aspecto da multiplicidade de força da Vontade de Poder em vias passiva e ativa, sendo esta última privilegiada por Nietzsche por assumir-se enquanto força destrutiva dos valores.

A FORMAÇÃO DO SUPER-HOMEM NIETZSCHEANO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PELO E PARA O ÓCIO

maravilhas das antigas civizações

Através de uma perspectiva genealógica do conhecimento que se preocupa com o valor e o sentido das coisas, buscou-se experimentar o pensamento educacional, transvalorando-o por completo pelo conceito de (des)educação. Tal proposta vem acompanhada de outras duas: a transvaloração do ócio face à redução da valorização do trabalho, e a adoção do Super-Homem – o homem superado por si próprio – como figura apropriada para este novo paradigma educacional. No capítulo Genealogia do Ócio, discute-se como se procedeu a mudança de sentidos do ócio ao longo da história e, adiante, examinam-se os motivos do início da decadência da educação pelo e para o ócio na Grécia trágica. Traça-se, a partir disso, um esboço de como fazer para desconstruir a educação hoje existente, em favor da educação pelo e para o ócio. O método genealógico, levado a uma experimentação diferente e nova, coloca instrumentos variáveis na genealogia e investiga a noção de Super-Homem – o que é e como pode ser interpretada no contexto pedagógico. No aspecto normativo, a presente tese amarra o argumento com fortes nós – para aqueles que tentem desatá-los, que falhem em sua própria ruína.

Mondialisation – Superman et Übermensch – Feinmann

Tradução em português Texto no Original Mondialisation : Superman et Übermensch Par José Pablo Feinmann Página 12, 7 février le 2004 Une petite histoire nous mettra d’entrée dans le vif du sujet. La “question” est une des confrontations politico-culturelle des plus complexes et plus fascinantes du XX ème siècle . La “petite histoire” est la suivante : … Ler mais

Mundialización Superman y Übermensch -Feinmann

Tradução em português Tradução em francês Por José Pablo Feinmann Página 12, 7 de febrero del 2004 Una pequeña historia nos meterá de lleno en la cuestión. La “cuestión” es uno de los enfrentamientos político-culturales más complejos, más fascinantes del siglo XX. La “pequeña historia” es la que sigue : en la década del ’60, las … Ler mais

Globalização: Super-homem e Übermensch- José Pablo Feinmann

Texto no Original Tradução em francês Globalização: Super-homem e Übermensch José Pablo Feinmann Página 12, 7 de fevereiro de 2004 Tradução de Miguel Duclós Uma pequena história nos colocará diretamente n questão. A “questão” é um dos enfrentamentos políticos-culturais mais completos e fascinantes do século XX. A “pequena história” é a seguinte: na década de … Ler mais

Cartas de Nietzsche – 1885

Tabela de conteúdo [esconder] 1.1 Carta 1 1.2 Carta 2 1.3 Carta 3 if (window.showTocToggle) { var tocShowText = “mostrar”; var tocHideText = “esconder”; showTocToggle(); } Trechos selecionados de Cartas de Nietzsche de 1885 [Versão em inglês] Tradução de Miguel Duclós Carta 1 Nice, meio de março de 1885: Rascunho de carta a Elisabeth Nietzsche … Ler mais

Resumo e download da dissertação A Morte de Deus e a morte do homem no pensamento de Nietzsche e de Michel Foucault, de José Guilherme Dantas Lucariny

maravilhas das antigas civizações

Página  de resumo da dissertação de mestrado de José Guilherme Dantas Lucariny                             apresentada ao Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro     Título: A Morte de Deus e a Morte do homem no pensamento de Nietzsche e de Michel Foucault   RESUMO A dissertação parte do pensamento de Nietzsche, … Ler mais

NIETZSCHE – PERSONA NON GRATA ENTRE OS SEGUIDORES DOS FUNDAMENTOS JUDAICO-CRISTÃOS”

maravilhas das antigas civizações

NIETZSCHE – PERSONA NON GRATA ENTRE OS SEGUIDORES DOS FUNDAMENTOS JUDAICO-CRISTÃOS Edmerson dos Santos Reis[1] RESUMO Nietzsche, sua forma de compreender as religiões judaicas e cristãs e influência da cultura alemã na tentativa da formação de um pensamento único e limitador das pessoas e a maneira equivocada como o mesmo tem sido taxado por simplesmente … Ler mais

Nietzsche e a Música – Considerações do filósofo sobre a música como afirmação da vida

maravilhas das antigas civizações

Universidade de Brasília Instituto de Ciências Humanas Departamento de Filosofia NIETZSCHE E A MÚSICA: Considerações do filósofo sobre a música como proposta de afirmação da vida Por Célia Evangelista de Paula Brasília-DF Setembro, 2006     Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Filosofia 2005/2006, Departamento de Filosofia, Universidade de Brasília, como requisito para … Ler mais

Metafísica, errância e subjetividade: Da metafísica como “História de um erro” em Nietzsche

maravilhas das antigas civizações

[download id=”30″] Metafísica, errância e subjetividade: Da metafísica como “História de um erro” em Nietzsche Roberto S. Kahlmeyer-Mertens [1] Resumo: O artigo pretende abordar a Metafísica como um conceito histórico na obra de Nietzsche. Buscaremos apresentar a interpretação que o filósofo faz dos conceitos indicados em nosso título apoiando-nos na obra Crepúsculo dos Ídolos. Objetivamos … Ler mais

Metafísica, história do ser e subjetividade – uma reconstrução a partir dos fragmentos de Nietzsche: metafísica e niilismo.

maravilhas das antigas civizações

Metafísica, história do ser e subjetividade – uma reconstrução a partir dos fragmentos de Nietzsche: metafísica e niilismo. Roberto S. Kahlmeyer-Mertens [1] Resumo: O propósito do artigo é elaborar um estudo sobre as noções de metafísica, história do ser e subjetividade no pensamento de Heidegger. Para tanto, interpretaremos estas concepções na obra Nietzsche – Metafísica … Ler mais

SOBRE A SENTENÇA DE NIETZSCHE: O SUPER-HOMEM É O SENTIDO DA TERRA.

maravilhas das antigas civizações

Sobre a sentença de Nietzsche “O super-homem é o sentido da terra” Roberto S. Kahlmeyer-Mertens [1] Resumo A questão do texto é perguntar sobre o conceito de “sentido da terra” tal como vemos formulado no livro Assim Falou Zaratustra de F. W. Nietzsche. Nosso objetivo é esclarecer a compreensão que o autor tem deste, bem … Ler mais

Da Genealogia da moral de F. W. Nietzsche

[download id=”20″] Da Genealogia da moral de F. W. Nietzsche Roberto S. Kahlmeyer-Mertens [1] Resumo: O artigo propõe uma explicação didática das duas primeiras dissertações do livro A genealogia da moral de F.W. Nietzsche. Temos o objetivo de comentar algumas das principais passagens do texto do filósofo, enfocando aqueles que seriam os principais conceitos da … Ler mais

AS CRÍTICAS DO PROFESSOR NIETZSCHE À EDUCAÇÃO DE SEU TEMPO

AS CRÍTICAS DO PROFESSOR NIETZSCHE À EDUCAÇÃO DE SEU TEMPO Elenilton Neukamp* Resumo:Os primeiros escritos de Friedrich Nietzsche, pouco comentados, abordam a educação. Neles o filósofo critica as instituições de seu tempo e duas tendências básicas em relação à cultura: a tendência à universalização e a tendência à especialização. Tanto uma quanto outra são vistas … Ler mais

Nietzsche – Cartas de 1887

Texto em inglês Tabela de conteúdo [esconder] 1 Cartas de Nietzsche – 1887 1.1 Carta 1 1.2 Carta 2 1.3 Carta 3 1.4 Carta 4 1.5 Carta 5 1.6 Carta 6 1.7 Carta 7 1.8 Carta 8 if (window.showTocToggle) { var tocShowText = “mostrar”; var tocHideText = “esconder”; showTocToggle(); } Tradução de Miguel Duclós Cartas … Ler mais